Lira dos Vinte Anos

Lira dos Vinte Anos Álvares de Azevedo




Resenhas - Lira dos Vinte Anos


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Miria80 18/07/2018

Sempre tive uma grande atração por livros que me colocam em uma atmosfera gótica. Dessa forma, sempre gostei do Álvares e de sua Lira. Li esse livro na época da faculdade, mas foi um pouco rápido e agora com meu próprio exemplar, decidi reler devagar, sentindo cada poema.
Para mim, Álvares é um poeta mórbido, sim, mas também muito sensível quanto ao amor. Eu, particularmente, sou mais apreciadora da primeira parte do livro, que é onde enxergo tanta doçura no seu modo de falar e de descrever suas musas inatingíveis. A segunda parte é onde se encontra toda a morbidez esperada e também é interessante e para muitos a melhor parte, mas eu acho que em alguns momentos acaba ficando meio maçante. A terceira parte é meio que uma extensão da primeira, mas na minha opinião não é tão bela quanto.
O que mais admiro em Álvares é a maneira como ele consegue fazer com que o leitor sinta seus sentimentos de uma maneira tão real, como se fosse ele próprio vivendo e sentindo o que ele retrata. Em cada poema, sinto que até o ar a minha volta parece mudar, como se eu estivesse vivendo a tristeza e solidão de sua lira!
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Adriana.Maria 07/03/2018

Lira dos Vinte Anos, Álvares de Azevedo, essa Edição pela Martin Claret, 4 Edição
O que dizer do Maneco? Não sou uma Phd em Literatura Romântica mas Álvares é muito boêmio kkk aprontou muito em sua jovialidade, pena que se foi tão jovem, podia ter aumentado seu legado. ...
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Mr. Jonas 06/02/2018

Lira dos Vinte Anos
Os poemas do livro Lira dos Vinte Anos estão distribuídos em três partes. Aparentemente, a última parte foi acrescentada ao projeto original do autor, já que é a única a não trazer um prefácio. Como a obra foi publicada postumamente, a hipótese ganha reforço. De uma forma geral, essa terceira parte retoma os princípios e parâmetros da primeira.
No prefácio da primeira parte, o autor avisa: ?É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. // Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou ? como isso dou a lume essas harmonias?. A poesia aparece aqui como expressão de um estado de espírito marcado pela tristeza e pela melancolia. Ela funciona como um registro de vida, daí sua espontaneidade ? sugestão de que não teria passado pelo crivo da razão, originando-se diretamente do coração e da alma do poeta. O anseio de algo que acabou por não se realizar, graças à morte prematura do autor, está prenunciado na referência ao ?sonho?.
?Lembrança de morrer? é, significativamente, o texto que encerra essa primeira parte. Poema emblemático de toda a poesia ultrarromântica, trata-se de uma verdadeira súmula temática da estética: referências à morte (?Quando em meu peito rebentar-se a fibra, / Que o espírito enlaça à dor vivente?), o desprezo pela vida (?Eu deixo a vida como deixa o tédio / Do deserto o poento caminheiro?), a saudade materna (?De ti, ó minha mãe! pobre coitada / Que por minha tristeza te definhas!?) e a figura feminina, virginal, veículo de um amor platônico (?É pela virgem que sonhei... que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!?).
Já o prefácio da segunda parte avisa o leitor sobre o que esperar dela: ?[O poeta] Tem nervos, tem fibra e tem artérias ? isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer, muito prosaicos, não há poesia?. De fato, os poemas se distanciam do idealismo para tratar de aspectos corriqueiros da existência humana. O tratamento temático é ainda romântico, mas a nota cômica que salta aos olhos aqui e ali permite perceber alguma diferença.
Destaca-se ?Namoro a cavalo?, que relata um desastrado encontro amoroso que foge em tudo da média romântica. O próprio enamorado registra o momento final do episódio: ?Circunstância agravante. A calça inglesa / Rasgou-se no cair de meio a meio, / O sangue pelas ventas me corria / Em paga do amoroso devaneio!?. Como se vê, nada que faça lembrar os abraços e beijos ? mesmo que sonhados ? das aventuras amorosas do romantismo.
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Felipe.Oliveira 27/10/2017

Pura poesia ultraromântica
Com temas como: morte, a mulher inalcançável e etc. Os poemas desse precoce autor, nos trazem toda emoção dos sentimentos e ao mesmo tempo afundamos na romântica e muitas vezes mórbida mente do eu-lírico. Temos também muitas referências de autores clássicos cujo poeta homenageia e muitas vezes se inspira. Devoramos as poesias, mesmo através do estranhamento, a beleza da poesia desliza pela sua sonoridade.
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Douglas 07/08/2017

Lira dos Vinte Anos
Comecei a ler Álvares de Azevedo com "Noites na Taverna". Minha segunda obra lida do autor foi "Macário". Talvez eu até tenha tido "Lira dos Vinte Anos" nas mãos na época de escola, visto que é leitura obrigatória no currículo do MEC, mas a minha imaturidade literária à época era tanta, que não me recordo sequer de um poema.

Pois bem, julguei-me preparado para esta obra agora. E não poderia ter acertado mais. Azevedo escreve o livro em três partes: na primeira é um típico poeta romântico, com todas as suas dores e paixões muito bem distribuídas entre poemas que seguem à risca a cartilha da escola romântica. Já na segunda, o autor se veste de um poeta cínico e irônico, que muitas vezes zomba do próprio amor que idealizara na primeira parte do livro ou do próprio ser-poeta.

A terceira, e minha favorita, parte mostra Álvares em sua melhor fase. Não tenho ideia da cronologia com a qual os poemas foram escritos, mas se esta ordem seguir a da publicação faria sentido. Pois aqui noto poemas mais maduros, que ao mesmo tempo contém muito do peso da poesia romântica e um tanto de ceticismo interessante que só Álvares, como escritor único que é, poderia fazer.

A melhor obra de poesia brasileira que eu já li.
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Colégio Evolução 22/07/2017

A Lira dos Vinte Anos é um marco do ultra-romantismo e contribui muito para que Álvares de Azevedo seja considerado hoje um dos expoentes do romantismo, mesmo tendo vivido somente vinte anos.
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Djecsiane 10/09/2015

Melhor livro que já li
O poeta captou toda minha essência neste livro, tanto é que já li varias vezes durante esses últimos 6 anos da minha vida.
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Lívia Santana 07/09/2015

Um tanto quanto tedioso
Eu não sou a maior fã de poesia. Esse licor já era minha segunda chance, e mesmo assim não gostei. Achei um pouco maçante é tedioso. A parte 1 so fala do amor impossível por uma mulher morta, a parte 2 é mais divertida, tem contos em forma de poesia e poesias mais satíricas, foi a minha parte preferida!! A terceira é sentimental também, mas mais voltada para o erotismo. Para quem gosta da poesia romântica, é lindo. Para quem não gosta, bom, eu não indico.
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Raylton 07/08/2015

Bom
Lindas poesias, me ajudou a refletir o quão curta é a vida, e que posso fazer muito na minha história.
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Jessyca 16/11/2014

Porque não é só de poesia francesa que vive a minha estante.
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Darlene_Poetisa 13/04/2014

A lira d'alma
A lira dos vinte anos é, sem dúvida, o melhor livro de poesia brasileiro. É um livro inspirador, onde o autor derrama sua alma, seus medos, suas dores. Vale a pena ler e reler!
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Rangel 04/02/2013

Vinte anos de amor platônico
A obra de Alvares de de Azevedo se divide, resumidamente, assim:
1. Sonhando: a donzela doente que se pede pena para ela nã dormir.
2. O poeta: pergunta a Deus por que não morreu de ilusão do sonho, com coração iludido, apesar das esperanças.
3. AT: o corpo vibra de desejo pela mulher que sente sua cintura, seus lábios e a idealiza com alma infantil, querendo morrer no seio dela.
4. C : um será do outro pela paixão, pede beijo à amante.
5. Adeus, meus sonhos: deseja a morte sem saudade, a vida se consome na mocidade.
6. Saudades: mocidade envelhecida por causa do sonho de amor, vinte anos não é viver, é o momento que passa a esperança, o sonho adormece, o amor é febril, que faz lembrar a saudade nos três anos de sofrer.
7. Virgem morta: a beleza morta da floresta virgem que se veste de noiva, ela dorme com o amor morto, o amor é tarde e fica a mágoa no peito.
8. Lembrança de morrer: não derrar lágriams pela sua morte, pois deixa a vida um tédio.
9. Ideias íntimas: a mulher formosa como um sonho e amante que dorme, de amor lascivo, vinte anos sem gozar uma visão.
10. É ela: a fada aérea e pura, o poeta a vê suspirar de amor.
11. Spleen e charutos: a solidão é a carapuça, quando a vagabunda nua vem e a alma entristece, mas não o deixa solteiro na noite; os seios macios so anjos a faz formosa e ele a vê nos sonhos; beijo dela é luz do paraíso, leviano e belo.
12. Vagabundo: dorme e vive como cigano, pobre e mendigo, mas vive de amor pela moça que namora e desconfia, a preguiça é a mulher a quem se suspira para não ir à missa; a largatixa vive de sol dos olhos da amada, assim como é largatixa do verão; o luar do verão bebe a lua do abondono para o sono; o poeta moribundo é o cadáver de vida de amor esperançoso, que vai morrendo entre os hinos de amor, que pode descer ao inferno para lindas senhoras.
13. Namoro a cavalo: Dulcinéia, namorada que aluga o cavalo de trote com verso furtado e trêmulo, comédia para casamento foi ver a namorada suja e ela irritada.
14. Minha desgraça: é o dinheiro.
15. Meu sonho: cavaleiro assombrado, o fantasma e o delírio que mata tua donzela para ser poeta, daí a lira do cantar.
16. Malva: a maçã, que é o seio talismã, sua alma luz, seu sonho.
17. Oh, não maldigam: a paixão se gastou dormindo, a solidão do crime é amulher sem brio, ela se ama.
18. À minha mãe: a alma divina Madonna é que deixa a criança; o beijo da mãe e´como o incenso do Senhor Anjo.
19. Teresa: exala o amor inocente, voz da litera interna, um delírio.
20. Pedro Ivo: perdoa-se o luar o guerreiro de Deus.
21. Sonetos: o poeta perde perdão pela dor no coração, pressente a falta doença no sonho e que morrerá sozinho.
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Miranda 03/01/2013

Entre o anjo platônico e o demônio depressivo
É mais ou menos por aí que anda Lira dos Vinte Anos. Uma obra ultrarromântica que compreende o universo sentimental de um menino-homem instável: ora Ariel(bonzinho) ora Calibã ( mal, sarcástico, rindo e ironizando o próprio sentimento amoroso).
O amor inalcançável deixa a leitura um pouco monótona, mas não deixa de ser interessante a perspectiva idealizada da morte.
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Roberto Noir 19/09/2012

O jovem ultraromântico
Sem dúvida, Álvares de Azevedo não tinha nenhum pudor em expor suas emoções, como é demonstrado nessa obra, especialmente em relação à morte e ao amor, especialmente os que não foram vividos. Muitos podem achar exagerado o modo como suas emoções são mostradas, assim como a melancolia presente na obra. Outros podem falar sobre uma certa falta de sofisticação em sua poesia. Mas não devemos esquecer que o autor morreu jovem, com 21 anos incompletos, coisa que ele pressentia que ocorreria e compartilhava com seus amigos, portanto ele não teve tempo de aprimorar sua obra. Independente disso, ela é de valor incontestável.

POR QUE MENTIAS?

Por que mentias leviana e bela?
Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre, e se minha vida
Tu vias desmaiar, por que mentias?

Acordei da ilusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?

Sabe Deus se te amei! sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe esse pobre coração que treme
Que a esperança perdeu por que mentias!

Vê minha palidez - a febre lenta
Esse fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito! Eu morro! Eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?

(Álvares de Azevedo)


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