Resenhas - A Coisa

Marcos 13/04/2022

It - A coisa
Após a morte de Georgie, irmão de Bill, o clube dos otários enfrenta o maior mal que já existiu em Derry.

Não é apenas um livro de terror sobre um palhaço.

Eu não sei exatamente como fazer essa resenha? o misto de sentimentos que esse livro me passou é indescritível.

O união dos otários demonstra a forma mais sincera de amizade, amor, que são usados para combater o medo e os traumas que eles tem, medo e traumas que são as armas da Coisa.

Todo o grupo principal é maravilhoso! Mas os meus favoritos são o Richie e o Eddie.

O senso de humor do Richie é algo peculiar, o famoso quebra gelo, eu gosto muito de personagens assim, que por si só possuem muita carisma.

Quanto ao Eddie, a meu ver, passa por um desenvolvimento incrível. De pequeno, frágil e sensível, para o personagem mais corajoso e peça fundamental para derrotar a Coisa? claro, não posso esquecer que ele deu um fim (involuntariamente) no babaca do Henry.

Me parece nítido também a ideia de transição, algo que já é foi abordado em outros livros do King? na infância fazemos amigos, que parecem que são para vida toda, e esse ciclo se repete na adolescência, no início da fase adulta, durante tudo isso amizades vão e voltam, e tá tudo certo, por que a vida é isso aí.

No mais, é forte aqui as referências da saga Torre Negra (preciso ler com urgência), não só por causa da Coisa, mas da Tartaruga, e do ser a cima dela?

Por fim, sinto que não consegui expressar tudo que senti com essa leitura? ou melhor dizendo, essa experiência. Em um livro que você simplesmente se identifica com os personagens, com seus traumas, suas amizades, como eu disse, é indescritível, tudo que posso fazer é recomendar essa obra prima a todos do skoob, e que sintam o que eu senti.

Michela Wakami 16/01/2021

Acho que nunca tive tanta dificuldade para dar uma nota em um livro, como tive nesse.
Gostei bastante do início do livro, da amizade das crianças, das lutas de todos.
Mas aos poucos fui vendo uma das protagonistas (criança), ser muito sensualizada, é muito mais do que isso, muito mais mesmo.
Fiquei horrorizada com uma cena desse livro, crianças fazendo sexo.
Gente não sei o que passou na cabeça do escritor, só sei que ele passou de todos os limites.
O final também achei muito viajado.
E algumas partes confusas.

Lucas 25/12/2020

O clássico "mil vidas em uma". Ou seriam sete? 🎈
George R. R. Martin disse algo uma vez que jamais saiu de minha mente: "Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma". De que melhor maneira eu poderia representar essa fala se não trazendo It - A Coisa como exemplo?
O tamanho dessa obra pode amedrontar no início, eu sei. E não estou me referindo somente a leitores que estão começando nesse ramo, ainda tropeçando em volumes menores. Mesmo leitores mais experientes, aqueles acostumados com Guerra dos Tronos ou que se orgulham de ter lido Harry Potter e a Ordem da Fênix (esse sou eu), podem perfeitamente se assustar ao pegar um exemplar desse livro, que mais parece um tijolo, com uma fonte que deve ser lida com uma lupa se você não quiser aumentar sua miopia. Mas se quiser viver não só uma vida, mas oito a mais, esse é o livro certo para você.
A história do palhaço Pennywise foi revisitada recentemente nos cinemas pelas mãos da produtora Warner Bros., trazendo uma enchente de fãs novos para o livro e para o universo King. Tive a experiência de assistir os dois filmes sem saber absolutamente nada sobre seu universo literário, sobre as crianças e o próprio vilão. De alguma maneira, e talvez seja obra da Tartaruga (retornar para entender essa citação após ler o livro), não chegou aos meus ouvidos um único spoiler sequer, tanto do filme quanto do livro. Com o fim da saga nos cinemas, voltei minha atenção para o livro e VOALÁ, consegui esse camalhaço que devorei em um pouco mais de quatro meses.
A história de It - A Coisa se passa simultaneamente em dois momentos diferentes da vida de sete crianças e de uma criatura que comumente assume a forma de um palhaço para devorar crianças e causar o terror na pequena cidade de Derry. Em 1958, somos apresentados ao Clube dos Otários, um grupo de sete crianças que são unidas de maneira misteriosa e lidam com os mesmos dilemas infantis, como fugir de valentões e do bullying causado por eles. Ben, Bill, Eddie, Mike, Richie, Stan e Bervely são unidos pelo destino após a morte do irmão mais novo de Bill, George Denbrough, em um brilhantíssimo ato de abertura do livro. O assassinato do garoto é apenas o início de uma série de sumiços e mortes estranhas que assolarão a cidade durante o verão daquele ano.
A união dos Otários é feita lentamente, mas concisa. A amizade de cada deles é construída de maneira alheia e natural, sem ser forçada ou imposta pelo autor. O leitor conseguirá sentir, pelo decorrer dos capítulos, a construção do laço entre os personagens que durará até 27 anos depois. É de se imaginar que por 1104 páginas, essa amizade seja construída de maneira escrupulosa e demorada... Não se engane! Toda vez que você se sentar para ler este livro, será presentado com um conto detalhista e moral pautados inteiramente em situações do cotidiano que até você quando criança possa ter vivenciado. Medo do escuro, fazer xixi na cama e aversão a casas abandonadas são só o pano de fundo de todos os dilemas reais que você pode ter enfrentando quando criança e nem se lembra. Certamente questionará a si mesmo se não teve que lidar com alguma Coisa no bueiro da rua em que você brincava quando criança e hoje esqueceu.
Depois de crescidos, os Otários se tornam adultos bem-sucedidos e perdem aquilo que todos estamos propensos a perder se não exercitarmos: a imaginação. Vinte e sete anos depois, os Otários são convidados a retornar a uma Derry em desenvolvimento, com shopping centers, bancos e sem o brilho da velha da infância. O motivo? Você já deve saber. E se acha que saber que a Coisa não foi destruída vinte sete anos atrás é um spoiler que vai acabar com sua experiência com o livro, meu amigo, vou te dizer que está redondamente enganado. King faz questão que você saiba disso, o que é ainda pior. Agora os Otários estão crescidos, não lidam mais com bullying e valentões e sim com envelhecimento, empregos e esposas. A inocência que os protegiam quando eram crianças já não existe mais. Será que agora, velhos e sem nenhuma arma a não ser a amizade e uma promessa feita quando crianças, serão capazes de derrotar o monstro que mora nos bueiros de Derry?
O livro é viagem insana por diversas momentos históricos do Maine, dos EUA e até mesmo do próprio mundo. Você não somente explorará os problemas de cada criança, como perceberá a evolução de cada uma delas no decorrer da narrativa. Stephen sabe bem como desenvolver seus personagens e não se atém somente ao elenco principal. Isso pode ser cansativo as vezes, mas no fim da leitura você perceberá como cada conto do livro é uma peça do enorme quebra-cabeça que deve ser montado para chegar perto de entender a Coisa. Pequenas histórias de personagens secundários, de lugares e acontecimentos te fazem questionar se existe, de fato, ao menos uma minúscula chance de derrotar o terror que habita no coração de Derry.
A subjetividade, principalmente presente na narrativa das crianças, tem a função de criar uma visão única sobre determinados acontecimentos para cada leitor, exatamente como acontece com cada uma das sete crianças. Isso te incomodará se for fã de histórias fechadas que precisam ser minuciosamente explicadas pelo autor, porém, ao fim do livro, você fecha a página 1104 com uma história completa, brilhante, bem costurada e quase inteiramente explicada. O que o autor não justifica, tenho certeza que uma dezena de bocas te darão uma teoria diferente como explicação.
It – A Coisa é um livro maçante, arrastado e detalhista, que ao mesmo tempo consegue ser fluído, rápido e honesto, tratando de assuntos que apesar de serem incluídos na narrativa em 1986, são atuais e pertinentes. A subjetividade do livro, o excesso de detalhes (e estou falando de muitos detalhes mesmo, estou falando de CINCO, SETE, OITO, DEZ, DOZE páginas para contar uma única história de algo que aconteceu trinta, quarenta, cinquenta anos atrás) e a invencibilidade da Coisa marcam o ponto negativo da história, embora não estrague, ao fim do livro, a experiência deleitosa e inigualável que tive com o livro. Um editor mais corajoso talvez pudesse bater cabeça com King e ter nos entregue um volume menor. Duvido que exista um ser humano capaz de contrariar King para assumir essa árdua missão.
Por fim, um dos melhores vilões da literatura na minha opinião e uma das melhores experiências literárias que já tive em toda minha vida. Super indico!

chelsea | @chelseabarros 28/06/2023

A história é boa, mas o livro é muito cansativo.
São 1103 páginas que poderiam ser reduzidas a 700. Eu entendo que os detalhes fazem parte da construção dos personagens, mas tem coisas que são realmente muito desnecessárias, como por exemplo: tem uma página inteira só descrevendo todos os nomes dos remédios que tem dentro de um armário no banheiro... eu acho que esse tipo de coisa em um livro que já é grande, torna a leitura meio chata e muito cansativa.
Tirando esses trechos desnecessários, eu gostei.
Eu fiquei muito apegada aos personagens, principalmente quando eles são crianças.
"Você não precisa olhar para trás para ver essas crianças; parte de sua mente vai vê-las para sempre, vai viver com elas para sempre, vai amar com elas para sempre. Elas não são necessariamente a melhor parte de você, mas já foram o depósito de tudo que você poderia se tornar.
Crianças, eu amo vocês. Amo muito vocês."

Saori Malfoy 19/10/2023

?A Coisa era real; a Coisa a mataria.?
Depois de dois anos, finalmente terminei a leitura deste livro! Achei que esse dia não chegaria, mas aqui estou. Este foi meu primeiro contato com a escrita do Stephen King e posso afirmar que ele tem uma boa escrita. Enrolei bastante para ler, passei do físico para o e-book, mas esse não foi o único motivo pelo qual demorei de ler. Apesar de eu ter dado cinco estrelas, o livro teve alguns pontos negativos, como as falas e atitudes do Henry Bowers que me deixavam enojada e até mesmo desconfortável, a cena do The Black Spot que me deixou muito angustiada e a tão famosa cena polêmica que tirou meu sono de tanto que fiquei em choque, mas tirando isso, o livro me agradou muito. Com a leitura do livro pude perceber que o filme não é nada fiel ao livro, a primeira versão do filme, o de 1990, ele até tem bastante semelhanças com o livro, mas a versão recente já não é tanto. Um ponto que tenho que ressaltar é que gosto mais do Bill dos filmes, acho que teve alguns momentos da fase adulta dele que não me agradou muito no livro. Mas apesar de tudo isso, também podemos ver o poder que a amizade tem. O livro realmente me agradou muito e futuramente lerei mais livros do King. Foi uma ótima escolha eu ter decidido terminar ele agora no mês do Halloween.

beeatriz_y 23/08/2021

sem palavras
A escrita do King é de fato, impressionante, ele consegue fazer você sentir todos os arrepios, o nojo, o preconceito, a repulsa... Eu diria que não é um livro de terror que só tenha isso, é um livro de terror que você consegue sair e entrar nas cenas rapidamente, sentindo os sentimentos dos personagens de forma individualmente única, não senti medo com o IT, mas sim pelas pessoas descritas nos livros, que sim, de forma dura, é que representa a nossa sociedade.

Craotchky 23/11/2015

🎈 A Coisa 🎈
"George esticou a mão.
O palhaço agarrou seu braço.
E George viu o rosto do palhaço mudar."

Começo lamentando que essa resenha tenha ficado tão técnica. Também não gostei dela.
Não se assuste com a grande quantidade de páginas deste volume. Uma prima minha, quando viu o livro, comentou: “Eu não tenho tempo”. Talvez ela esteja perdendo este mesmo tempo ao não ler este livro. Tudo bem que ela não seja uma grande leitora... A obra não é maçante; apesar da extensão, a narração possui ritmo constante, o que proporciona fluidez.

"Mas é de fé que os monstros vivem, não é?"

O livro, de certa maneira, é muito bem organizado, com uma introdução marcante, seguida de uma detalhada apresentação das principais personagens, inclusive Derry. Me parece que as primeiras 165 páginas constituem apenas um longo prólogo; uma espécie de iniciação, introdução. Além disso, Steve se utiliza de flashback's ao longo de toda a história.

As personagens são excepcionalmente bem-criadas e desenvolvidas, cada qual com suas características, seus maneirismos, sua personalidade e, sobretudo, cada uma com seu medo particular. Contudo, uma das melhores personagens é Derry. A cidade é cheia de particularidades e acontecimentos marcantes no seu passado. Como escreveu meu amigo Augusto de Sousa em sua resenha de It: "Os cenários de King são... vivos." Sem titubear, Derry é essencial para a ambientação e desenvolvimento da trama.

"O quanto de nós ficou aqui? O quanto de nós nunca saiu dos canos e esgotos onde a Coisa vivia...e onde a Coisa se alimentava? Foi por isso que esquecemos? Porque parte de cada um de nós nunca teve futuro, nunca cresceu, nunca saiu de Derry? É por isso?"

O final, para variar, não fica à altura do resto. As últimas 150 páginas são alucinantes, frenéticas. Porém, achei que a parte que remete a Coisa, ao monstro, bem ruim. Um ser tão temido, tão apavorante, ser combatido daquela forma tão banal. Todavia, o lado humano é estupendo, como Steve sempre é no que se refere a isso. Mas o que a menina Beverly faz para unir todos no fim? O que foi aquilo? Não consegui achar justificativas para aquela cena...

Considero a parte 6 do epílogo, na página 1099, uma das mais belas páginas que já li. Fecha tão bem o livro, completa o ciclo, finaliza tão bem a história... Fiquei com a sensação de que essa parte, bem como a parte 8, logo a frente, viessem do próprio Stephen king.

(Steve nasceu em 1947, portanto, em 1958 ele tinha 11 anos, mesma idade da maioria dos personagens no livro)

CURIOSIDADES: Vale notar algumas referências claras a outros livros dele. Na página 252 é mencionada a prisão estadual de Shawshank.... Logo no início da página 924 podemos ler a descrição de um Plymouth Fury 1958 vermelho e branco! Eu o conheço também como Christine... Um pouco mais adiante, na página 928, nos deparamos com o número do quarto do hotel em que Richie Tozier está hospedado: 217. Ora, se não é a mesma numeração do obscuro quarto no famoso hotel Overlook! A Roda e a Tartaruga da Torre também são citadas várias vezes e no fim, têm papel importante.

"O círculo se fecha, a roda gira e isso é tudo que há."

O livro, como não poderia deixar de ser, é extremamente minucioso e bem escrito.Claro que, como a maioria dos trabalhos de Steve, tem também aqueles momentos prolixos. Apesar dos vários elogios que fiz, acho demasiado exagero ser chamado de A obra prima do medo; nem mesmo achei o melhor dele, mas um dos melhores. Porém, EM TERMOS DE TERROR, colocaria O cemitério, O iluminado e até (sinta-se livre para me acusar de insanidade) Carrie na frente. Ah, pode apostar seu coro nisso.

Eu jurei, eu esqueci, eu voltei, eu lembrei, eu corri, e eu também venci o diabo.

"Todo o resto é escuridão."

🤡

manu 10/11/2020

esse livro é foda, incrível, maravilhoso, estupendo, mas eu não recomendaria ele pra qualquer pessoa. tem muitos possíveis gatilhos (violência doméstica, suicídio, pedofilia, homofobia, etc etc), o que é esperado considerando que é um livro de terror psicológico, mas mesmo assim é bom avisar né.
não vou mentir, eu pensei em desistir várias vezes até chegar nas 600-700 páginas. a narrativa é extremamente detalhada e massante, e várias vezes eu me obriguei a ler mesmo sem vontade nenhuma. foi uma leitura cansativa, mas agora que eu terminei posso dizer que valeu a pena e o final acabou compensando.
sobre aquela cena, acho que todo mundo concorda que foi um delírio coletivo KKKK pensei seriamente em nunca mais ler nada do king depois disso mas considerando que ele tava doidão de cocaína quando escreveu eu vou passar esse pano.

Aline221 01/01/2024

Minha primeira leitura do Stephen King. Simplesmente encantador, envolvente. Só é demorado pela quantidade de paginas. Mas vale muito a pena ler, não vai se arrepender.

@jessicabatista94 29/07/2020

@jessicaeoslivros
Estou feliz em terminar esse camalhaço mas já morro de saudades dos otários!

Bru 16/08/2020

"meu coração está com você, Bill, aconteça o que acontecer."
"[...]meu coração está com todos eles, e acho que, mesmo se nos esquecermos uns dos outros, vamos lembrar nos sonhos."

eu tinha uma vaga ideia sobre it em relação ao filme, pensava que fosse mais um filme de terror onde um grupo de crianças enfretava o "monstro" da infância delas. entretanto, o livro explora muito mais a amizade entre eles e o que o amor e o companheirismo possibilita, além de explorar sobre crenças e também sobre a própria infância e o seu significado.

sem dúvidas, foi um dos livros mais bem escritos que já li. a exploração do ambiente, o desenvolvimento dos personagens e a construção das histórias são fantásticas e o King soube utilizar muito bem a sua escrita. senti medo, mas por incrível que pareça não tanto pela Coisa e sim pelo o que os próprios seres humanos são capazes de fazer.

como nem tudo é flores, it tem seus pontos negativos também. um deles é em relação à tal cena perto do final que é TOTALMENTE desnecessária e que até influenciou negativamente na minha experiência. além disso, tomem cuidado porque o livro tem muitos gatilhos em relação a vários assuntos e violências.

na minha opinião, outro ponto negativo foi o fato de ser um livro muito detalhado. eu entendo que isso foi crucial para aprofundar esse mundo em torno de Derry e criar de forma excelente o ambiente de imersão na história, mas mesmo assim em algumas partes foi um pouco maçante continuar lendo, ainda mais que os capítulos são enooormes.

enfim, as mais de 1000 páginas com certeza valeram a pena e me fizeram amadurecer como leitora.

Ted Goldberg 27/09/2023

Um dos melhores livros que eu já li!!!
?A infância tem seus segredos doces e confirma a mortalidade, e que a mortalidade define toda a coragem e todo o amor.?

Odailsonnnn 23/10/2020

Não é atoa que esse livro é considerado por muitos seu favorito.
A história contada em It não um terror como eu pensava, mais sim o poder da amizade, de como é crescer em um lugar ruim como Derry (que pra mim é um personagem crucial), tbm como lutar todos os dias com pessoas ruins. A influência que a Coisa tem sobre Derry é tão grande que até as pessoas que deveriam nos amar acabam cedendo a ela.
Nem sei como expressar o misto de emoções que senti lendo essa obra, raiva, medo, amor as crianças...
Me senti parte de Derry e em partes queria pertencer ao clube dos otários.
Nos 3 primeiros capítulos demorei um pouco para me empolgar na leitura, mais depois fluiu muito bem apesar de que em alguns momentos os muitos detalhes que o Tio King introduz na história ficam um pouco chato e faz vc querer pular hahaha, mas ela foi muito bem construído principalmente com a intercalação de passado e presente.
Devorei os últimos capítulos muito rápido e gostaria de não ter terminado essa obra maravilhosa, me surpreendi muito e queria que algumas coisas ali não tivessem acontecido ( principalmente na parte dos esgotos), mais fechou muito bem a obra.
Bom como muitos que leram It ele se tornou um favorito pra mim, e já espero uma releitura dele daqui algum tempo.
Recomendo muito esse calhamaço!!

Um Livro para Amar 15/06/2020

E nunca mais leio livros de terror a noite
Sinopse: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.


It, é um super livro de mil paginas, que ficou conhecido por muito tempo como a obra prima do medo. Mas por que ele seria tão assim assustador?

O livro conta a história de crianças que moram em uma Derry, uma cidadezinha que fica no Maine, que apesar de pequena, tem histórico de muita violência, violência inclusive superior em qualquer cidade grande.

Logo no inicio, o livro já mostra ao que veio, nos dando o primeiro assassinato de uma criança, o Georgie (que é o irmão caçula do Bill) que é encontrado na calçada sem um braço.

Diferente do filme, as crianças mortas são encontradas. Logo, temos corpos para todo que é lado (inclusive não sei o que é pior, encontrar corpos mutilados ou nunca saber o que aconteceu com as crianças, fica aí o questionamento, ne?) sem nenhuma das mortes com solução.

Nós conhecemos os amigos do Bill, Eddie, Stanley, Richie (boca de lixo) e a jornada até Beverley, Ben e Mike se tornarem se tornarem parte do clube dos otários. Mas por que otários? Então, existe um rapazinho chamado Henry que o valentão da escola e ele adora se divertir fazendo a vida das crianças um inferno. Ele faz isso com todas as crianças, mas acredito de coração que ele faz com mais força com o Ben e o Mike. As crianças perseguidas por Henry são os otários, logo quando se juntam, se tornam o clube dos otários.

Logo que conhecemos as crianças, somos apresentados ao ambiente familiar delas e aos seus piores medos. Devo ressaltar aqui, que o convívio familiar é ainda mais importante do que abordado no livro, porque isso diz muito sobre a fase adulta das crianças. A Coisa aparece para as crianças de formas muito distintas, como cada criança teme algo diferente, a Coisa se transforma e usa a faceta que melhor caber para demonstrar o terror para as crianças.

Devo enfatizar aqui, que diferente de como é abordado no filme, a Coisa não costuma assustar e assustar, quase cozinhando em banho maria para depois comer. No livro a Coisa realmente assusta, mas já no intuito de fazer uma refeição, a diferença é que as crianças conseguem fugir, as vezes por pura sorte, as vezes por ajuda e as vezes por astucia.

Eu senti falta no filme de mostrar que o Richie tem coragem sim. No filme ele só pensa em fugir, mano ele é super afrontoso e fala muito palavrão, mas ele é muito amigo de Bill e do Eddie, ele não foge do perigo deixando os parças na mão. Tanto que em um ritual que eles fazem quando crianças, ele é o último a ficar aspirando fumaça (todo mundo vaza quase sufocando e ele tá lá se esforçando) e vê que a Coisa não é desse planeta e ainda consegue ser mais antiga que a própria formação da cidade.


O ritual ajuda a entender os poderes da Coisa e como funciona a Tartaruga na história. Confesso que o papel da tartaruga foi meio confusa para mim, mas em resumo a tartaruga é a antagonista de Pennywise, ela cria e a Coisa destrói. Ela é a inocência e a bondade, quando a Coisa é a malicia e a maldade encarnada.

Não é spoiler e muito menos novidade para ninguém, as crianças sobrevivem a Coisa e conseguem vence-la ainda na infância. No livro é contado a história de forma que a gente não saiba como elas venceram da primeira vez, mas no filme foi dividido a fase adulta da fase de crianças. Como filme acho que funcionou bem, até porque as narrativas são diferentes de livro e filme, no livro o mistério de como eles venceram o Pennywise é algo que nos prende até o final.

As crianças após venceram a Coisa, fazem uma promessa de que caso a Coisa tivesse sobrevido, eles voltariam para terminar o "trabalho" com ela. Eles cortam as mãos, se unem e juram que retornariam.

Devo dizer que tem uma cena que ainda bem não foi adaptada para os filmes, que sinceramente foi demais de desnecessária, e nem quero discutir sobre o motivo de existir. Para mim o corte nas mãos representa muito bem o elo e a promessa feita.

Agora seguindo, as crianças de forma eventual se mudam de Derry e seguem caminhos separados. Por força da maldição da Coisa ou um bônus da vida prevendo que eles ainda vãos e lascar muito, Bill, Ben, Stanley, Eddie, Beverley e Ben são todos muito bem sucedidos em suas profissões. Alguns aqui tem casamentos bizarros que mostram muito mais sobre a infância deles do que imaginam. Mãe abusiva e super protetora, casamento com mulher abusiva e super protetora. Pai agressivo, casamento com marido agressivo. E outros, sobre os traumas vividos na infância, como a perseguição por ser gordinho, transformou Ben em um magro atlético. E Bill em um super escritor de livros de terror. Mas indiferente a qualquer casamento, relacionamento, profissão e etc, nenhum deles tem filhos. Eles sabem que tem algo referente a Derry, como uma maldição. Mas eles nem lembram.

Tipo, eles lembram que existia um mau tão terrível em Derry, mas nenhum deles se lembra como precisão do que era. E nem pensavam nisso com frequência. A vida deles seguiu de verdade, apenas uma leve sombra, como se algo de fato estivesse os esperando. E então, se passam 27 anos.


Mike foi o único que ficou em Derry, como um guardião no farol, apenas esperando para ascender a lâmpada e acordar seus amigos. Ele lembra com mais detalhes de que Derry não é um lugar legal para se estar e passa muito tempo de sua vida pesquisando sobre a cidade, colhendo relatos, lendo jornais antigos e fazendo estatísticas. Ele entende que a Coisa, o Pennywise é algo mais antigo e mais forte do que imaginavam. Ele acompanha os recentes assassinatos na cidade e percebe que não apenas mortes inexplicáveis com claro, mutilamentos, Pennywise acordou e ele chama a galera para a responsabilidade.

Diferente do filmes, eles voltam sabendo que vão encontrar o mau novamente, como eles mesmo dizem, voltaram para matar o diabo. E acho horrível eles fazerem o Eddie e o Richie dois covardes prontos para abandonar o barco e o Bill um próprio desertor. Só não! Todos sabem que tem a promessa e que talvez não sobrevivam, mas estão ali, o senso de lealdade e o elo volta entres fica mais forte conforme as lembranças da infância voltam a aparecer. Ah claro, o Stanley realmente não volta pra Derry, ele ao contrário dos demais, ao receber a ligação de Mike, ele sem lembra quase automaticamente de Pennywise e isso o apavora demais, por isso ele faz o que faz.

O papel de Henry, é muito maior do livro do que no filme. Ele é tão malvado e representa muito bem a encarnação do mau como ser humano. A cidade na verdade é como se fosse amaldiçoada, como citamos anteriormente, Pennywise não é desse planeta e quando ele caiu na terra, ele pousou onde fica Derry atualmente. Logo, ele já estava aqui quando o povo nem havia colonizado o território, ele estava na criação da cidade e tudo mais. A cidade é como se fosse uma extensão da Coisa, onde os moradores vivem sobre a névoa de maldade de Pennywise de uma forma, que todos de alguma forma são atraídos pela violência (e vice-versa) e não conseguem entender e nem romper o ciclo de violência.


No todo eu gostei muito desse livro, e indico a leitura. Mas, não é um livro fácil de ler, ele aborda temas delicados como o racismo, violência doméstica, bullying verbal e físico, manipulação dos pais em cima dos filhos, que complementam a atmosfera sobrenatural do Pennywise. Então se resolver se aventurar por este livro, esteja ciente que é um livro pesado.

Ah, devo alertar que o final deixa muito a desejar, não gostei nada mesmo do fim. No filme, fazem inclusive uma piada sobre o autor não conseguir escrever finais descentes. Concordo totalmente, o final não conseguiu alcançar a expectativa criada em cima da grande batalha, mas tudo bem. O livro inteiro não pode ser condenado por isso. Gosto muito mesmo e indico para galera.

E nesse momento a única coisa boa é saber que Pennywise não pode me encontrar, porque se pudesse, eu corria pras montanhas. Beijos de luz galera e cuidado com palhaços na rua!

Por Priscila Nascimento

Larissa 12/09/2023

O grande livro
Esse é o meu filme favorito. Acho ele excelente e gosto bastante. Por mim, os personagens são muito bem aproveitados, a interação deles é algo ótimo, os atores são muito bons, etc. Esse filme me apresentou ao gênero terror e ao Stephen King. Eu tenho um enorme carinho por esse filme, e principalmente pelos personagens. Então decidi ler o livro, porque no livro tem mais detalhes né, e nossa, chocada com o caso da menina entre todos eles, não sabia disso.
Mas enfim, amo esse livro e foi um grande desafio ler mais de 1000 páginas kkk.