NataliaBolucha 26/01/2024
Rapaz...
Mais uma leitura de janeiro. Era para ter durado até início de fevereiro, pois estou na leitura coletiva com a @lendogilmoregirls, mas a curiosidade foi maior! 😂
Pois muito bem, "O Bebê de Rosemary", escrito por Ira Levin, é um suspense psicológico interessante. Publicado em 1967, o livro tornou-se um clássico do gênero, mantendo-se relevante e assustador até os dias de hoje.
A trama inicia-se com o casal Rosemary e Guy Woodhouse, que decide se mudar para um antigo e charmoso prédio em Nova York. Rapidamente, eles são envolvidos por uma atmosfera de mistério e estranheza, especialmente após fazerem amizade com seus excêntricos vizinhos. O autor habilmente constrói uma narrativa que oscila entre o cotidiano mundano e a crescente sensação de paranoia. Ele captura a essência do medo e da paranoia, garantindo que o leitor seja mantido em suspense até o último momento. E fica preso meeeeeesmo! 😁
O ponto alto do enredo ocorre quando Rosemary engravida, e a trama se desdobra de maneiras imprevisíveis. Levin tece uma teia de suspense ao explorar temas como maternidade, confiança, a fragilidade da mente humana e religião. À medida que a gravidez avança, a protagonista começa a questionar sua sanidade, e os leitores são levados a um jogo de sombras, onde nada é o que parece.
A escrita de Levin é afiada e envolvente, mantendo o leitor preso a cada página. Sua habilidade em criar uma atmosfera opressiva e desconcertante contribui para a tensão crescente. O autor apresenta personagens complexos, cada um adicionando camadas à trama, e os diálogos são afiados, revelando tanto sobre os indivíduos quanto sobre o enredo em si. Levin explora a dualidade entre o belo e o perturbador, criando uma sensação constante de desconforto que ecoa mesmo após o término da leitura.
O livro provoca reflexões sobre temas profundos, como a natureza do mal e o preço da ambição. Levin desafia as convenções do gênero, levando os leitores a questionar suas próprias noções de realidade. Se você busca uma narrativa envolvente e uma dose saudável de arrepios, este livro é uma leitura obrigatória.
Para a minha experiência leitora, de 1 a 5, eu daria 4 e explico. Os personagens secundários poderiam ter sido mais desenvolvidos e complexificados. A escrita poderia ser mais refinada em alguns diálogos, e o desfecho, embora impactante, poderia ser mais explorado para oferecer uma conclusão mais satisfatória.