Marjory.Vargas 26/02/2021"A verdade, às vezes, é o exato oposto do que esperamos que seja. E uma vez revelada, não pode ser devolvida."
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Fui para essa leitura com altas expectativas, achando que teria uma história parecida com O rouxinol, da Kristin Hannah (aliás, leiam esse livro), porém foi uma decepção total.
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Em 1940, Eleanor Trigg monta um força-tarefa de mulheres operadoras de rádio. As jovens deveriam ir à França e seriam a comunicação entre Londres e os Aliados. Porém, doze delas nunca voltaram para casa. E ninguém nunca soube o que aconteceu à elas. Seis anos depois, Grace Healey encontra uma mala perdida em Nova York com fotos dessas doze mulheres. Intrigada, a jovem decide investigar, e os mistérios por trás do desaparecimento das doze de Paris vem à tona.
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Primeiro preciso dizer que essa obsessão de Grace em descobrir quem são as jovens é bem sem sentido. Ninguém fica obcecado só por ver umas fotos perdidas. E ela nem tinha como saber que elas estavam desaparecidas. Aliás, a personagem de Grace nem precisava existir nessa história. Foi colocada só pra aumentar o número de páginas.
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O romance entre Marie, uma das operadoras de rádio e Vesper, líder dos Aliados foi totalmente desnecessário. Primeiro, que a construção dele foi lamentável: os dois se odeiam na primeira vez que se veem, e depois de uma missão juntos, já se amam. Se tivesse rolado atração, ok, mas amor não se desenvolve de "uma hora pra outra". Sem contar que estragou a personagem, que era uma mulher forte e determinada, e depois virou uma tola apaixonada que entregou seus segredos para salvar o homem que ama (aquele que ela só viu DUAS vezes na vida)!!!
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E por fim, o mistério sobre a morte de Eleanor Trigg, que no fim não tinha mistério nenhum. Sério que a mulher estava numa busca louca por um traidor dentro do governo de Londres, e aí simplesmente morre atropelada porque não olhou a rua antes de atravessar???