luan_dal 09/09/2021
por que, diabos, esse livro é tão longo??
Infelizmente, eu vi esse livro fazer a passagem de uma história fantástica pra uma história insuportável (trocadilho ruim, eu sei).
É um pouco difícil de falar sobre a história sem revelar coisas que acontecem na metade dela, mas basicamente é o mundo em 2020 só que em uma realidade paralela onde um vírus transforma as pessoas em "vampiros".
No começo, a gente acompanha uns carinha do governo indo atrás de algumas pessoas, e aos poucos a gente entende o que tá acontecendo. Aí depois tem um salto temporal e a gente acompanha outro grupo de pessoas fazendo coisas chatas.
Atrás do livro tem uma frase do Stephen King, falando que "15 páginas são o suficiente para cativá-lo; depois de 30, você se descobrirá prisioneiro, lendo noite adentro".
Eu não confio nessas frases do King, porque ele elogia alguns livros que eu não gosto, mas nesse aqui ele tava certo.
Na página 20 eu já tava envolvido na história, amando o que acontecia, mesmo não tendo NADA sobre o vírus, apocalipse, etc.
E aos poucos foi mostrando mais do vírus e etc, e tava maravilhoso. Era lento; demorava pra explicar as coisas, dando algumas pistas aqui e ali, mas eu amei.
Aí então perto da página 300, a gente tem o salto temporal, e a história sai desses personagens do governo e vai para........ jovens.
Jovens sendo jovens e fazendo coisas de jovens, e uma história que não anda porque o autor tem que apresentar um novo mundo, com novas regras, com novos personagens e tudo isso é cansativo.
São páginas e páginas de jovens chatos e desinteressantes, com pouca coisa acontecendo. Quando acontecem, o autor para no meio da ação e pula para algum momento no futuro, para então recapitular o que aconteceu.
E ele faz isso várias vezes. Quando ele podia descrever uma perseguição inteira (por exemplo), ele prefere mostrar o personagem começando a correr, e depois um corte brusco para o personagem no hospital, cuidando dos ferimentos, e volta a mostrar a perseguição. PRA QUÊ???????
O principal motivo que me fez não gostar dessa parte com os jovens e a Colônia foi os personagens. Para citar Larissa Manoela (falando sobre cajus), os jovens não me apeteceram.
Era chatos, chatos, chaaatos.
Teve algumas coisas legais, mas elas eram ofuscadas pelas coisas ruins.
E em certo do momento do livro tem uma sessão de cinema ?????????????????????????????????????????????? do nada eles assistindo Drácula.
Se isso foi algo importante, eu não sei, pois fiz leitura dinâmica nas últimas 150 páginas.
Outra coisa que me irritou foi que nenhum personagem morre. Nem quem parece que morreu tá morto. E alguns nem tem motivo pra não ter morrido, porque só aparecem pra fazer uma coisinha que podia ter sido feita por qualquer outro (e eu aposto que ~certa pessoa tá viva. Tô falando de você, mãe)
Aí no final aconteceu coisas que eu achei sem graça. Teria sido bom se eu não tivesse passado 500 páginas com cara de paisagem.
Aí o final final, últimas frases... Eu até que fiquei curioso pra saber o que acontece, mas não vou me sujeitar a ler mais de mil páginas nos próximos dois livros; vou ler um resumo e tá de bom tamanho (ainda mais que o segundo vai ter gente estúpida....... já basta o país no qual vivo)
Gatilhos: relacionamento abusivo, violência contra mulher e criança, enforcamento, suicídio, mais violência e jovens chatos.