Jose.Amaral 13/07/2020
Quem realmente sobreviveu naquela floresta?
Cheguei amigos Literandos.
A pergunta do dia, queridos Literandos, o que aconteceu naquela floresta?
Quem morreu? quem não morreu? quem matou? quem ajudou a matar? como matou? alguém fugiu? então como fugiu?
E é nesse clima de suspense e mistério que se tem início a essa obra do meu autor do coração Harlan Coben. Hoje é dia de Silêncio na Floresta, se bem que no decorrer na leitura descobrimos que o que essa floresta nunca foi é silenciosa.
O livro possui uma premissa muito interessante, sendo este ponto que me convenceu a embarcar nessa leitura.
Paul Copeland, um promotor altamente respeitado é levado ao passado logo no início da história, ao ser confrontado sobre uma morte muito suspeita. O que ele não imaginava, é que essa morte seria uma ponte para o passado, sobre o que verdadeiramente ocorreu em um acampamento de verão há exatos 20 anos atrás. Quatro pessoas (sendo uma delas a irmã de Paul) adentraram na mata desse acampamento, e nenhuma saiu de lá. Calma, na verdade duas saíram. Mortas, apenas seus corpos. Foram brutalmente assassinadas. Então, literandos, a partir desse momento, o livro decola, pois ficamos extremamente curiosos para saber e principalmente entender o que aconteceu naquela floresta há 20 anos atrás. Descobrir quem realmente matou e o que aconteceu com as outras duas pessoas que nunca foram encontradas no decorrer desses vinte anos, sendo uma delas a irmã de nosso protagonista Paul.
Com uma super premissa dessas e se tratando de Harlan Coben, embarquei na história com a expectativa nas alturas. Pois bem, meu autor do coração me decepcionou um pouco dessa vez no quesito construção do personagem. Para quem já leu Não conte a Ninguém, também de Coben, deve ter percebido a similaridades entre ambos protagonistas. Os dois homens, sofrendo pelo luto de uma morte que não sabe se morreu ou não, pois o corpo nuca foi encontrado. Literandos, teve cenas idênticas, em que ambos sofriam da mesma maneira, com as mesmas formas de descrever e sentir. Tive a impressão de que o autor quis se aproveitar do grande sucesso que foi Não Conte a Ninguém para alçar voo em Silencio na Floresta. Só acho!!!.
Agora um super ponto positivo, assim em como todas as obras desse mestre, a forma de escrita super fluida, direta, concisa, mas que consegue te fazer imergir de cabeça na leitura e ler mais de 100 páginas sem sentir. Coben sabe como ninguém usar o dom da escrita para prender o leitor por horas em frente ao livro, em que só alcançamos a paz de espírito quando o livro é finalizado.
Apesar de não ser uma indicação minha para vocês leitores, Silêncio na Floresta tem uma história muito bem construída, em que prende a gente leitor, mas sem grandes acontecimentos ou plot-twist (característico do autor). O final foi algo que eu esperava, sem grandes reviravoltas, e deixou uma ponta solta que até hoje ainda não consigo superar.
Pois bem, tendo dito isso, a obra é avaliada com 3,5 estrelas, devido a sua previsibilidade, final com uma ponta solta e protagonista idêntico ao de Não conte a Ninguém. Sobre pontos positivos tem-se a premissa da história, a forma de escrita do autor e o desenvolvimento da história que de certa forma é bem legal, porem nada impactante.
De Harlan Coben, recomento Cilada e Não Conte a Ninguém. E na falta do que ler, Silêncio na Floresta cumpre bem seu papel de entreter o leitor.
Então, Bora Literar??