- Viih O 06/06/2020
História perturbadora e triste!
Quando Langer faz uma análise psicológica da mente de Adolf Hitler, ele nos transporta tão perto de sua história de vida que, ao ler, me senti como se fizesse parte dela. A juventude de Hitler se descreve num mar negro, num nevoeiro, não há cores nem brilho. Ele passa pela idade mais linda de um ser humano (a infância, que representa a pureza) de uma forma tão perturbadora que, ao envelhecendo, a ância de destruir essa lembrança ou construir uma nova identidade, não age de forma natural ou normal, mas age da forma mais insana possível. Porém, para esse desenvolvimento, colado ao ser humano mal que era, estava a psicopatia e esquizofrenia. Hitler soube aproveitar cada fraqueza sua e transporta-lá a um terceiro, os judeus. Soube aproveitar a fraqueza do povo alemão, colocando como a sua forma derrotada, sabendo conduzi-los exatamente como se conduziu para "crescer" (guiado sob por uma força espiritual, como ele acreditava). Para o crescimento do seu eu interior, ele substituiu cada fraqueza e perdas da sua vida para o mundo.
Um adendo importante que Eurípedes faz no prefácio é a imagem que fazemos de Hitler. Um erro fatal que cometemos em tempos atuais, assemelhar seus atos e identidade à líderes ativos, onde, Eurípedes cita Godwin ao que ele refere o termo "reductio ad Hitlerium". Pois nada se compara ao que foi feito na Alemanha nazista, e reduzi-lo aos contratempos e oposição políticas atuais.
Deixando de lado todo os horrores cometidos em seu governo, Hitler não pensa ou age diferente dos políticos do mundo todo, do passado ao presente.