Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther

Carina 08/11/2023

Interessante e desesperador
Comecei a leitura sem ter lido a resenha?.não sabia do que se tratava?.começou como algo agradavel e interessante?..passou pra sufocante e incomodo??terminando desesperador e triste?.resumindo é muito bom kkkkkkkk me fez sentir de tudo um pouco

Ana Carolina C. Crescencio 07/11/2023

Um clássico que merece ser lido!
Não sou muito fã de romances epistolares, mas esse, particularmente, me agradou.

Só um conselho: antes de abrir o livro, lembre-se que se trata de um clássico da literatura mundial. Logo, não espere uma linguagem tão acessível.

Ainda assim, Goethe tem uma narrativa fluida e que prende o leitor ao contar as desventuras amorosas do jovem Werther, que se vê consumido por uma paixão devastadora.

É um romance sobre os conflitos internos de um homem de temperamento sensível e artístico, mas que não consegue lidar com a dor de não poder ter sua amada.

Fato interessante: essa obra foi um grande divisor na literatura alemã, dando início à prosa moderna e gerando enorme repercussão em seu lançamento. Ela se tornou um testemunho da influência que a literatura pode exercer na sociedade. Na época, não foram poucos os suicídios atribuídos ao romance.

molzi 06/11/2023

Está decidido, Lotte, quero morrer e escrevo-lhe isso sem exageros românticos, plácido, na manhã do dia em que irei vê-la pela última vez. Quando ler isto, minha cara, o fresco túmulo já terá encoberto os restos rígidos do irrequieto, do infeliz, que para os últimos momentos de sua vida não conhece melhor doce do que conversar com você. Tive uma noite terrível e, ah, uma noite benéfica. Foi ela que fortaleceu e definiu minha decisão: quero morrer! Quando ontem me desvencilhei à força de você, na terrível indignação de meus sentidos, quando tudo isso se concentrava em meu coração e minha existência, sem esperança nem alegria a seu lado, apoderou-se de mim com uma frieza horrenda? mal cheguei a meu quarto, caí de joelhos, fora de controle e? oh, Deus! Concedeu-me o último refrigério das mais amargas lágrimas! Mil tentativas, mil perspectivas revolviam minha alma, e por fim, ele estava lá, firme, inteiro, o último e único pensamento: quero morrer! Fui me deitar e, pela manhã, na calma do despertar, ele continua firme, ainda bem forte em meu coração: quero morrer! Não é desespero, é certeza de minha decisão e de meu sacrifício por você. Sim, Lotte! Por que deveria omitir isso? Um de nós três precisa sair, e quero que seja eu!

Hellen.Beiral 04/11/2023

OBRA PRIMA
Os Sofrimentos do Jovem Werther foi uma das minhas melhores leituras do ano. Que livro lindo! A ambientação da obra me passa uma sensação tão boa de paz, e toda a descrição da natureza é como se fosse palpável para mim. Me senti como se fosse uma amiga bem próxima do Werther e me apeguei bastante ao personagem. Considero Werther um dos personagens mais corajosos da literatura, em como ele foi fiel aos seus sentimentos o tempo todo.

YellowPepper 04/11/2023

É atemporal porque é triste
Tenho por mim algo que absorvi dos meus melhores professores. Algo que só depois de me livrar dos preconceitos linguísticos, de leitura e dos meus receios mesmo pude concordar, com movimentos de cabeça e tudo: um clássico é aquilo que consegue fazer você pensar.

E é legal pensar dessa forma, porque assim conseguimos, mesmo não analisando em um curso ou em um artigo redigido, entender porque ainda lemos livros como Ilíada ou Os Sofrimentos do Jovem Werther. Porque é claro que um homem sacudo transando com deusas, lutando em guerras e fazendo de tudo para voltar para sua família nuclear é algo que impressiona as pessoas ainda hoje. ( É brincadeira. As pessoas realmente gostam desse livro atualmente pelo musical)

E esse tal de Werther não foge muito dessa linha. Por que entenda bem, meu leitor meio desocupado: por mais que os seres humanos gostem de se vangloriar das suas conquistas, do seu passado e das suas grandíssimas histórias, as coisas são bem menos glamorosas quando se chega no final do dia e não se consegue dormir pelos pensamentos se atropelando na própria cabeça. Ou quando a coisa que você mais ama na vida simplesmente... Perde o brilho.

O livro é atemporal e é um clássico porque antes de tratar de amor não correspondido, que infelizmente está na nossa sociedade antes mesmo que o A03 sequer tivesse pernas, ele trata da tristeza. Do sofrimento mesmo. De uma pessoa que aos pouquinhos vai perdendo tudo. De pensamentos intrusivos e danosos, de se afastar das pessoas que ama porque acha que não é bom ou está fazendo mal para elas em só existir. De querer mudar, e acabar só caindo no poço cada vez mais e mais.

Claro, Goethe não deveria estar muito preocupado com o dano que um livro assim poderia causar EM FUCKING 1774, então não vamos culpar ele muito pelo final bosta do livro (porque independente da época, foi um final bosta, mas perdoamos o finado véio) e pela onda de suicídios que ocorreram depois da publicação. Mas agora, com toda a internet e o caso não tão recente de 13 Reasons Why, sabemos que essas coisas devem ser tratadas com mais tato. E é bom, porque essas coisas não vão deixar de existir.

A tristeza inerente da humanidade, que muita gente confunde com falta de CLT ou drama, não vai deixar de ser retratada e não vai deixar de existir. Somos tristes porque estamos vivos, porque viver pode ser uma merda em muitos momentos. Porque ser brasileiro, pobre, mulher, negro, indígena, gay, lésbica, bi, trans, trabalhador, desempregado, deficiente, neurodivergente, professor e só LEVANTAR às vezes é demais. O mundo cobra muito da gente, e nem sempre conseguimos dizer " Ah, vai pá 🤬 #$%!& " em troca. Mas isso também não quer dizer que é um final.

Os Sofrimentos do Jovem Werther só não dá jus ao seu nome por conta do seu final. Porque o sofrer aqui seria viver, mas a história inteira gira entorno de um final pacífico e vazio. Na morte não sofremos, porque não sei qual sua religião, mas não acredito que no céu, no vazio do universo ou no limbo precisemos pagar boleto. Ao morrer, o protagonista acaba com seu livro, com sua história e com seu sofrimento.

Mas quem é Werther sem ser jovem e sofrido? É a sina de qualquer um, amig@. Independente da idade, vai haver momentos da sua vida que você nunca vai se sentir mais pequeno, jovem e em sofrimento que esse bananão aqui. E é exatamente isso que nos garante que estamos vivos. Que podemos acordar amanhã e rir da cara do Werther por fazer esse drama todo só pra comer a esposa do outro. Porque somos humanos, estamos vivos, e vamos sofrer, Porque o livro sempre acaba quando não há mais desventuras para contar, e as desventuras podem não ser a coisa mais agradável do mundo. Mas não chega nem perto da dor de terminar um livro e não poder sentir mais nada com ele.

Enfim. Filosofei demais. Werther, saiba que no meu final verdadeiro você não se mata e começa um trisal com a Lotte e o marido gostoso dela. É o que você merecia, mas Goethe tinha que ser dramático. E monogâmico. Triste fim, triste fim.

Roberta 04/11/2023

Livro curto, com capítulos curtíssimos (ao menos até 75% do livro). Boa fluidez, apesar de eventuais dificuldades relacionadas ao modo de escrever da época.

Werther, ao meu ver, é um jovem inexperiente que ainda não encontrou um lugar, um propósito, para chamar de seu na vida. Ao encontrar Charlotte, experimenta a paixão, que vira amor. Carregado pelo apaixonamento, passa por todos aqueles estágios doidos dos primeiros amores: ciúmes, valorização extrema do outro, apagamento de si etc. Por ser um amor irrealizável, este tem que lidar com a difícil tarefa de desapaixonar.

Acho que meu problema com o livro é da dimensão da identificação. Claro que já passei por essa fase, mas sinto que ser calejada em relacionamentos fez com que simpatizasse menos com Werther. Sua trajetória não me é mais familiar, na verdade é até hostil em certos quesitos. Para exemplificar, a posição martírica em que ele se coloca, principalmente no que tange a resolução do conflito, não me comove, mas causa estranheza e até certa repulsa. Na verdade o que eu mais pensei durante a leitura é o impacto que ter pilares (trabalho, amigos, família, lazer etc) na vida faz diferença. Acredito que se Werther tivesse um espaço mais estabelecido no mundo ele talvez não sentisse a necessidade de fazer o que fez. Sua vida não se resumiria a Charlotte.

Conclusão: o livro é bom, mas não me impactou tanto, o que fez a nota descer um pouco.

Fabíola 02/11/2023

Fiquei frustrada com a obra, esperava muito mais... Culpa dos meus professores de filosofia!
Achei cansativo o sofrimento exagerado do Wether, parece que foi escrito por um emo do orkut ou um cabra sadboy fã do lil peep e xtentacion.
minha teoria é que o lil peep é o real escritor dessa obra ?

@karinasouzasm 01/11/2023

Os sofrimentos do jovem Werther
Clássico da literatura alemã, mas totalmente fora da minha zona de conforto. É um romance epistolar, no final melhora muito, consigo entender completamente sua relevância para a época, mas ainda assim, não foi uma leitura fluída e agradável (por causa do meu gosto).

Laura 31/10/2023

Terrivelmente bom
Não podia deixar um dos mais aclamados clássicos góticos fora da minha lista, eu que sou tão apaixonada pela literatura gótica.
Os Sofrimentos do Jovem Werther foi algo que se encaixou nas minhas expectativas, mas isso não o fez menos especial de forma alguma. Acompanhar Werther, um jovem tão sonhador, apaixonado pela vida, pela natureza e pela arte perder os sentidos e a luz foi dilacerador. Assistimos ele definhar, ficar miserável em busca de algo que não poderia ter jamais: Lotte. Lotte, que amava tanto ter o ego constantemente inflado pelo protagonista. É fato que ela sabia da paixão devota do "amigo", e que amigo né? Mas escolheu seguir adiante com as visitas contínuas e gracejos apenas para tê-lo só pra ela (como ela mesmo disse). Até onde vai o egocentrismo humano?
Senti desespero junto com o Werther em suas noites claras, seus pensamentos inquietos, sua busca por uma razão de viver que não fosse a mulher amada...
Apesar de antigo, a linguagem do livro é bem fluida e te prende do início ao fim, o tamanho também o torna uma leitura rápida.
Meus agradecimentos ao Goethe por me tirar de uma ressaca literária tenebrosa

Ana140 30/10/2023

Um clássico que pode ser visto de duas formas:

1ª Um jovem com um amor avassalador, que tira o ar que ele não consegue visualizar nada além de sua amada, e não consegue imaginar sua vida sem ela.

2ª Um jovem imaturo, que ama somente a si mesmo e que deseja ter tudo, e não se contenta com a felicidade dos outros, alguém egoista que não pensa em ninguém além de si.

O verdadeiro amor é aquele que se sacrifica pelo outro, e paciente e não busca os próprios interesse, é aquele que deseja que o outro seja feliz. O que esse jovem sentiu por Lotte aos meus olhos, não passa de ego, antes de conhecê-la, já foi avisado que ela era comprometida, e mesmo assim ele insistiu, conheceu o noivo e sentiu raiva das virtudes que ele carregava. E fez questão de deixar uma carta, culpando a pessoa que ela dizia que amava. Para que ela sentisse a dor, para que ela sentisse remorço.

O amor ele nos liberta, não aprisiona.

Não é um Clássico Cristão, e não recomendo para pessoas que tem algum gatilho emocional.

Thanks a Million 30/10/2023

Eu entendo o porque desse livro ter sido banido.
Tão sentimental e melancólico, se você não tiver cuidado esse livro vai te comer vivo.
Interessantíssimo compreender que a maioria dos românticos pensa igual, principalmente na questão de idolatria dos objetos tocados pela pessoa amada, pode ser um resquício de religião abraâmica dentro de nós, mas eu não esperava me identificar tanto com essa obra.
Da pra compreender perfeitamente o quanto Machado de Assis tirou desse livro, Quincas Borba é praticamente o mesmo livro porém com uns twists à mais.
A relação com a música sendo o principal gatilho do personagem principal é algo estranhamente contemporâneo.
Meu mano Werther só precisava de uma noite na Augusta e então ele estaria jogando o laço vermelho pálido no esgoto.

plautzble 30/10/2023

O que a paixão não faz a um homem?
Os sofrimentos do jovem Werther é, com toda certeza, um dos romances mais trágicos que já li. A história se trata do amor que Werther sente por uma moça chamada Lotte e, quando esse amor não é correspondido, pois ela está noiva de outro homem, ele entra em um estado de tristeza e melancolia profunda, que o levam a um triste fim. Esses sentimentos sendo narrados em forma de cartas destinadas ao seu amigo Wilhelm, carregadas de confusões e divagações.
Livro clássico da literatura alemã, escrito há tanto tempo atrás e ainda sim consegue representar tão bem as angústias e dilemas atuais. Recomendo!

onlysilence09 29/10/2023

Passagens que mais me marcaram
?Não será o mau humor muito antes uma insatisfação íntima com a nossa própria indignidade, um descontentamento com nós mesmos, que sempre vem atado a uma inveja, fomentada por uma vaidade insana??

?Por que é que as coisas têm de ser assim, e o que faz a felicidade do homem se transformar também na fonte de sua desgraça...?

?(?) mas o homem é tão limitado que não faz nenhuma ideia do começo e do fim de sua própria existência?.

É uma leitura muito densa e melancólica, no decorrer do livro o leitor acompanha o declínio psicológico e mental de Werther até a perda de sua sanidade mental e seu amargo fim. Uma das coisas que mais me chamaram atenção é que durante toda a trama os outros personagens sentem pena dele, e é visto como um sujeito sem dignidade.

Mateus 29/10/2023

Atemporal
Livro clássico da literatura mundial, interessante pensar como um livro escrito em 1774 consegue falar de dilemas atuais, dores dos jovens de hoje, realmente atemporal. Uma pena que por ser tão atemporal, causa uma identificação entre os sofrimentos do personagem e a vida de inúmeras pessoas, o personagem não vê esperança em sua vida, e por fim da cabo de sua existência, anos após sua publicação causou um fenômeno de suicídios, o chamado efeito werther.

Literathatha 28/10/2023

Queria ter gostado mais
Eu sempre me sinto culpada quando não amo um livro clássico. Eu vejo o valor neste livro. Mas minha avaliação é sempre baseada na capacidade do livro me surpreender e me instigar. Sei que é uma avaliação rasa, mas é uma forma autêntica de dar minha opinião.