beka 25/11/2022
Acho que eu era a única pessoa restante da Terra a não ter ideia de que o Joe era filho do Stephen King até mais ou menos chegar na metade do livro (e olha que foi por acaso isso acontecer, só estava procurando outras obras do autor). É algo que, por incrível que pareça, se torna até irrelevante quando você percebe o talento único do Joe na escrita; eu até arriscaria dizer que ele puxou do pai, mas a verdade é que os dois escrevem de formas completamente diferentes, outro quesito que colaborou pra minha surpresa ao descobrir quem o Joe era.
Tirando isso do meu sistema, posso finalmente voltar para o assunto dos contos. Tenho de admitir que alguns foram previsíveis enquanto outros ele conseguiu me deixar completamente muda e sem reação alguma encarando a ultima página. Eu gostei demais em como todos são tão diferentes um do outro, em como ele navega entre histórias terrivelmente macabras ou parcialmente bizarras para histórias que você fica tipo: "ah, cara, que fofo!". Não é algo que você espera ao ler algo que tenha horror envolvido, e eu lembro de pensar exatamente isso, tipo, não posso torcer por ninguém porque vai que o protagonista é maluco (na maioria das vezes eles realmente eram).
Foi uma experiência incrível, visto que não costumo ter muito contato com livros de contos. Ela fica melhor ainda quando o leitor não consome tudo de uma vez e meio que se permite certo tempo para "digerir" o que leu, porque em algumas tinha muitas questões mais metafóricas do que literais. De verdade, eu não esperava acabar gostando tanto, mas foi bem divertido. Provavelmente lerei outras obras dele no futuro.