Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Francisco240 08/04/2022

Um retado de sua época
Tal livro vai fazer referência a sua época de publicação, 1938, e também vai pontuar alguns assuntos cascudos para época como antissemitismo, empoderação feminina e aborto.
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Carol 18/11/2020

Nesse livro, conhecemos a vida de Eugênio desde sua infância, a narrativa é intercalada entre o passado e o presente. Conhecemos todas as suas crises existenciais, desejos, decepções e remorsos. Eugênio teve uma infância muito difícil, sua família era muito pobre e a forma como ele enxergava seus pais e culpava o pai pela situação em que eles viviam, foi muito difícil de ler.
Eugênio sempre se sentiu muito inferiorizado, até mesmo na vida adulta.
Entretanto, a maneira como Olívia muda sua visão da vida e faz com que ele reavalie as suas prioridades é muito bonita.

"Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles"
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Lipe 05/04/2020

5° obra de Erico Verissimo em ordem cronológica (1938)
"Olhai os lírios do campo", fora, para mim, um encontro com a escrita Verissima mais filosófica, poética e de personagens que se peculiarizam pelo caráter formada a partir do contextos político e social em que estão inseridos. Transformados pelo meio, mas também pelas aguras da vida. Foi também um convite à reflexão sobre a vida, sobretudo, a partir das escolhas errôneas de Eugênio, que casa-se com Eunice por conveniência social, status, dinheiro; deixando de viver o grande amor de Olívia, que verdadeiramente o amara.
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Rafael.Augusto 27/02/2024

Maravilhoso
Amei o livro porque trata de questões muito sensíveis no nosso país. Tenho impressão que aqui, a maioria das pessoas pensa em enriquecimento financeiro, em se colocar em em níveis mais altos da sociedade (isso me fez lembrar diversas vezes da música "Ouro de tolo" do Raul Seixas), mas se esquece dos prazeres mais simples, como estar presente na vida das pessoas que amam, como o simples fato de contemplar a natureza, como o prazer de fazer o bem não importando a quem, sem contar a falta de consciência das pessoas em relação as outras pessoas, a falta de gentileza que existe no mundo, a falta de cordialidade e do grande abismo que existe desse mundo de riqueza e glamour para esmagadora maioria da população que é pobre e carente em muitos níveis e aspectos. Como é possível passarmos por cima disso sem ao menos um desconforto?
O personagem Eugênio passa por algumas transformações ao longo do romance e se torna uma pessoa muito mais humana, claro que no sentido ideal do termo porque na realidade ser humano é ser individualista, é ser egoísta, é tirar vantagem a qualquer custo, é ser beligerante, e acima de tudo, não ter compaixão nem empatia pelas pessoas.
Recomendo muito muito esse livro. Adorei e acredito que livros como esse, nos ajudam a melhorarmos como pessoas e a aprendermos a bondade, porque bondade também se aprende.
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Mayara945 18/04/2023

Personagens cativantes
Eugênio é um estudante pobre de medicina, que após conhecer Eunice, uma jovem rica, vê uma oportunidade de ascensão social. Mas se vê emocionalmente envolvido com Olívia, uma também estudante de medicina, que sempre ofereceu seu companheirismo sem pedir nada em troca. No fim, ele terá que fazer sua escolha: prestígio social e conforto, ou uma vida difícil, mas rodeado de amor?

Muito além de um drama amoroso, esse livro destrincha a alma do personagem de uma maneira tão profunda e real, que me senti envolvida com os pensamentos e questionamentos dele. É fantástico ver como Eugênio amadurece ao longo da trama e vai deixando de ser um jovem invejoso e cheio de complexos, em um homem maduro, reflexivo e com fé para mudar o mundo.
Janaina Edwiges 21/04/2023minha estante
Ótima resenha! Tenho muita vontade de ler este livro também.


Mayara945 22/04/2023minha estante
Leia! A construção dos personagens desse livro, principalmente do protagonista, é maravilhosa!




Cleane 22/08/2022

Terminei esse livro um pouco confusa.
Como pode ser este o livro tão aclamado do Verissimo?
Vou explicar...
A primeira parte foi ótima, achei o personagem principal interessante, com sua covardia, egoísmo e ambição. Acreditei que o livro fosse me amarrar do início ao fim, mas aí veio a segunda parte completamente diferente da primeira, com a sua filosofia barata e sentimentos forçados. Fui me arrastanto e revirando os olhos até o final. E quando eu pensei: não é possível que só eu não tive paciência pra esse altruísmo exagerado, li o prefácio do autor 28 anos depois da publicação.

"Confesso, entretanto, que não tenho muita estima por este romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental. Sua popularidade às vezes chega a me deixar constrangido. Vejamos claramente o que tenho contra ele. Para principiar, a construção. A primeira parte é intensa e cheia dum interesse que jamais enfraquece. Na segunda, porém, esse interesse declina, e a história se dilui numa série de episódios anedóticos sem unidade emocional. Há em Olhai os lírios do campo uma filosofia salvacionista barata que me faz perguntar a mim mesmo como pude escrever tais coisas, mesmo levando-se em conta o fato de haver atribuído essa filosofia a personagens do livro."
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Lara 04/06/2021

perfeito sem defeitos
Perfeito. Como pode um livro dos anos 30 ser tão atual????? Me vi muitas vezes conversando com a história, pensando que (me perdoem pelo egocentrismo) o autor conhecia minha vida e os meus pensamentos, as minhas dificuldades e ingratidões. Definitivamente li no momento certo. Vivendo no Brasil, um pais onde parece que realmente só se consegue ser bem-sucedido quem tem grana e contatos, e que mesmo se esforçando demais você, sendo pobre, tem que correr muito mais pra alcançar os mesmos patamares que uma pessoa rica, cheguei à conclusão que esse livro deveria ser lido por todo brasileiro. Não por que ele vai mostrar uma história de superação e conquista de um pobre, não! O Brasil de fato não é flor que se cheire. Mas sim porque ele nos demonstra que nessa vida sucesso nem sempre é dinheiro, felicidade nem sempre é status e sim, pode parecer utópico, mas ao mesmo tempo é muito lindo. Olívia é uma personagem incrível, que deixa a gente com um gostinho de mais, sonhando em ter uma longa conversa com ela numa mesa e numa madrugada qualquer. O pai do Eugenio é um personagem incrível, Seu Ângelo é um retrato de tantas famílias brasileiras, tantos trabalhadores de pouco estudo, negligenciados pelo Estado e pela própria vida, que vivem dia após dia trabalhando pelos filhos, pela família. Me emocionei demais com esse paralelo dos pais de Eugenio com os meus próprios pais. No fim esse livro me ensinou demais, principalmente sobre gratidão pelo que eu tenho e sobre como meu papel no mundo não é nada além de estar aqui para aqueles que não tem tanto quanto eu.

“Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior. Era preciso fazer alguma coisa pelos outros. O Mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha eu feito até então para diminuir esse sofrimento, para atender a esses apelos? Eu via em meu redor pessoas aflitas que, para se salvarem, esperavam apenas a mão que as apoiasse, nada mais que isso. E Deus dera-me duas mãos”

Impecável.
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Lima 09/12/2022

O Eugênio, personagem principal do livro, não é um personagem amável, bem longe disso, porém, foi bem desenvolvido e sofreu uma enorme mudança. Em muitos momentos, a protagonista se torna Olívia.
No geral, é um livro bem construído, escrita excelente e com boas críticas sociais. Cheio de reflexões e de lições.
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Marcelo217 25/11/2021

Foi bom... até virar uma crítica social extensa
Meu primeiro livro do autor. Ouvi maravilhas a seu respeito e fui com as expectativas lá nas nuvens!!!!!!
A narrativa é muito bem escrita. Uma prosa bem poética (coisa que é bem difícil de se fazer, qualquer deslize e ficaria a coisa mais tosca do mundo). A construção dos personagens muito bem feita, principalmente a do Eugênio que me alternou entre a pena e o ranço durante todo o livro. O fluxo de memórias funcionou muito bem durante a primeira parte do livro. Acho que foi um dos motivos que me levaram a me envolver com a história. Enfim, a curadoria do livro é impecável.
O "problema" (que não é de fato um problema, pois gerou reflexões muito pertinentes pra época) que fez a história destoar um pouco foi embates ideológicos mascarados de diálogos extensos que fez o livro ficar um pouco fora de ritmo. Os diálogos desde o início do livro eram pontuais e categóricos, só que do meio pro final houveram diálogos existenciais extensos que, para mim, deu um pouco de preguiça.

As problemáticas trazidas pelo autor, de ordem social, ideológica e existencial das mais diversas, mostram a sua indignação através de certas situações postas em pauta no decorrer do livro. A maior de todas, acredito eu, seria o contentamento com a vida em sua forma mais elementar. Interessante é que, 80 anos depois, todas as pautas levantadas pelo autor podem ser aplicadas a um discurso feito hoje (Sinal de que não evoluímos quase nada de lá pra cá).

Eu, como leitor paranóico, queria muito que o Eugênio encontrasse o irmão ou o paradeiro dele, mas, de resto, o final foi bastante satisfatório e justo. Há muito no livro para se pensar. Certeza de que lerei muito desse autor no futuro.
Frankcimarks 26/11/2021minha estante
Ótima resenha.


Henrieth Hasse 29/11/2021minha estante
Também fiquei torcendo pra ele encontrar o Ernesto ?




Jader 10/03/2021

Reflexivo
Olhai os Lírios do campo passa uma mensagem de esperança na filosofia sobre o caminho que a vida deveria tomar, para se ter sentido. Que o prazer está na caminhada, na busca por uma sociedade mais justa e honesta. Antagonicamente à visão do personagem principal de início, que precisa viver da desilusão de uma ?vida de conforto? para entender isso.
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Gilliard 17/01/2021

Os lírios de Érico
Tentando correr atrás do tempo perdido sem ler literatura nacional, escolhi (e me foi recomendado) "Olhai os Lírios do Campo", de Érico Veríssimo. Esse foi o meu primeiro livro do Veríssimo, e também foi o primeiro livro do autor a virar um "best-seller", por assim dizer. OLC alavancou o nome de Érico Veríssimo a um patamar de fama jamais visto. No livro, acompanhamos Eugênio, um jovem médico que ocupa uma posição na sociedade graças a certos sacrifícios realizados no passado. Hoje, Eugênio reflete constantemente sobre suas decisões e a posição que lhe pertence. O livro é dividido em 2 partes: na primeira, Eugênio vai ao encontro de um compromisso, duro e inevitável, no período até chegar, revisitamos sob sua ótica, momentos do seu passado, de sua infância difícil, sua família pobre, seus estudos no colégio. Vemos o quanto do passado o protagonista carrega consigo hoje, ele é todo lembrança, ressentimento e trauma; já na segunda parte, o livro ganha um tom diferente, há cartas endereçadas a Eugênio, que o fazem refletir, agir e de certa forma, mudar o rumo das coisas. Eugênio é um homem ressentido, extremamente melancólico, arrependido, autodepreciativo e com complexo de inferioridade marcante. É estressante ler como ele trata a si mesmo em alguns momentos, não é fácil gostar deste protagonista, muito pelo contrário. Em contrapartida, temos outros personagens interessantíssimos de se acompanhar, como Olívia, por exemplo, uma amiga da faculdade de medicina. O mais interessante de OLC é o retrato histórico que ele traz. Érico Veríssimo publicou este livro em 1938, mas o ambienta em 1930, em meio ao turbilhão da Revolução de 30, que o Rio Grande do Sul, ao lado de outros estados liderou, o que culminou com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Vale lembrar que nesta época, sobre a Europa e o resto do mundo pairava a nuvem carregada do fascismo. O militarismo, o antisemitismo e o preconceito são então temas abordados por Veríssimo em sua obra. Temos também um retrato da sociedade brasileira, em especial, a gaúcha da década de 1930, onde Eugênio e os seus estão mergulhados, em todos os aspectos.
A escrita de Érico Veríssimo é leve, mas ácida e cheia de alfinetadas durante toda a história, principalmente por conta dos assuntos por vezes pesados abordados. No final, Olhai Os Lírios do Campo é sobre mudança de paradigmas, de foco na vida, é sobre dar valor aos "lírios" e sobre dar novo sentido e importância àquilo que está ao nosso alcance.
Já guardo com carinho no coração este belíssimo presente que Érico Veríssimo nos proporcionou.
Yuri 17/01/2021minha estante
Adorei sua resenha. Arrasou! Me deu vontade de ler esse livro agora mesmo, e talvez eu o comece msm. Eu adoro o título desse livro também, soa tão poético e profético ao msm tempo kkkk


Yuri 17/01/2021minha estante
Que resenha perfeita! Sério, a sua descrição me cativou e dá pra perceber o quanto você curtiu o livro. Deu vontade emendar logo a última frase da resenha com a primeira do livro e começar a ler ele agora msm. kkkk E talvez eu faça msm isso. Aliás, eu preciso dizer o quanto eu amo o título desse livro, me soa tão poético e profético, de um jeito que esses dois adjetivos passam a ser sinônimos.


Gilliard 18/01/2021minha estante
Obrigadooo! Você tem que ler logo, pls hahaha é muito bom. Sobre o título, eu sempre quis entender, e amei ???




Meline 06/05/2020

Esperava mais
O título desse livro (acho tão lírico...) sempre me atraiu muito, mas esperava mais dele. Notoriamente, Érico é um excelente escritor e retrata muito bem os aspectos humanos. Há ótimas ?lições? no livro, mas acho que até demais... do meio pro fim, os diálogos ficam enfadonhos e repetitivos, a meu ver. Creio que valha a leitura, até mesmo por ser o livro que marca a
carreira do autor e por trazer boas reflexões sobre a vida e sobre o Brasil.
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Paula.Juca 13/08/2020

Esse livro me convidou a uma reflexão de como eu estou vivendo minha vida.

"Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu".

Sem mais...
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Fernabo0 24/01/2022

meh
Tem boas intenções que se desgastam ao longo do livro, são repetitivas e muitas vezes estressantes de se ler. A primeira parte tem episódios muito interessantes, mas nada além disso. Como disse, acaba se tornando repetitivo e muitas vezes sinto que estou lendo um romance qualquer, tenho medo que realmente seja um.
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Aninhar0 10/03/2021

Leitura indispensável
A sensação ao terminar a leitura de Olhai os lírios do campo é a de se ter adquirido uma visão mais nítida sobre o que merece ser prioridade, um revigoramento de convicções sobre o que é mais edificante, uma mensagem otimista, mesmo que agridoce, que apesar de todos os entraves que a vida proporciona, a jornada vale a pena se trilhar os caminhos corretos.

Fonte: https://cartolacultural.wordpress.com/2018/07/06/resenha-olhai-os-lirios-do-campo/
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