Alana N. 24/02/2023
"Era uma vez um anjo e um demônio segurando um osso da sorte, que, quando partido, dividiu o mundo em dois."
“Dias de sangue e estrelas” é uma grande perda de tempo e energia vital.
Gente, sinceramente, não sei a razão desse livro existir, sério. Não tem conteúdo, não tem propósito, não agrega em nada... Não tem cabimento.
Você acha que o mundo foi desenvolvido? Você acha que as questões quiméricas foram explicadas? Você acha que houve desenvolvimento do sistema de magia? Você acha que foi desnudada a face dos serafins e aprofundado o motivo da guerra? Está achando errado, porque nada disso é feito aqui.
Cara, e, se não bastante a falta completa de motivo para existir, tudo nesse livro é esticado sem necessidade. Em vez de haver uma cadeia de acontecimentos que movimentam a trama, aqui a autora começa uma coisa, passa para um capítulo com outro personagem começando outra coisa, aí volta para o primeiro personagem vivendo a consequência da coisa, volta para o segundo personagem fazendo água e, depois de MUITO ENROLAR, lá na frente, ela usa duas linhas para explicar o acontecimento inicial.
Não sei, alguém disse para ela que essa era uma grande forma de prender o leitor. Mas esse alguém deveria tomar uma sova daquelas por isso. Sério.
E, tipo, a escrita da mulher é bonita. De verdade. Mas ela usa isso para ficar enrolando ainda mais. São parágrafos e mais parágrafos de pensamentos desnecessários, que não levam para lugar nenhum! Ai! Ela conseguiu transformar em defeito uma qualidade dela. É impressionante. (Talvez a única coisa impressionante aqui.)
Além disso, o drama aqui é... (Eu já falei desnecessário?).
A Karou está tão sem capacidades intelectuais, que precisou ouvir de outra personagem que ela estava agindo como uma grande otaria. Só que isso só aconteceu depois de 60% do livro.
Aí, depois disso, o plot é baseado na total sorte do vilão e na necessidade da autora de criar alguma justificativa para isso aqui ser uma trilogia. (Só de pensar que o terceiro livro tem 600 páginas me dá um desgosto... )
Sem falar que a forma que ela usa para juntar a Karou e o Akiva é tão capenga, em cima de um plot tão mixuruca e anêmico, que dá ódio.
Enfim, esse é o tipo de livro que existe para encher linguiça e para enriquecer a autora. Vou terminar essa série, (na força do ódio) já que a estou lendo com um amigo, mas, por mim, teria, com toda certeza, abandonado esse livro em 15%. Não leiam. É isso.