Gabi 21/09/2020O Nilo nunca mais será o mesmoNem quando tira férias para passear de barco no rio Nilo Hercule Poirot tem sossego. Em vez de aproveitar a viagem, dessa vez, o pequeno grande detetive se depara com mais um mistério: uma mulher linda e riquíssima é assassinada em plena lua-de-mel. Mas quem faria isso? A ex de seu marido? O homem suspeito que cuidava de suas finanças? Ou alguém querendo vingança?
É o segundo livro que leio de Agatha Christie e não consigo mudar minha percepção sobre alguns aspectos. Primeiramente quanto a escrita relativamente confusa, que de um parágrafo para outro, muda completamente de rumo (porém, compreensível, já que a autora possuía déficit de atenção). Em segundo lugar, a quantidade de personagens. É difícil lembrar quem é quem ou quem fez o que. E, por último, a velocidade, que vai acelerando conforme se aproxima do fim, sendo lenta demais no início (muitas páginas são ocupadas até todos os persongens serem apresentados). Ainda que esses três pontos incomodem, insisto pois Hercule Poirot e seus métodos são fascinantes.
Entretanto, o que realmente pesou em minha avaliação da obra, não foram nem as caraterísticas apontadas acima, mas a resolução do mistério. Comparada à leitura anterior (Assassinato no Expresso Oriente), me senti pouco surpreendida, uma vez que já desconfiava quem era o assassino.
De modo geral, Morte no Nilo não perde seu brilho diante de suas limitações. A sensação de pouca ou muita surpresa com os desfechos são relativas, individuais, e não apagam a complexidade da obra.