Samarcanda

Samarcanda Amin Maalouf




Resenhas - Samarcanda


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Mariana 01/03/2022

Grandioso
Samarcanda é um grande romance histórico, com cenários incríveis da Pérsia e extremamente rico em dados culturais.
A primeira parte do livro é dividida em dois capítulos que contam a história do grande matemático, poeta e filósofo Omar Khayyam e de seu lendário livro, que depois seria conhecido como Rubayat - que na verdade é o nome do gênero de poesia por ele adotado.
Quem tem amor aos livros vai ficar tocado com a narrativa, que busca reconstruir o surgimento da obra de Khayyam e de como o livro teria sido perdido e reencontrado no decorrer dos séculos.
Esses primeiros capítulos destacam ainda dois outros personagens históricos poderosos, o vizir Nizam Al-Mulk e Hassan Sabbah, fundador da seita dos Assassinos, e que me ajudaram a entender um pouco mais sobre o atual Irã.
Como essa primeira parte se passa na Idade Média, ficou um pouco difícil saber o que de fato é História, o que foi baseado em lendas e o que foi inventado pelo autor. Mas assim são os romances históricos e não vejo grandes problemas, já que o cinema, mesmo, faz isso o tempo todo...
A segunda parte do livro nos transporta para 8 séculos depois e tem um tom mais político ao tratar da Revolução Constitucional do Irã. Confesso que nesta etapa a narrativa e os personagens não me agradaram tanto quanto na primeira e acabei diminuindo um pouco o meu ritmo de leitura. Mas é inegável o trabalho de pesquisa do autor e a grandiosidade de sua obra! Recomendo muito a leitura.
Carolina.Gomes 02/03/2022minha estante
Não conhecia, Mari! Gostei.


Mariana 06/03/2022minha estante
Foi o livro da TAG do mês passado, Carol!




Pedro Sucupira 02/06/2022

2022 LIVRO 15 – Samarcanda, por Amin Maalouf.
Samarcanda, escrito pelo escritor franco-libanês Amin Maalouf, é um romance de ficção histórica de 1988 que gira em torno do poeta persa do século 11 Omar Khayyám e sua coleção de poesia Rubaiyat.

A enredo é divido em duas partes. A primeira metade da história se passa na Pérsia (atual Irã) e na Ásia Central no século 11, e gira em torno do cientista, filósofo e poeta Omar Khayyám. Nessa são narrados os acontecimentos em torno da criação de seu Rubaiyat ao longo da história do Império Seljúcida, suas interações com figuras históricas como Vizir Nizam al-Mulk e Hassan al-Sabbah da ordem dos Assassinos e seu caso de amor com uma poetisa da corte de Samarcanda, Djahane.

A segunda parte da história relata os esforços de um americano fictício chamado Benjamin Omar Lesage para obter a cópia original do Rubaiyat, testemunhando a história persa ao longo da Revolução Constitucional Persa de 1905-1907, até a perda do manuscrito no naufrágio do Titanic.

Este é um livro que possui capítulos curtos que tornam a leitura muito dinâmica. E o mais impressionante é que todos os acontecimentos têm um porquê. Nada é aleatório. Em algum momento, uma cena que pode ter parecido trivial, estar ali apenas para florear a trama, na verdade será significada mais à frente. Toda ação, sentimento, desavença, rixa e intriga têm um passado e uma consequência no presente que em algum momento será exposto. Um dos enredos mais bem amarrados que já tive a oportunidade de ler. Incrível.

#samarcanda #taglivros #tagcuradoria #literaturalibanesa #leitura #livros
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Vilamarc 28/02/2022

Pérsia Surpreendente
Excelente indicação para a TAG Curadoria do jornalista Guga Chacra, um profundo conhecedor da história, da política e da cultura do Oriente médio.
Um romance ambientado na Persia em dois momentos distintos e surpreendes.
Como fio da meada o livro de Omar Khayyam que atravessa quase um milênio e embala dois emocionantes romances.
Esse livro de Amin Maalouf é também uma aula para todos que desejam conhecer mais o oriente com suas peculiaridades e surpresas.
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Rodolfo 24/04/2022

Ficção e realidade; uma obra dentro de outra obra. Nesse contexto somos apresentados a Samarcanda, importante região para o comércio e para religião do século X em diante, e a obra Rubaiyat (conjunto de quatro versos longos com um mesmo número de células rítmicas), de Omar Khayyam.
O livro é divido em duas partes: na primeira vemos o desenvolvimento de Omar como figura importante nas aéreas da filosofia, astrologia e da escrita, bem como a concepção do que viria a ser sua obra mais importante e os acontecimentos sociais e políticos de Samarcanda.
Na segunda parte conhecemos um pouco mais de Benjamin O. Lesage, que decide ir atrás do manuscrito do Rubaiyat, perdido a mais de oitocentos anos. Junto com a procura de Lesage somos transportados para uma época de guerras e conflitos no Oriente, mais especificamente na região conhecida até então como Pérsia, pela democracia e pela independência das demais nações.
Repleto de fatos históricos, Samarcanda é uma homenagem a uma região e a uma obra de extrema importância.
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Alice 12/03/2022

Muito difícil me expressar sobre o que eu gostei e do que eu não gostei. A estrutura e a narrativa são bem diferentes do que eu estou habituada mas foi um experiência muito interessante, me deu vontade de conhecer as cidades citadas e visitar. Uma das coisas que eu mais gosto da Tag é essa experiências literárias que eu não acharia por mim mesma e isso é muito rico.
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Vinder 02/09/2023

Para quem gosta de romance histórico, esse livro é uma excelente opção, que conta como teria sido a vida e o manuscrito de Omar Khayyam, que viveu na região da rota da seda. Há ótimas informações sobre história e geografia locais (Isfahan, Samarcanda, Istambul, Bagdá?).
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fabio.ribas.7 12/01/2023

Samarcanda
Samarcanda tornou-se, dessa maneira, o símbolo do encontro inelutável do homem com seu destino.

?A história dos árabes é uma história de guerras?, ouvi alguém dizer. Acho que a pessoa citava uma outra. A verdade é que ao lermos ?Samarcanda?, em suas duas partes temporais, saímos convencidos disso. São tantas intrigas, golpes, tramas, espionagens, mortes, assassinatos, derrubadas de impérios, ascensões de outros, que não há dúvidas de que quanto mais estudamos os povos árabes mais desmistificamos suas histórias.

Poderíamos dizer que a maior parte das histórias de Samarcanda giram em torno de três personagens: Nizam Al-Mulk, que governou o mundo persa; Omar Kayyam, que observou esse mundo; e Hassan Sabbah, que o aterrorizou. Este último, à medida que a história se desenrolava, logo me trouxe à lembrança aquele jogo de video game, ?assassin?s creed?, que acabou sendo marcado, aqui no Brasil, pelo crime de um adolescente que matou a família. Esse adolescente seria um assíduo jogador desse jogo, por isso, na época, lembro que surgiu o debate sobre a influência de jogos violentos na formação dos adolescentes. Ao ler Samarcanda, e à medida que Hassan Sabbah ia sendo apresentado, recordei do jogo e me perguntei se haveria alguma ligação entre ?a seita dos Assassinos? de Hassan e o jogo e, sim, o jogo foi inspirado nesse grupo. Durante a narrativa, vemos o autor desfazer vários mitos em relação ao grupo dos assassinos, desde a origem do nome deles até a própria pessoa de seu fundador. Há um outro livro que desejo ler que apresenta Hassan totalmente diferente do fanático religioso de Samarcanda. O livro é ?Alamut?, de Vladimir Bartol. Aqui, Hassan é apresentado como um cético, um descrente, um mero manipulador das crenças alheias, para se servir delas para atingir seus objetivos.

O livro de Maalouf é composto de 4 livros dentro dele, mas podemos separá-lo em dois momentos históricos: a narrativa que se dá por volta do ano 1072 e a segunda parte da história que se desenvolve quase 1000 anos depois. Amin Maalouf escreve muito bem! Os personagens são muito envolventes nesse romance histórico que nos mostra, entre tantas coisas, as tramas políticas em que a Pérsia (atual Irã) sempre se viu envolvida. O pivô de ambas as narrativas históricas se dá é a obra do poeta Omar Kayyam, o ?Rubbaiyat?, que significa ?as quadras?. Os rubbaiyat não eram uma composição poética reconhecida pelos poetas tidos como sérios. Eram composições de valor menor e que, da maneira como foram atribuídas a Kayyam, trata-se de versos profanos com elogios ao vinho, ao sexo e à boa vida. ?Samarcanda? irá mostrar, então, que eram versos para declamação em público em momentos de festas e encontros, mas, como eram de cunho profano, Kayyam teria recebido um caderno com páginas em branco para anotar essas quadras toda vez que ele pensasse em recitá-las. É interessante notar o valor dessa literatura oral que começava a ser escrita para, então, alcançar a eternização dela. E essas quadras escritas (e também acrescidas de crônicas e anotações) serão a grande busca empreendida pelo personagem de Lesage na segunda parte temporal do livro.

Por fim, há um tema belo e muito bem conduzido pelo autor de Samarcanda: o amor pela literatura, alegorizada na história pelos casais que se reúnem em torno dos livros que amam. Isto se dá nos dois tempos narrados no livro. O amor entre Omar e Djahane e também o amor de Lesage e Chirine. Com o toque a mais de que o segundo nome de Lesage é ?Omar?, dado pelos pais por terem sido reunidos pelo mesmo amor e paixão que nutriam pelos versos de Kayyam. E é sob este tema do amor ccompartilhado pelos amantes aos livros que lêem, que surge uma das descrições mais belas do livro, no segundo parágrafo da página 298!

O fim do livro, portanto, é o mais explícito nessa relação que podemos ter não apenas com os livros, mas, principalmente, através e por causa dos livros com a tradição, a história dos povos e o nosso passado: quando perdemos livros, perdemos com eles o que, por causa deles, também aprendemos a amar.
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Lusia.Nicolino 04/03/2022

Viagem incrível pela história do livro da história!
Precisava de um livro assim, depois de algumas aventuras por autores novos e releituras.
O livro sobre a história de um livro, uma ficção histórica tão bem construída que acredito em tudo que foi narrado. Vamos por partes, como a construção de Maalouf. Na primeira delas vamos conhecer Omar Khayaam, poeta nascido em Samarcanda, mais que poeta, filósofo, matemático e astrônomo, que dedica a simplicidade de sua vida a escrever os Robayat, quadras quase singelas. Enquanto Omar tenta se afastar das intrigas políticas, podemos conhecer fatos históricos, uma Pérsia dominada e explorada por grandes potências de um lado e o fanatismo, a luta pela resistência até o nascimento da seita dos Assassinos. Na segunda parte, vamos sofrer com a tentativa de resgate do livro de Omar, que oitocentos anos depois de sua morte impacta a vida de muita gente, mas naufragou com o Titanic. Samarcanda começa exatamente assim: “No fundo do oceano Atlântico há um livro. É sua história que vou contar.” Como será que termina?

Quote: "– Ignorava que um ateu pudesse exprimir uma opinião sobre questões de nossa fé! Omar dá um sorriso cansado mas inquieto.
– O que o autoriza a me chamar de ateu? Espere ao menos ter me ouvido.
– Não preciso ouvir. Não é a você que este verso é atribuído: ´Se Tu punes o mal que faço com o mal, qual a diferença entre Ti e mim, diga?´ O homem que profere tais palavras não é um ateu? Omar dá de ombros.
– Se não acreditasse que Deus existe, não me dirigiria a Ele!"


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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#Anafox 16/04/2024

Que tal a saga de um livro, que atravessa séculos e impacta a vida de diferentes pessoas? Eis o Rubaiat, de Omar Khayyam. Acompanhamos a primeira parte, em que o autor conta a história de Omar e, séculos depois, a do americano Benjamin, no encalço do Rubaiat e no meio das tramas políticas em Teera.
Adorei essa aproximação com o antigo Irã e regiões próximas, que hoje são outros países.
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@eleeoslivros 18/02/2022

pena que não da pra dar 1000 estrelas para esse livro.
não esperem um livro de leitura fácil. é cansativo as vezes, mas no final, E QUE FINAL!
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Zelinha.Rossi 28/02/2022

?Que belo instante nos é dado viver!?
Esse livro é maravilhoso em inúmeros sentidos (não é à toa que foi favoritado): a trama é excelente e prende do início ao fim, a narrativa é impecável, a experiência cultural trazida por ele é muito rica, ele me permitiu conhecer a história de uma região (antiga Pérsia e atual Irã) da qual eu nada sabia e, além de tudo, seu personagem principal é um livro (o que me fez lembrar de outra obra que amo, ?Memórias do livro?): o Manuscrito de Samarcanda, contendo os Rubaiyat (poemas em quadras) do matemático e astrônomo Omar Khayyam, em que uma importante cópia acabou naufragando junto com o Titanic. Perfeito!

?Não se surpreenda. A realidade tem duas faces, os homens também.?

?As palavras, boas ou más, são como flechas: quando se atiram muitas, uma delas vai atingir o alvo.?

??as qualidades necessárias para governar não são as mesmas necessárias para chegar ao poder. Para bem gerir o Estado, é preciso esquecer-se de si, interessar-se apenas pelos outros, principalmente pelos que mais sofrem; para chegar ao poder, é preciso ser o mais ávido dos homens, pensar somente em si, estar pronto para destruir os amigos mais próximos.?

?Nenhuma causa é justa quando se alia à morte.?

?É com os sultões e juízes que é preciso falar com circunlocuções. Não com o criador. Deus é grande, não tem o que fazer com nossas pequenas aparências e nossas pequenas reverências.?

?Atualmente os viajantes são apressados demais, têm pressa de chegar, de chegar a qualquer preço, mas não se chega apenas no fim do caminho. A cada etapa chega-se a algum lugar, a cada passo é possível descobrir uma face escondida do nosso planeta; basta olhar, desejar, acreditar, amar.?

?Não posso fazer nada, você não pode fazer nada, há momentos em que não existe decisão boa, é preciso escolher o que se vai lamentar menos.?

?Triunfar contra um déspota não pode ser o maior objetivo; luto para que os persas tenham consciência de que são homens livres, ? que tenham fé neles mesmos, em sua força, que encontrem seu lugar no mundo de hoje? (esta citação me fez pensar imediatamente na situação da Ucrânia contra a Rússia de hoje)
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Margô 08/06/2023

Sarmacanda.
Confesso que li Samarcanda à duras penas. Foi o único livro da TAG que não me vi envolvida com o roteiro como costuma acontecer.
Não me conectei com todas as questões políticas, de reis, Xás, Vizires, que, quer queira ou não, marcam todo o contexto da obra.
A velha Pérsia lutando pela autonomia política com velhos governantes que se atrelam aos seus poderes , independentes da obrigação de render votos de submissão à Rússia e Inglaterra.
Sem dúvida a escrita é impecável. Me encantei pelo poeta Khayyam, e o Rubayat... até acho que se todo o enredo fosse em torno da sua essência, e trajetória de vida , teria me agradado mais.
A obra faz jus ao curador "Guga"! É muito a cara de um jornalista que analisa as relações políticas internacionais...sem dúvida. Afinal, que fez Benjamin na sua passagem pelo oriente ? Pois, pois... o Rubayat é apenas o plano de fundo. Ou não?
Bem o final foi surpreendente! O naufrágio do Titanic, e outras revelações sobre os passageiros. Jamais imaginaria encontrar essa história épica imersa na leitura do Samarcanda!
Taí, gostei . Foi um sopro de leitura interessante após as longas intrigas políticas em torno da Pérsia.

Considero que este livro pode interessar a um grupo muito específico. Não indicaria de uma forma geral...
Foi uma leitura difícil. Mas enfim, concluí.
Margô 11/06/2023minha estante
Gostaria de conhecer outras opiniões sobre Sarmacanda? Quem poderia falar algo?




Bê. 12/04/2022

Envolvente!
Essa é uma obra para se sorver devagar, como se aprecia um bom vinho.
É tão envolvente o jeito como a história atravessa séculos, nos faz sentir tão próximos de Khayyam, nos faz ficar apreensivos com todas as manobras políticas, nos desperta a expectativa do narrador em encontrar o manuscrito que procura 3 nos chama a testemunhar um nascimento de uma revolução constitucional. É como se o oriente estivesse apenas a um passo de distância.
Fiquei com uma sensação nostálgica, quase como se eu mesma tivesse perdido pra sempre um tesouro da magnitude do manuscrito de Samarcanda?
É uma ficção histórica primorosa, me encontrei desejando que partes ficcionais fossem verdadeiras e que alguns dos fatos tristes fossem ficção.
Eu adorei essa experiência literária e recomendo!
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Mari 10/10/2022

Gosto, maaaaas...
O livro é muito bacana e de um tipo de literatura que me atrai muito. Idas e vindas no tempo e no espaço que mobilizam que lê. Contudo, há certa dicotomia entre Oriente e Ocidente queme incomoda um pouco, como se este fosse o berço do avanço e, aquele, a permanência do atraso.
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