Paixão Simples

Paixão Simples Annie Ernaux




Resenhas - Uma Paixão Simples


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Maria 04/03/2024

Um livro curtinho pra ler de uma só vez. Gostei muito dessa narrativa que expõe as obsessões amorosas, me identifiquei com muitas e pelo o que vi, grande parte das mulheres já se sentiram e fizeram coisas parecidas as do livro, trás normalidade. O desfecho que a autora escreveu, dizendo que não importava se o homem merecia ou não tudo isso e falando que a história não era sobre ele, mas sim sobre ela mesma e a paixão me fizeram gostar ainda mais. Não é o tipo de livro pra postar trechos, e sim daqueles que guardamos por identificação.
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wendymarques 02/03/2024

?Sem saber, ele estreitou minha conexão com o mundo?
Eu amei!!
Não é meu estilo de livro preferido esse tipo mais reflexivo, sem uma linha do tempo e diálogos mas esse livro é aquele livro que você lê em uma horinha e com um lápis do lado pra não perder nenhuma descrição do que ela sente ser a paixão. É um livro simples de ler, a escrita é fácil, rápida e fluido. Ele é autêntico e tem o seguimento bem puxado pro clássico e bem rico de informações.
É uma personagem real, com uma vida real, falando sobre paixão da forma mais real possível. A obsessão dela por A. me incomodou até eu entender o livro, entender a mente dela, o que era o relacionamento deles pra ela. Depois eu mergulhei nessa descrição da paixão porque na real todos esses sentimentos narrados por ela representam uma única coisa, a paixão, estar apaixonado é avassalador e é diferente de amar, ela descreveu isso muito bem.
Me peguei várias vezes durante a leitura lembrando de momentos que senti paixão e não amor, não da forma obsessiva representada no livro mas por várias vezes sentimentos parecidos.
Eu adorei, vale muito a leitura, a autora é maravilhosa e deixou isso claro nas poucas páginas mas bem escritas desse livro.
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Del 28/02/2024

Paixão Simples(mente) avassaladora
Segundo livro da autora que tenho a oportunidade de ler e assim como o primeiro, O acontecimento, este livro fez emergir em mim uma série de sentimentos e me fez recordar experiências similares a está descrita pela autora.

Ao relator essa paixão avassaladora por um homem casado, já mais velha, separada do marido e com dois filhos, essa mulher se entrega a este estado de paixão onde tudo o que importa é estar ao lado da pessoa amada. Alguns momentos senti um certo incômodo pq parece que o parceiro não está na mesma página que ela. Enquanto ela parece está perdidamente apaixonada, ele parece apenas envolver-se fisicamente com ela. A escrita da autora não é rebuscada, é simples mas não é simplória e faz a leitura ser bem fluida.
edu basílio 28/02/2024minha estante
concordo com você, del, é um relato que mexe muito com a gente... ?
a própria annie concorda com você também que ela vivenciou uma espécie de autoanulação (em um dado ponto ela diz "não estou narrando um caso, não estou contando uma história (que, a mim mesma, me escapa a metade) com cronologia precisa, 'ele veio dia 11 de novembro', nem aproximada, 'passaram-se semanas'. não havia cronologia para mim nesta relação, eu me dava conta apenas da presença e da ausência dele").
obrigado por partilhar seu comentário tão honesto.?


edu basílio 28/02/2024minha estante
concordo com você, del, é um relato que mexe muito com a gente... ?
a própria annie concorda com você também que ela vivenciou uma espécie de autoanulação.
em um dado ponto ela diz "não estou narrando um caso, não estou contando uma história (que, a mim mesma, me escapa a metade) com cronologia precisa, 'ele veio dia 11 de novembro', nem aproximada, 'passaram-se semanas'. não havia cronologia para mim nesta relação, eu me dava conta apenas da presença e da ausência dele".
obrigado por partilhar seu comentário tão límpido e honesto.?


Del 28/02/2024minha estante
Me despertou sentimentos mistos. É gostoso sentir esse tipo de paixão mas aos poucos vai se tornando algo insuportável quando o outro lado não está na mesma sintonia que você. Obrigado por me indicá-lo, acho que precisava ler algo assim no momento e refletir um pouco sobre algumas questões do passado. ?


edu basílio 28/02/2024minha estante
????


edu basílio 28/02/2024minha estante
???? sim. eu penso que com autoanulação e sem reciprocidade, a paixão está fadada a morrer de fome, e não em evoluir para o amor e o companheirismo.
a grande força da annie é justamente ter a coragem de se desnudar e se dissecar mesmo quando o que vai resultar disso, para a maioria das pessoas, machuca, envergonha ou até faz sofrer...


Del 29/02/2024minha estante
Sim! Penso exatamente igual a você.




mariana113 27/02/2024

Paixão simples(mente avassaladora)
Annie Ernaux apareceu pra mim no momento certo com o livro certo. Senti, pela primeira vez, que era uma adulta, com problemas de adulta, lendo livros de adulta.
A autora apresenta em ?paixão simples' a paixão como algo tão físico que se torna sua própria personagem, alheia à autora .
?Ele me disse "você não vai escrever um livro sobre mim". Ora, mas não escrevi um livro sobre ele, nem sobre mim mesma. Apenas expressei com palavras - que talvez ele nem leia, e que não são destinadas a ele - o que a existência dele, por si só, me trouxe.?
Descrevendo relacionamentos de uma mulher já madura, a francesa narra com assustadora precisão os lados mais íntimos e profundos da paixão. Ao relatar que conta a passagem do tempo com base na presença ou ausência de seu amado (A.), um homem casado, Annie relata a ansiedade e angústia da espera, a falta do presente, o luto pelo futuro e a necessidade do passado de maneira brilhantemente intensa. A ganhadora do Nobel de literatura fascina ao usar a linguagem e estilística do texto ao seu favor, demonstrando neles o estado de espírito, esperanças e desejos da protagonista (ela mesma).
Annie Ernaux é o tipo de autora que prende sua atenção e permeia seus sonhos e pensamentos até que você encontre o desfecho de sua obra. A escritora definitivamente entrou para minha lista de favoritas e me explicou muito sobre mim mesma. Estou definitivamente apaixonada por suas escritas.

?O certo é que não sinto nenhuma vergonha ao escrever essas coisas graças ao intervalo que separa o momento em que elas são escritas, em que estou sozinha observando-as, do momento em que elas serão lidas por outras pessoas, o qual, tenho a impressão, nunca vai chegar. (?) É esse intervalo de tempo que me permite escrever hoje - um pouco como aos dezesseis anos eu ficava deitada tomando sol um dia inteiro ou como aos vinte fazia amor sem contraceptivos:
sem pensar nas consequências.
(É, portanto, um erro equiparar quem escreve sobre a própria vida com um exibicionista, pois este último tem apenas um desejo, mostrar-se e ser visto no mesmo instante.)?
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Mari.cf 25/02/2024

Não sei que gênero esse livro se encaixa, é uma crônica? Um conto? Uma autobiografia? Só sei que a autora conta sua experiência de uma paixão obcessiva que ela tem por um homem casado. Eu gostaria que tivesse mais páginas, mas apesar disso é uma leitura legal e rápida
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Lara.Martins 24/02/2024

?Para mim não havia essa cronologia em nossa relação, eu só conhecia a presença ou a ausência.?

realmente nenhuma experiência é individual
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Lavinia166 23/02/2024

(se perder)
Há alguns dias mergulhei nesta leitura de literatura francesa, uma autobiografia escrita por Annie Ernaux. O enredo gira em torno de sua história marcada por uma paixão avassaladora, vivenciada após um divórcio e com filhos já crescidos, por um estrangeiro casado descrito apenas como "A.". Apesar de sua narrativa concisa, a escrita é extraordinariamente expressiva, transportando-nos para o cotidiano obsessivo e apaixonado dessa mulher. A presença de "A." a faz sonhar acordada, consumindo-a de tal forma que ela se entrega completamente, revivendo incessantemente os momentos compartilhados. Chega ao ponto de negligenciar os filhos distantes, de postergar tarefas simples como tomar banho, aguardar ansiosamente por seu telefonema, e até mesmo de visualizá-lo nas ruas entre estranhos. É uma paixão que transcende sua existência, a ponto de desejar a queda do avião se já não fosse revê-lo. O enredo é marcado por uma montanha-russa emocional, onde a presença, ausência e memórias de "A." se entrelaçam, tornando-se mais intensas do que seria uma narrativa de amor, justamente por retratar um sentimento proibido. A sinceridade desta obra me encantou, pois retrata de forma crua os sentimentos mais íntimos de uma mulher, especialmente em relação a paixão: mistura loucura e desejo, um delírio cotidiano.
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Rebeca.Maia 22/02/2024

Uma paixão nada simples
Tive um pouco de dificuldade de engatar nessa leitura nas primeiras páginas. Não me identifiquei e até me incomodei com a obsessão da personagem/autora por um homem casado. Também fiquei com um pé atrás em momentos em que a autora discorre sobre a presença dos filhos ser indesejável quando ela está esperando esse homem, e que ela se importa com eles "tanto quanto uma gata louca para sair de casa se importa com seus filhotes já crescidos". Sim, uma mulher que é mãe tem direito de ter uma vida que não seja uma vida simplesmente materna, porém a forma como ela descreve os filhos como um fardo e inferiores ao que ela sente por um cara aleatório que a faz de amante, me deixou incomodada. Só consegui engatar mesmo mais ou menos em 40% do livro, quando a história tem uma virada e quando somos mais apresentados ao que a narradora sente e pensa e ela se torna mais agradável. Gostei muitos das frases soltas que são puros pensamentos mágicos, acabei me divertindo e saí pensando "que mulher maluca" (de um jeito bom). O livro consegue ser moderno e divertido, com um quê de melancolia, é honesto e verdadeiro, um achado. Apesar de tudo, ainda não consigo compreender exatamente o motivo do nobel, não é nada de outro mundo, acho que existem textos mais criativos que fazem um trabalho melhor.
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letty28 21/02/2024

?Ele me disse ?você não vai escrever um livro sobre mim?. Ora, mas não escrevi um livro sobre ele, nem sobre mim mesma. Apenas expressei com palavras ? que talvez ele nem leia, e que não são destinadas a ele ? o que a existência dele, por si só, me trouxe.?
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Daisy 20/02/2024

.
Quem nunca? Foi o questionamento lendo “Uma Paixão Simples” (1991), minha quarta experiência – todas felizes – com a produção literária da francesa Annie Ernaux.

Um livro de poucas páginas, mas que carrega a potência de descrever o que sente uma mulher abatida por uma paixão avassaladora, daquelas que tudo que se pensa e faz está centrado no ser amado.

A escolha da roupa e da lingerie; a espera por um telefonema, por um próximo encontro; o imaginar onde e o quê faz naquele instante a pessoa em questão; a sensação de que os momentos de amor passam a jato e a ansiedade pelos próximos inicia no segundo seguinte à despedida; quando trabalho, filhos, conversas triviais e todo resto egoisticamente ficam de escanteio; o esforço em lembrar e guardar cada detalhe e de apreciar a bagunça feita pelos tórridos encontros.

Muitas(os) de nós já passamos ou se ainda não vamos ser atropeladas(os) por uma ou mais paixões simples (?) como essa, mas poucas(os) teríamos o domínio de descrevê-las com a originalidade e a coragem da ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura 2022.

“queira manter intacta aquela desordem em que todos os objetos significavam um gesto, um momento, que compunha um quadro cuja força e dor eu nunca serei capaz de experimentar num museu, com outro quadro qualquer”.

site: instagram.com/qualquercoisaprapreencher
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Querida Leitora 19/02/2024

A paixão pode ser tudo
Como eu posso começar, esse livro trás tantos sentimentos, é isso que ele é, sentimento puro e genuíno. A Ernaux conseguiu mostrar o que é a paixão e como podemos ir desde ao lado mais lindo e poético, para o lado mais feio e desesperador. Como a mesma disse somos capazes de tudo e quando tomamos conta e descobrimos simplesmente isso explode, explode em saber que sim você um dia será a pessoa que se subjuga, que não tem dignidade ao correr atrás, que se entrega de corpo e alma sem pensar em absolutamente mais nada. Contudo, não é um luxo ter a possibilidade de viver? De viver uma paixão, de saber errar, aprender, simplesmente conseguir sentir. Acredito que esse livro foi escrito com esse exato propósito, "nos dar a chance".
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Wanessa Braga 18/02/2024

Paixão simples
Eu sabia que ia gostar de ler Annie Ernaux. e acertei. hahaha
fui completamente engolida pela forma que Annie escreve. direta, transparente e tããããoo verdadeira que ó, me pegou.
nesse livro super curtinho que de simples só tem o título, ela vive uma paixão por um homem casado. uma paixão intensa, cheia de ausências angustiantes à espera do prazer de um possível novo encontro.
amei.
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eskayert 18/02/2024

Me vi em muitas linhas desse livro, nós mulheres meio malucas que ficamos obcecadas por um alguém que não faz nem o mínimo

nenhuma experiência é individual....
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Jadie 17/02/2024

Impressionante
Como Annie Ernaux é capaz de registrar sensações tão sublimes e fugazes através de sua escrita... mais um livro perfeito
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