Nhyx0 07/11/2023
Joan of Ark
Esse livro foi uma experiência muito boa, não tenho como esperar o contrario de Alice Oseman. Achei muito inteligente a construção de texto, seus personagens principais, e a mensagem da história. Tudo muito atraente. E principalmente a dinâmica de relacionamento entre os personagens direta e indiretamente.
A história tem dois pontos de vistas e focos narrativos. Oseman trabalha em seu texto a relação entre fã e ídolo. A adoração doentia. O real e o fabricado. Identidade. E a idealização absurda sobre como são as pessoas em evidência na mídia, e como a vida delas são perfeitas. Em meio a tudo isso Oseman aborda saúde mental - Não seria Oseman se não tivesse alguma subtrama sobre saúde mental.
"Na minha opinião, a verdade é que todo mundo está confuso e ninguém entende muita coisa sobre o que quer que seja."
Achei essa história uma grande sacada de Alice. Nunca tinha lido um livro assim, expondo os desconfortos da fama, apenas por fazer algo que realmente te deixa feliz. A obsessão e adoração doentia disfarçada de amor que parece sugar tudo como um buraco negro na vida de alguns artistas. Eu sempre estive no lugar de fã, mas esse livro me fez pensar bastante sobre essa cultura de endeusar pessoas. No fim, se resume a isso, elas são apenas pessoas.
"A gente atua para as pessoas. Todo mundo faz isso. Não é algo ruim. É uma maneira de se proteger, filho. É preciso proteger o que você considera importante. Principalmente quando se é
alguém como você."
Enfim, Heartstopper e Rádio Silêncio continuam sendo minhas histórias favoritas do Osemanverse, mas Eu nasci pra isso com toda certeza conseguiu um espaço no meu coração. Essa história tem gosto de juventude.