Resenhas - Dois Irmãos

Sophia.Campos 12/12/2023

Li para vestibular, mas fiquei bem intrigada com a história. Gosto da forma como o autor trabalha as relações familiares e a forma como isso impacta o ambiente.
Não sei se leria por livre espontânea vontade, mas foi bom o vestibular ter pedido para eu ter contato com essa obra.

Grazi :) 12/12/2023

Casos de família
História mto interessante, personagens complexos e profundos.
Localidade muito legal.
As relações familiares são bem dramáticas mas esse é o charme (tirando os vários incestos, isso é péssimo).

Não sei muito o que dizer. O primeiro livro que leio do autor, pretendo ler mais.
Quero muito muito a HQ!

Vê_Beaz 11/12/2023

Achei que seria um livro terrivel por se tratar de um obrigatorio de trabalho escolar
mas me surpreendi
me envolveu
e apesar de ter caráter duvidoso em diversas areas
foi um abrir de olhos para outras possibilidades de escrita e histórias

heartshapecake 10/12/2023

Daria 5 se não fosse o incesto
Que livro estranho, gente estranha, curiosa, diferente. Odiei Omar do início ao fim, tal odio que só aumentava no decorrer das paginas. E me decepcionei com Yaqub apenas no final, mas confesso, me impressionei com a coragem de Omar, esse ser que deve ser no mínimo doido, não gostei de Zana, ela foi a causadora dos problemas, e para mim, Halim foi um pai muito ausente e egoista, e quis recompensar isso com o neto, mesmo que o mantesse como empregado na casa.

obs: meudeus a rania transo com qse todos da família

Maju Burgo 07/12/2023

A literatura brasileira vive
Ler um livro contemporâneo, e ainda mais nacional, faz a gente pensar como o tempo vai mudar essa história, a noção que os leitores tem dela: vai virar um clássico? Vai ficar esquecido? Daqui a cem anos as pessoas ainda vão se perguntar quem é o pai de Nael? (Assim como nos perguntamos de Capitu traiu ou não).
Esse é o poder de uma boa história, e acho que essa especificamente é uma boa história e que inclusive ajuda a contar a história do Brasil - grandes guerras, imigração, ditadura, povos tradicionais - tudo isso em um contexto historicamente silenciado da arte brasileira: a região Norte.
É uma história de irmãos, mas mais do que isso: é uma história sobre famílias brasileiras e sobre o psicológico humano dos jeitos mais esquisitos, com toda a sua complexidade. Não tem mocinho e vilão, são apenas pessoas vivendo e reagindo à situações difíceis; a nossa vida também não é assim?
?Cedo ou tarde, o tempo e o acaso acabam por alcançar a todos. O tempo não apagara um verso de Laval [?]?
Assim como a escrita de Laval sobrevive no romance, o romance em si também merece sobreviver.
Dê uma chance para essa leitura (é curta mas deve ser apreciada com calma).

Eugenia14 07/12/2023

Demorei pra ler porque achei que eu não fosse gostar, mas me enganei. É uma história envolvente que mescla o passado com o presente, a certeza dos fatos e a suposição do que não se sabe. Não sei quem achei mais insuportável Zana ou Omar, mas por pior que fosse ele em alguns momentos até tenta se libertar da mãe, mas o "cuidado" e a relação completamente tóxica dos dois não permite. Gostei muito do Halim e da relação dele com o Nael. Achei a Domingas uma personagem muito importante e fundamental para toda a história. Achei impressionante como tentam fazer o Yacub sair como errado no final, mesmo o irmão sendo realmente o culpado.

joaoggur 04/12/2023

Dionísio & Apollo, Caim & Abel, Esau & Jacó?
Dos anos 2000 para cá, percebo um grande contingente de novos clássicos nacionais a surgirem. A literatura nacional, - que, em toda a segunda metade do século XX (com algumas exceções, é claro) limitou-se a crítica e ao ensaio literário, - voltou a florescer, nos presenteando com peças maravilhosas como ?Dois Irmãos?.

Milton Hatoum estabelece uma família (disfuncional, mas isso só percebemos com o desenvolver da trama) composta pelo casal Zana e Halim, e seus três filhos; a tímida Rânia e, mais velhos? os dois irmãos, os gêmeos Yaqub e Omar. Este último recebe a alcunha de ?caçula?, não só por ter nascido momentos depois, mas por ser mimado por sua mãe.

Os conflitos são aos montes; desde a infância, a rivalidade já sobrepõem-se a eles. A história é narrada por Nael (que só sabemos o nome no final), filho da empregada Domingas. É interessante observar como os atritos são descritos: no início acabamos nos afeiçoando mais com um do que com o outro, depois os papéis se invertem? e posteriormente achamos ambos execráveis. Posso considerar este um problema da obra, a falta de personagens a termos que nos identificar (o arco sobre quem seria o verdadeiro pai de Nael, por exemplo, é corrido e superficial).

Mas, talvez, a podridão dos personagens possa ser explicada pelo fiel retrato da ?família tradicional brasileira?, que sempre foi romantizada pelo próprio povo brasileiro. O autor, narrando personagens complexos, mostra a humanidade que permeia as relações sociais; não importa se é alguém bem ou mal sucedido, todos nós temos as nossas falhas. Somos humanos.

Um clássico brasileiro. Recomendo.

Dandara98 26/11/2023

Historicamente preciso
As passagens mais interessantes para mim foram as que revelavam um pouco da história de Manaus, cidade tão distante geograficamente e com aspectos peculiares antes desconhecidos a mim. Muito interessante entender melhor a ascensão e a decadência da cidade, simbolizada pela família principal.

A influência de várias escolas literárias, particularmente o tom naturalista, que se revela no grotesco muito aparente em partes do livro, foi algo que também me interessou.

O final do livro me tocou muito, principalmente por causa da narração discreta de Nael que evolui para sua consolidação como um personagem próprio e independente da família que nunca o aceitou.

manfrinha 22/11/2023

Chorei mt meu deus
"dois irmãos", livro de Milton Hatoum, é narrada por um personagem da história e relata durante anos, a crise familiar que se forma dentro da casa. É um livro misterioso e com uma história impactante. Muito reflexivo e me fez pensar muito, principalmente por ser uma história trágica.
Basicamente, seu enredo se passa todo na casa de Zana e Halim, casados, que tem uma empregada Domingues e três filhos: Os gêmeos (os protagonistas), Omar e Yaqub, e Rânia. Porém, o que deixa o livro mais intrigante, é que o narrador é não é nenhum desses personagens. A vida dele e o surgimento dele é simplesmente um mistério. Seu nome não é contado até o final e a existência dele na casa é parcialmente ignorada.O livro inteiro são relatos do que se passa na casa que ele descobre ou contam para ele, na busca interminável para descobrir, entre os irmãos, quem é seu verdadeiro pai, enquanto Domingas, sua mãe, permanece em silêncio, além de todos daquela casa, sobre essa situação.
A crise familiar gira em torno de Zania e dos gêmeos, simplesmente porque ela, toda a sua vida, deu tratamento especial ao Omar, envolvendo ciúmes e conflito na relação dos dois. Ela, como a maior antagonista da história, se torna a pessoa que torna sua família em ruínas pela sua influência no caçula, o Omar. Aos poucos, é nítido ver a ruína que ela torna a família, no relacionamento com Halim, com Yaqub e até mesmo com a própria Rânia.
Os dois irmãos, que são o foto central do enredo, passam por crises e se odeiam, do começo ao fim. Contudo, Yaqub segue a vida, enquanto Omar, nunca sai dos braços da mãe super protetora e ciumenta.
O livro deixa os fatos nítidos, porém, aceitar que o Omar era pai de Nael, o narrador do livro, foi um fato que doeu e que é algo que ninguém quer pensar. No fim do livro, que isso é explícito, dói na alma e no corpo. O fim é triste, e muito reflexivo. Mostrando que no fundo, ninguém muda de verdade. Omar, que sempre foi o extrovertido e instável, se mostra dessa maneira até o fim, enquanto Yaqub, que sempre fora reservado e quieto, permanece assim até o fim, guardando todo o seu remorso e raiva de seu irmão para si. Os dois fizeram coisas horríveis durante o livro, mas não tiro a razão de Yaqub. Halim, que acaba morrendo, foi um personagem incrível na trama. Nunca se mostrou íntimo dos filhos, mas de Nael, dava para sentir um amor especial. Domingas, uma personagem querida e que sofre até o fim, também foi importante, muito para Nael, e sei que tinha um carinho especial por Yaqub, e mesmo tendo sido machucada por Omar, também sei que, de forma tóxica, também gostava dele.
Yaqub, Nael e Halim foram os personagens que ficaram em meu coração. Obra que foge totalmente do clichê que seria de irmãos gêmeos. Parabéns. CHOREI COMO UM BEBÊ.

Isadora.Moura 21/11/2023

Vale a pena
Li por conta da lista da Fuvest e eu amei! É o livro com linguagem ( e história ) mais fácil da lista da Fuvest e te faz perguntar várias vezes sobre que realmente é o pai do Nael e quem é o pior irmão do livro( eu coloco a irmã nesse rolo tb pq ela não é flor que se cheire ).O único ponto ruim é a falta de linearidade do tempo em que a história se passa

L. Winterfell 20/11/2023

Irmãos 3,5/5
Surpreendente bom, li para o vestibular sem expectativas
Mas o livro tem capítulos muito longos e arrastados
A história até que é interessante, porém podia ser menor, não acontece muito e apesar de ser na época da ditadura, isso afeta pouco a narrativa, eu esperava uma crítica que não veio (podia ser em quase qualquer outra época)
Esperava uma confirmação de paternidade, mas como não ganhei posso ficar com o que eu penso.

madukkyt 17/11/2023

Dois irmãos
Esse livro é uma leitura um pouco difícil, mas ainda muito acessível as pessoas e além de abordar vários assuntos interessantes.
Esse livro se passa pós guerra e durante ele haverá uma mudança em manaus, fazendo com que o local se modernize, de acordo com a época.
Vai ser contado a história de Halim, Zana a moça que trabalha na casa dele e os três filhos deles.

Caroles2 14/11/2023

História envolvente, principalmente pela narrativa dos pais. Achei que em alguns momentos o relato ficou bem repetitivo, ou um pouco maçante, porém, mesmo com os seus vai e vem... é uma história que vale a pena ser desfrutada, seja pela sua riqueza étnica ou cultura nortista.

Recomendo leitura!

jao 13/11/2023

Tinha mais potencial
A história é muito interessante, mas o livro é bem repetitivo e tem muita enrolação em algumas partes

luiza longhi 12/11/2023

Li por ser leitura da fuvest mas gostei bastante. Não tem grandes acontecimentos, o foco principal são as relações familiares e a análise psicológica dos personagens, algo que eu acho bem interessante. Adorei também a perspectiva pela qual é narrada o livro, tornou a história ainda mais interessante e ampla no quesito de personagens. Num geral recomendo o livro