Carbono Alterado

Carbono Alterado Richard K. Morgan




Resenhas - Carbono Alterado


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Na Nossa Estante 07/09/2017

Carbono Alterado é um livro diferente de todos os que li até agora. É uma leitura totalmente futurista com cenários que minha imaginação não conseguiu alcançar em alguns momentos e vocabulário próprio que eu não soube traduzir completamente.

Para uma leitura densa e rica em ficção científica, reuni o foco e o poder de imaginação e me joguei no mundo virtual de Takeshi Kovacs (pronuncia Kovach), um Emissário (?) vindo do Mundo de Harlan (?), que é seu planeta de origem, para desvendar o mistério sobre a morte de um Matusa (apelido que pessoas que vivem mais de 200 anos têm), chamado Laurens J. Bancroft, que por mais que as provas indiquem, nega com veemência que não se matou. Takeshi está a 148 anos-luz de casa e tem um acordo de aluguel de uma capa (corpo), por seis semanas, corpo este que era do ex-policial Elias Ryker que acusado de corrupção foi parar na prateleira.

Quem paga o aluguel para mantê-lo nela, com a esperança de um dia tirá-lo de lá é a oficial Kristin Ortega, que vendo o corpo do namorado andar pela Terra, resolve ir atrás e descobre que o corpo dele foi alugado pelo milionário Brancroft para uso de Takeshi, já que Ryker tem um corpo saudável, com neuroquímica militar e perfeito para o soldado treinado que Takeshi é.

A história se passa no século 23 e existem cirurgias psiquiátricas que curam males da mente, neuroquímica militar que são componentes químicos injetados que exaltam o potencial de luta e percepção. O homem consegue conversar com as baleias e Marcianos existem e transitam pelo universo. As pessoas não morrem, ou quando morrem são transferidas para a prateleira que são locais de armazenamento, através de cartuchos alocados na nuca e que gravam tudo que a pessoa é, personalidade e sentimentos são todos gravados e quando se tem dinheiro é possível comprar um corpo novo ou mesmo um clone. É assim que os chamados Matusa sobrevivem por tanto tempo, tendo dinheiro para manterem seus clones. A venda de pedaços de corpos é ilegal, mas existe, assim como um mundo virtual e holográfico. Existe sinamorfesterona que é um componente químico que potencializa as reações masculinas.

E as pessoas até podem fazer um encapamento duplo, ou seja, têm seus cartuchos colocados em dois corpos simultaneamente, que podem até ser artificiais, mas existem consequências, a memória dos dois cartuchos não pode ser guardada, apenas de um. E existe também a resolução 653 que tem a intenção de liberar juridicamente católicos armazenados pra que eles possam ser intimados para testemunhar em crimes e o Vaticano acha que este procedimento é blasfêmia. Católicos não aceitam viver em corpos artificiais ou capas adquiridas ou clones e apesar de terem seus cartuchos colocados na prateleira, acreditam na morte para sempre e a defendem.

Existe a morte de verdade, para quem leva um tiro na nuca e não tem dinheiro suficiente para guardar suas informações através de uma transmissão em feixe(?).

Neste mundo tecnologicamente incorreto, Takeshi se hospeda em um Hotel, o Hendrix que é comandado por uma inteligência artificial e que não recebe hóspedes há muito tempo, foi praticamente esquecido por conter armamento pesado e é ele quem ajuda Takeshi a sair vivo do ataque do brutal de Dimitri Kadmim que o persegue sem que ele saiba o motivo.

Miriam é casada com Laurens e eles têm 27 filhos e 34 filhas e mesmo assim ela propõe a Takeshi que largue a investigação e vá morar com ela em uma ilha, mas ele está mesmo é interessado em resolver o mistério da morte de Laurens e ter sua liberdade de volta para retornar ao seu planeta, o Mundo de Harlan. No entanto, antes disso ele vai ter que resolver vários mistérios: a morte de Laurens, decifrar quem é Reileen Kawahara, onde a prostituição e famílias destruídas estão ligadas ao suicídio do Matusa, se Miriam teria interesse na morte do marido e o que fazer com os sentimentos que passou a alimentar por Kristin Ortega.

Carbono Alterado vai ser adaptado para uma série da Netflix e eu tenho certeza de que vai ser uma série impactante, porque o visual que o autor sugere vai além da minha imaginação e pode alcançar algo novo e completamente extraordinário! E eu vou aproveitar a série e entender alguns detalhes que me fugiram na leitura ou talvez tenha sido esta a intenção do autor, já que ele prometeu uma trilogia, só não sei de quantos livros é esta trilogia, pois nos tempos atuais não existe mais trilogia de três, que dirá em um tempo como o do século 23!

PS: ? = Está no livro, mas eu não consegui entender direito, mas vou entender assim que a série começar!

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2017/09/carbono-alterado-resenha-literaria.html
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Miguel Silva 03/02/2018

Mesmo um apaixonado por ficção científica ainda sim pude me surpreender positivamente com a leitura de 'Carbono Alterado', livro de Richard Morgan lançado no Brasil pela Bertrand, e adaptado como a nova série da Netflix 'Altered Carbon'.
A história porém começa meio arrastada com o excesso de informações descritas e um pouvo confusa, afinal é contado da perspectiva de Takeshi Kovacs que depois de séculos acorda em novo corpo e outro mundo do qual está acostumado, é normal se sentir confuso da perspectiva de alguém tão confuso quanto. Mas aos poucos com o fluir da história vamos entrando de cabeça e entendo esse mundo futurista onde a morte foi de certa forma enganada e é possível trocar de corpo, mas onde há ainda diversas desigualdades sociais nos fazendo refletir sobre nosso mundo atual.
Livro recomendado principalmente para fãs de ficção científica e principalmente para quem, assim como eu, ama Philip K. Dick, pois a influência aqui é bem notória. Vale a leitura.
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Fábbio (@omeninoquele) 03/02/2018

Leitura arrastada! mas quero ler o outro hahaha
“Os ricos fazem essas coisas. Eles tem o poder e não veem motivo para não usá-lo. Homens e mulheres são só mercadorias, como tudo mais. Armazene-os, frete-os, decante-os.”
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O que aconteceria se as pessoas não morressem mais? No século XXV isso é possível, graças a enormes avanços da tecnologia onde a consciência das pessoas é guardada num cartucho e usado num novo corpo quando o atual parar de funcionar. A morte passou a ser nada mais do que erros do sistema que no entanto agora são fáceis de resolver.

A humanidade também se expandiu e começou a abrigar toda a galáxia, mesmo ainda estando organizados por etnias, religião e classe, mas no entanto, os avanços tecnológicos é que definem as regras.

Conhecemos Takeshi Kovacs que é um ex Emissário da ONU no Mundo de Harlan que nunca pisou na terra e que morreu muitas vezes e em sua última morte por um serviço mal sucedido é trago de volta à vida para solucionar a morte de um magnata da rede de "capas" chamado Laurens Bancroft.

Mas a morte não é considerado um simples erro de sistema? Sim, mais a morte desse homem implicaria em revelar segredos sórdidos escondidos, um estopim para uma investigação. Ele poderia lembrar de quem o matou, mais quem quer que tenha feito isso pensou em todos os detalhes.

E agora em Bay City, a antiga São Francisco, Kovacs tem uma importante missão que é desvendar a morte de Bancroft, mas se deparará com um jogo de conspirações perversas até para os padrões de uma humanidade que comercializa a existência humana.

É um thriller de ficção científica que por ter uma narrativa lenta eu demorei mais na leitura. E por mais que eu tenha gostado da idéia de consciência num cartucho a possibilidade de trocar de corpo, todo o lance da comercialização e imaginado um cenário bacana todo futurista, com carros voando e coisas do tipo, tive muitos problemas de ambientação de leitura, de encontrar mesmo o que estava lendo. E por conta disso o livro não me prendeu como eu gostaria.
O personagem principal que mais se destaca, Kovacs, é característico por ser um típico machão daqueles que só ele é capaz de resolver tudo. O autor até tentou dar ao personagem um lado irônico, mais não funcionou. As cenas com ele só são apaziguadas no momento da ação, dignas de super produções cinematográficas, e isso me deixa muito curioso pois esse livro está sendo adaptado para uma série na Netflix.

Carbono Alterado possui uma trama complexa, onde a atenção é fundamental para que se entenda as coisas. A ideia de ser reencapado é insano e no entanto é genial quando se entende todas suas implicações. É um livro considerado um prato cheio para leitores acostumados com ficção científica e pra esses leitores talvez seja uma leitura mais prazerosa.

site: https://www.instagram.com/p/BetWn_Eh_KZ/?taken-by=omeninoquele
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livrosepixels 13/10/2017

Corpos Alterados, Mente alterada, menos a estupidez humana alterada
Uma coisa que me fascina muito em histórias de ficção científica é a criatividade com o que o futuro é imaginado. Carros voadores, robôs, colônias espaciais, ciborgues, entre outros. Coisas essas que talvez um dia sejam verdade. Agora, imaginar uma sociedade onde é possível viver “eternamente”, é sem dúvida muito interessante e até certo ponto, perturbador.

Carbono Alterado se passa no século XXV onde “não morrer” é possível. Apesar da ideia de baixar a mente de um corpo para outro não ser nova, a forma como Richard Morgan a abordou em seu livro foi bem convincente. Além de todas as implicações políticas que isso causou, houve também uma mudança radical no âmbito religioso.

“Você é um cara de sorte, Kovacs. Claro, a 148 anos-luz de casa, vestindo o corpo de outro homem num acordo de aluguel de seis semanas. Fretado até ali para fazer um serviço que a polícia local não queria tocar nem com um cassetete. Qualquer fracasso me botaria de volta no armazenamento. Eu me senti tão sortudo que quase comecei a cantar ao sair pela porta.”

A única religião citada no livro é o catolicismo. Acredito eu que tenha sido a única que sobreviveu à evolução tecnológica, já que, a ideia de poder mudar de corpo por meio de um download destruía o conceito de alma. Entretanto, o Vaticano é citado como um forte empecilho, mesmo no futuro, já que por lei da Igreja, uma pessoa que fora católica, ao morrer, não pode ter sua mente baixada para outro corpo. Para os católicos fervorosos, ditos como minoria, esse procedimento era uma afronta à Criação Divina e que devia ser combatido. Porém, em um mundo em que até a mente humana se torna moeda de troca, ficou difícil competir.

O universo criado para a trama é rico e detalhado, sendo que às vezes se torna até confuso, diante de tantos termos, tecnologias e aparatos novos. Porém, ao longo da narrativa as explicações vão sendo entregues e em pouco tempo, já estava me sentindo imerso nele. Trata-se de uma época onde a Terra é só mais um dos vários planetas colonizados pela galáxia. A comunicação é feita à velocidade da luz, e existe de tudo um pouco, desde carros voadores, androides e filmes holográficos, a boates e bares totalmente imersos em realidade virtual. Não há como negar que o mundo de Carbono Alterado é incrível. Entretanto, o mesmo não se pode dizer da sociedade, que aparentemente, estava tendo uma qualidade de vida cada vez pior.

“Os ricos fazem essas coisas. Eles tem o poder e não veem motivo para não usá-lo. Homens e mulheres são só mercadorias, como tudo mais. Armazene-os, frete-os, decante-os.”

Takeshi Kovacs não nasceu na Terra, mas em sua visão, não poderia ter estado em lugar pior. Oriundo do Mundo de Harlan, em algum lugar longínquo da galáxia, ele era um emissário da ONU, um tipo de patrulha policial especial. Após uma carreira bem sucedida e algumas lembranças ruins, ele se deixou levar ao mundo do tráfico. Cometia pequenos delitos e estava sempre fugindo, até que um dia foi pego. Quando volta a vida novamente, estava em um novo corpo e preso em um contrato abusivo. Sua missão, enquanto na Terra, era de investigar e esclarecer o suposto assassinato de um influente empresário. Se tentasse fugir ou não cumprisse sua parte no contrato, sua mente poderia ser apagada, o que significaria morte verdadeira. Uma tarefa não tão simples quanto ele imaginava, já que estava pra descobrir uma intrincada rede de conspiração.

Apesar de o personagem ser bem construído e conduzir a narrativa por um labirinto de conspirações, disputa política e desejos físicos, não consegui criar muita empatia com ele. Ele é, em sua maior parte, frio e calculista demais; em outras, o piadista, ainda que suas piadas sejam em momentos errados. Mas o aspecto que mais me incomodou é que, de uma hora para outra, o personagem encontra todas as respostas e sai resolvendo os problemas. Me senti perdido em vários momentos. Em algumas, até tive de reler a página para ver se havia deixado algo passar.

Também achei desnecessário as frequentes cenas de uso de drogas e de sexo, que na prática não agregaram nenhum detalhe importante. Entendo que em livros cyberpunk essas características são mais evidentes, mas não havia razão de a narrativa ser interrompida constantemente para mostrar os momentos de “prazer” do personagem. Se fosse uma ou duas vezes, tudo bem, mas são várias vezes. Às vezes parecia um livro erótico, dada as descrições detalhistas das cenas.

“A vida humana não tem valor. Você ainda não aprendeu isso, Takeshi, depois de tudo que já viu? Ela não tem valor intrínseco nenhum. Maquinas custam dinheiro para construir. Matérias-primas custam dinheiro para extrair. Mas gente? -Ela fez um barulhinho de cuspe.- Sempre dá pra arranjar mais gente. Pessoas se reproduzem como células cancerosas,quer você as queira ou não. São abundantes, Takeshi. Por que deveriam ser valiosas?”

Mesmo tendo esses pequenos problemas, as questões políticas envolvidas também são bem interessantes e ajudam a manter as constantes aventuras de Kovacs suportáveis.

Eu estava bem empolgado para ler esse livro, já que a Netflix está produzindo um seriado baseado nele. Ainda não foi divulgada a data de estreia ou mesmo um trailer, mas espero que seja uma boa adaptação. Apesar da minha frustração com o personagem, a trama é agradável e a representação visual dela na tela poderá, talvez, compensar o distanciamento que tive com o protagonista. Para quem gosta de thrillers policiais futuristas, Carbono Alterado pode ser uma boa escolha.

site: http://resenhandosonhos.com/carbono-alterado-richard-morgan/
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Suka - Pensamentos & Opiniões 13/10/2017

O livro é uma maravilhoso de se ler, nossa fiquei tão inserida na história que foi difícil assimilar que acabou. Esse livro irá se tornar uma série na Netflix e está disponível em fevereiro de 2018. O livro é dividido em cinco partes: Chegada (Transferência de transmissão em feixe), Reação (Conflito de intrusão), Aliança (upgrade de aplicativo), Persuasão (Corrupto Viral) e Nêmesis (Sistemas em Pane).

A história se passará num futuro onde os seres humanos poderão transferir suas mentes para outros corpos e a morte será improvável. E é com esse plano de fundo que iremos conhecer Kovacs ele foi encapado para um corpo na Terra onde será investigador para Brancoft que deseja descobrir quem tentou matá-lo, pois ele acredita ter sido vitima de assassinato quando tudo indica ser suicídio. Kovacs irá em busca de resposta num mundo que ele desconhece.
Nas suas tentativas de descobrir algo sobre o possível assassinato acaba se metendo numa enrascada e é pego por um grupo que até então ele desconhecia. Mas acaba se livrando e dando continuidade à sua busca. Sendo surpreendido em meio as suas buscas, muitas questões surgem e nenhuma respostas. Por que essa capa? Porque estão atrás dele?
Até que uma pessoa do seu passado surge, e ele começa a entender algumas ligações, proposta para que ele encerre o caso de Brancoft irão surgi, mas com quem ele fará uma aliança? Ao ser forçado a se unir a uma inimiga antiga ele contará com a ajuda da policial Ortega. Mas será que ele irá cumprir os acordos? Kovcs irá surpreender a todos no final.

site: www.suka-p.blogspot.com
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FabrAcio50 22/04/2024

Tarad0! Isso é uma ereç40!
Digo, Parado! Isso é uma investigação!

De volta a ficção científica, e melhor, no gênero cyberpunk.
Carbono alterado vem frenético, f0dastico. Ação da melhor qualidade, tiro porrada e bomba. Naquela mescla entre romance policial/futurista/distópico.

No início, o autor parecia ter criado um personagem que agia conforme sua genit4l mandava mas parece que com o tempo ele percebeu que perdia o foco. Gostei da história, da ação. Personagens sem carisma. Final sem muito alarde.
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Nath Correia @bibliotecadanath 02/02/2018

Carbono alterado l Richard Morgan l @bertrandbrasil l 487 páginas l 3,5’
“Tome o que lhe for oferecido, e isso às vezes tem que bastar.”

Imagine um mundo onde morrer não é mais uma realidade. Onde trocar de corpo é tão comum como trocar de roupa. Esse é o mundo onde vive Takeshi Kovacs, ex-Emissário da ONU, que, após sua última morte, vê sua consciência ser transferida para a Terra para solucionar o assassinato do magnata Laurens Bancroft – solução esta imposta pela própria vítima sem memória do crime. Ao começar suas investigações, Kovacs se verá inserido em uma teia de intrigas e mentiras que poderá por em risco toda a sua existência.

“Carbono alterado” é o primeiro livro de uma série cyberpunk ambientado no século XXV, onde a humanidade já ultrapassou os limites da Terra colonizando outros planetas. Com uma narrativa em primeira pessoa (através do olhar de Kovacs), o autor conduzirá o leitor por uma trama extremamente complexa e cheia de ação, onde cada mínimo detalhe deve ser memorizado pois fará toda a diferença no concluir da história. Os personagens são bem construídos e caracterizados, sendo interessante perceber que todos eles orbitam em torno da tênue linha do certo e do errado, do bem e do mal.

O ponto fraco da trama é a própria narrativa e a construção de mundo, onde há o uso exagerado de termos novos e de difícil entendimento e onde a nova realidade da humanidade é jogada para o leitor sem maiores explicações no início do livro, fazendo com a que narrativa seja arrastada. O ponto alto vem dos questionamentos que a história traz “Quanto vale a vida humana?” “Até que ponto o ser humano é definido por sua aparência?” “Nossa psique é quem nos define?”. Apesar dos defeitos apresentados, o autor soube misturar ficção científica e investigação na dose certa e soube amarrar todas as pontas soltas deixadas durante a história em um final eletrizante.

Instagram: @bibliotecadanath
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Gabe | @cafecomgabe 01/02/2018

Confuso
Infelizmente esse livro não funcionou pra mim. Nem vou me demorar nesta "resenha". O que tinha tudo para ser uma incrível história, teve (ao meu ver) uma má execução no desenvolvimento. O começo é extremamente instigante porém do meio para fim é uma tortura. O autor nos joga uma quantidade imensa e por vezes desnecessária de detalhes tornando a narrativa ainda mais cansativa. Enfim, me resta conferir a série da Netflix para ver se consigo entender melhor a proposta do livro.
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Vi2 29/05/2020

Carbono Alterado
Thriller policial envolvente. Uma página puxa a outra. Eu não me dei conta do quanto eu havia gostado até perceber quanto tempo prazeroso eu dediquei a essa leitura

O livro se passa no século XXV. Vemos um planeta terra tecnológicamente avançadíssimo, e a nossa estória se passa na São Francisco dessa época.

A técnologia evoluiu ao ponto de que as pessoas podem viver mais de uma vida (aqui eu me desculpo, gostaria de me aprofundar na explicação, mas tenho medo de esbarrar em spoilers)

Acompanhamos o serviço que um ex-militar recebeu, de investigar o suposto suicídio de um magnata muito poderoso. O nosso personagem principal tem um verdadeiro "skillset" de um investigador, apesar de não ter sido pra isso que essas habilidades foram ensinadas ele (passado sombrio hehehe)

Recomendo a todos os amantes de uma estória policial, aos amantes de uma estória de mistério e principalmente aqueles que curtem temas futuristas. Na minha opinião essa obra não se encaixa no gênero cyberpunk, porém aborda o tema "sociedade futurista" muito bem.

Me agradou mais do que eu estava esperando !
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Por um tempo 26/05/2020

Gosto de livro de ficção é ação polícia, as história é boa, porém chega momento que você só que terminar logo o capítulo.
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Davenir - Diário de Anarres 06/11/2019

Repaginada ao Cyberpunk, mas que falta alguma coisa...
"Carbono Alterado" de Richard Morgan é uma obra de 2002 que buscou revitalizar o cyberpunk trazendo seus elementos clássicos (alta tecnologia/baixa qualidade de vida num capitalismo selvagem na forma de um romance policial noir) sem se apoiar numa sátira de algo ultrapassado, ou podemos dizer também, que é um cyberpunk que se leva a sério. O livro veio ao Brasil na carona do lançamento da série na Nexflix.

A história segue Takeshi Kovacs, um Emissário (agente especial da ONU) treinado mentalmente para se adaptar a qualquer um dos mundos colonizados e ocupar capas diferentes. No futuro imaginado pelo autor, no século XXV, a humanidade já colonizou diversos planetas e venceu a morte conseguindo encapsular os dados correspondentes as nossas lembranças e a personalidade, podendo ser reintroduzidos em um novo corpo, chamado de "capa", através de um cartucho. Contudo, nesse mundo apenas os ricos conseguem "viver para sempre", ou seja, viver vários séculos trocando as capas quando querem.

Takeshi vem de um dos mundos colonizados, chamado apenas de "O Mundo de Harlan", onde os povos eslavo e japonês foram predominantes na colonização e nunca tinha pisado na Terra até que foi morto. Décadas depois foi reencapado num corpo caucasiano na Terra e lhe foi ofertado um trabalho de investigação de assassinato por Laurens Bancroft. A vitima do crime é ele próprio. Bancroft é um "Matusa", rico o bastante para comprar a própria vida eterna. Takeshi, sem melhor opção, se joga na investigação mergulhando nos submundos de um planeta que não conhece tendo apenas seu treinamento mental de Emissário.

Os elementos do cyberpunk estão todos ali: uma história noir detetivesca, uma femme fatale, conflitos de interesse com ricos, submundos de crime. O principal é a alta tecnologia principalmente no sentido biológico e químico e a baixa qualidade de vida, mostrada na própria condição frente aos poderosos de Takeshi e da família Elliot. E toda essa tecnologia e as devidas interações são o ponto alto da obra.

A trama é bem convincente e trabalhada, e não é complexa demais para um livro grande. Tudo é narrado na primeira pessoa e em um livro de 490 páginas dá bastante espaço para trabalhar o personagem de Takeshi, porém o personagem ficou repetitivo em sua masculinidade e parece que sofre de uma necessidade compulsiva de se mostrar como tal. Afinal, um mundo onde o prazer virtual é de fácil acesso e a possibilidade de estar um corpo do outro gênero é facilitada, os personagens são estranhamente presos na heterossexualidade. Além da ausência de homossexuais e de todas as mulheres serem nada mais que passivas/histéricas/ardilosas/frágeis em maior ou menor grau, é apenas contraditório uma sociedade tecnologicamente avançada e uma mentalidade de 1930. E tudo isso não acontece pela falta de menção ao sexo. Uma das várias cenas de sexo de Takeshi é detalhada em vários detalhes, por conta do uso de uma droga que compartilha os estímulos e sensações entre os dois usuários enquanto transam.

A série adaptou bem o clima noir, as personalidades dos personagens, e preferiu esticar a subtrama da família Elliot o que acabou deixando a série um pouco arrastada da trama principal pois já temos muitos flashbacks de Takeshi no livro e muitos mais na série. O livro consegue ser mais objetivo pois conta sua história na primeira pessoa, já a série divide o tempo de tela para as outras subtramas. Um ponto para a série foi o personagem que é a IA do hotel onde Takeshi se hospeda. No livro o Hendrix pouco se destaca, mas na série Poe aparece mais e ficou muito bom, a mudança, provavelmente se deve ao fato de Edgar Allan Poe já ter sua obra como domínio público, ao contrário de Jimmy Hendrix. A série capricha no visual mas acaba falhando em não acelerar o ritmo já lento do livro. O final da série é bem diferente do livro, e o do livro ficou melhor.

Carbono Alterado falha na ausência, principalmente uma curva de aprendizado consistente para o protagonista. Espero que o próximo volume as coisas evoluam, pois apesar de tudo o mundo é atraente demais para não ler o próximo número.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2019/11/resenha-109-carbono-alterado-richard.html
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Porco 18/12/2019

#25 Carbono Alterado
Acesse o blog para uma explicação sobre a resenha.

site: https://porcoleitor.wordpress.com/2019/12/18/25-carbono-alterado/
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Biblioteca Álvaro Guerra 14/01/2020

Uma junção impressionante de cyberpunk hardcore com romance detetive verdadeiramente extraordinário. Impetuoso, violento e ao mesmo tempo altamente inteligente e divertido, Carbono Alterado apresenta um enredo sem pontas soltas e uma ambientação imponente.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788528621655
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Lit.em Pauta 31/01/2018

Literatura em Pauta: seu primeiro portal para críticas e notícias literárias!

"Com temática cyberpunk, Carbono Alterado é uma ficção científica noir pouco preocupada com a filosofia por trás da tecnologia fantástica de seu universo, colocando o foco, em vez disso, em sua aplicabilidade prática. O romance, escrito por Richard Morgan, não está interessado em como seus personagens lidam com questões de memória e identidade, mas em como eles conseguem resistir à opressão de uma sociedade capitalista que não para de descobrir novas formas de abusar desses elementos.

O protagonista, Takeshi Kovacs, começa a narrativa sendo assassinado pela polícia. Quando acorda, sua consciência está instalada em outro corpo e sua liberdade encontra-se atrelada a uma única condição: resolver o assassinato do milionário Laurens Bancroft.

A narrativa transcorre 500 anos no futuro, quando a consciência de um indivíduo pode ser digitalizada por meio do armazenamento de suas memórias em um aparelho localizado em sua espinha dorsal. Como viagens interplanetárias ocorrem com o envio digital dessa consciência, que é então baixada e instalada em outro corpo no novo planeta, o treinamento militar passa a intensificar ainda mais o desenvolvimento de técnicas mentais em seus soldados de elite, uma vez que os corpos que utilizam costumam variar entre as batalhas. Kovacks é um desses supersoldados e sua condição precária especial – preso após ter sido morto por policiais – torna-o um ótimo candidato para ser manipulado por Bancroft.

O problema do milionário é simples. A polícia encontrou seu cadáver em sua própria casa, tendo levado um tiro na cabeça, e considerou o caso um suicídio. Salvo por um upload remoto antigo, visto que o aparelho que guardava suas memórias foi destruído com o disparo, Bancroft recusa-se a acreditar que tirou a própria vida e contrata um detetive particular para descobrir o que de fato aconteceu.

Kovacks, entretanto, mostra-se um homem difícil de controlar. Em uma primeira análise, ele funciona como um detetive noir clássico, com fala grossa, passado trágico e uma visão de mundo niilista. O personagem entende como as coisas funcionam e não vê esperança de melhora, acreditando que a desigualdade social e a exploração dos mais fracos por grandes corporações são constantes em qualquer planeta. Em determinado momento, Kovacks pensa em tudo o que poderia dizer para reconfortar certa pessoa, mas escolhe permanecer calado mesmo assim, acreditando que a dor dela continuaria inalterada não importa o que dissesse: o detetive não enxerga utilidade em em determinadas ações, por entender que nada mudará.

Dessa forma, o protagonista surpreende justamente por não conseguir manter essa passividade em determinadas situações, ficando eventualmente farto das injustiças que vivencia. Sua investigação o leva ao submundo da cidade de Bancroft, passando por casas de prostituição, ringues de luta ilegal e clínicas de tortura digital. A tecnologia de preservação de consciência, que a princípio parece uma cura para a mortalidade, rapidamente revela-se uma maldição, abrindo portas para situações horríveis: alguém comprar seu corpo original e usá-lo como artigo de luxo ou como saco de pancadas pessoal não é nada comparado à possibilidade de sua consciência ser inserida em uma simulação de tortura num computador, que pode rodar o equivalente a um ano das mais variadas e violentas práticas em apenas algumas horas. Assim, cada ato de brutalidade ou de abuso que Kovacks presencia vai tornando-o cada vez mais revoltado internamente e, em seus derradeiros momentos de explosão, o detetive para de se importar com as consequências de seus atos e transforma-se num justiceiro sanguinário incontrolável."

Participe da discussão, lendo a crítica completa em:

site: http://literaturaempauta.com.br/Livro-detail/carbono-alterado-critica/
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