Adriana 28/09/2022
Minha "Hóspede"
John Fowles tinha 37 anos quando O Colecionador foi publicado.
Ele não buscou referências na contracultura que ainda engatinhava.
O Colecionador foi publicado originalmente em 1963, é de certa forma um produto anterior à cultura pop ? ou, pelo menos, a sua segunda onda, pós Elvis Presley e Andy Warhol. A primeira edição chegou às livrarias inglesas um pouco antes de sua capital ganhar o apelido Swinging London, período em que a cidade tornou-se o epicentro de revoluções que perduram até hoje nas artes, na moda e no comportamento. Somos todos filhos dos anos 1960.
Os Beatles ainda eram residentes no Cavern Club quando John Fowles terminava de escrever seu romance de estreia.
Avaliar esse livro para mim, é um tanto complicado. Talvez por sua escrita muito antiga... não sei.
É incrivel como uma historia boa consegue ter personagens um tanto "chatos".
Clegg é insano e fora de qualquer ?padrão?. Já Miranda, fica evidente que ela não é uma personagem fácil de se gostar.
Ele até pode ser gentil e respeitoso, mas ainda será um sequestrador.
Para ele, ela não passava de uma "espécie rara".
Tudo q ele queria, era q Miranda o amasse, e o respeitasse. Sonhava em casar-se com ela.
Ela, uma jovem inteligente, estudante de Artes. Um tanto imatura e esnobe
E sempre será sua vítima.
Há um enorme embate cultural entre os protagonistas.
O autor fez um capitulo enorme de Miranda, e como se trata de um diário, ela fala da vida dela de antes do sequestro.
Na minha opinião o autor se prendeu d+ na vida de Miranda e Clegg. Sobre situações aleatórias e não intrigantes, que não alteraram em nada a história. Essa parte da leitura foi bem cansativa pra mim, eu diria q foi extensa d+.
Preciso reler em outro um momento.
O final foi bastante tenso, revoltante, cruel ¿
Uma história impactante.
Um livro q precisa ser lido por todos.