Resenhas - O Colecionador

Coxinha 29/01/2022

Resenha- o colecionador
Devo admitir é um livro um tanto quanto psicológico, é de interesse para aqueles que cursam psicologia, pois o básico desse livro é, a mente de um sequestrador sociopata e a mente da sequestrada que não entende o que está se passando.

Temos 4 partes nesse livro, a 1,3 e 4 são boas, já a parte 2 senti muitas informações repetitivas e desnecessárias, creio que seria para mostrar como a garota está sendo afetada por aquilo.

Ana 02/08/2022

?Meus sentimentos eram felizes porque minhas intenções eram as melhores. Isso foi o que ela nunca entendeu?.
?Uma vez, me permiti sonhar que dava um tapa em seu rosto?.
O livro é perfeitamente maluco e te faz ser mais maluco que Clegg. John Fowles consegue tirar a parte pensante do teu cérebro e te faz sentir pena da pessoa que sequestrou Miranda. Pena não é o bastante, você torce pra ele ficar com ela, até a parte dela chegar. Você é totalmente bipolar, mudando do amor por ao ódio em cada virada de página. Sem contar na beleza do livro, a capa, a folha de rosto, as páginas em si. No tem como amar tanto um livro. Avisando que você vai mudar de emoção a cada segundo. Ótima leitura!!!

Gabi 24/03/2021

Pesado
Leiturinha obrigatória que faz refletir. O autor faz você sentir pena de Caliban, depois odiar ele, do mesmo jeito que faz com que você possa odiar Miranda em algumas partes, mas isso pra mim, particularmente, é humanamente impossível. A leitura nas partes narradas por Caliban é muito instigante e já quando é Miranda é muito arrastada e chata mesmo, isso talvez seja proposital pra o leitor simpatizar mais com ele do que com ela. Enfim, um livro muito bom, super indico.

Pietra.Pontes 28/01/2023

acaba pelo amor de deus
Não gostei, achei a personagem a Miranda mal desenvolvida, pessoas que ela citava não eram apresentadas ao leitor, ela tava em cativeiro e só pensava no G.P., achei ruim e irrealista. O ponto de vista do Fred é menos insuportável pq entrega a parte perturbadora que o livro promete. Comecei esperando um sequestro louco, tenso e difícil de largar e recebi um início e final mediano com o pov da vítima absolutamente entediante.

lau 19/01/2022

Eu acho que o problema desse livro, muitas vezes, é que ele não é convincente. Meio que entendi o que o autor queria passar muitas vezes na narrativa, com a ??ingenuidade?? do sequestrador e com a ?profundidade? da sequestrada, mas ao mesmo tempo ele não me convencia muito, então a leitura ficou muuuito entediante, não é um livro q eu recomendo

agathatriste 20/12/2021

Borboletas ou mulheres?
Essa edição belíssima da Darkside de um clássico me fez com toda certeza querer ler esse livro. Ok, o famoso "comprei pela capa".

O livro conta a história de um colecionador de borboletas que após ganhar muito dinheiro. Resolve colecionar uma mulher. Digo: raptar. A primeira parte do livro é narrado por ele e a segunda parte por ela. E acompanhamos o seu cativeiro por duas perspectiva.

Eu torci por ela o tempo todo. O livro causa pouca agonia, mas CAUSA! Eu achei a parte dela por vezes sem ritmo.

Nada muito especial, mas uma leitura muito legal!

Pra quem amou a série You, vai amar!

brunayasn 24/03/2024

Não sei como me sentir
O livro é maçante na maior parte do tempo. Miranda é insuportável mas acho bastante compreensível, torci por ela e quase não consegui acreditar naquele final, ela merecia muito viver as chatices dela.

Enfim, esse definitivamente não é meu estilo de leitura.

Káh 17/03/2021

Não gostei
A primeira parte do livro é ótima.
Muito interessante ver a história pelo ponto de vista do antagonista e ver toda a construção do personagem e as justificativas que ele dá pra fazer o que fez.
Mas a segunda parte é totalmente péssima. Muita viagem, me perdi várias vezes e todo o clima que a primeira parte cria, achei que se perde mais na segunda.
Fora que o final achei muito rápido.

Sabrina Araújo 21/01/2022

Perturbador!!!!
¤ "Se você me pedir para parar de colecionar borboletas, eu paro. Faço tudo o que você me pedir."

¤ "Menos me deixar voar."

A última vez que um livro me deixou pensando por dias, foi quando li Verity. E com este não vai ser diferente.

O Colecionador traz a história de Frederick, um funcionário público apaixonado por insetos, um verdadeiro colecionador, principalmente de borboletas. Sua vida modifica-se ao colocar seus olhos em uma garota, que logo torna-se sua maior obsessão, e então, a partir daí, Frederick, não consegue dedicar-se a absolutamente nada que não envolva perseguir, anotar, ver e ficar a par da rotina da mulher pelo qual ele nunca havia trocado uma palavra.

Com o passar dos dias, as vontades de Frederick modificam-se para o lado mais sombrio possível, ao ponto de fantasiar sequestrar a garota ou ser o seu salvador em um ataque. Desde o surgimento desses constantes e perversos pensamentos, Frederick não pensa duas vezes antes de comprar uma cabana distante o bastante de olhos alheios, para que assim, pudesse realizar seu desejo obsessivo de ter a garota para si. E ela, que até o trágico dia, nem imaginava que estava sendo perseguida e que um homem que ela jamais havia tido contato, conhecia cada um de seus passos.

Ler esse livro foi como estar na mente de um verdadeiro maníaco. Ele é problemático, agonizante, e te faz passar muita raiva. Tirando os capítulos narrados pela garota, Miranda, o restante é no ponto de vista do Frederick. Foi inevitável não encarar esse livro como manipulatório ao ponto de fazer muita gente sentir pena do personagem, quando o ponto é realmente o destaque de como funciona a mente de alguém como ele, o que acabou tornando Frederick assustadoramente real, já que pessoas como o ele tendem a justificar seus péssimos atos usando os pontos tristes de suas vidas, entrando em modo depreciativo com a mais pura finalidade de induzir a pena.

Já a representação da Miranda, imagino que o autor quis destacar a forma ilusória que Frederick havia criado para si quando se tratava dela, a imaginando como uma mulher perfeita, com expectativas machistas nojentas, e que ela não tinha outro modo de agir a não ser a que ele mesmo havia construído em sua cabeça. A modificação da personagem foi um balde de água fria, justamente porque até então, o leitor via Miranda através da narração de Frederick, a única coisa que temos - até certo ponto, já que a narração da Miranda é enorme - é a maneira em como Frederick a vê, e que a todo momento justificava seu comportamento de maneira "romantizada", associando tudo como rebeldia momentânea sem um motivo aparente, e não pelo fato de ele a ter sequestrado.

O Colecionador é aquele tipo de livro que definitivamente entra na lista de: ou você ama ou odeia profundamente. Ele me prendeu bastante justamente por ser mais acostumada a livros com conteúdo sensível, MAS ele não é de forma alguma o tipo que se sai por aí recomendando para qualquer pessoa, pois possui diversos gatilhos, o tornando desconfortável de verdade. É aquela leitura com personagens odiosos, e pela primeira vez posso dizer que tenho um livro onde todos os personagens são extremamente detestáveis haha.

O autor mostrou toda a visão obsessiva de Frederick e tirou o que os leitores esperavam de uma vítima (mas para ser mais clara, ele se perdeu completamente na construção da personagem no decorrer das narrações). John deu a Miranda um modo de agir completamente inesperado, porém, com um comportamento compreensível devido a sua situação. Mas a personalidade da personagem se afundou no modo insuportável e chatice extrema, permanecendo assim no decorrer do livro, tornando-a muito desagradável, sendo possível até mesmo sentir aquela dose de culpa por acabar odiando a personagem, o que faz com que tudo seja ainda mais difícil de digerir até o fim.

Cargsthss 13/04/2024

Impactante
O livro é uma mistura de sentimentos. Você caminha através de momentos ansiosos, repulsivos, cheios de angústia, em certo tempo se permite um pouco de esperança.
Perturbador e reflexivo, se tornou um dos meus favoritos com toda certeza.

Clana 21/12/2020

Esqueci de atualizar
Eu terminei esse livro cerca de três semanas atrás, mas esqueci de atualizar aqui.
Bem, no início o livro não me conquistou muito, mas depois fiquei extremamente curiosa com o que aconteceria com Miranda. Inclusive, na metade da história, eu a odiava. Para mim, ela julgava tudo e todos. Contudo, depois de mais algumas páginas, minha ideia mudou.
Adorei os parágrafos sobre arte e o conservadorismo.
O final para mim foi doloroso (não nutri nenhuma empatia e/ou pena por "Calibã").

Gabriela.Almeida 19/01/2021

Angustiante
Eu consigo resumir toda a minha experiência com esse livro como: angustiante; apesar de sentir que faltam palavras que possam explicitar a falta de ar e o aperto no peito. Foi impossível não me colocar no lugar da Miranda, me perguntar o que eu faria, odiar profundamente Caliban (apelido de Frederick), a cada palavra lida eu me imaginava naquele porão, presa, sem ar e sem luz natural, perdendo a minha vida aos poucos.
Não consigo explicar o quão surtada esse livro me deixou, desde a loucura descabida de Caliban até a ?bondade? exacerbada de Miranda, me arrisco dizer fora de hora também. Não consegui me imaginar tão boazinha com ele, mesmo sabendo e entendendo que o que ele carrega é uma doença mental séria, provocada por anos de opressão de todos os lados, não consigo imaginar a minha humanidade florescendo nesse contexto. Eu odiei e odeio o Frederick com todas as minhas entranhas, nisso o autor está de parabéns.
Eu não consigo dar cinco estrelas para esse livro por conta do final, não me agradou muito, eu esperava mais, não foi ruim de forma alguma, mas o que aconteceu me deixou frustrada de tal maneira que é impossível expressar sem dar spoilers.
Enfim, um ótimo livro.

Regina 22/06/2021

Para quem assistiu e gostou da série You da Netflix, vai amar esse livro. Mesmo não sendo o meu gênero preferido, eu gostei bastante. Um livro que me prendeu do início ao fim, e que às vezes me deixava bastante angustiada pela obsessão do personagem. Eu acreditava seriamente na mudança dele, o que lógico não aconteceu. Esse livro mexeu bastante com minha mente, demorei alguns dias para superá-lo.

Ari Phanie 06/08/2020

Calibã e a borboleta
Nós estamos vivendo atualmente uma onda de entretenimento onde os perversos e os sociopatas são as grandes estrelas. E sendo assim, são altamente romantizados. A exemplo da série You e do filme 365 dias, a gente percebe como transtornos mentais e crimes sexuais foram glamourizados a níveis preocupantes. O Colecionador é dos anos 60, mas John Fowles também quis tornar o seu sociopata mais simpático aos seus leitores.

Frederick Clegg é um funcionário municipal, homem comum, do tipo que a gente pode esbarrar nas ruas todos os dias. Mas Frederick não tem amigos, não se dar bem com sua família e não gosta das pessoas, em geral, preferindo manter um afastamento de todos. A falta de inteligência emocional do personagem o impossibilita de reconhecer e entender os sentimentos alheios. No entanto, há uma coisa com a qual Frederick acha que teria uma relação perfeita: Miranda. Colocar Miranda como coisa foi totalmente proposital, foi exatamente o que o protagonista fez.

Miranda, uma jovem artista a quem Frederick via pela janela do seu trabalho, vira uma espécie de artigo da sua coleção, junto com as suas lindas e inanimada borboletas. Ela é sua espécime mais cara e apreciada, mas ainda é como as suas colegas de cárcere; não está viva. Ele a mantém trancada numa caixa para apreciar de vez em quando e raramente a escuta de verdade. A gente já sabe o final da Miranda no começo, não tem surpresa.

Amigos meus disseram que talvez eu não fosse gostar do final, que eu ficaria decepcionada. E fiquei mesmo. Não houve nenhuma surpresa aqui. As borboletas, Miranda, são artigos de uma coleção, e como todo colecionador, quanto mais espécimes Frederick capturar, mas aquele vazio doentio nele é preenchido, mas apenas momentaneamente.

Felizmente, Fowles escreve muito bem, e principalmente na Segunda Parte, ele deu profundidade à história (ao invés de apenas romantizar seu protagonista como um homem estranho, mas bonzinho que só precisa ser compreendido e não se sentir mais tão solitário...bah), e criou algumas reflexões muito boas. Miranda é uma personagem complexa, que ora aborrece, ora você compreende. Ela é jovem, ingênua e inexperiente, que, no entanto, consegue refletir e analisar as coisas com maturidade. Mas em alguns momentos, Fowles quis apenas que ela fosse uma antagonista para o seu protagonista, e isso não me passou despercebido.

Os rapazes bonzinhos, com cara de cachorros perdidos, que estão loucos para dar apenas amor e cuidar das suas "musas", mas que pra isso precisam afastá-las de todos que conhecem e obrigá-las a ser apenas deles estão por aí em alguma série, filme ou livro sem que você precise procurar muito. Eles são lindos, tem corpos sarados e são extremamente ricos podendo dar tudo a suas "musas". Na vida real, eles te fazem escrava sexual (Malik e Ariel Castro), te torturam, agridem e obrigam a ter filhos de estupros sistemáticos (Aloisio Giordano) ou traficam teu corpo. Eles não vão sentir muito, eles não vão sentir nada porque a mulher é só um objeto, exatamente como Miranda foi para Frederick.

astra_fws 18/02/2024

Frederick é louco, e Miranda é sua loucura.
Criei expectativas neste livro por alguns anos, e tive surpresas positivas e negativas...

A escrita é maravilhosa, e surpreendente fluida para um livro publicado em 1963. O autor nos conduz neste mergulho a cabeça do jovem psicopata Frederick, de forma que não senti as páginas voando.

A primeira parte do livro, embora às vezes me pareça meio apressada, funciona muito bem. Mas a partir do momento que temos o ponto de vista de Miranda, o autor escolhe por recontar todos os fatos que já aconteceram por sua perspectiva (apenas acrescentando seus pensamentos sobre o momento anterior ao seu sequestro). Para mim isso fez a história desandar.

Apesar disto, a contrução da personagem da Miranda me chamou a atenção. Uma garota apaixonada por arte e com fortes opiniões progressistas é algo que não esperava eu um livro de 06 décadas atrás.

Sobre o final... não sei o que sentir. foi uma escolha de final diferente do "comum", mas também um final "real"... histórias como essa nem sempre terminam bem na nossa realidade