Resenhas - O Colecionador

Bruno.Carvalho 01/05/2023

Indescritivel todos os sentimentos sentidos aqui
Sabe, esse aqui é um livro muito interessante, acredito que eu nunca va reler de novo, mas eu lembro bem de começar a ler numa tardinha e de noite eu ja estava na metade dele(famoso só mais um capitulo). E digo que a primeira parte do livro é muito maravilhosa quanto ao desenrolar da historia, porém é triste e chega a ser doentia em muitos momentos, a vontade que da de matar O protaginista é muita, DEMAIS mesmo. a segunda parte do livro eu digo que é mais chata, só você lendo pra saber se eu falar estraga, querendo ou não você vai prevendo tudo que vai ocorrendo, porém ela é essencial para você ter uma visão bem critica do livro. A terceira parte e o final é triste de diversas formas, novamente doentio demais. As ultimas paginas você percebe que O protagonista é somente um completo de um 🤬 #$%!& . A leitura de O colecionador é fantastica, a historia te prende muito bem, você fica curioso pelo proximo passo, o que acontece em seguida, etc, mas ainda assim é uma historia que você so sente nojo e desprezo cada vez mais pelo protagonista até que só reste isso de você para com ele.

lagartixa albina 11/09/2020

Ler esse livro é igual comer peixe frito.
(essa resenha contém surtos sinceros)

O Colecionador é um livro peculiar, com várias críticas, que já vou comentar - a maioria feita graças a leituras rasas. Terminei três dias atrás e essa leitura ainda me balança, incitando a reflexão nos momentos mais aleatórios, o que me fez escrever a resenha.
Recomendo para todos que tem interesse na temática e querem um livro que faça ''poof'' na nossa cabeça. Mas cuidado com as expectativas. Eu mesma, achava que seria um suspense de arrepiar os ossos e recebi um livro de eletrizar a mente!

Primeiro, preciso dedicar um parágrafo para falar da INCRÍVEL E MARAVILHOSA edição da Darkside. É oficialmente o livro mais bonito da minha estante, cada centímetro desse exemplar é perfeito, cheio de detalhes. A caveirinha nunca falha.

Voltando, no caso da comparação que fiz sobre ler O Colecionador ser igual comer peixe frito, quero dizer que, assim como o peixe (que possui espinhos), o livro é para ser mastigado com cuidado, prestando atenção pois no meio da carne, você pode achar um espinho afiado. E nem todo mundo gosta de comer peixe.
É um livro que não agrada a todos, como o próprio Stephen King avisou no começo; é um livro com temáticas sobre o significado da vida, arte, sexo e política, tudo encoberto por uma camada de ação e suspense. Se um leitor mediano, nas palavras de King, ler esse livro, vai se concentrar na camada de suspense e ignorar o resto. Esquecer os espinhos.

Como reclamar que o livro tenta defender o ponto de vista de um psicopata sendo que é o PRÓPRIO PERSONAGEM que narra a história?É óbvio que Clegg vai tentar se defender, justificar os próprios atos!
Cabe ao leitor perceber a contradição nas palavras e pensamentos dele, perceber como o sujeito pensa uma coisa e faz outra, sem remorso. É a representação de um cara DOIDO na sua forma mais pura. E isso é o melhor do livro para mim, ver o desenvolvimento dele e de sua mente insana. Muitas, muitas e muitas vezes me deu vontade de entrar no livro e, como dizem, merendar ele no soco.

E como reclamar do capítulo narrado por Miranda? Sim, ela é mimada, egocêntrica e a sua historinha com G.P, aquele artista com um pezinho na pedofilia, é totalmente enjoativa e dá para ver que o relacionamento de ambos era totalmente abusivo (teria Miranda saído de uma prisão para entrar em outra?), mas apesar de 'chata', essa parte acaba sendo importante para compreender a evolução da personagem no cativeiro, que chegou a descoberta de que G.P estava sempre tentando levá-la para a cama.

Miranda muitas vezes parece ser submissa e fraca, mas não é. Com as próprias armas - dignas de uma mulher jovem de 1960 -, ela tenta lutar com seu sequestrador, tentando confundi-lo, testá-lo e observá-lo, sempre pensando na possibilidade de fuga. É interessante também ver a aproximação dos dois, que Miranda deixa claro não ser amizade e muito menos amor; o que, décadas mais tarde vai ser apontado como a Síndrome de Estocolmo, ainda que leve.
Ainda no quesito da aproximação, percebemos a desconstrução do ideal de Miranda que Fred/Caliban/Clegg/Doido de pedra criou. Ele, como colecionador de Borboletas, desejava Miranda como uma borboleta para sua coleção, serena e delicada, para que ele a visualizasse em toda sua beleza. Como a própria Miranda diz, é quando ela tenta bater as asas que Clegg a odeia.

Me passou a impressão de que Miranda e Clegg - ou Caliban, numa incrível referência a Shakespeare, - são espelhos um do outro. Tirando, claro, toda a sociopatia e a vilania de Caliban (que não deve e nem é romantizada nesse livro!), percebi uma certa semelhança em ambos. Ao mesmo ponto em que Miranda julga a classe social de Caliban como inferior e mesquinha, Caliban julga os ricos de Londres como fúteis e desprezíveis.

O começo foi instigante, o meio me fisgou e o final me deixou no chão. Não tenho reclamação nenhuma a fazer sobre esse livro e é minha obrigação exaltar o desfecho da história (de novo, QUE FINAL, MEU DEUS!!).

E estou organizando um abaixo-assinado para meter a porrada no Caliban; interessados, entrar em contato haha! SÉRIO, QUE CARA PERTURBADO! Eu realmente queria chegar perto dele e dizer ''amigo, sua vida não é nada boa, ok, mas SEQUESTRAR PESSOAS NÃO ADIANTA! Já tentou, hmmm...terapia???''

vitinho, o leitor ð 04/01/2023

Uma narrativa claustrofóbica e desesperadora...
Mesmo tendo sido publicado na década de 60, é assustador como O Colecionador consegue abordar temas tão atuais como a desigualdade social e a luta de classes, mas mesmo assim explorar o terror e as paranóias advindas do cárcere.

Miranda é uma jovem artista e parte da elite (por mais que ela não aceite isso), Frederick é um homem maduro e pobre que tem como sua única paixão sua coleção de borboletas e claro, Miranda. A paixão doentia e distorcida de Frederick (ou Caliban), além de seu ódio pelo elitismo e a sociedade em que vive é o que dá forças a narrativa, que infelizmente se mostra lenta demais em alguns momentos.

Em certo momento, John Fowles é genial em inverter a perspectiva dos leitores, apresentando a história pelos olhos de Miranda e nos fazendo sofrer junto dela naquele quarto/prisão. A relação dos dois personagens é também desenvolvida ao longo do livro, mostrando um claro sentimento de desconfiança e medo das duas partes.

Sobre o final, não há mais nada além do sentimento de amargura deixado na boca do leitor, mas isso não é ruim de forma alguma, apenas um ótimo desfecho para a história.

Soph 03/11/2020

Interessante.
Criei grandes expectativas ao saber que inspirou Thomas Harris a escrever Silêncio dos Inocentes, um dos meus livros favoritos.
A história é boa e os personagens muito bem desenvolvidos, mas por vezes pode ser um pouco cansativo ler alguns detalhes que se repetem. O fato de não ter muitas mudanças de ambiente não deixa o livro monótono, mas a fala dos personagens de vez em quando me pareciam arrastadas.
O final é um mix de sentimentos que me fez indagar e arrepender de coisas que havia sentido antes ao longo da obra, e essa reflexão é um ponto extra para o livro que me gerou um questionamento interno.
No mais, um bom livro. Recomendo inclusive a quem não é muito fã do gênero, porque apesar da história, a escrita não pesa em detalhes sórdidos, nada gráfico, o que deixa o livro de certa forma mais ??leve?? de ler.

Carol2372 15/04/2024

Um bom clássico
É um livro interessante. Adoro quando abordam a perspectiva do stalker/sequestrador, eles tem pontos bem característicos.
Frederick é um colecionador de borboletas, mas em sua mente sobrevoava uma espécime rara, Miranda. Seu fascínio por ela é inteiramente pela sua beleza.
Imagina possuir uma peça tão rara em meio a sua coleção, vê-la de perto todos os dias, tê-la sob sua posse, é assim que seguia seu pensamento oculto.
Ele dava tudo o que ela pedia, pois no seu conceito ele a amava. Mas na verdade pouco lhe importava a personalidade de Miranda e seus pedidos extravagantes se ele pudesse observá-la por longas horas. Era esse seu verdadeiro ?amor? possuí-la como a sua maior conquista.

A todo momento na narrativa das vésperas do sequestro, ele descrevia de forma que tudo ocorrerá naturalmente, como se não fosse algo que ele maquinava a anos, e só conseguiu concretizar por que agora ele tinha tempo e dinheiro.


Engoli toda a parte do fredrick em um dia, o verdadeiro desafio foi Miranda! ( a sequestrada). E sinceramente que mulher chata, sinceramente, torci que a parte dela acabasse logo.
Ela tem um idealismo um tanto intolerante por mais que inconsciente, ela é arrogante como todos que ela tanto julga.
Não passando de uma garota de classe média que se acha culta por se espelhar em um quarentao egocêntrico com conceitos completamente contraditórios e incoerentes(G.P). ? #$%!& garota seu ídolo é um homem.
Ela tenta fazer o mesmo que G.P fez com ela com frederick, constantemente tentando ensinar ideias que soam coerentes em sua bolha de concepções, tenta moldá-lo!
Muitas vezes ela se referia a ele como Caliban mas tive a impressão que alguns momentos ela estava referindo a si mesmo.


Mas no fim admito que tive uma certa empatia por ela, Afinal ela era só uma adolescente. Muita gente reclama que a parte dela é mais focada no G.P. Mas quando se está presa em um cubículo por dias sem prévia de quando será libertada, eu também me agarraria a algo assim. Suas lembranças lhe deram forças para não enlouquecer de vez.

Milena.Oliveira 26/03/2021

O colecionador
É um livro bem intrigante, em alguns momentos "ficamos do lado" da vítima e outros do o sequestrador.

Garps 17/06/2023

O Colecionar
O livro começa com a versão do protagonista, o colecionador de borboletas que explica brevemente sua vida e como iniciou sua "paixão" por Miranda, além de explicar como a sequestrou e tudo q ele fez por ela durante esse sequestro.
É um livro com a duas versões da história, particularmente achei a Miranda um pouco esnobe mas foi com a versão dela q eu realmente senti o peso dos acontecimentos. A versão do colecionador (talvez por ele ser um psicopata) não é tão emocionante e é bem simples,na minha percepção ele apenas citava os acontecimentos.
Esse livro nos mostra até onde as pessoas podem ir pela liberdade e pelo medo e também pelo que chamam de "amor"
O mais interessante foi que em nenhum momento o homem tocou na mulher de forma pejorativa, ele não a matou e não a estuprou, em certos momentos é até possível sentirmos pena dele por tudo.
A Miranda por ser mais egocêntrica me dava um certo incomodo, por boa parte do capítulo 2 me irritava com suas falas, mas ao fim do capítulo só conseguia sentir dó
O fim ocorreu de modo esperado porém através de caminhos inesperados. O final em aberto nos faz questionar se o "caliban" realmente amou Miranda, e entt tiramos todas as dúvidas que já não eram mtas, esse personagem apenas se utiliza da Miranda para ter uma razão da vida, uma idealização de que aquela mulher seria sua salvação que se foi. Miranda tentou o tempo todo lutar para fugir e para sobreviver, porém o seu fim foi de um modo tão inesperado que só consegui pensar em todas as coisas que ela queria fazer assim que saísse de lá.

Jessica1248 20/08/2020

Colecionador de corpos
Eu estou no chão com a leitura desse livro. Desde o início, com o sequestro, eu já sentia que já dar besteira no final, mas não imaginava a proporção. Confesso que a segunda parte do livro, foi extremamente exaustiva, com narrativas que não senti acrescentar nada a história. O desfecho, realmente, me surpreendeu. Desde o início eu sabia que ele não pretendia libertar ela, mas sua ilusão de que ia dar tudo certo fez ela morrer e, óbvio, que se ele tivesse chamado um médico, teria sido descoberto.
Conhecemos, literalmente, um colecionador de corpos. Pois depois da Miranda, com certeza ele fará novas coleções.

Kévia @letrasdakevia 27/10/2020

Melhor leitura de 2020 até agora
Clegg é um colecionador de borboletas, trabalha no anexo da prefeitura, não tem amigos, vive com sua tia e uma prima e logo passa a observar e seguir Miranda, criando assim uma obsessão. Miranda é esperta, talentosa e linda. Enquanto ela ganha uma bolsa para estudar artes em Londres, ele ganha na loteria e agora pode realizar seus desejos mais obscuros que inclui sequestra-la, pois na cabeça dele eles nunca se conheceriam de outra forma.

É muito difícil falar sobre um livro que me fez sentir tantas coisas como aflição, pena, nojo, incredulidade e me fez chorar. O 1o capítulo é através do olhar do sequestrador que se enaltece o tempo todo pelo fato de achar que não faria mal a ela como outros homens no lugar dele fariam, fora as vezes que culpava a vítima pelos abusos dele. E o 2o pelo olhar de Miranda e o terror de ser prisioneira de alguém que passa semanas apenas a observando, sem nunca saber o que esperar e receosa de que o pior dele possa vir a tona, e isso a faz realizar atos desesperados.

É incrível ver a genialidade do autor em criar um sociopata que, só no começo, faz com que o leitor tenha certa empatia pela solidão dele - mesmo sabendo das coisas horríveis que ele faz e pensa. Fowles criou uma história com um final totalmente real e possível, apesar de aterrador. Eu consigo entender quem odiou o livro, mas acredito que um bom livro não é aquele com um final perfeito e sim aquele com final real, palpável, mesmo que injusto.
?
"Clegg é louco, Miranda é sua loucura, e tudo que ele deseja é adicioná-la à sua coleção." - Stephen King

No insta @mrsofthebooks tem fotos com detalhes da edição

Jacque37 19/01/2022

Ainda digerindo os acontecimentos finais deste livro. Personagens e narrativa igualmente intrigantes.

Pri 28/08/2020

Suspense bem interessante que faz não ter vontade de parar. Confesso que esperava mais do livro

Salvatore 25/08/2021

Sem Spoiler
Eu gostei do começo desse livro, esperava muito dele, Por algum motivo eu achei que iria favoritar esse livro. o meio dele foi um pouco cansativo, pra não dizer entediante. Tanto com o decorrer da história, como com a troca de narração, fiquei contando as páginas pra terminar logo, e desde o começo, eu já tinha uma teoria do que iria acontecer, e aconteceu como eu imaginei. Eu achei sem garça porque foi tudo muito esperado, lento e repetitivo. O final eu esperava mais, mesmo tendo uma ideia do que iria acontecer.

Honorato.o 21/12/2021

Amei. Saí com depressão.
Enrolei demais para ler esse livro e me arrependo até hoje. Gostei de tudo, da história, dos personagens, o desenvolvimento, tudo. Ops. Talvez não muito do desfecho, li o livro todo com uma expectativa de que tudo ia dar certo e deu tudo errado. Mas apesar disso, o livro me prendeu demais e quando acabou fiquei com depressão querendo que não tivesse acabado. Adorei as referências e tudo, o livro nos abre várias portas sobre vários assuntos e artes, simplesmente incrível. Por favor, leiam.

Soris 01/09/2022

O colecionador
"Ele sabe que parte da minha beleza reside em estar viva, mas é morta que ele me quer, ele me quer viva-porém-morta", John Fowles nos proporciona em sua obra de 1963 "O colecionador" um turbilhão de emoções, dentre elas a angústia, a raiva, o nojo, a aflição e também um encantamento.

O livro retrata dois personagens principais, Frederick Gregg que tem uma paixão doentia por Miranda Grey, em que é percebido logo de início. Gregg ao ganhar na loteria acaba comprando uma casa isolada na estrada com o intuito de sequestrar Miranda, uma bolsista de artes de 20 anos da alta classe, e a confinar.

Logo de início percebemos o quão maníaco Gregg é por meio de seus pensamentos, em que não gosta da alta classe e justifica suas ações como um "bem necessário em prol de sua paixão" em que é claro que não passa de motivos egocêntricos. Ele age como se ela devesse entender e responder a seus sentimentos, e ele deixa isso bem claro: "Tudo o que estou pedindo é que você entenda o quanto eu te amo".

Também podemos ver capítulos depois a história se passando no ponto de vista de Miranda, em que vemos o quão perturbador é estar em sua situação e o quanto ela almeja a liberdade e usa todos os meios para alcança-la. Com isso, passamos pelas emoções de aflição e angústia, e o intenso desejo de que a justica seja feita.

O livro apresenta uma leitura bem fluída e envolvente, com personagens bem construídos e um suspense que enlouquece cada vez mais a cada página.
Porém, houve certas partes do ponto de vista de Miranda que se tornou arrastado, ao contar cenas de seu passado apresentando George, um artista 20 anos mais velho por quem acaba tendo uma atração. Fazendo com que assim, tenhamos desejo e aquela ansiedade em saber o que está acontecendo em seu confinamento.

Um aspecto do livro que é muito interessante é a representação da arte ao longo da história, onde por várias vezes é descrito artistas e suas obras, também havendo cantores clássicos. O autor nos leva a ter certo encantamento por essas cenas em que é retratado e vemos isso na Miranda: uma amante da arte.

Foi uma leitura que valeu muito a pena, o autor não decepcionou e espero poder ler futuramente mais alguma de suas obras

warmchapters 30/03/2021

é inegavel que esse livro é genial. a introdução de stephen king (que deixei pra ler no final) só me prova isso. mas é nojento. dá raiva, me faz mal. to feliz que não acabei de ler ontem, se não não conseguiria dormir.
a frieza, a loucura... sem palavras