Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 17/09/2020Li no momento certo!Existem, sei lá, meio milhão de palavras no dicionário de língua portuguesa, mas poucas conseguem descrever o que eu senti com esse livro. E, junto com aprender, o que eu mais gosto na experiência de leitura é sentir. Eu me senti Emma; eu me senti Dexter; eu me senti eu mesma perdida entre os vinte e os trinta, cheia de sonhos, mas também de crenças limitantes e entendendo que a vida é o que você faz dela, mas também é o que ela faz de você.
É por isso que eu acredito que essa é uma história de momento. Existe um momento certo pra esse livro entrar na sua vida. A Thaís de dez anos atrás não teria entendido nada (e provavelmente não teria gostado), porque ainda não teria visto ou vivenciado nenhum desses conflitos intrínsecos à juventude narrados aqui de modo tão cru. Mas Um dia entrou na lista de livros para ler antes dos 30, e esse foi meu momento certo.
Emma e Dexter se encontram logo após a formatura da faculdade, em 15 de julho de 1988, e, desde então, acompanhamos os subsequentes dias 15 de julho da vida deles, que revelam um relacionamento marcado por idas, vindas, egocentrismo, insegurança, decadência e superação. Tirei o livro da estante pensando que leria uma história de amor. Durante a leitura, percebi que, mais do que romance, a obra traz uma história de amizade. Terminei classificando o livro como uma história de crescimento, amadurecimento e (por que não) envelhecimento.
A leitura é uma completa imersão no coração desses personagens ao longo de quase duas décadas, e eu mergulhei de cabeça lá no fundo. Recomendo a leitura (se ela se encaixar no seu momento certo) e o filme, que é uma adaptação bastante fiel ao livro, ainda que menos intensa do que ele.
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