baunilha 09/09/2011Ainda melhor que A Batalha do Apocalipse Sei que sou muito suspeita para falar porque sempre indico A Batalha do Apocalipse e digo que este é meu livro favorito. Porém isso não é mais uma verdade absoluta. Filhos do Éden consegue ser ainda melhor e, acreditem ou não, ainda tenho lá minhas dúvidas se, Anjos da Morte o segundo volume dessa série não será melhor ainda que o primeiro. Mas, embora a qualidade da narrativa não tenha me surpreendido, uma vez que já sabia bem o que esperar, a história em si, sua timeline, os rumos que os acontecimentos tomam e até a proposta de ser um thriller foram surpreendentemente gratificantes.
Um dos elementos que o Eduardo manteve em Filhos do Éden foi o da narrativa não linear, ou seja, ele continua intercalando eventos do presente com do passado, trazendo flashbacks que, aos poucos, vão explicando todos os segredos e mistérios dessa história.
Em termos de diferenças, posso citar duas coisas: a primeira é que a narrativa é feita em terceira pessoa durante todo o livro. A outra diz repeito a própria proposta da história que, por ser focada não em altas patentes angelicais, mas em soldados que vem passando muito tempo na Haled. Por esse motivo, esses personagens são muito mais humanos em hábitos, atitudes, comportamento e todos os traços de personalidade, guardando ainda as características angelicais e claro, da casta.
Em Filhos do Éden vemos não apenas um universo expandido de A Batalha do Apocalipse, com novos personagens, mas também novas criaturas, poderes, habilidades e artimanhas. O livro é um pouco mais didático e explicativo pois apresenta os personagens de uma série, assim como esse imenso universo que o Eduardo criou. O interessante é perceber o argumento usado para justificar a explicação de cada fato em vários momentos. Apesar disso, o ritmo não é lento, ao contrário, não faltam ação, reviravoltas e situações nas quais o leitor se pergunta e agora?.
Uma dúvida bastante pertinente é:
Quem não leu A Batalha do Apocalipse pode ler Filhos do Éden sem medo de spoilers?
A minha opinião é que pode sim. Embora os cenários sejam os mesmos, as situações são outras e em nenhum momento o leitor se depara com mais do mesmo ou situações que expliquem eu contem o que acontece em ABdA. Do mesmo modo, não é preciso ler o primeiro para que algo em Filhos do Éden seja compreendido. Como disse antes, o Eduardo usa um artifício fantástico para apresentar toda a mitologia de uma forma explicativa e completamente diferente da forma usada em seu livro de estreia.