Karine 24/09/2013Instigante. Nunca a Divergência foi tão apaixonante.Posso chorar agora? Posso levar as mãos ao rosto e deixar as lágrimas caírem pelos meus dedos? Tudo bem, o final não foi ruim. Pelo contrário, não podia ter sido melhor. Mas como terminar esse livro e não encostar a cabeça em algum lugar e esperar até que seus pensamentos se organizem?
Quando vi, era a página 500 que estava terminando de ser lida. E nunca li um livro que me deixou tão presa, tão assustada e tão curiosa ao mesmo tempo? Divergente, meu caro, é mais que uma distopia onde as facções determinam que caminho você deve tomar até o fim da vida. Divergente mostra que não importa suas opções. Você pode simplesmente pular a questão ou adicionar uma opção a mais.
Eu nunca me questionei tanto quanto a coragem. O que é coragem? Ser covarde é matar ou morrer? Ser corajoso é matar ou morrer?
Num livro em que o altruísmo e a coragem são praticamente as mesmas coisas, você pode esperar chorar pela vida e sorrir pela morte. Você pode amar o perigo e odiar o que é tão seguro e tranquilo. Veronica misturou os sentimentos. Pegou uma grande panela, colocou todos lá dentro e os moldou com talento e crueldade. E o resultado? Um livro que pode lhe construir e edificar, ou lhe estilhaçar em um milhão de pedaços.
Tris, ou Beatrice, é uma das melhores protagonistas que já conheci. Inteligente, idiota, apaixonante, corajosa, destemida, altruísta, egoísta... tudo ao mesmo tempo. E ainda assim se tornou a melhor menina do mundo.
O romance é intenso, gradativo e leve. Mas forte e quente, do tipo que arde em chamas e explode em um beijo.
A luta é cruel. É fria, cálida e explosiva. Impiedosa e inesquecível.
EMBORA... eu tenha achado que a autora deixou tudo pra ser revelado e jogado em cima de você tudo ao mesmo tempo um pouco tarde, ainda acho que isso só fez com que sofrêssemos mais.
O livro é uma difícil equação a ser resolvida. Talvez, porque ainda falta mais duas partes dela. Ao livro, eu dou 5 estrelinhas. Mas com a leitura só pensei em dois números: 4 e 6 ♥