Caroline 28/05/2013As Violetas de Março: onde amores e segredos serão revelados.Imagine você casada com o homem que acredita ser o certo, vivendo um lindo casamento, mas de uma hora para outra se encontra separada, traída e trocada por outra mulher. Assim começa a história Emily Wilson, escritora que ficou conhecida pelo livro, Chamando Ali Larson, teve grande repercussão, mas como acontece com muitos autores Emily não conseguiu dar continuidade a história. O famoso bloqueio criativo.
Separada e sentindo-se rejeitada, Emily após conversar com a amiga, Annabelle, 33 anos e solteira, acredita que encontrará o cara perfeito analisando o seu nome. Ela que lhe dá a ideia de escrever algo novo, mas algo que tenha a ver com ela, sua vida.
Emily, após devagar decide retornar a ilha onde passou grande parte da infância e adolescência, na casa da sua tia-avó Bee, tia de sua mãe, em sua casa em Bainbridge Island, Washington, em busca de esquecer os problemas. Bee é uma mulher de 85 anos, alta, com muita disposição para a sua idade, nunca teve filhos, mora sozinha.
Chegando a cidade, Emily conhece vários vizinhos. Primeiro temos Henry, carismático, sorridente, na casa dos 80 anos.Temos também Greg, antigo amor de Emily. Em seguida temos Jack, pintor, sabe cozinhar. Ele é tipo o fruto proibido, Bee não gosta muito dele. Isso me fez querer conhecê-lo mais, trecho:
[...] Estava mais bonito do que recordava; perigosamente bonito, com seu cabelo escuro e ondulado e seu olhar estonteante. [...] Página 107.
Já instalada na casa da tia, Emily encontra um diário dentro da gaveta do criado mudo, escrito por uma pessoa denominada Esther, escrito em 1943, que relata suas vivências, sua história de amor, medos e traições. Assim como Emi (estamos íntimas) fiquei esperando pelos momentos em que lia o diário, para saber mais da história e descobrir o que aconteceria no próximo capítulo.
O diário guarda segredos que podem mudar o rumo da vida de Emily e de outros envolvidos, fiquei tão envolvida pela narrativa, louca para chegar à revelação do segredo. Ainda temos a amiga de Bee, Evelyn, que encoraja Emily a continuar lendo o diário.
O incrível da personagem é que, ela não é de chorar. Ela se separou e não chorou uma lágrima se quer. Teve momentos que me senti frustrada com a Bee, assim como a personagem, sempre que ela perguntava algo a respeito, ninguém falava nada.
É um livro que envolve segredos de família e revelações. Aos poucos os fatos irão se desenrolando e encontram-se interligados. E que o título do livro tem tudo a ver com o conceito dado as violetas, sua relação com a história. Trechos:
[...] - São violetas-madeira. Não as via na ilha desde...
- Elas são muito raras - prosseguiu Henry, preenchendo o vazio que Bee havia deixado quando sua voz sumiu. - Você não pode plantá-las, pois elas não vão crescer. Elas tem que escolher você. Página 132.
[...] Ela costumava dizer que elas crescem onde são necessárias, que elas sinalizam cura... e esperança. [...] Página 132.
Uma história sobre amor, reforçando a ideia de que amar não é fácil, podendo ocorrer perdas, inseguranças, traições, mexendo com os sentimentos. Temos também o lado de superação, principalmente perdão. Que é preciso perdoar para seguir em frente. Fazendo-me acreditar que ainda possam existir almas gêmeas. Não queria que tivesse terminado, procurarei saber se terá continuação.
Trechos:
[...] - Ele é um cara de sorte, seja quem for.
- Quem é um cara de sorte?
- O cara que ficar com você no final. [...]
[...] Emily,
A ilha tem toda uma maneira de chamar alguém de volta quando é hora. [...]
[...] ... o destino tem sua própria maneira de trazê-la de volta quando é hora de voltar.[...]