Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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itamaracunha 08/03/2023

A obra da minha vida ??
Eu li "Grande sertão: veredas", pela primeira vez, no colégio. Era 2011. Meu professor, a quem eu admirava imensamente, estava falando sobre esse livro e eu coloquei na cabeça que precisava conhecer aquela obra. Não entendi nada na minha primeira leitura, me achei burra e totalmente inapta a estudar letras, afinal todo letrista, segundo Bruno, aquele prof., deveria ler a maior obra-prima da literatura brasileira. Passou-se o tempo e, um dia, peguei o livro na minha estante e comecei a lê-lo, já no meio do terceiro semestre da faculdade de Letras. Foi devastador! Chorei ao final da leitura e fiquei doente o resto do mês, pensando nas personagens e no enredo, dialético, universal e individual ao mesmo tempo. Depois dessa vez, Grande Sertão nunca mais saiu de perto de mim. Li, reli, vivi e experienciei cada pequeno detalhe da obra, do contexto histórico, do período artístico, da vida de Guimarães Rosa... tatuei a primeira e a última palavras: "nonada" e "travessia". Ah, essa última!

Quando penso na travessia das personagens, contextualizo com o desenvolvimento psicológico impecável que elas têm na trama. Mas, para além disso, há a minha travessia, enquanto leitora - essa que se segue pelo símbolo do infinito, na última página do livro. Ler Grande Sertão é conhecer o mundo, o outro, a si próprio e revitalizar esse ciclo de conhecimento e autoconhecimento. É uma leitura catártica, dolorosa, quase doentia. Ela é minuciosa, cheia de símbolos e histórias paralelas, gravadas pelos neologismos criados e emancipados pelo Guimarães Rosa, esse autor peregrino, poliglota e intelectual ao extremo. Emotiva, sensível, laboral, escandalosa, quieta, às avessas... a leitura mais delicada, saborosa e emancipadora, enquanto letrista, que eu já fiz em toda a minha vida.

Eu já li milhares de livros excelentes aos quais eu dou 5 estrelas fervorosamente, e mesmo que tal excelência não seja questionável, para mim, o meu coração ainda carece, diariamente, da história de Riobaldo e Diadorim. Já faz parte de mim.
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Aldenir.Ferreira 03/03/2023

O correr da vida embrulha tudo
Sem dúvida o maior e melhor romance da literatura brasileira. Sou completamente fascinada pela história, a escrita, a descrição dos personagens, e cada pequeno detalhe que compõem a ambientação da história. De o longe o melhor livro que eu já li.
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Adriana Scarpin 28/02/2023

Nonada - Travessia.
Passei o último mês tentando destrinchar a leitura de Grande Sertão: Veredas com o auxílio de uma leitura orientada de um curso de verão da USP, é tão mais interessante quando pesquisamos e discutimos um livro difícil e múltiplo desses em conjunto, foram minhas reuniões nas leituras do Fórum do Campo Lacaniano que me fizeram constatar isso e aqui cabe lindamente também.
Minha contribuição para essa discussão foi enxergar uma metafísica spinoziana nessa leitura, poderíamos encontrar alinhamento com quaisquer metafísicas, mas a de Spinoza se sobressai pelo seu panconceito, o Sertão como subjetivação, o homem-Sertão, um pannaturalismo místico.
Também encerrei o mês dedicado à Guimarães Rosa assistindo a versão para cinema de 1965, como diria Guimarães Rosa, tem cavalo à beça. Rá!
Eu sou a última pessoa que reclamaria de um filme ser muito curto, mas como passei o último mês lendo o livro, então tudo me soou muito corrido, muito afoito, sem a precisão de ser.
No YouTube ( https://youtu.be/ysqtc8VUtIc )
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isaazm_ 25/02/2023

[...] O amor, já de si, é algum arrependimento [...]
No ensino médio tive uma professora que se gabava por ter lido "Grande Sertão Veredas" aos 12 anos, daí surgiu o meu desejo de saber os motivos dela para se vangloriar. E agora, aos 20 anos, após finalizar a leitura desse livro, eu compreendo. Foi um desafio enorme, confesso, foram quase dois meses entre lendo super empolgada, me forçando a ler e ressaca literária de semanas, porém, valeu muito a pena.
A linguagem é bem diferente de qualquer coisa que eu já tenha lido, só consegui me adaptar a ela lendo em voz alta. O livro é muito extenso, por vezes, maçante. Mas ao escolher não desistir dele, descobri a genialidade de Guimarães Rosa.
É simplesmente incrível como tudo se encaixa, tudo se explica. Como goiana e neta de um fazendeiro, achei maravilhoso reviver o sertão. É poética a forma como é retratada a natureza, os rios, as plantas, os pássaros, os animais...
É uma experiência ler esse livro, o personagem principal Riobaldo, conta a sua vida, mas se questiona sobre tudo, sobre o que é viver, sobre Deus e o diabo, sobre o amor... Aliás, achei incrível o a reviravolta no fim do livro, como retratou um amor tão puro e singelo. Recomendo muitíssimo a leitura.
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Romeu Felix 23/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
Grande sertão: veredas é um romance do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, publicado em 1956. A história é narrada por Riobaldo, um jagunço que atua no sertão de Minas Gerais e que conta suas aventuras, amores e conflitos, além de refletir sobre temas como a vida, a morte, a religiosidade, a violência e a identidade.

O livro é composto por uma linguagem complexa, que inclui neologismos, arcaísmos, regionalismos e expressões populares, e pela estrutura fragmentada e não linear, que reflete a forma como a mente de Riobaldo funciona.

A narrativa é construída a partir de uma conversa entre Riobaldo e um interlocutor desconhecido, em que ele conta suas histórias e reflexões, alternando entre lembranças do passado e comentários sobre o presente.

O personagem principal passa por diversas situações e encontros, como o amor por Diadorim, também jagunço, o encontro com o diabo, o conflito entre as facções dos Hermógenes e dos Joca Ramiro, a participação na Guerra de Canudos e a busca pelo sentido da vida.

Análise:

Grande sertão: veredas é considerado uma obra-prima da literatura brasileira, e é frequentemente mencionado como um dos livros mais importantes do século XX. Sua linguagem complexa e estrutura fragmentada são exemplos da inovação e experimentação literária característica do modernismo.

A obra retrata o sertão de forma única, com suas paisagens, costumes e personagens marcantes, e revela as contradições e conflitos dessa região, como a violência, a religiosidade e a luta pelo poder.

A temática da identidade é um dos pontos centrais da narrativa, e é representada pela dualidade entre Riobaldo e Diadorim, que revela a complexidade e fluidez da identidade humana.

Além disso, o livro aborda questões existenciais, como a busca pelo sentido da vida, a mortalidade e a relação entre o homem e o divino.

Conclusão:

Grande sertão: veredas é um livro de grande importância para a literatura brasileira e para a cultura do país como um todo. Sua linguagem complexa e estrutura inovadora, aliadas à riqueza de temas e personagens, tornam a obra um desafio para o leitor, mas também uma experiência única e enriquecedora.

A obra de Guimarães Rosa é uma ode ao sertão, mas também uma reflexão sobre a condição humana e os dilemas que a cercam. Sua mensagem é atemporal e sua influência perdura até hoje, sendo um exemplo de como a literatura pode ser transformadora e inspiradora.

Fiz uma segunda conclusão com base na segunda leitura:

"Grande Sertão: Veredas" é uma obra que desafia definições e rotulações, uma vez que apresenta uma linguagem poética e uma narrativa fragmentada que, a princípio, pode confundir o leitor. No entanto, trata-se de uma obra-prima da literatura brasileira, que retrata a cultura e a vida no sertão mineiro de forma singular e profunda.

O livro é uma grande reflexão sobre a condição humana, a complexidade das relações interpessoais e a busca por sentido e significado na vida. A história é narrada por Riobaldo, um ex-jagunço que conta suas experiências no sertão, suas aventuras, seus conflitos e seus amores, em uma linguagem que mistura a oralidade, a poesia e o regionalismo.

A leitura de "Grande Sertão: Veredas" é uma experiência única e enriquecedora, que permite ao leitor se imergir em um universo cultural e literário fascinante. A obra de Guimarães Rosa é uma prova da riqueza e diversidade da literatura brasileira, capaz de despertar emoções e reflexões profundas no leitor.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Paloma Ribeiro 23/02/2023

Indescritível e enigmático, esse livro vale muito a pena ser lido. As primeiras páginas são mais difíceis, até para um leitor assíduo, mas aos poucos a narrativa te enlaça, te conquista. Me vi presa a essa história, que trata do encontro de duas pessoas: o narrador,jagunço, Riobaldo, e do Menino, Reinaldo ou Diadorim. É uma história de guerra, de amor, de vida e... de coragem.
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soaresrai 23/02/2023

O que comentar? Passei 80% do livro com muita dificuldade de entender mas os 20% foram o que para mim valeram totalmente a pena.
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Elza 22/02/2023

Como já disse nos outros comentários sobre a leitura, o livro fala muito sobre fé e de uma forma bem interessante.
Recomendo.
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Allan.Franck 21/02/2023

Antes tarde do que nunca!
Comprei este livro em 2005, no início da minha graduação em Letras. Pensei na época em desenvolver um trabalho de curso com sua leitura, o que me foi desanimado por muitos devido aos muitos trabalhos já desenvolvidos. Despretensiosamente, anos passados, resolvi lê-lo e tive uma ótima experiência enquanto leitor. A leitura fluiu muito bem, inclusive em relação aos neologismos e regionalismos presentes no texto. A história se passa pelo relato do narrador (Riobaldo Tatarana), agora mais velho, que conta ao ouvinte sua saga nos tempos em que era um jagunço no Sertão mineiro. Um dos maiores livros de nossa literatura brasileira, que traz elementos de dor, paixão, aventura, traição, cumplicidade, amor, conflitos e, sobretudo, superação. Recomendo aos que quiserem aumentar sua bagagem de leitura. Um clássico!
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Daniele137 20/02/2023

Melhor livro da vida!
Guimarães Rosa foi impecável com a escrita desse livro. Quer romance? Quer aventura? Quer filosofar sobre a vida? Aqui tem.
O livro conta a história do jagunço Riobaldo. Parece um monólogo, porém, tem diálogos também.
Riobaldo narra sua história pessoal para uma visitante desconhecido que na verdade é o próprio leitor. Em alguns trechos ele diz uma frase como se estivesse repetindo uma pergunta do visitante... técnica maravilhosa.
Conta de seu relacionamento com Diadorim, sua angústia e confusão por conta desse sentimento. Fala de suas dúvidas metafísicas sobre o sentido da vida, do sentido das coisas que acontecem ao longo de sua existência, da própria existência e Deus e do diabo. Durante todo o livro a presença ou existência do diabo e do mal e do pacto com o diabo são questionados.
A leitura flui e prende o leitor.
Cada página é rica em forma de escrita, construção dos personagens, dos pensamentos, sentimentos... Livro para ler várias vezes.
Realmente encantada com a escrita.
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Bárbara 16/02/2023

Persista
Eu queria muito ler esse livro, mas foi difícil demais engrenar. Todos os avisos que tive foi: PERSISTA!
Graças a Deus eu persisti!
É uma obra completa e rica, não só de linguagem, mas de enredo, cultura e é incrível

Se está difícil engrenar PERSISTA
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igor 15/02/2023

Mesmo com o dialeto unico e dificil que o guimarães rosa criou aqui, cada paragrafo é poetico, gostoso demais de se ler.
Acompanhamos aqui a história de Riobaldo, um dos personagens mais complexos da literatura brasileira, homem supersticioso, cheio de duvidas "Diverjo de todo mundo... eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muito coisa" que conta a sua vida para um outro, que deixa a entender que é uma pessoa letrada, da cidade. Desde a questão do demonio que perpertua o livro inteiro desde o primeiro paragrafo, os acontecimentos no sertão, as guerras, idas e vindas, traições no meio da jagunçagem, a relação com o Diadorim que é uma das mais lindas e bem construidas da historia é impossivel nao ficar fascinado com cada arco desse livro. Com certeza vou sentir muitas saudades desses personagens e das paisagens do sertão que são narradas de forma ímpar.
Uma narrativa que poe um embate entre o metafisico e o material, amor e ódio, feminino e masculino. Travessia
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LiteraLucas 09/02/2023

ASSOMBROSO!
Foi o livro mais desafiador que eu já li. Navegar por suas linhas era como tatear no escuro os caminhos de um mundo estranho e ao mesmo tempo familar. Muito mais intuição do que dedução. Se existe uma história de amor mais bela que essa eu desconheço.
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