Notas sobre o luto

Notas sobre o luto Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Notas sobre o luto


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carolmc_ 16/06/2021

Luto real
Chimamanda conta como foi perder seu pai, que ela tanto amava, de forma um tanto repentina, e a dificuldade de aceitação dessa perda.
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Rosabela 15/06/2021

Me senti contemplada pela raiva que ela descreve, a raiva que tenho das pessoas bem intencionadas, a raiva de não poder ter feito diferente, são raivas que me identifico completamente. "Não sinta raiva, a raiva te corrói por dentro" ouvi de alguém que já não me lembro quem, nesses últimos dias... Não só devemos sentir a raiva, como devemos organizá-la. Meu pai tinha um sonho de democracia, eu tenho um sonho de democracia. Meu pai tinha um sonho de feminismo que eu sei que ele aprendeu comigo e com minha irmã. Eu não vou continuar sorrindo calmamente esperando mudanças. O momento da morte de nossos pais foi um momento de distanciamento social, eu esperava um testemunho da falta de humanidade e da higienização da morte. Da falta de cerimônias, do como estão trancando as pessoas no hospital, estamos todos morrendo longe, sem comunicação. Meu pai ficou sete dias sozinho na uti, ninguém nos avisou que ele seria entubado. E ele morreu logo após a intubação, ninguém nos dizia como ele estava, ninguém nos deixava comunicar com ele. Eu não sinto raiva só das boas intenções eu sinto raiva da higienização da morte. O médico que nos recebeu no hospital não queria nos deixar vê-lo, ele dizia que não era bonito. Será que ele pensa que o corpo morto deve ser visto como um corpo numa vitrine? Depois de sete dias sem poder entrar na uti, lá estávamos nós amontoados dentro da uti, tendo acesso aos outros pacientes, vendo a cama vazia que estava sendo ocupada pelo meu pai sendo ocupada por outra pessoa. Parece que eles adoram testemunhar a dor. Porque após a morte entramos todos juntos, correndo riscos piores de contaminação, uma atitude que não condiz com a atitude que tiveram enquanto meu pai ainda estava vivo. O médico suplicava, nós somos humanizados, nós somos humanizados. Meu tio entrou na frente dizendo que eu era jovem demais, que eu falava muito. Para ele não me levar em consideração. Eu não me lembro mais o que falei, lembro apenas da reação deles, mas eu desejo profundamente que minhas palavras tenham o efeito de uma faca cortando a carne de todos que ouviram. E eu espero que a raiva que sentimos seja ecoada e direcionada aos lugares certos.
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Renata 14/06/2021

Sem palavras pra esse livro! Como essa mulher é talentosa e com a escrita sensível? incrível!
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cheledrum 13/06/2021

Livro curto mas passa muito bem a mensagem.
Acredito que retrate o que muitas famílias estão vivendo neste tempo de pandemia.
Senti uma aproximação, uma vulnerabilidade que a autora se dispõe.
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lau 13/06/2021

Insuperável
Nessa leitura, o luto é narrado em sua essência mais bruta, com todas as nuances que o acompanham. Extremamente necessário para a época em que vivemos, nos faz refletir sobre a finitude da vida e,acredito, que possa trazer um acalento para corações que estão sofrendo com a perda de alguém querido.
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luanivea 12/06/2021

Luto em meio ao caos de uma pandemia
E mais uma vez a Chimamanda nos transbordando de sentimentos. Nesse livro ela fala sobre o luto, em como foi difícil perder o pai, seu melhor amigo, em meio a pandemia.
Esse livro é curto, mas sensível e forte. É angustiante perder alguém em meio uma doença nova e na qual vc não pode sair de casa e aeroportos estão fechados, sendo forçada a ficar longe da sua família.
Enfim, acho que a escrita é uma válvula de escape para a autora, que funcionou muito bem, essas notas são muito profundas e significativas.
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Isabel.Costa 11/06/2021

Ótima leitura!
Como diz o título, são notas sobre a experiência da autora ao perder seu pai.
Reflexões super pertinentes sobre o luto e contextualizado no momento da pandemia da covid 19, e a impossibilidade de viver o ritual tradicional de despedida.
Terminei a leitura muito rápido e com muitos grifos, especialmente sobre as primeiras sensações diante da morte de um ente querido, e a experiência pessoal de um acontecimento tão humano.
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Renata 10/06/2021

Ahhhh Chimamanda. Sempre forte e sensível. Suas palavras são carregadas de vida. É impossível não se emocionar com este relato.
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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 16/06/2021

Porque eu amo Chimamanda??

Eu não sabia o que esperar de "Notas sobre o luto". Pensei que fosse discussões sobre o tema da morte, ou algo mais ficcional, mas é uma espécie de livro de memórias de Chimamanda sobre a morte do pai dela, que aconteceu por falência renal provocada por uma infecção (provavelmente covid), no ano passado.
Então ela retrata de forma muito profunda as dores de perder alguém especial nesse momento tão "estrangeiro" a todos nós, e o livro tem várias nuances muito interessantes. É também muito profundo e muito bonito. Inclusive, também trás uma perspectiva sobre de que maneira os Igbós simbolizam os processos de morte e morrer (que é algo bem diferente). É um livro curto, dá pra ler numa "sentada". Enfim, maravilhoso! ?? Acho que todo mundo que já perdeu alguém termina se encontrando nas páginas em algum momento.
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Di Sanctis 10/06/2021

A dor do luto em palavras
Falar sobre luto é uma coisa extremamente complicada e delicada. Ele não é igual para todo mundo e não existe uma fórmula mágica para torná-lo menos doloroso. Você só entende o que significa, quando precisa de fato encará-lo.

E foi justamente ao enfrentar uma perda, que a autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie escreveu “Notas sobre o luto” publicado pela @companhiadasletras

Após perder o pai em junho de 2020, em meio a pandemia da Covid-19, Chimamanda colocou em palavras sua imensurável dor.

É um relato extremamente triste, marcado pelas lembranças e pela cruel distância imposta pela situação atípica que impediu a autora de estar presente durante a despedida.

Ela fala sobre a ligação especial com o pai, os exemplos que levou para vida e sobre todo o planejamento que envolve o enterro tradicional em sua comunidade na Nigéria, que "precisa ser numa sexta-feira, porque o padre da paróquia só enterra os idosos às sextas."

Mesmo sendo um livro curto, imergi profundamente em suas 144 páginas e senti um imenso pesar ao imaginar que a autora foi apenas uma entre inúmeras pessoas, que encararam suas perdas via chamadas de vídeo ou de voz, impossibilitadas de abraçar aqueles que ficaram.

Não indico a leitura se você estiver em um estado emocional muito abalado, mas com certeza o livro entrega passagens necessárias a quem busca uma conexão com outrem que passou pelo processo cruel do luto.

#TheRedVulcan

site: https://www.instagram.com/p/CP1VJA9hv_I/
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Andre.Barbosa 09/06/2021

A dor do luto
A demonstração do luto real por parte da escritora, nos faz analisar o quão pesaroso é perder um pai, mãe ou filhos. Me fez refletir sobre questões mínimas de como podemos agir como uma pessoa que passa por esse momento. Apesar de ter vivido luto outras vezes, percebi que ainda não tenho uma noção exata de como é, a proximidade e o afeto que temos pela pessoa que não está mais com a gente, amplia a dor e torna tudo insuportável ou sem sentido.
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Jay 09/06/2021

O luto em palavras
Em ?Notas sobre o luto?, Chimamanda coloca em palavras toda a sua dor pela perda do pai, o professor James Nwoye Adichie, vítima da covid-19 em junho de 2020. Chimamanda fala de sofrimento, choque, incredulidade, raiva e, mesmo assim, consegue mostrar seus sentimentos de forma bastante emocionante e tocante.

Impossível sair dessa leitura sem se sentir tocado e solidário com dor da autora, especialmente em tempos em que milhões de pessoas no mundo todo estão em luto por familiares e amigos. Impossível não se emocionar com as lembranças que Chimamanda tem do pai e também muito difícil não se identificar com o sentimento descrito, mesmo aqueles que não perderam familiares durante esta pandemia.

?Estou escrevendo sobre o meu pai no passado, e não consigo acreditar que estou escrevendo sobre o meu pai no passado?

Leitura rápida, fluida e emocionante. Um livro pequeno, mas poderoso.
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Think.Cami 08/06/2021

Super recomendado
Livro de uma sensibilidade incrível. Impossível parar de ler.

Recomendo para todos que estão passando pelo luto da perda de alguém muito querido.

Chimamanda sempre trazendo ótimas reflexões de uma forma leve.
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Renata (@renatac.arruda) 06/06/2021

A perda de uma pessoa amada é sempre uma ocasião traumática, uma dor que, mesmo quando compartilhada com outras pessoas, é individual e solitária. Parece completamente absurdo que o mundo siga sua rotina como se nada tivesse acontecido, enquanto a pessoa enlutada sente que o tempo está em suspenso. Ninguém está preparado para vivenciar o luto, principamente quando a perda é inesperada, e nunca sabemos exatamente como iremos reagir. Ou quando vamos nos recuperar.

É a respeito desse processo que escreve Chimamanda em Notas Sobre o Luto. Embora já tivesse enfrentado a perda de parentes queridos, a morte repetina do seu pai amado, de quem era muito próxima, levou a autora a experimentar uma dor até então jamais sentida e ela compartilha em seu livro como foi receber a notícia, acompanhar os preparativos para o funeral e receber condolências enquanto lutava para aceitar a realidade imposta e assimilar a ausência definitiva.

Ao longo da leitura, me identifiquei bastante com o mecanismo de defesa de Chimamanda de simplesmente querer se recolher e sumir, não responder mensagens ou falar com ninguém, enquanto vivia sua dor. Em uma época em que vivemos conectados, sendo estimulados a não parar de interagir, engajar e produzir, renunciar ao desgaste de lidar com os outros e se recusar a fugir da realidade com o excesso de trabalho para enfrentar as emoções de frente, me parece um movimento mais do que compreensível - necessário mesmo - para conseguir se reerguer. Nesse sentido, a escrita do texto (publicado no site da New Yorker antes de virar livro) me parece menos uma necessidade de produzir e mais o resultado de um processo terapêutico.

Nesses tempos de pandemia, em que milhões de pessoas ao redor mundo perderam entes queridos para a covid-19, o livro acaba funcionando como uma ferramenta de consolo, uma maneira de se sentir menos só ao ler a experiência e as reflexões da escritora.

Infelizmente, durante a divulgação do livro, e menos de um ano depois da morte do pai, Chimamanda perdeu também a mãe. Ela escreveu: "Como um coração pode se partir duas vezes? Ainda estar imersa no luto, mal respirando de novo, e ser insensivelmente mergulhada de volta em uma dor que não é capaz de articular". Eu nem consigo imaginar a sua dor. ?
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Bia 06/06/2021

Saudades de um pai
Relatos com mescla de revolta e aceitação com a partira-se inesperada de um pai. De forma sensível notas de um luto retrata um momento de aceitação da partida inesperada de uma pai que muito deixou em suas lembranças e na pessoa que se tornou.
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