alvsalmeida 05/02/2024
E se?
Em meio as sua memórias, mergulhamos no mundo de Stephen King. Como ele deixa claro desde o início que de uma forma breve, quanto mais curto o livro, menos baboseira teria. E se tem algo que esse livro não tem, é baboseiras. Já que omitir palavras desnecessárias se enquadra nas regras de linguagem que ele nos ensina, seu livro enxuto mais completo trás os princípios que regem suas manhãs estipuladas em diversão enjaulada (como sugere a capa).
Sinto que estive sentado em sofá de sua sala de escrita, próximo da mesa apoiada na parede debaixo do teto inclinado. Outros momentos estive em seu pequeno quarto, em uma cadeira perto das cartas de rejeição penduradas na parede. Claro, nesse caso a porta estava aberta, já que Stephen nos convida a ouvir suas experiências da vida que se encarrega de formar a consciência que ensina.
E não é que agora só imagino quantos fósseis estão por aí? Quantos fósseis pela metade ou quantos fósseis que nunca serão desenterrados das mentes destreinadas e sem prática da leitura e da escrita? Por esse motivo me vi motivado a escavar até os ossos, mesmo que com pequenos pincéis ou escovas de dente, para descobrir os esqueletos mais complexos que possam haver nos terrenos (des)habitados da minha mente.
E como todo bom diálogo, também tive que discordar. Não que julgo sua experiência (já que não tenho uma para comparar), mas há detalhes que funcionaram bem para ele como servem de partida para a minha, como há técnicas que ele odeia mas que tira suspiro das minhas.
Mas se tem algo que esse seu livro causou, foi o desejo e começar. Praticar. Ideias não faltam, mas incentivo e disposição, coragem e determinação para a partida era o que estava na negativa.
??você pode, você deve e, se tomar coragem para começar, você vai.?