Notas sobre o luto

Notas sobre o luto Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Notas sobre o luto


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Débora Castro Alves 22/06/2021

2020: Intenso!!!
2020 foi um ano DESAFIADOR para a família Adichie, sem dúvida!!

Num relato curto, mas de uma delicadeza com que só uma filha amorosa pode descrever a relação com seu pai, Chimamanda nos apresenta um pouquinho da sua dor e de como a perda do SEU HERÓI E ÍDOLO afetou sua vida e de todos à sua volta.

Com reflexões profundas e diretas, questiona nossas ações, falas e pensamentos ANTES e DURANTE a vigência do LUTO em sua verdadeira essência.

Em poucas páginas, o leitor é levado a partilhar uma amostra dessas emoções, nos deixando com a vontade só ABRAÇAR, sem emitir nenhuma palavra de conforto, negação ou sugestão. Só estar e sentir...
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Carla Verçoza 21/06/2021

Um relato triste e doloroso sobre como a autora enfrentou o luto pela morte do pai durante a pandemia, a angústia de não poder estar junto com a família, q estava em outro país, devido ao Lockdown. Chimamanda expõe sua tristeza, raiva e dor de forma honesta.
No dia que finalizei a leitura (19/06/2021), o Brasil chegou à marca de 500 mil mortos pela Covid. Quase todo mundo está vivendo seu próprio luto por um parente, um amigo, alguma pessoa querida. Não está fácil.
:(

"O LUTO É UMA FORMA CRUEL de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras."

"Ter um amor arrancado, sobretudo quando isso é inesperado, e depois ouvir que se deve recorrer às lembranças. Em vez de virem me acudir, minhas lembranças trazem eloquentes pontadas de dor que dizem: ?É isso que você nunca mais vai ter?. Às vezes elas trazem o riso, mas um riso que é como carvões em brasa que logo voltam a se transformar nas chamas da dor. Tomara que seja uma questão de tempo? tomara que seja só demasiado cedo, terrivelmente cedo para esperar que as lembranças sirvam apenas como bálsamo."
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Barreto20 20/06/2021

"nós não sabemos como será o nosso luto até o nosso luto acontecer"
Acho que não tem como Chimamanda escrever algo mais pessoal. E por ser tão pessoal é que dá pra se identificar tanto.
Ela fala sobre todos os sentimentos que sentimos em relação ao luto. Dor, raiva e ódio, culpa, desinteresse em receber mensagens como "agora está num lugar melhor/descansou" (mesmo sabendo da boa intenção de quem fala), burocracias que precisamos lidar...
Foi uma leitura muito profunda pra mim pois só conseguia pensar na minha vó. E o que ficam são as lembranças, mesmo que, assim como ela cita, as lembranças às vezes venham como quem diz "é isso que você nunca mais vai ter".
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vasilisamorozko 20/06/2021

Aprender A Lidar Com A Morte Não É Fácil
"Será que o amor traz, nem que seja de forma inconsciente, a arrogância ilusória de achar que nunca vamos ser tocados pela dor?"

#83 - Pensar e falar sobre a morte é algo que eu ainda não consigo fazer bem ao ponto de me fazer entender para outras pessoas. Desde que terminei esse livro já se passaram uns dez dias e eu ainda me encontro com dificuldade sobre o assunto.
Era vida de alguém, a histórias de muitos que foram cefeidas de forma muito inesperada.
Quem poderia imaginar que uma pandemia poderia acontecer? A eu do início de 2019 nem poderia sonhar com algo assim.
Por isso é tão difícil explicar mesmo que todos saibam como é o sentimento de ter alguém ao seu lado em um segundo e no outro já não está mais. A gente perde mais do que só uma pessoa e momentos, com o Corona perdemos o sentimento de que não há nenhum tipo de humanidade nos seres humanos.
Quantas festas e aglomerações foram noticiadas nos últimos meses? Quantas pessoas fizeram pouco caso com as vidas perdidas? Pessoas morreram e estão morrendo e isso ainda não parece grave para muitos.
Porque é tão difícil se importar com o próximo no sentido global? Só a vida do próximo que você conhece importa?
Que coisa distorcida.
Um trecho desse livro que me deixou muito triste foi:
"Reconheço a risada aguda que ele imita e sei que ela tem menos a ver com o que meu pai diz do que com o fato de estar com ele. Uma risada que eu nunca mais vou dar, Nunca mais, veio pra ficar, nunca mais parece injusto e punitivo. Eu vou passar o resto da vida com as mãos estendidas tentando alcançar coisas que não estão mais ali."
Pois quando você parar pra pensar na dor de todos que continuaram aqui esperando e lutando pra ter uma vaga em um leito vendo seus parentes sofrer até o último segundo você se torna incapaz de aceitar a história de que nada poderia ser feito para mudar isso.
Ainda mais quando a frase "Ele estava com oitenta e oito anos" deve ter sido pronunciada pelo mundo todo, ser alguém com idade avançada significa que você é descartável?

Sentimento de revolta, compreensão e tristeza foi o que esse livro me trouxe outra vez ao pensar nesses dois últimos anos e sobre todas as coisas que poderiam ter sido diferentes se pelo menos tivéssemos um líder que se importasse.
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Carlos.Pery 22/05/2021

Bastante sensível a forma como Chimamanda trata um fato tão triste da vida, especialmente nesses tempos de pandemia. Acredito que muitos (inclusive eu) consigam enxergar-se nos sentimentos relatados por ela.
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Isabelle Lopes 23/05/2021

Você também vai se reconhecer no texto, caso já tenha...
... perdido alguém.

"O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras".
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raissa 17/06/2021

Tocante
Extremamente emotivo e realmente tocante. Um relato real e cirúrgico do luto. Chimamanda tem um jeito de escrever e por a emoção no papel de um jeito incrível
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Andreia.Kohut 27/05/2021

Aqui a autora fala sobre sua experiência de luto com a morte do pai em meio a pandemia. Pensamentos, sentimentos, lembranças e ausências nos aproximam de sua dor. Triste, como perder alguém que amamos sempre vai ser...
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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 16/06/2021

Porque eu amo Chimamanda??

Eu não sabia o que esperar de "Notas sobre o luto". Pensei que fosse discussões sobre o tema da morte, ou algo mais ficcional, mas é uma espécie de livro de memórias de Chimamanda sobre a morte do pai dela, que aconteceu por falência renal provocada por uma infecção (provavelmente covid), no ano passado.
Então ela retrata de forma muito profunda as dores de perder alguém especial nesse momento tão "estrangeiro" a todos nós, e o livro tem várias nuances muito interessantes. É também muito profundo e muito bonito. Inclusive, também trás uma perspectiva sobre de que maneira os Igbós simbolizam os processos de morte e morrer (que é algo bem diferente). É um livro curto, dá pra ler numa "sentada". Enfim, maravilhoso! ?? Acho que todo mundo que já perdeu alguém termina se encontrando nas páginas em algum momento.
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carolmc_ 16/06/2021

Luto real
Chimamanda conta como foi perder seu pai, que ela tanto amava, de forma um tanto repentina, e a dificuldade de aceitação dessa perda.
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Rosabela 15/06/2021

Me senti contemplada pela raiva que ela descreve, a raiva que tenho das pessoas bem intencionadas, a raiva de não poder ter feito diferente, são raivas que me identifico completamente. "Não sinta raiva, a raiva te corrói por dentro" ouvi de alguém que já não me lembro quem, nesses últimos dias... Não só devemos sentir a raiva, como devemos organizá-la. Meu pai tinha um sonho de democracia, eu tenho um sonho de democracia. Meu pai tinha um sonho de feminismo que eu sei que ele aprendeu comigo e com minha irmã. Eu não vou continuar sorrindo calmamente esperando mudanças. O momento da morte de nossos pais foi um momento de distanciamento social, eu esperava um testemunho da falta de humanidade e da higienização da morte. Da falta de cerimônias, do como estão trancando as pessoas no hospital, estamos todos morrendo longe, sem comunicação. Meu pai ficou sete dias sozinho na uti, ninguém nos avisou que ele seria entubado. E ele morreu logo após a intubação, ninguém nos dizia como ele estava, ninguém nos deixava comunicar com ele. Eu não sinto raiva só das boas intenções eu sinto raiva da higienização da morte. O médico que nos recebeu no hospital não queria nos deixar vê-lo, ele dizia que não era bonito. Será que ele pensa que o corpo morto deve ser visto como um corpo numa vitrine? Depois de sete dias sem poder entrar na uti, lá estávamos nós amontoados dentro da uti, tendo acesso aos outros pacientes, vendo a cama vazia que estava sendo ocupada pelo meu pai sendo ocupada por outra pessoa. Parece que eles adoram testemunhar a dor. Porque após a morte entramos todos juntos, correndo riscos piores de contaminação, uma atitude que não condiz com a atitude que tiveram enquanto meu pai ainda estava vivo. O médico suplicava, nós somos humanizados, nós somos humanizados. Meu tio entrou na frente dizendo que eu era jovem demais, que eu falava muito. Para ele não me levar em consideração. Eu não me lembro mais o que falei, lembro apenas da reação deles, mas eu desejo profundamente que minhas palavras tenham o efeito de uma faca cortando a carne de todos que ouviram. E eu espero que a raiva que sentimos seja ecoada e direcionada aos lugares certos.
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Haviva 15/06/2021

Sentimento fielmente escrito
"Como eu AMAVA muito meu pai, um amor arrebatador e terno, no fundo sempre temi esse dia . Apesar disso embalada pela sua relativa boa saúde,pensei que tivéssemos tempo. Achei que ainda não fosse a hora. Eu tinha tanta certeza de papai chegaria aos noventa"

O luto mas não "apenas" o luto, o Luto de Amor na sua mais pura essência é retratado no livro você compreende,sente cada verso arrancando todos os pensamentos que rodeiam sua mente nesse momento que é eterno e vivido dia a pós dia, o sofrimento não é uma '"fase"que logo passa como que na inocência e hipocrisia te dizem você se desintegra e passa do modo Viver para apenas Sobreviver. Ninguém está preparado para a partida seja ela já na cama de um hospital ou de repente, ninguém até passar, nao sabe o peso do "posso imaginar o que você sente" a imaginação não é nada comparado ao vazio a falta nos pequenos detalhes que a ausência deixa.
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Renata 14/06/2021

Sem palavras pra esse livro! Como essa mulher é talentosa e com a escrita sensível? incrível!
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Rafa 26/05/2021

"Nós não sabemos como será o nosso luto...
até o nosso luto acontecer."

Chimamanda não decepciona.
Apesar de serem realmente notas sobre o luto, diferente de seus outros livros/discursos, aqui você consegue sentir o peso de sua perda e sentir o desabafo da autora em escrever sobre essa dor sem fim.
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cheledrum 13/06/2021

Livro curto mas passa muito bem a mensagem.
Acredito que retrate o que muitas famílias estão vivendo neste tempo de pandemia.
Senti uma aproximação, uma vulnerabilidade que a autora se dispõe.
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