Ing | @ingridalvesdiary 15/07/2022PERFEITOOOOOODezesseis membros de uma mesma família foram brutalmente assassinados. Incluindo o marido de Lydia, o jornalista responsável por divulgar o perfil completo do maior narcotraficante e homem mais poderoso da cidade de Acapulco. Sendo os únicos que escaparam, ela e seu filho Luca precisam chegar aos EUA. É a única chance deles sobreviverem. Mesmo devastados por perder tantas pessoas que amavam, eles precisam ter uma determinação inimaginável para fugir e passar por todos os desafios (muitas vezes mortais) de serem migrantes.
Acompanhamos essa jornada de 3.000 km, com um nível de angústia que beira o desespero. Quem lê só tem um sentimento: "cheguem bem nos Estados Unidos! Por favor! Sobrevivam!".
Eles passam pelas situações mais extremas, mais perigosas, e cada cidade se torna uma vitória, um risco a menos. Muito estudo foi feito para que esse livro fosse criado, o que torna ainda mais real e necessário, pois esse é um retrato dos migrantes que sonham em ter uma vida mais digna. Eles não tem escolha.
Está mais do que claro para mim o porquê desse livro ter sido indicado por Oprah Winfrey e Stephen King. É uma escrita num nível que poucos conseguem alcançar: narrativa cheia de pontos altos e que, até quando não está acontecendo nada demais, te envolve para continuar lendo com o mesmo interesse e emoção.
Ele é necessário. E esmagador.
Um favoritado que me emocionou em vários momentos. Um dos poucos que no exato momento que terminei, queria voltar ao início para ler tudo de novo.
Deixo aqui uma frase da vida real que a autora trouxe em seus agradecimentos, que a moveu durante toda a escrita de Terra Americana:
"Deste lado também há sonhos".
Esse livro precisava ser escrito.