A náusea

A náusea Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Náusea


195 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Natalie39 25/09/2023

Duvidoso
Sartre sempre tem uma forma sucinta de trazer filosofia pra dentro de romance que é bem explicativo. Ao mesmo tempo que você lê e se identifica, não da pra explicar o que aconteceu para aquele personagem está daquela maneira.
A característica que sempre me prende é quanto ele se maravilha mas odeia o ser humano ao mesmo tempo, traz uma sensação de ?porque tudo e todo mundo é tão idiota inclusive eu??
Enfim o cara é um gênio, com alguns poréns, esse é o segundo livro que eu leio do autor e reparei nuances de um tema polêmico recorrente que não teria um significado tão grande se eu não soubesse que diversos intelectuais pós modernistas defendiam essa ideia completamente irracional mas acaba me perdendo por isso.
comentários(0)comente



Kemi 18/09/2023

Tmj
Só faz sentido se ler com náusea.

Eu conheci esse livro em 2021. Li agora em setembro de 2023. Não vou dizer que me decepcionei. É uma prosa da filosofia de Sartre, o problema é que eu não tô muito existencialista esses tempos, aí, o santo não bateu. Quando eu ficar com depreensão e ansiedade eu leio de novo kkkk.
comentários(0)comente



nicotinergic 08/09/2023

Some of these days, you?ll miss me honey!
É uma ótima introdução ao existencialismo de Sartre. Caso não se tenha uma ideia base da filosofia dele, acaba sendo um livro extremamente tediante. É um dos meus livros favoritos, por mais que eu não goste do autor (escândalos de pedofilia), é denso e extremamente reflexivo! Só achei algumas partes desnecessárias, o que acaba fazendo o leitor abandonar a obra.

Eu gosto muito de como ele representa algo universal, a sensação de questionar a existência. Estudo em uma escola municipal, na minha apostila que é pobre em conteúdo, tem muitos textos tratando do olhar artístico. O que sempre me remete a essa obra, o personagem tendo um desfecho tão extremo e denso.
Por exemplo, em uma aldeia onde mulheres não podem comer aves, pois ganham a dádiva do pensamento. Existe uma mulher que come com seu marido, a ave que ele abateu, após dias ela começa a ver coisas que a maioria das pessoas não vêem pois são desnecessárias. Até que ela olha para o céu, sem nuvens e sem nada, um céu que não se precisa olhar, ela vê aves voando ao sul. O pássaro em si, é um símbolo de liberdade, toda essa simbologia da restrição que a aldeia dava e a libertação tão genuína que ela tem. Após olhar, ela começa a andar, constantemente em direção ao sul
comentários(0)comente



Marina516 06/09/2023

O espelho
Eu abandonei Nausea, o livro é belissimo e meio depressivo. Não é meu tipo de leitura. porém ele é capaz de descrever sentimentos que eu nunca imaginei serem capazes de serem descritos. Como um simples homem se olhando no espelho e as sensaões de forma tão exata do que passa na mente dele. Isso é maravilhoso, poetico, delicioso. Porém ah. bem..
comentários(0)comente



Caroline457 05/09/2023

Filosofia Pura
Repleto de complexidades e teorias filosóficas, ?A Náusea? de Sartre traz consigo diversos pensamentos acerca do existencialismo e do humanismo, ambos com um caráter extremamente pessimista, ao meu ver. O livro, de forma geral, é muito angustiante e, bem como o próprio título sugere, nauseante.
Após ler essa impecável obra, sinto como se tivesse um vácuo na minha perspectiva do que é existir e viver, uma vez que considero humanamente impossível extrair e absorver toda a mensagem aqui proposta pelo autor por meio de uma única leitura.
Não é um livro fácil de digerir, mas me incitou a querer lê-lo novamente!
comentários(0)comente



claribru. 03/08/2023

Some of these days, you'll miss me, honey
Meu primeiro contato com uma obra existencialista de Sartre. Apesar de não possuir dificuldades para leitura da história em si, exige MUITA paciência. Em meio aos pensamentos de náusea, tédio e descontentamento do protagonista para com a vida, as descrições sobre as coisas ao seu redor são ? quase ? que insuportáveis. De maneira que você se perde tão facilmente entre os acontecimentos monótonos que não consegue, sequer, fazer uma leitura proveitosa.
comentários(0)comente



Balbino.Farias 02/08/2023

Embrião do pensamento existencialista. Livro que transformou Sartre em um sucesso de crítica e que o levou a ser laureado com o Nobel de literatura de 1964. A narração é construída na forma de um diário de Antoine Roquentin, pesquisador e historiador que reside na cidade de Bouville com o intuito de escrever um livro sobre um personagem histórico francês (Marquês de Rollebon). Durante esse processo de pesquisa, Roquentin enfrenta uma mudança de caráter mental e psicológico que decide registrar em seu diário. Tal mudança de perspectiva e de percepção quanto ao mundo que o rodeia ocorre diante da angústia que Antoine sente ao constatar a falta de sentido e propósito que há em sua existência. Afinal de contas, o que de fato significa existir?
comentários(0)comente



Damian Souza 25/07/2023

A Náusea
"Então fui acometido pela Náusea, me deixei cair no banco, já nem sabia onde estava; via as cores girando lentamente em torno de mim, sentia vontade de vomitar. E é isso: a partir dai a Náusea não me deixou, se apossou de mim."

Enquanto lia fui tomado pela ansiedade de Antoine. Queria ver o desfecho de tudo que o protagonista esperava tanto. Durante quase todo o livro Antoine "viveu" apenas observando as pessoas e percebendo o quanto o cotidiano delas era distante da existência dele, quase como se ele não existisse verdadeiramente.
comentários(0)comente



Nathani 13/07/2023

"Gostaria de me entender com exatidão antes que seja tarde demais."
Eu não sei muito bem como falar desse livro já que ele me deixou totalmente sem palavras mas vou tentar…

A história em si é aparentemente simples: Antoine Roquentin é um historiador de 30 anos de idade que está viajando pelo mundo devido à pesquisa sobre o marquês de Rollebon para seu livro. Ele sente uma angústia que não consegue a princípio compreender mas que o afasta de seu objeto de estudo cada vez mais, portanto decide relatar em um diário os seus sentimentos para tentar analisá-los fora de si. É esse diário que lemos no romance, as tentativas de um homem que busca se entender e encontrar onde se encaixa no mundo.

"Nada parecia verdadeiro; eu me sentia rodeado por um cenário de papelão que podia ser
bruscamente transplantado. O mundo esperava, retendo respiração, encolhendo aguardava sua crise, sua Náusea..."

Seria essa angústia algo íntimo e individual ou apenas o cerne de toda existência humana? Quanto mais ele se aproxima de seu interior, mais ele chega a conclusões sobre os motivos e propósitos das ações dos seres humanos e mais ainda, sobre sua existência como indivíduo e como sociedade. Mas de forma alguma isso o alivia ou aproxima das outras pessoas. A náusea, como ele nomeia esse sentimento, o sufoca, o faz encarar a realidade de uma maneira que talvez jamais deveria ser vista por qualquer um de nós.

"Nada mudou e no entanto tudo existe de uma outra maneira. Não consigo descrever; é como a Náusea e no entanto é exatamente o contrário: finalmente me acontece uma aventura e, quando me interrogo, vejo que me acontece que sou eu e que estou aqui; sou eu quem fende a noite, estou feliz como um herói de romance."

A náusea permeia e paralisa toda sua pesquisa, sua relação com outras pessoas e sua vida. Alguns repentes do que Antoine chama de sentimento de aventura surgem em meio a névoa causada pelas suas reflexões e sua melancolia, ele luta por fazê-lo durar. "Gostaria de recuperar o controle: uma sensação viva e abrupta me libertaria."

Li esse livro logo depois de A paixão segundo G.H. de Clarice Lispector e as duas obras conversam perfeitamente. Se você gosta de Clarice, leia A náusea. A narração do diário é tortuosa em meio aos devaneios e reflexões, algo como um fluxo de consciência toma conta de grande parte, é uma escrita deliciosa de acompanhar mesmo nos momentos mais densos. "Quis que os momentos de minha vida tivessem uma sequência e uma ordem como os de uma vida que recordamos. O mesmo, ou quase, que tentar capturar o tempo."

O final me surpreendeu e encerra o romance com chave de ouro. Recomendo demais, vale muito a pena para quem gosta desse tipo de leitura.

site: instagram.com/livrosparaviver
gabi! 05/10/2023minha estante
acabei de terminar de ler a paixão segundo G.H pensando em como o livro me lembrava a náusea do sartre e encontrei sua resenha :)) tu escreve muito bem, capturou exatamente oq eu senti!




mariana113 29/06/2023

A Angústia sartreana
Ótimo livro, não apenas por ter uma ótima narrativa mas também por exemplificar de forma sutil a filosofia sartreana. A Náusea, como é chamada no livro, pode ser também usada no sentido da Angústia para Sartre, que é justamente esse sentimento que invade o narrador ao longo do livro, essa consciência de si mesmo, consciência de sua existência. É possível se identificar com as falas do narrador se em algum momento já tenha se sentido perdido, sem um propósito, fazendo as coisas mecanicamente. Ou apenas não vê sentido mais sentido no que antes via, como no emprego ou nos estudos. É um chamado para a consciência de si, consciência de que se é, de que sua existência só depende de você mesmo para ganhar sentido.
Todos nós já experienciamos a Náusea em algum momento de nossas vidas, mesmo sem nomeá-la dessa forma. É esse despertar, esse estranhamento. Por que existimos? Qual o sentido da existência? Para que continuar vivendo, dia após dia? São as grandes questões da existência, que permanecem sem resposta, mas nos deixam com uma missão: criar nosso próprio sentido.
comentários(0)comente



Gabriel.Bavaresco 28/06/2023

A existência além de compreendida precisa ser apreciada.
É interessante ter conhecimentos prévios em Sartre ou em existencialismo para absorver inteiramente todas as ideias da obra, caso contrário não passa de uma história depressiva. É lindo a maneira que Sartre reflete sobre a existência de forma que a coloca na mesa livremente, deixando-a invadir o leitor as vezes brandamente e outras intensamente. É um livro que pode se tirar conclusões e se inserir dúvidas. Mas, além de tudo, há um valor que acredito ser o mais importante e que falta tanto a humanidade: Contemplar a existência, o fenômeno da vida, o existir, o ser, a realidade, a matéria. E não de forma espiritual e religiosa, mas ao filosófico, que transforma a experiência ainda mais profunda e quase que ilimitada.
comentários(0)comente



malhuu 18/06/2023

é tudo ao mesmo tempo
Não vou fazer uma resenha, só alguns comentários pq parei a leitura várias vezes

Comecei esse livro pq me interesso por existencialismo e já tinha vontade de beber da fonte (sartre), mas não sei se foi uma escolha certa ou errada, mas que foi uma escolha feita. De fato o livro é beeem pesado no sentido de vc questionar não só a sua existência, mas olhar também pra fora e se sentir atravessado pelas outras existências.

Em relação a história, sinto que o enredo foi tão ???. me parece que é um pano de fundo pra dar um laço temporal pra cada náusea que o personagem sente, e que que o fato de ele ser escritor é um ótimo conveniente. Porém isso não é uma crítica, é mais como rebateu em mim, e acho que é um livro que rebate diferente mesmo. apesar de me perder em vários momentos, sinto que o propósito foi esse mesmo, e ler ele em dias vazios pode te tirar as estruturas (e depende do seu momento, pode não ser mt bom).

Me identifiquei com o personagem várias vezes e por mais doido que ele seja, consigo entender o incômodo em relação ao que vem depois e questões de propósito, mas a psicanálise não sai de mim, e encaro essa falta como algo que pode vir a ser construtivo. Tentar preencher é falho, mas ao mesmo tempo o estar e ser agora é uma das melhores coisas no existencialismo e na Fenomenologia. se perceber no presente é algo que não é fácil nos dias de hoje em que você se percebe sempre em um intervalo. Parece que é sempre sobre o passado e o algo que ainda vai acontecer, e a existência flutua num eterno entre. Se perceber e se fazer presente nesse entre é que é a grande chave pra se encontrar (ou pra se perder de novo e recomeçar).

Fiz vaaarias marcações durante o livro e poderia discutir, discordar, concordar e refletir por horas, mas paro por aqui. a última coisa que destacaria é que não recomendo esse livro pra todos. Se lido em um momento frágil, talvez não faça muito bem :')
comentários(0)comente



Ana Alice 15/06/2023

"E subitamente, de uma só vez, o véu se rasga: compreendi, vi."
Confesso que demorei a ler "A Náusea". Comecei no ano passado, li um pouco no início desse ano, mas só engatei na leitura nos últimos dias. Não sei se teria tirado mais proveito se o tivesse lido na época em que eu tinha câimbras quase diárias, mas, de qualquer forma, fico feliz por ter conseguido terminar essa leitura.
Acredito que essa seja uma das resenhas mais difíceis que escrevi, porque tive que medir cautelosamente o grau de autoexposição que eu empregaria ao criticar esse livro. Vou começar dizendo que ler a respeito de uma experiência tão singular e dolorosa quanto é a da Náusea, ou no meu caso, como eu prefiro chamar, a "câimbra", na pele de outro provoca um misto de conforto e enjoo. É sempre bom saber que não estamos sozinhos, independentemente das circunstâncias pelas quais estamos passando, mas, ao mesmo tempo, é quase visceral reviver sensações indesejadas pelo ponto de vista alheio. Roquentin é humano. Depois, vou falar sobre as suas particularidades, mas, por enquanto, só posso dizer que os seus dramas são inerentemente humanos. A consciência da existência e do absurdo que envolve a vida é, por si só, angustiante, e Sartre conseguiu passar, de forma exímia, isso para o leitor, ainda que este nunca tenha sentido na pele o que é se sentir cansado e completamente desorientado apenas pela simples descoberta de existir. As descrições dos momentos de Náusea do Roquentin são, sem dúvidas, o ponto mais alto do livro.
Dito isso, gostaria de me ater mais alguns detalhes a respeito da construção da personagem de Antoine Roquentin. Sartre fez uma excelente escolha do seu protagonista: Roquentin é um homem burguês entediado, como ele próprio admite em: "E esse tédio é tão vago, tão metafísico que me sinto envergonhado."; um historiador e, acima de tudo, um homem solitário e frustrado. Dentre essas características, a que mais me chamou atenção foi a sua profissão. Qual escolha melhor para representar um homem horrorizado com a vida do que um historiador, que, ao contar a história dos outros como um narrador observador, vive deslocado da sua própria existência?
Sobre as outras personagens, a que mais me chamou atenção e que conseguiu atrair um pouco da minha identificação foi a Anny. Mais do que entender, consegui sentir a sua necessidade de se apegar a um fator fixo, a aparente imutabilidade de Roquentin, como um meio de sobreviver. Como ela mesmo diz, sobrevivemos a nós mesmos. Precisamos disso.
Há muito sobre o que eu poderia escrever a respeito desse livro. Ainda que eu tenha achado interessantíssima a relação do protagonista com a sensação de aventura, com a sua dificuldade com o pertencimento e com o passado, não me sinto capaz de me aprofundar nesses pontos, pelo menos não por meio de palavras escritas.
Por fim, "A Náusea" não foi uma leitura fácil. Apesar de sua linguagem não ser técnica como "O mito de Sísifo", esse livro não apresenta um enredo tão bem definido e dinâmico quanto "O estrangeiro", por exemplo. A leitura não foi fluida e eu admito não ter compreendido absolutamente alguns trechos, em especial os que Roquentin abusa da abstração para expressar seus sentimentos. Ainda assim, as sensações e o sentimento de identificação que ele me provocou me fazem afirmar que Sartre fez um trabalho impecável ao retratar a realidade humana em uma figura tão singular quanto um francês de trinta anos do século passado, perfil que difere de tantos dos leitores e, ainda assim, consegue representá-los. É uma leitura certamente recomendável aos que se interessam por Filosofia ou para aqueles que já experimentaram as suas náuseas pessoais.
comentários(0)comente



Mel 10/06/2023

Existir é simplesmente estar presente
Existem, ao meu ver, algumas características que definem uma boa literatura - além de resistir ao tempo. Gerar identificação é uma delas, o que esse texto consegue com uma facilidade tremenda, afinal, quem nunca se perguntou sobre o sentido da vida? Este não é um livro qualquer, apesar de o personagem ser.
Sartre conduz a narrativa inserindo sua filosofia na ficção de forma sublime: um indivíduo comum experimentando a típica náusea, que só a consciência da existência pode proporcionar - quando se conhece a contingência e a gratuidade existencial

"Mas, no próprio âmago desse êxtase, algo de novo acabava de surgir; eu compreendia a Náusea, possuía-a. [...] O essencial é a contingência. O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é simplesmente estar presente; [...]. Creio que há pessoas que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão, uma aparência que se pode dissipar; é o absoluto, por conseguinte a gratuidade perfeita. Tudo é gratuito: este jardim, esta cidade e eu mesmo. Quando ocorre que nos apercebamos disso, sentimos o estômago embrulhado, e tudo se põe a flutuar"

Acompanhar o caminho que ele percorre para chegar nessas conclusões, identificar que não é acometido por alguma doença ou algo externo, mas sim que é acometido por ser - simplesmente existir sem qualquer motivo precedente, é uma experiência ímpar.
comentários(0)comente



Ravier1 27/05/2023

A náusea
Neste livro Sartre explora temas como liberdade, autenticidade e responsabilidade individual, confrontando o leitor com a ideia de que somos livres para criar nossas próprias vidas, mas também somos confrontados com a angústia e a responsabilidade inerentes a essa liberdade.
comentários(0)comente



195 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR