spoiler visualizarCarol 03/06/2024
Quem nos narra a história é um advogado sem ambição, faz negócios confortáveis com homens ricos tratando de títulos, hipotecas e escrituras.
Bartleby é um de seus funcionários, é o escrivão mais esquisito que já se viu ou se ouviu falar. É um desses seres sobre os quais não se pode afirmar nada com certeza.
Quando lhe era pedido algo ele sempre respondia com um?
?Prefiro não.?
A primeira vez que seu chefe lhe pediu algo e ele o respondeu desta forma, seu chefe teve que ficar um tempo sentado em silêncio, tentando reorganizar suas faculdades atordoadas até que novamente repetiu o pedido, e de novo a mesma resposta:
?Prefiro Não.?
Acompanhar as reações de seu chefe, que por muitas vezes se transformou numa estátua de sal diante de seus funcionários, foi muito interessante. Compreender e conseguir fazer com que seu funcionário fizesse seu trabalho era mais importante para o patrão, como um desafio pessoal, do que demiti-lo.
Resultado, Bartleby, tinha uma mesa no escritório, copiava cem palavras por dia e nunca era despachado para mais trivial das obrigações e, mesmo se solicitado, compreendia-se que ele preferia não cumprir.
A sua única qualidade é que ele estava SEMPRE ali. Era o primeiro da manhã, continuava ao longo do dia, e era o último à noite. Todos podiam confiar em sua honestidade.
Até que um dia, resolve que nunca mais escreveria nada. Não era um ?prefiro não.? Era um ?nunca mais?
Então foi demitido. E adivinhem?
Bartleby disse, ?Prefiro não.?
Seu patrão não sabia o que fazer, era um bom homem. Deste ponto a história nos conta as sus divagações a respeito. Como ele deveria resolver aquela situação?
Eu até poderia dizer o que ele decidiu fazer, mas prefiro não.