Resenhas - O Colecionador

Núbia Cortinhas 27/08/2023

We Are the Champions! Valeu superar a segunda fase!!!
Está belíssima a edição da Darkside desta obra, O Colecionador, que é um clássico do suspense. A edição está riquíssima de informações que nos ajudarão a apreciar a leitura. A edição conta com a Introdução exclusiva do Stephen King e um Posfácio com todas as referências artísticas, ambos com spoiler.

   A premissa deste suspense é interessante e a narração é dividida entre o ponto de vista do Frederick Clegg e da Miranda Grey.

   Confesso que gostei mais do vilão, sendo as suas narrativas muito mais interessantes, e elas formavam todo aquele clima tenso que nós leitores de thriller gostamos.

Mas essa tensão é quebrada na segunda etapa, quando a Miranda assume a narrativa através da escrita dos seus apontamentos diários. No início dessa fase, como a escrita do autor muda, conseguimos sentir o desespero da Miranda, sua ânsia em escrever para se distrair, tanto é que ela fragmenta o texto com trechos soltos, dando realmente a sensação de que ela está escrevendo lembranças à esmo... Foi muito chato, maçante e parecia não ter fim essa fase do livro.
   Apesar de O Colecionador ter influenciado vários artistas nas mais diversas modalidades, esse livro não me conquistou, justamente por essa quebra de ritmo, forçada e apelativa, onde todo clima tenso foi dissipado. Quando o autor volta à narrativa do Clegg, foi tão corrido que ele não me emocionou com os fatos que se sucederam, me impressionando somente no final com um desfecho clássico, digno de filme de terror.

   Então, amigos, a sensação ficou como se eu tivesse chupado aquela bala quadradinha de caramelo com papel; bebido café frio e comido pipoca murcha e fria.

Agora super valeu a L. C! Amei cada momento! Foram muito divertidas as zoações com o inesquecível G. P, que quase virou um protagonista, kkkk. O Grande Panaca mereceu Grande Paciência, ou não... Kkk
Ler com vocês foi o que não me fez perder o ritmo na segunda parte! Vencemos!!

Dany 06/03/2021

Antes de mais nada, eu preciso dizer que é uma leitura bastante claustrofóbica e com alguns gatilhos de ansiedade. Portanto, reserve essa leitura para quando estiver em um bom momento mental.?

A trama, gira em torno do crime, da dinâmica entre o sequestrador e sua vítima. Mas é também o tipo de livro que, apesar de retratar uma situação extrema e específica, invade a nossa realidade.

Não vou mentir: ler O Colecionador é se sentir invadida enquanto mulher, de maneiras dolorosas. É revoltante por saber que é ficção, mas também é realidade.

brunatempesta 03/01/2022

Demorei um pouco pra ler por conta da linguagem formal usada, mas é um livro interessante pra quem gosta do gênero. Dei 3 estrelas por alguns acontecimentos que não gostei. A edicao da Darkside é maravilhosa.

maria20786 16/02/2022

5,0 + ?
esse livro mexe muito com o psicológico pq aborda muuuitos assuntos sensíveis e tudo basicamente se resume a forma como você vê os dois lados da histórias. uma hora você se vê odiando o agressor e outra hora entendendo os reais por motivos pela forma como ele age. já em outros momentos você se vê odiando e amando Miranda, que é a vítima.

Jacqueline.Carvalho 13/05/2021

"Havia momentos em que eu pensava poder esquecê-la. Contudo, esquecer não é uma coisa que possamos fazer, é algo que nos acontece ou não. A mim, não aconteceu."

Imagine se você ganhasse na loteria. O que você faria? Você viajaria? Compraria um carro novo?
Frederick não faz nada disso. Ele sequestra sua "amada" e a mantém como hóspede (pelo menos na cabeça dele), em sua casa.
A trama é fantástica, do início ao fim. Somos transportados para uma mente doentia e é assustador tudo o que o ser humano é capaz de fazer.

gio lerm 28/05/2020

Intenso e triste.
Acompanhar a perspectiva do sequestrador é muito desconcertante e surreal. Desde a sua escolha, obsessão, "não-planejamento" do crime, tudo é imensamente perturbador. O interessante do livro é que nos é mostrado primeiramente a visão dele, o que nos faz imaginar o que acontece de fato, sem a interpretação romantizada dos acontecimentos. Confesso que, quando entrei no capítulo contado pela vítima, me decepcionei um pouco. Esperava algo diferente, mais emoção, um outro lado daquilo tudo.

É uma história angustiante do início ao fim, ambos os personagens tem muita personalidade. O final me surpreendeu na mesma medida em que me embrulhou o estômago.

NathyFischer 08/08/2020

Terminei o livro pensando que desgraçado. Livro muito intenso. Mas não me chocou e não me trouxe nenhuma novidade. Retrata a realidade de muitas mulheres e seu abusador.
Não sei como algumas pessoas conseguem sentir empatia pelo Fred e romantizar toda a situação.
A culpa não é da Miranda, a culpa é dele!

Mendonca_mai 12/04/2022

?Ele é louco. Sou eu. Eu sou sua loucura.?
Que romance hipnótico e perturbador. É um livro muito inteligente e profundo, cheio de camadas, muito bem construído. Apesar de ter sido publicado originalmente em 1963, é um livro que aborda temas bem atuais, e as citações artísticas deixam tudo muito mais brilhante. Simplesmente, é uma obra-prima! É fascinante, perverso e engenhoso. É uma leitura que te prende até a última página, é magnífica! ?Eu nunca poderia curá-lo. Porque eu sou sua doença?. Recomendo fortemente, sem dúvidas se tornou um dos meus favoritos!?

Beame 22/04/2023

Tedioso
Esperava algo que prendesse minha atenção, mas achei a narrativa chata. Só o comecinho e o final foram interessante, pq o resto do livro foi muito arrastado e sem graça.

Claire Scorzi 04/02/2009

É um divisor de águas para mim: depois de lê-lo a 1ª vez aos 16 anos, meus horizontes se abriram: foi o livro a me apresentar música clássica, pintores e nomes da Literatura como Jane Austen e J.D. Salinger. Também foi um romance difícil de ler, porque me debato com o seu desfecho (do qual ainda não gosto). Em alguns aspectos o livro envelheceu - há muito "anos 1960" nele - mas continuam atemporais os temas da mediocridade, da mesquinharia humanas, e um de seus possíveis correlatos: a ânsia de possuir - o ato de colecionar, seja o que for. O retrato dos dois personagens centrais é magistral, muito bem trabalhado pelo escritor, que muda inclusive sua escrita ao mostrar o diário de Miranda, e contrastar com a narrativa na primeira pessoa de Frederick, seu sequestrador. Os diálogos merecem ser lidos em voz alta - aliás, fiz tanto isso que sei parte deles de cor.

Janaina Edwiges 13/05/2023

"Eu sei o que sou para ele. Uma borboleta que ele sempre quis prender"
Explorar a mente de um criminoso, especialmente aqueles com traços de psicopatia, é algo bem interessante e ao mesmo tempo muito assustador, já que eles não medem esforços para atingirem os objetivos que almejam. As pessoas com esse transtorno têm dificuldade de sentir empatia ou remorso, são manipuladoras, frias, mentirosas e sem qualquer respeito pelos direitos dos outros.

Com uma escrita fluida e muito envolvente, John Fowles traça com maestria o perfil de um psicopata. Através de narrativas intercaladas entre as visões do sequestrador e da vítima, o livro nos permite mergulhar nos sentimentos mais profundos das personagens, diante de uma situação que era terrível para Miranda, mas que para Frederick era a realização de sua obsessão mais sombria.

O Colecionador também explora temas como diferenças entre classes sociais e reflexões sobre aspectos culturais, como as diversas maneiras de se compreender a arte.

Recomendo bastante para quem é fã de ótimos suspenses psicológicos.

Stephany.Nagami 11/04/2021

Perturbador
Se eu tivesse que definir o livro ?O Colecionador?, de John Fowles em apenas uma palavra, essa seria ?perturbador?

Bem diferente de tudo que já tinha lido até então, e confesso que fiquei surpresa com os dois pontos de vista, a do sequestrador e a da vítima. Isso faz com que sintamos vários sentimentos sobre Frederick, o sequestrador, além de somente ódio, e faz com que sintamos também alguns sentimentos por Miranda, além de somente pena e querer que ela consiga se libertar daquela situação horrível.

Sim, Frederick é o vilão, mas ele também é um coitado. Frederick não é perverso não é violento. Ele não maltrata Miranda, física ou verbalmente. Não há perversidade em sua mente e ele não quer nada dela, ele só quer ela. Tanto que não pensa nela como sua vítima e sim como sua hóspede. E não tem nada que Miranda possa fazer para ter sua liberdade novamente, ela não pode dar a Frederick o que ele quer, porque o que ele realmente quer é ter ela como uma das borboletas que coleciona.

A situação toda é tão perturbadora que eu cheguei a sentir pena de Frederick e me sentir mal por isso. É essa complexidade que torna ?O Colecionador? tão interessante.

Meus Livros e um Café 10/02/2022

Parado mas vale a pena
“O Colecionador” é o primeiro livro de John Fowles, escrito em 1963. O romance conta a história de Frederick Clegg, um funcionário público que coleciona borboletas e, subitamente, se torna dono de uma fortuna. Ele então passa a ter uma ambição: seqüestrar Miranda, seu amor platônico. A trama se desenvolve com a disformidade da personalidade de Clegg, que tem a seu favor apenas a superioridade de força, contra a vitalidade e inteligência de Miranda que, contando com sua superioridade de caráter, confunde e ofusca o medíocre seqüestrador.
O livro é narrado pelos dois personagens principais: o sequestrador e sua vítima, de modo que, em alguns momentos do livro você consegue se identificar em algumas questões com ambos. O fato de ser narrado apenas pelos dois, reforça a sensação de solidão e limitação, o que acaba aumentando a angústia do leitor que o livro por si só já proporciona. O que mais motiva a leitura é saber qual a próxima coisa que Clegg fará por ela e se ela conseguirá escapar, o autor cria uma tensão em torno disso de modo que não é possível largar o livro.
Mesmo sendo lançado decadas atrás, ele consegue abordar o machismo, diferenças sociais e algumas ideias do que é o amor, tudo narrado de forma obessiva e perturbadora. Uma leitura que eu recomendo muito, especialmente com essa edição de colecionador da Darkside.

Adriana 28/09/2022

Minha "Hóspede"
John Fowles tinha 37 anos quando O Colecionador foi publicado.
Ele não buscou referências na contracultura que ainda engatinhava.

O Colecionador foi publicado originalmente em 1963, é de certa forma um produto anterior à cultura pop ? ou, pelo menos, a sua segunda onda, pós Elvis Presley e Andy Warhol. A primeira edição chegou às livrarias inglesas um pouco antes de sua capital ganhar o apelido Swinging London, período em que a cidade tornou-se o epicentro de revoluções que perduram até hoje nas artes, na moda e no comportamento. Somos todos filhos dos anos 1960.
Os Beatles ainda eram residentes no Cavern Club quando John Fowles terminava de escrever seu romance de estreia.


Avaliar esse livro para mim, é um tanto complicado. Talvez por sua escrita muito antiga... não sei.
É incrivel como uma historia boa consegue ter personagens um tanto "chatos".
Clegg é insano e fora de qualquer ?padrão?. Já Miranda, fica evidente que ela não é uma personagem fácil de se gostar.
Ele até pode ser gentil e respeitoso, mas ainda será um sequestrador.
Para ele, ela não passava de uma "espécie rara".
Tudo q ele queria, era q Miranda o amasse, e o respeitasse. Sonhava em casar-se com ela.
Ela, uma jovem inteligente, estudante de Artes. Um tanto imatura e esnobe
E sempre será sua vítima.
Há um enorme embate cultural entre os protagonistas.

O autor fez um capitulo enorme de Miranda, e como se trata de um diário, ela fala da vida dela de antes do sequestro.
Na minha opinião o autor se prendeu d+ na vida de Miranda e Clegg. Sobre situações aleatórias e não intrigantes, que não alteraram em nada a história. Essa parte da leitura foi bem cansativa pra mim, eu diria q foi extensa d+.
Preciso reler em outro um momento.
O final foi bastante tenso, revoltante, cruel ¿
Uma história impactante.
Um livro q precisa ser lido por todos.

Clara 15/06/2023

Chocante...
Estar na mente de uma pessoa peculiar é muito difícil. Analisar a simplicidade de pensamentos e ações é uma experiência realmente chocante.
Vivenciar os pensamentos, anseios , esperanças e desejos de uma vítima nos faz comprar a briga por ela, esperar que algo inesperado aconteça, que tudo dê certo.
Te convido a navegar nesta leitura e se surpreender!