Bruna 02/05/2018Precisamos falar sobre os Werther’s que vivem ao nosso redor!Tive que ler rápido, não podia me demorar ou agonizaria junto às angustias do jovem Werther.
Senti vontade de adentrar o livro, de conversar com ele, de mostrar que existem muitos caminhos para livrá-lo de seu triste destino.
É uma leitura espetacular, mas nada confortável.
Este desconforto nos toca porque não se trata apenas de ficção, nem de um romance de época.
É sobre vida real, sobre o mundo contemporâneo e sobre algo que continuará a acontecer no futuro.
Em meu caso, foi mais do que uma leitura. Me tocou de forma profunda, onde pude me enxergar na própria pele do jovem ali retratado.
Foi necessário olhar ao redor e reconhecer tantos Werther’s que convivem conosco.
Mesmo aqueles que menos transparecem, e podem estar vivendo um tormento interno.
E como ajudar? O que fazer além de sensibilizar?
Como enfrentar um fantasma que ainda é tão obscuro? Tão enigmático?
O inimigo, neste caso, é invisível. E nós nada mais somos do que cegos em meio ao bombardeio.
Como ação prática, estou nessa semana me inscrevendo como voluntária do CVV (centro de valorização à vida), onde farei um curso grátis para entender um pouco mais sobre o suicídio e, em seguida, ajudar pessoas que estão à beira de acabar com sua própria vida.
Esta resenha é para te indicar a leitura, mas ela é mais do que isso.
É para te incentivar a tomar uma atitude também.
A existência tem mais significado quando usamos nossa própria vida para contribuir com a vida de alguém.
Viver é raro, é magnífica e SEMPRE há esperança, SEMPRE tem uma saída, mesmo quando não conseguimos enxergar isso sozinhos.
Que livros como este possam nos tornar mais conscientes da preciosidade que temos em nossas mãos: de estudar assuntos tão pouco explorados e, a partir do conhecimento, ser capaz influenciar pessoas beneficamente e nos iluminar através desta missão!