Bom-Crioulo

Bom-Crioulo Adolfo Caminha




Resenhas - Bom Crioulo


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Vinicius 13/10/2022

Amaro é um escravo foragido que, ingressando na Marinha, vê realizar-se seu sonho de liberdade. Graças ao biótipo sólido e sua quase inesgotável força física, torna-se um marujo voluntarioso e benevolente, recebendo o apelido de “Bom Crioulo”.

É nessa nova etapa da vida que conhece Aleixo. Surge então uma história de desejo, frustração e tragédia. A publicação causou polêmica ao mostrar seus protagonistas ― um negro e um branco ― em uma relação homossexual.

“Bom- Crioulo” conta uma história de paixão e tragédia, ambientada no porto do Rio de Janeiro, do século XIX. Baseado em fato real, Adolfo Caminha ousou abordar temas que escandalizam o público de sua época, neste romance forte e sempre atual.

O Adolfo Caminha era um naturalista, então eu já comecei a leitura sabendo que encontraria a frieza de um narrador em relação aos seus personagens. Ele se atém apenas a observar os acontecimentos, registrando de maneira nada apaixonante. O papel do naturalista é ser tão impessoal como um cientista.

Mesmo sabendo de tudo isso, não pude deixar de me emocionar com a narrativa de Amaro, desde a sua libertação, passando pelo descobrimento do amor por outro homem, até o momento em que um grande crime acontece.

Uma das minhas metas para esse ano é ler mais clássicos nacionais e devo confessar que comecei com o pé direito! “Bom- Crioulo” vai além do erotismo, dissecando a psique humana e fazendo com que a gente não pare de ler até saber o desfecho.

“Não se viam um ao outro: sentiam-se, adivinhavam-se por baixo dos cobertores”.
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LevaiLevaiLevai 06/12/2022

O Bom-Cria
Só por ter sido perseguido por Vargas já se torna uma obra que merece a nossa atenção. Bastante libidinoso, gays e mulheres mais eriçados podem gostar do material proposto. Os finais de capítulo sempre são uma viagem.
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skuser02844 14/01/2021

Premissa interessante. Execução: declínio
Confesso que fui fisgado para esse livro apenas pela linguagem naturalista (muito boa, por sinal) e pelo subtítulo de primeiro romance homo da América Latina. É sim um livro com temáticas a frente do seu tempo. Mas percebe-se em todo o curso da narrativa que os temas abordados não são para o público se identificar,e sim apenas para atingir o naturalismo: evidenciando o caráter animalesco do ser humano. Talvez ainda fale de amor e ciúme, mas da forma mais instintiva, violenta e retrógrada possível.
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Beto 17/02/2021

De fato, Adolfo Carminha merece todo enaltecimento por apresentar um protagonista homossexual em pleno ano de 1895. Todavia, definitivamente esperava mais. Pra mim foi uma leitura OK e só!

"....É que nem todos têm força para resistir: a natureza pode mais que a vontade humana..."
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leportom 09/04/2021

Romance e a natureza da crueldade humana
Adolfo Caminha, neste célebre livro, retrata, não só o que é considerado como sendo uma das primeiras obras sobre homossexualidade e erotismo LGBTQIA+, mas também, a realidade do período escravizar e (quase) pós escravista onde a cor da pele importa de forma clara e visível mas também através do espectro invisível e subjetivo.
Um conto que retrata não só o erotismo entre brancos e negros, mas o erotismo gay. Também nos remete a crueldade da instância militar, principalmente contra os negros na égide da história brasileira. Um retrato histórico e ao mesmo tempo quase que atual do sistema racista e militar.
Do ponto de vista de um romance ele é bem perigoso e de certa forma tóxico ao trazer elementos de possessividade violenta e tóxica. De uso do ?outro? como posse o que leva ao que poderia ser traduzido como abuso psíquico e físico. Não torna o livro pobre, ruim ou fraco, muito pelo contrário, Adolfo Caminha nos remete a uma visão completamente crítica da história, do racismo e do romance ocidental que permeia justamente a cultura messiânica de amor.
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Lêla 12/04/2021

Vale a pena ler.
O Bom-Crioulo tem quase uma ironia no próprio título. A relação de Amaro e Aleixo são bem divergentes aos olhos um do outro, enquanto um vê paixão o outro só enxerga simpatia.
A escrita de Adolfo Caminha fez com que eu imaginasse tudo perfeitamente, ele usa comparações e inúmeras figuras de linguagem que se encaixam perfeitamente bem. Vale a pena ler esse livro.
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Dominic nic nic 01/06/2021

Uma leitura interessante pela época em que foi escrita, com uma narrativa interessante e nem um pouco cansativa. Mas é um produto de seu tempo e possui consequentemente suas problemáticas.
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Manu 26/06/2021

Também tinha LGBTs no século 19
A história de Aleixo e Amaro, conhecido como "bom-crioulo", além de narrar uma grande paixão homoafetiva, apresenta o cenário de vivência dessa paixão nos fins do século 19, período em que a abolição da escravidão ainda estava fresca. Esta narrativa evidencia o racismo atrealado à homofobia, até pelos termos utilizados para se referirem a pessoas negras e LGBTs.
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Thiago 06/07/2021

um anti-romance
De modo a não exprimir o fato da homossexualidade neste livro ser tratada por uma visão zoológica e homofóbica, e o racismo exagerado da época permear cada parágrafo do livro, Bom-Crioulo é, muito menos que um romance, uma história sobre posse e de desejo mórbido.
As personagens se desenrolam de forma animalesca e suas ações são desumanizadas ao cômico, a empatia pelos atores deste minúsculo ato do começo ao fim se degrada, e ao fim, temos o sentimento de que nada restou da inocência deles.
Ainda assim, o livro funciona como um marco necessário no naturalismo/realismo e como um clássico polêmico "escondido".
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Fernando1355 27/05/2023

O amor de um homem
Um negro que fugiu da escuridão encontra seu destino na Marinha, onde conhece Aleixo, um jovem "bonitinho". Mas o futuro não é tão bom quanto ele planeja...
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Felipe.Lopes 17/07/2021

A idiossincrasia de um homem "livre"
O autor apresenta-nos a história descrevendo a ambientação como um retrato, uma quadro que descodifica e fornece uma quantidade abissal de informações e que nos prepara para grande parte do trama da história.
Após formular as primeiras páginas da história, conhecemos melhor Amaro e o porque se encontra em tal situação.

Eu li este livro esperando mais, mas reconheço que foi muito bom, ainda mais para a sociedade que lhe foi entregue.
Acho que o que Amaro buscava, ele nunca conseguiu de fato. Ele ansiava a liberdade, mas encontrou a escravidão; ora na marinha, ora com seus sentimentos.
Talvez amar o grumete não foi de tão ruim para Amaro. Ele pelo menos amou alguém.
A edição do livro que li, têm notas da editora que me botou nos trilhos da história (o que eu achei ruim! Ora, se eu estou lendo, devo mesmo ser levado a interpretação que eles querem que eu tenha - mesmo embora seja o que eu autor tenha querido?) Algumas notas, embora, tenham me ajudado a enteder melhor alguns capítulos e o prefácio me orientado sobre o que eu iria ler.
O final, para mim, ficou um pouco confuso, entretando tenha entendido o porquê.
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Sabryna 24/08/2021

É um dos livros clássicos do período naturalista, onde relata a paixão homossexual entre o Amaro e Aleixo, além de retratar a escravidão que ainda era presente naquela época.
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pedroedro 25/02/2022

Não é possível que um heterossexual tenha escrito isso?. .
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wiz 14/03/2022

Mano, que final foi esse?
É, literalmente, o sumo do Naturalismo. Todas as suas características são encontradas aqui.
Adolfo Caminha tomou as represálias por esse livro e pelos seus outros, fazendo jus ao seu tipo de escrita.
Mas mds metade do livro construindo AQUELE FINAL???? putz né
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Larissa.Guimaraes 13/04/2022

"Repugnante"
Afonso, apesar de trazer um tema extremamente relevante e necessário de ser debatido, principalmente em meados do sec.XIX, a linguagem e estrutura revelam a crítica contínua aos temas abordados: racismo e homossexualidade.
A princípio a ilusão de um autor consciente ocorre por conta de trechos como "muito antes da vitória Abolicionista" e "sem consciência das dificuldades de um homem negro em meio escravocrata", no entanto, o discurso naturalista prevalece: o cientificismo e o Determinismo como desculpas para discursos reconhecidos como preconceituosos com nossa visão de mundo mas atenta do que a sociedade da época.
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