O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Elizabeth 30/12/2022

Escolhas
Um homem que teve suas escolhas simples, julgadas pelos olhos da justiça, que esqueceu que ele pode ser quem ele quiser.
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Sergio Carmach 12/05/2015

A sociedade toma por base o sistema de crenças e as manifestações exteriores de um indivíduo para julgar seu caráter, intenções e sentimentos.

A despeito das inúmeras e profundas análises já feitas a respeito desse livro, eu diria que O Estrangeiro basicamente afirma a frase acima.

Alguns dizem que esse livro é superestimado; outros afirmam que é uma das melhores obras já escritas. Bem, eu gostei. Bastante até! Não porque a história é aclamada, mas porque ela, de forma interessante e inteligente, leva o leitor a fazer indagações relevantes. Eu me perguntei: é um homem como o protagonista Mersault que se faz estrangeiro ou é a terra que se faz estranha a ele? Quem precisa compreender quem? Seria Mersault um ser insensível ou simplesmente sereno frente à vida? Na verdade, insensíveis não seriam as sociedades, acostumadas a esmagar os indivíduos sob seus padrões e convenções?

O livro se divide em duas partes. A primeira é essencialmente uma narrativa factual; e o leitor pode até se sentir lendo um relatório. Mas, seja como for, nada ali é dito à toa. Cada mínimo movimento de Mersault e cada situação vivida por ele serão lembrados e analisados na segunda parte, trecho do livro onde o leitor encontrará a “ação” da história e o espírito filosófico de Camus.

"Darei a prova do que afirmo, meus senhores, e dá-la-ei duplamente. Sob a crua claridade dos fatos em primeiro lugar e em seguida sob a iluminação sombria que me será fornecida pelo perfil psicológico desta alma criminosa", disse o procurador encarregado da acusação de Mersault. Em A Peste, Camus expôs precisamente, na voz do padre Paneloux, a forma (torta) de pensar dos cristãos diante das calamidades; do mesmo modo, o autor soube, em O Estrangeiro, traduzir perfeitamente a maneira de raciocinar da Justiça e da sociedade quando confrontadas por personalidades como a de Mersault. Acompanhar a lógica acusatória do procurador é uma satisfação para o leitor, mesmo que ele discorde do que diz o personagem. No julgamento fica claro que às vezes a verdade pode, sim, parecer ridícula; tão ridícula, que soa irreal, absurda.

Nas últimas páginas, surge o velho conflito entre razão e religião; no caso, entre materialismo e espiritualismo. A meu ver, outro ponto alto de um livro que, independentemente de ser ou não genial, vale muito a pena ser lido.

site: http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2015/05/resenha-o-estrangeiro.html
Douglas 19/07/2019minha estante
muito bem observado, Sergio.
o livro é interessantíssimo. confunde, instiga e provoca.
e cabem muitos questionamentos acerca da vida de Mersault... pra tudo existe uma causa.




Vívian 09/04/2024

?No meio do inverno, eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.? Demorei um pouco no início mas a partir do julgamento do personagem fica impossível parar.
Elianne.Franchella 09/04/2024minha estante
Preciso ler novamente.




Maro 18/03/2021

Tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Um livro curto que dá um tapa na cara.
Estranho, angustiante, incômodo. O livro grita existencialismo, não tem como não ouvir.
Mersault, tão indiferente, narra enterrar a mãe e fritar um ovo no mesmíssimo tom. E é indiferente sem querer usar isso propositalmente para o mal ou para o bem, nem de si mesmo nem de outros. Ele simplesmente é, e tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Mas a sociedade tem suas regras e seus padrões de comportamento, e até de pensamento (!), e segui-los ou não gera suas consequências.

Esse é o tipo de livro que você acaba de ler e sente a necessidade de sair correndo pra conversar com alguém. Você quer ler mais sobre, pesquisar, pensar. E agora VOU TER QUE ler O mito de Sísifo.
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13/03/2024

O estrangeiro
Apenas uma palavra para descrever este livro: Indiferente.

"Esperança, é claro, era ser abatido numa esquina, em plena corrida, por uma bala perdida?

O livro é uma ótima porta de entrada para a obra de Albert Camus. A leitura, além de fluída, é imersiva, quando percebi já havia terminado enquanto que a indiferença sentida por Meursault permaneceu, fazendo-o um estrangeiro em todas as suas relações humanas e em sua vida.
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Diogo Crema 04/09/2023

O ABSURDO vs EXISTENCIALISMO MONOTEÍSTA
Viver é um absurdo, procurar significado é absurdo, morrer é um absurdo, porém, isso não significa que é ruim...

Este o pensamento do nosso protagonista, Mersault, um homem que abraça o absurdo da vida em todas as suas formas.

O livro, nos prepara durante 90% do caminho para o embate final entre Mersault e o padre. Embate este, que nada mais é que o contraste entre o "salto da fé" e o absurdismo.

O padre, claramente o defensor do existencialismo monoteísta, tentará de todas as formas, convencer o protagonista que somente através da crença em Deus, poderemos encontrar um sentindo para a vida, sendo que o mesmo conclui, que a única solução para o absurdo, é pular de cabeça na crença.
Porém, Mersault o contrapõe dizendo que "nunca saberemos", e que se nosso pensamento lógico nos leva a crer que nossa existência não tem sentido algum, então ele abraça de bom grado está realidade.

Se para o padre, a resolução da busca pelo sentido da vida somente faz sentido tendo Deus como a verdade final, Camus, nos mostra que abraçar o absurdo, permite encontrar alegria e sentido na própria vida, uma vez que a morte é inevitável....

Simplesmente, um final fantástico...
alice 04/09/2023minha estante
O diálogo de Meursault com o padre foi um dos melhores que já li. Meursault em cólera diante da fé inabalável do homem, sentindo pela primeira vez algo diferente de sua habitual apatia. O melhor é ele afirmando ter consciência de seu fim e que todos estamos condenados a ele (tementes a Deus ou não).


alice 04/09/2023minha estante
Que bom que gostou do livro!


Diogo Crema 04/09/2023minha estante
Sim !!!!! Que final, até agora pensando nele sabe...
Provavelmente, seja aquele livro que cresce em nossa cabeça conforme o tempo passa....


Diogo Crema 04/09/2023minha estante
A peste, segue esta linha ?


alice 04/09/2023minha estante
A Peste segue essa linha mas segue outras também, já que acompanha mais de um personagem e Camus traz o ser humano em sua essência ? seja ela boa ou ruim, heróica ou vilã, corrupto ou justo, cristão ou ateu ?, tem um pouco de tudo que nos compõe.




Dida 21/09/2023

Cada vez que leio um livro ?clássico? me recordo da frase de Calvino que fala ?Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.? Tinha interesse muito grande em ler esse livro a muito tempo, e agora, ao terminá-lo, entendo o que Calvino queria dizer. O livro é escrito de uma forma muito simples, é um daqueles que você consegue ?ler em uma sentada?, mas não significa que ele não te cause um impacto e que você fique pensativa depois. Mesmo quando você sabe o que vai acontecer - o que a sinopse já te diz - , ainda sim não tira absolutamente NADA da experiência dessa leitura. Você passa o tempo todo se questionando se gosta ou não do personagem, se concorda ou não com ele, fica confusa em como a mente dele funciona. Várias vezes tracei algum paralelo com Bartleby, o escrivão, e com o contemporâneo Amêndoas, da sul coreana Won-pyung Sohn, pelo fato de Meursault não expressar muitas reações ao longo de todos os acontecimentos ao longo da história - desde a morte da mãe até o assassinato que comete - e pela forma que ele reage ao que lhe acontece e a como as demais pessoas reagem a ele.
Apesar dele ser um narrador-personagem, a sensação é de que ele não tenta enviesar sua narrativa, conta tudo como de fato ocorre e sem se preocupar em despertar nenhum sentimento de quem está lendo.
A vida e os sentimentos - ou a falta destes? - de Meursault (que nunca sabemos seu primeiro nome) o tornam o verdadeiro estrangeiro do livro. Ele é um forasteiro em relação ao que as pessoas esperam dele, ao que se tem como ?normal? para a maioria das pessoas.
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spoiler visualizar
Edu Santtos 02/08/2021minha estante
eu amo esse livro


Ronaldo Thomé 02/08/2021minha estante
Legal! Eu pude perceber o motivo de ser um livro tão querido. Falou!




Dani Carrara 06/08/2021

Uau. Como um livro tão curto, simples e com uma linguagem tão fácil consegue dizer tanto? Uma das melhores leituras do ano, com certeza.
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Arthur 11/12/2020

Qual o sentido da minha vida?
Em "O Estrangeiro", Albert Camus nos leva, através de Mersault, a questionar o sentido das ações, dos acontecimentos e da vida. Vivemos ou apenas existimos?
Sobre o protagonista da obra, Mersault é por vezes irritante com seu comportamento taciturno, e da pouca importância que parece atribuir a tudo o que lhe acontece - ou que provoca. No entanto, por vezes é possível se reconhecer em Mersault e talvez aí resida um dos grandes méritos de Camus, filósofo, na provocação de reflexões.
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Mari 29/07/2021

Eu ainda não sei exatamente o que falar sobre esse livro. Ele é tão simples? é sobre a vida de um homem. Mas tão complexo?..
O jeito que Camus conseguiu escrever um personagem totalmente alheio à tudo, alheio aos sentimentos, alheio aos acontecimentos, alheio ao mundo completamente. É absurdo. Nada o afeta.
Eu senti que era um pouco psicopático, mas não sei se estou certa.
É difícil descrever, mas eu adorei. Muito bom. Já quero reler e entender melhor
Elane48 29/07/2021minha estante
Li esse livro quando estudava o Existencialismo. Ajudou muito.




Fabio Shiva 16/06/2012

Um livro que convida o leitor a experimentar vividamente o Absurdo
Fiquei anos com uma penca de livros do Camus esperando pacientemente que chegasse a hora de serem lidos. Mas por um motivo ou por outro sempre acabava outro livro passando à frente na fila. Olhando em retrospecto, entendo porque adiei tanto abrir um livro do Albert Camus:

1) Tinha medo de que o livro fosse chato.
2) Tinha medo de que o livro fosse triste e pessimista.

Agora sei que o meu PRECONCEITO é que era chato, triste e pessimista. Pois Camus não é nada disso. Não se ganha um prêmio Nobel de Literatura à toa.

A prosa de Camus é descomplicada, simples e direta, livre de subterfúgios. Essa foi a primeira e agradável surpresa. Sobre a história, prefiro não comentar nada, para não macular a experiência de quem ainda não leu. Só adianto que, à semelhança de “Crime e Castigo” de Dostoievski, “O Estrangeiro” também pode ser considerado um tipo muito peculiar de romance policial.

Outro preconceito que eu tinha a respeito de Camus é pensar que seu texto era parecido com o de Sartre (li “A Náusea” há muitos anos, mas confesso que gostei bem pouquinho). E outra surpresa: ao menos neste livro, Camus está muito mais irmanado com Kafka, principalmente em seu “O Processo”.

Um livro que convida o leitor a experimentar vividamente o Absurdo.

Achei muito interessante a experiência!




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Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
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http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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Codinome 18/04/2020minha estante
Romance policial para esse livro eu acho um pouco fora das qualificações. "Crime e Castigo", eu entendo. Aqui em Camus temos um problema acima de tudo moral e refletido em sua filosofia do absurdo, não que um romance policial não possa abordar esses temas. Mas é que eu nunca vi encaixarem esse livro nesse gênero.


Codinome 19/04/2020minha estante
Dei uma pesquisada e vi que Camus tinha suas articulações com a literatura policial com esse livro. Curioso! Nunca tinha pensado por esse lado, realmente ainda tenho muito o que conhecer desse magnífico gênero literário.




Clara 13/01/2023

não é ruim, mas também não é algo que me deixou impactada. não sei se a apatia de tudo me contagiou ou se não consegui entender todas as nuances da história. de qualquer forma, só me causou desinteresse.
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Zanucoli 01/12/2023

Preocupado
Preciso de terapia por me identificar tanto com o Meursault?
Entrou no top 5 dos melhores do ano...
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