Resenhas - A Passagem

Vanessa Vieira 05/09/2011

A Passagem_Justin Cronin
O livro A Passagem, de Justin Cronin, nos relata momentos apocalípticos e de grande terror sobre a Terra. Tudo acontece quando um grupo de doze prisioneiros foge de uma penitenciária de segurança máxima e começam a espalhar a matança. Eles foram manipulados geneticamente e se tornaram criaturas sobrenaturais, com um forte apetite por sangue e uma capacidade de regeneração surpreendente.

Uma garotinha de 6 anos, Amy, abandonada pela mãe em um colégio de freiras, entra na mira do FBI, para ser o experimento de número 13. O agente Brad Wolgast é requisitado pela equipe para encontrar Amy. Porém, Wolgast, ao contrário do que lhe foi imposto, protege Amy com unhas e dentes, e sobretudo, com a própria vida.

Décadas transcorrem e o que começou com 12 presidiários, toma proporções imensas, vitimando vários seres humanos e acabando com mais da metade da população da Terra. Em um forte no meio do nada, vivem alguns sobreviventes, que se escondem dos olhares dos virais e lutam pelas suas sagradas vidas. Porém, a jornada deles será árdua, já que os suprimentos não são suficientes e uma ameaça de pane na rede elétrica está prestes a acontecer.

O futuro se encontra com o passado, em busca de respostas que demoram a chegar...Sonhos, pesadelos, fúria, medo...Será que existe uma cura? E se existe mesmo, onde se encontra?

A Passagem possui 816 páginas e apesar da grossura do livro, a estória flui de uma forma intensa e gostosa. A cada página, a trama toma novos desfechos e muito mistério e suspense norteiam o livro de Justin Cronin. Para amantes de sobrenatural, como eu, com muito sangue e terror, é um prato cheio. A Passagem é o primeiro volume de uma trilogia que promete, e como promete! Super recomendado!

http://newsnessa.blogspot.com/

karine 27/12/2010

Um cenário desolador, entretanto cheio de esperança. Justin Cronin nos dá personagens para amarmos, e depois os toma de nós - e logo os devolve. O livro é uma montanha russa emocional; uma sequencia de acontecimentos rápidos e urgentes na luta pela sobrevivência. Oscilamos de um personagem para o outro, entramos em suas mentes e provamos de todas as suas desesperanças e tristezas. Fiquei muito frustrada com o romance, mas por fim me resignei. Acho que ainda não era a hora, e que Justin Cronin nos prepara para algo muito mais intenso nas sequências. No começo você pensa que todas aquelas páginas intermináveis - assustadoras oitocentas - são um desperdício de palavras e tempo, mas ao decorrer do livro - a cada parte ele fica mais envolvente e interessante -, passa a ansiar por todas aquelas páginas.
Pertubardor, emocionante, envolvente, sombrio, profundo e humano. Numa humanidade desolada pelos próprios erros, os últimos humanos tentam reerguer o que restou do mundo. Um mundo esquecido, cheio de esqueletos, poeira e tristeza. Mas ainda há esperança, amor e família no meio das terras literalmente escuras. Afinal, nós somos humanos.

MARQS 21/01/2011

um grande livro, em todos os sentidos
Sinceramente o livro me surpreendeu. Esperava uma história de vampiro como outra qualquer, com vampiros bonzinhos que não fazem nada demais, ou violentos e ocupando toda a história.

Neste caso eles existem, estão lá, são importantes. Mas quem realmente importa são os demais personagens. Sei que já se falou deles muitas vezes em outras resenhas, mas o Senhor Cronin conseguiu criar uma turma de pessoas que por uma característica ou outra nos cativa. Peter, que no início parece alguém destinado a viver à sombra do irmão e acaba assumindo uma posição decisiva no desenrolar dos acontecimentos, é o principal exemplo de como as coisas são mutáveis nesse livro. Confesso que aos poucos minha visão a respeito dele mudou da apatia para a admiração. Mas ele não seria grande coisa sem personagens como Alicia, que dá um banho de coragem e determinação, Sara, Hollis e Michael que você percebe crescerem na trama e cada um deles, no momento necessário, sendo de grande valia para a sobrevivência de todos.

Sobrevivência, aliás, é a palavra-chave desse livro. A luta para permanecer humano, para não se tornar um viral, que leva a todos numa busca quase que suicida por uma resposta.

E ainda tem a Amy... A intrigante e secreta Amy. Acho que ainda temos muito o que descobrir a respeito dela. E tenho a impressão de que faremos essas descobertas juntos com Peter e sua turma.

Outra característica que me surpreendeu no livro foi o fato de o autor abordar um assunto ou outro pela visão de um personagem diferente. Este fato ajuda ao leitor a conhecer melhor a personalidade daquele personagem e sua maneira de encarar a situação.

Realmente, foram 816 páginas de leitura onde o autor muda a civilização de como a gente conhece hoje e nos joga num mundo sombrio, novo e onde eu não gostaria de estar. E ele faz isso de forma que instiga o leitor a continuar a busca pelo que vai acontecer adiante.

Fazia tempo que não lia um livro tão intrigante. Estou esperando ansiosamente pela continuação, para ver como esses corajosos seguirão até encontrar as respostas necessárias.

Naty 20/09/2010

www.meninadabahia.com.br
Um experimento secreto. Um erro. Um vírus exposto. O fim da sociedade como conhecemos. Uma garota. Uma chance de recomeço.

Uma expedição militar secreta na América do Sul é formada para colher um vírus ‘benéfico’, que regenera tecido e órgãos, dando vitalidade aos humanos. A expedição é uma tragédia. Morcegos assassinos atacam o grupo, mas uma amostra do vírus é trazida com sucesso.

Um grupo de condenados à morte é ‘convidados’ a ser cobaia nesse experimento, com a ressalva de terem sua condenação à morte retirada. Além deles, há Amy. Uma órfã e única criança do experimento.

Mas algo dá errado e todas as cobaias, com exceção de Amy, viram máquinas assassinas. Monstros sedentos por sangue. E, logo o vírus se espalha pela população, praticamente dizimando toda a raça humana.

Quase uma centena de anos se passa e os poucos sobreviventes se juntara para formar uma colônia. Ao longo das páginas conhecemos vários personagens distintos, mas necessários na composição da estória.

Algo novo e surpreendente acontece. Esperança. A passagem, de Justin Cronin (Sextante, 816 páginas, R$ 49,90), é uma narrativa ambiciosa e impactante. Não é apenas mais um livro sobre vampiros ou sobre um mundo pós apocalipse, mas sobre a luta pela sobrevivência, sobre recomeçar de novo. Sobre crescimento vivencial e espiritual. É uma viagem sobre o poder que temos e as conseqüências de nossos atos.

Uma leitura mais do que obrigatória, que ganhou diversos prêmios internacionais como: PEN/Hemingway Award, Stephen Crane Prize e Whiting Writer's Award. E teve os direitos, para adaptação cinematográfica, vendidos por US$ 1,75 milhões à Fox.

Outra ótima notícia é que o livro terá seqüência. Na verdade seqüências. Os próximos volumes são esperados para 2012 e 2014.

Trilogia A passagem

A passagem
The Twelve
The City of Mirrors

Este aviso vai para aqueles que se 'assustarem' com a quantidade de páginas: Dêem uma olhadinha na cotação desse livro na Amazon. O livro é bom e tem uma cotação excelente! Garanto que vocês também vão querer ler.

Pelintra 16/12/2020

melhor trilogia que já li na vida
Gosto bastante dessa temática (apocalíptica), mas nunca tinha lido uma trilogia tão bem feita.
Comprei o primeiro livro e comecei a ler despretensiosamente. Já estava profundamente envolvido com os personagens quando o livro começou a ficar realmente bom.
Então só parei de ler quando precisei sair de casa para comprar o 3° livro..

Recomendo que seja lido sem qualquer spoiler. Deixe se surpreender!

Bruna Britti 11/09/2010

Sem palavras...
*a resenha é sem spoilers*

www.supremeromance.blogspot.com

Essa foi uma das resenhas mais difíceis que fiz até hoje. Isso não só pela questão de não contar spoilers, mas pela história do livro em geral, que estou até agora impressionada, e sem palavras para a imaginação de Justin Cronin.

A princípio as 816 páginas podem assustar, mas é uma leitura tão envolvente; antes de você perceber terá lido no mínimo as primeira cem páginas. Pois é, o livro é simplesmente incrível.

Esqueça o estereótipo de vampiros. Aqui não se trata deles, não de um modo específico. Nenhum vampiro que se apaixona, que luta contra as forças do mal, ou algum deles que cai de amores por uma humana, nada dessa modinha… A questão aqui é um projeto desenvolvido pela força militar dos Estados Unidos, cujo o principal objetivo era criar uma “máquina de destruição”, por assim dizer. Mas o projeto Noé, (nome que tem tudo haver com a idéia do projeto), sai fora de controle, e o vírus se espalha. A exceção de Amy, todos os outros que faziam parte do experimento acabam se transformando. Alguns preferem chamar as pessoas infectadas como Virais, outros como Dracs, e raramente a palavra “vampiro” é encontrada no decorrer das páginas.

A Passagem é incrível, alguns momentos me lembrou Resident Evil (mas sem as partes mais nojentas, hehe), outros, aqueles filmes que assistimos onde o mundo inteiro acaba, e as pessoas precisam aprender a viver de novo, em colônias pequenas, cuja sobrevivência do dia-a-dia é o objetivo principal. O livro é dividido em várias partes, dentro dela os capítulos, mas posso dizer que em resumo, há duas partes (a durante o experimento, e a depois, quando a catástrofe acontece). Dando minha opinião, os finais de ambas deixam a gente arrepiada, sem exagerar!

Falando sobre os personagens, ele não é só focado em apenas um, mas em vários. Embora mostre que Peter e Amy são os que terão o papel principal em todos os livros (Principalmente Amy! E sim, o livro fará parte de uma trilogia!), vemos também muitos outros como Alicia, Sara, Theo, etc… Cada um deles é importante de algum modo. E adivinhem? O livro tem romance!!! *dando pulinhos*

Simplesmente incrível é pouco pra descrever o livro. Já andei fuçando no twitter do autor, e descobri que o segundo livro só ficará pronto em 2012. Só em 2012??? Fiquei triste, mas a boa notícia é que os direitos para o cinema já foram comprados. Então indico com toda certeza um livro com muito suspense, ação, aventura, drama (sim, infelizmente tem drama, andei derrubando umas lágrimas, hehe) e romance! Perfeito!

Gabriel.Jantsch 05/01/2014

Um Mergulho em um Novo Mundo.
"A Passagem". Bem, este livro com certeza não foi algo apenas de "passagem" em minha leitura e mente. Foi um dos livros mais completos e mais bem organizados que já li. Tanto na estrutura gramatical e de concordâncias como no enredo em si. Sim é uma leitura que exige extrema paciência e gosto para ler, pois é um livro grande e se você não for capaz de se envolver em enredos não conseguirá levar a leitura adiante, mas se acabar se envolvendo (como no meu caso) você simplesmente será sugado para outro universo.
O livro é uma surpresa e uma perfeição a cada página e quando chega ao final se torna algo realmente épico, é uma leitura gostosa e envolvente de se ler. Nela o autor criou um universo totalmente completo e invejável. Foi um livro que acima de tudo, finalizou a história me deixando de boca aberta.
"A Passagem" é assim, um livro gostoso, envolvente e surpreendente, com uma harmonia dos fatos encantadora. Um livro com um começo, meio e fim perfeitos.
#próximoosdoze :)

Karol 22/07/2013

.
Há livros de adolescente, livros de criança e livros de gente grande. Não vou negar pra vocês que sou uma grande fã dos dois primeiros mas nada, absolutamente nada, consegue preencher minha mente tão bem quanto um livro adulto bem escrito.

Porque livros adultos nem sempre são cativantes. Eles precisam ser lidos com grande concentração e foco, coisas difíceis de conseguir no transporte público de São Paulo. Mas quando um livro adulto, mesmo pesado e intenso, consegue cativar meu coração, ele fica inesquecível. E vira um favorito. E A Passagem virou um favorito.

É difícil fazer uma sinopse porque o livro é simplesmente enorme. Do tipo que parece que você leu cinco livros e não apenas um. Tem autores que dividem seus livros em "sublivros" dentro da obra, mas você continua com a sensação de ter lido um livro só. A Passagem não é assim. A Passagem é uma dezena de livros em um livro só.

Vamos lá então: A Passagem conta a história do fim do mundo. E um fim do mundo causado por uma mistura de ignorância e prepotência das forças armadas americanas que, em menos de um ano, conseguem dizimar 90% da população mundial – ou americana. Não se sabe se o mundo todo acabou ou se só os EUA foram banidos do mapa.

A transmissão do vírus que transforma seres humanos em virais, um tipo de vampiro com leves alterações em relação ao mito original, se dá pelo ar e pela mente, de forma que ninguém está realmente seguro. Nem durante o dia, nem trancado dentro de uma fortaleza. E é aterrorizante. Porque eu não tenho medo de vampiros, mas tive medo dos virais, mesmo sem conseguir realizar como seria sua aparência.

Nós acompanhamos, nesse primeiro volume, o início da infestação e o desenvolvimento de uma colônia, uns 90 anos após o desastre. E por mais que o livro seja sobre o fim do mundo, é principalmente um livro sobre como pessoas tornaram possível esse fim do mundo e como podem tentar reverter essa situação. É um livro que entra profundamente em seus personagens, nos transmitindo seus pensamentos mais íntimos e mostrando como cada personagem lida com a realidade difícil posta à sua frente, analisando muito da natureza humana no processo. É realmente bem escrito.

Senti uma semelhança com Bento, do André Vianco, e com Eu sou a Lenda, aquele filme do Will Smith, que tem um livro por trás também. Logo, não é uma premissa nova, pois tem dezenas de autores por aí destruindo a humanidade. A diferença de Justin Cronin reside em destruir a humanidade e, ainda assim, expor a outra humanidade, aquela que vive dentro de cada pessoa.

Não é um livro leve – em nenhum sentido. As costas doem e a mente sai um pouco perturbada da experiência também, pois dá pra sentir uma empatia grande por todo o livro. Em muitas vezes me peguei, chocada, pensando como aquilo tudo poderia ter acontecido, até lembrar que era só um livro. Fui totalmente sugada pela história.

Recomendado. Pra quem gosta de uma boa história pós-apocalíptica e pra qualquer leitor curioso e ávido por um livro bem escrito. Melhor livro do ano, até agora.

site: http://www.literatura-pop.blogspot.com.br/2013/07/a-passagem-justin-cronin.html

Carlos.Daniel 29/09/2020

De tirar o fôlego!
King estava corretíssimo ao dizer que o livro lhe prende logo no início. Mesmo não começando com o que a resenha fala, confesso que adorei o desenvolvimento dos personagens desde antes do vírus ser considerado um problema mundial.
As reviravoltas são magníficas e não são muito previsíveis. Esse livro ficará em meus pensamentos por um bom tempo e estou ansioso para continuar a trilogia, tenho grandes expectativas.
Ademais, recomendo para todos que gostam de ficção e até para aqueles que querem se arriscar, mesmo sendo um calhamaço. :)

Luciano Luíz 12/03/2014

A PASSAGEM, de JUSTIN CRONIN é um catatau de 815 páginas que enche os olhos dos aficionados por épicos.

O enredo gira em torno de uma experiência que uma agência secreta do Governo dos EUA (sempre eles...) fez com condenados.
Mais especificamente, com 12 indivíduos que cometeram crimes de assassinato.
Dessa forma, um vírus é desenvolvido para criar super soldados. Homens que seriam capazes de enfrentar qualquer campo de batalha.
Mas, como estamos carecas de saber... isso não funciona muito bem...
E como não há como controlar as cobaias, eles não apenas escapam das instalações militares, como acabam por infectar outros milhões de seres humanos...
Ou seja, viram vampiros...
Ou um tipo de vampiro...

Mas antes disso, ainda há uma menininha que é a chave para poder não apenas encontrar a cura, mas compreender o que ela manifesta em seu corpo.
Já que os homens (que nem mesmo o próprio Governo em verdade sabe exatamente quem são) de algum jeito descobriram esse algo a respeito da menina.

O livro é um épico em tamanho. No quesito de qualidade narrativa e enredo, é relativo.

Após o Apocalipse que se instaura, o mundo passa a ser dividido entre as pessoas que tentam fugir e viver em suas sociedades cada vez mais arcaicas e os "virais" (estes recebem todos os tipos de nomenclaturas em medida que as páginas são viradas...).

A tecnologia vai se perdendo.
E o mundo mergulha na escuridão.

A primeira parte tem aproximadamente 230 páginas.
Ocorre no tempo presente (do enredo) e mostra uma narrativa impecável, repleta de detalhes que faz o mais voraz dos leitores se apaixonar rapidamente.
Tudo é mostrado com perspectivas de altíssimo nível e arranca aplausos.
O enrendo tem boas reviravoltas, ainda mais com o sequestro da menina, sua origem, e alguns dos 12 condenados e algumas cenas na base onde as experiências são feitas.
A personalidade de todos os personagens é cativante.
E facilmente podemos sentir o quanto se aproximam da realidade.
Mas...

Nas últimas páginas desta primeira parte, o autor começa a mostrar suas deficiências: os combates corporais e cenas que envolvem tiroteios são confusos e chatos. Não tem a precisão dos detalhes que conquistam nas páginas anteriores.

E para piorar, a aparência dos virais, não é bem narrada e o leitor tem de se esforçar para tentar criar uma criatura decente em sua imaginação. Já que o autor parece ter se esquecido de fazer isso...

A partir da parte 2, a estória avança dezenas de anos.
E é através de novos personagens que seguimos acompanhando um mundo desolado.
Famílias que começam a erigir novas sociedades.
As lutas contra os "voadores".
Há outros que chamem de "fumaças".

Aliás, um negócio trash no livro é a frase dita vez ou outra: "Por todos os voadores..."

O enredo que no início era cheio de mistérios, passa a ser totalmente previsível e repetitivo.
Pra mim foi fácil saber que tinha personagem a fim de matar o outro... sabe... aquelas disputas de sempre...
E algumas conversas são tão tolas que chega a dar tédio...
E assim vai até a última página.
Tem algumas surpresas interessantes, mas nem de longe são comparáveis ao que era apresentado na distante primeira parte...

Olha... vou ser sincero...
Esse livro é claramente uma cópia de A DANÇA DA MORTE de STEPHEN KING (que aliás, tem um comentário na contracapa...).
A única diferença, é que aqui, o autor resolveu fazer um trilogia.
Muito do que é apresentado não é apenas semelhante, mas idêntico. Desde uma personagem que fica fazendo um diário para anotar o que existia no passado, até uma velhinha que sabe de muitas informações preciosas...
E claro, toda a população sendo dizimada por um vírus criado pelo Governo...
As teorias diversas...
Mas no livro do King, é gripe, e aqui, vampiros...
E claro...
Toda aquela neve lá no final...

A PASSAGEM seria um livro fodástico se não existisse A DANÇA DA MORTE...

Ele tem pontos altos e baixos a partir da parte 2...
Mas em minha concepção, ficou devendo muito.
Ainda mais por se tratar de um livro realmente grande...

A continuação, OS DOZE não vai figurar em minha lista de leitura...

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804

karine 25/09/2021

Acho que posso resumir minha leitura desse livro em duas palavras: amor e ódio.
Eu amei as primeiras 300 páginas. A escrita do autor é maravilhosa, e foi incrível ver como tudo se desenrolou como um acidente em câmera lenta pois é claro que algo daria errado, e deu. As cobaias fugiram, e os virais tomaram conta, resultando no fim da humanidade.
Mas o que se destacou para mim nessa primeira parte foram os personagens. Bem construídos e complexos, suas motivações eram claras e cada um deles enchiam as páginas de forma que nem percebia a leitura. Foi incrível e eu amei.
A partir daí, odiei. Houve um pulo no tempo, quase cem anos e uma colônia de sobreviventes, o que foi interessante apesar de que, nesse caso, a escrita detalhista e lenta construção quase me fez largar o livro. E não por isso, mas pelos personagens que o autor decidiu dar protagonismo.
Era chato, é isso. E muito clichê. O Peter como o herói não me convencia em sua lenga carente, cheia de incerteza que não deu profundidade ao personagem e nem mesmo agora entendo suas motivações. A Lish, em uma tentativa de fazer uma personagem foda, terminou como prepotente e arrogante. E o triângulo amoroso, ou quase, cheio de picuinhas entre esses dois e a Sara foi realmente maçante. Pelo menos a Sara teve algum desenvolvimento, e só lamento que outros personagens mais interessantes não tiveram mais foco.
Então, a partir das 500 páginas passei a amar novamente o livro. Sim, tinha momentos com os personagens acima que foi simplesmente irritante; momentos convenientes demais também, não apenas na sobrevivência deles ao sempre encontrarem comida, combustível e caminho livre, mas pela única morte ser de um personagem que iria abrir caminho para um romance.
Enfim, foi um bom livro e o suficiente para eu continuar, mas poderia ter sido muito melhor.

Juninhooo 27/02/2011

Por: Junior Nascimento (CooltureNews)
Acesse www.CooltureNews.com.br para mais resenhas e muitas promoções!

Essa foi uma das minhas leituras mais demoradas, um pouco se deve ao fato de ser o maior livro que já li, mas o principal fator para que eu demorasse mais nessa leitura era porque eu não queria que acabasse. Tenho que discordar do “mestre” – Stephen King – não foi preciso das 15 páginas para essa estória me cativar, isso aconteceu logo nas primeiras linhas. Estou em completo estado de nervo, pois a espera para a continuação será longa e sofrida – os dois próximos livros (“The Twelve” e “The City of Mirrors”) estão previstos para 2012 e 2014 respectivamente, estou torcendo para que os próximos tenham até mais páginas que esse. – faz dois dias que terminei de ler o livro e até o momento não consegui pegar em nenhum outro para ler, não consigo tirar “A Passagem” da cabeça e sim, essa resenha será longa, mas essas palavras não farão justiça ao livro.

A Passagem é um livro sobre vampiros, mas são um tipo de vampiros que nos fazem pensar “será que isso é realmente possível?” e por mais que a literatura esteja cheia de livros de vampiros, esse foi o melhor que eu li até o momento. Nada contra vampiros reluzentes com jeito de modelo, mas para mim vampiros devem ser sanguinários e monstruosos, e eles são assim nesse livro com um adendo, parecem um bocado com zumbis.

Tudo começou quando um cientista descobre um tipo de vírus que é capaz curar doenças e fazer com que alguns dos infectados vivessem mais. Lógico que o Governo mostra interesse nessa nova descoberta, e esse cientista precisando de dinheiro para conduzir seu estudo aceita. Paralelamente temos a apresentação de alguns personagens fundamentais para a estória. Como Amy, uma menina de 6 anos de idade um tanto misteriosa que é deixada em um convento, sendo cuidada pela Irmã Lacey, uma africana que passou por situações horríveis quando era somente uma garota. Por outro lado temos o Agente do FBI Brad Wolgast que tem como missão procurar cobaias para os experimentos, que são criminosos que tiveram a pena de morte decretada, tudo corria relativamente bem até que sua próxima coleta se mostrou anormal, teria que buscar Amy.

Ao todo são 12 cobaias de descende de um, o Zero (quero saber mais sobre ele!) e Amy. Como não poderia deixar de ser, acontece o inevitável, os 12 fogem. E assim tem inicio o Apocalipse, uma em cada 10 pessoas são transformadas as demais não passam de alimentos. Nesse mundo apocalíptico Wolgast consegue fugir com Amy para um lugar isolado e fica ali o máximo que pode. Amy foi contaminada pelo vírus, mas com ela foi diferente, ela não apresenta os mesmos sintomas dos demais, exceto aversão a luz, se cura com facilidade e parece não envelhecer (ahhh vai dizer que você não adivinhou o que ela é?).

Temos agora uma passagem de cerca de 90 anos, e conhecemos o que restou do mundo. Basicamente uma pequena comunidade cercada por um muro, abastecida com energia de uma usina eólica e com luzes que se acendem todas as noites para manter os Virais afastados, não que isso evite completamente os ataques visto que em período de grande escassez de alimentos (humanos e animais) alguns se arriscam e tentam romper a segurança do muro, mesmo à luz do dia.

Nesse novo mundo alguns personagens se destacam, como todos tem uma história de vida muito bem detalhada nos livros não vou me prender a apresentá-los, pelo menos não todos. Quando um grupo vai até a Usina Eólica, uma viajem de rotina, descobre que algo aconteceu ali, as pessoas responsáveis por cuidar do local estão desaparecidas, somente um retorna com vida perseguido pelo seu companheiro, agora um Viral. Quando retornam ao acampamento nada mais será o mesmo, pois Amy salva a vida de um deles, Peter.

O muro e as luzes não são mais capaz de manter os virais afastados, pois eles ultrapassam a unica barreira que não tinha defesas, a da mente. Em meio ao caos que se instaurou na colônia Peter, Amy, Alicia e outros fogem em busca de respostas. Passando por grandes perigos, não só a ameaça dos virais e sim dos seres humanos remanescentes. Uma busca por respostas para entender o que houve com o mundo e como reverter essa situação. Uma caçada aos 12.

Cronin tem uma forma de narrar que te prende nas primeiras linhas e mesmo após terminar a leitura você continua preso a trama. O livro é cheio de detalhes, principalmente ao narrar a vida dos personagens, que são muitos, mas pela forma com que são apresentados é impossível você se perder, e no decorrer da leitura detalhes que pensamos ser banais narrados anteriormente vem a tona como respostas que nos surpreendem. Nesse livro, os detalhes fazem toda a diferença.

Não sei o que irei fazer até ler a continuação desse livro, estou completamente perdido. Mas temos uma boa noticia, Ridley Scott, diretor de filmes como “Blade Runner – Caçador de Andróides” e “Gladiador”, comprou os direitos para produzir o filme baseado no livro e está previsto para 2013. Mas essa noticia me deixa preocupado também, afinal em um livro com tantas tramas paralelas importantes para o “todo” sendo adaptado para o cinema, certamente que haverá cortes importantes. Tenho medo das adaptações.