Franco 25/06/2017
Livro genérico
Quem leu Jogador Nº1, e gostou, tem tudo para desgostar de Armada.
Quer dizer, alguns elementos que estavam presente lá continuam presentes aqui (principalmente as referências nerdescas). Porém, o espírito da escrita do livro mudou completamente.
Sabe quando você lê algo e sente espontaneidade? Sente que é um treco original? Que foi feito, digamos assim, com coração? Jogador Nº1 transmite isso. E aí que é quase um orgulho para os nerds, principalmente os mais tiozões, ler uma obra assim.
Agora, sabe quando você lê algo e sente repeteco malandro? Que é um treco que tentou copiar uma fórmula? E que foi feito, digamos assim, visando um mercado e um consumidor? Pois é, Armada é assim. E aí que você se sente lendo um desses livrinhos que são encomendados para virar franquias tão longas quanto mais conseguir vender.
Sou fãnzasso do Ernest Cline pelo que ele fez em Jogador Nº1, mas me decepcionei muito com Armada. Livro sem encanto, sem sinceridade, e, pior de tudo, com aquela formatação de quem só quer vender - até mesmo um final meio que puxando uma sequência.
Talvez os nerds mais novos, faixa-branca, aprovem. Mas os nerds tiozões como eu não vão encontrar aqui o que encontraram em Jogador Nº1. E temo que mesmo sem a comparação com o Jogador Nº1, Armada continuaria sendo em si um livro fraco, já que enquanto ficção científica tem só uma ideia (não desenvolvimento) e enquanto aventura é simples e repetitivo.