As mentiras de Locke Lamora

As mentiras de Locke Lamora Scott Lynch




Resenhas - As Mentiras de Locke Lamora


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CuraLeitura 31/01/2017

O livro é dividido entre os capítulos normais e interlúdios entre os capítulos. Então a gente conhece a história atual de Locke e dos seus amigos e também o passado de cada um deles.
Locke, quando se tornou uma Pessoa Certa de Camorr (Pessoas Certas são os ladrões, vagabundos, golpistas etc.) tinha cerca de 5 anos: após sobreviver a uma peste que matou sua mãe e mais da metade dos moradores do seu bairro, o Pegafogo, é comprado pelo Aliciador e levado para o Morro das Sombras, seu novo lar - que não passa de um cemitério abandonado. Lá é ensinado a fazer o que ele já sabe bem: roubar. O problema, entretanto, é que Locke rouba demais, e isso traz problemas para o Aliciador que vende o menino para o Padre Correntes, um "sacerdote cego" do deus dos pedintes, Peleandro.
No templo, Locke é apresentado aos gêmeos Sanzas, Calo e Galdo, e juntos vão aprender a aplicar os mais complexos e sutis golpes contra os ricos. Correntes, que não é cego e nem um sacerdote de verdade, será o mentor dos pestinhas. Pouco tempo depois, Jean Tannen entra para o grupo e assim a gangue está completa.
No presente, os Nobres Vigaristas estão aplicando mais um golpe, dessa vez contra Dom Salvara.
Mas um problema maior e mais feio aparece: o temido Rei Cinza, que tem matado garristas de diversas gangues. Garristas são os líderes das gangues, e pezons os aprendizes ou seguidores. O que liga um garrista ao outro é o único fato de todos eles terem a distância - não precisam ser vigiados pelo Capa Barvasi, o chefão do crime na cidade.
Locke, sendo garrista, pode ser o próximo alvo, e isso aterroriza ele e os amigos, que fazem de tudo para protegê-lo. Mas os problemas estão apenas começando...
Preso em uma armadilha, Lamora se vê entre a cruz e a espada e os acontecimentos que se seguem viram de ponta cabeça toda a sua rotina, sua vida, seu mundo.
Será que os Nobres Vigaristas conseguirão se safar? Serão eles mais ricos e inteligentes como gostam de se gabar?

O livro tem uma escrita leve, apesar dos inúmeros palavrões, e a história é totalmente diferente daquilo que estamos acostumados. É um mundo novo, uma cultura nova, tudo novo. E realmente, muito bom! Scott Lynch, que adora escrever sobre vigaristas e trapaceiros (como vimos em seu conto no livro O Príncipe de Westeros), caprichou nesta estória.
O único defeito que eu vi e que me incomodou um pouco foram os erros gramaticais presentes no livro, que não são muitos, mas não me passaram desapercebidos.
Um bom livro. Recomendo.
E que venham Mares de Sangue!

site: www.curaleitura.com.br
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M@g@ 19/04/2023

Como está o coração?
Um sujeito com planos loucos o suficiente para te fazer pensar o tempo todo que as coisas vão dar muito, muito, muito errado e que alguém vai se machucar feio no final e ao mesmo tempo te dar vontade de ter sua amizade sincera.
Basicamente é isso, se você aguenta esse suspense e loucura, seja bem vindo.
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dani 11/05/2014

As Mentiras de Locke Lamora – Scott Lynch
As Mentiras de Locke Lamora foi um livro que me lembrou muito aqueles filmes de armações e planos mirabolantes de ladrões para cometer um crime (que eu adoro).
Escolhi receber esse livro justamente por seu mote: ladrões, planos, golpes, uma entidade que aparenta ser mais esperta do que o ladrão, farsas sobre farsas (me entenderam??) uma rede de mentiras e planos sem fim e nisso Locke Lamora não me decepcionou.
Tenho que confessar que o livro não deu muita sorte comigo, acabei iniciando a leitura em um momento não muito bom, estava lotada de trabalho e compromissos e os primeiros capítulos, que já são mais lentos, demoraram muito a engrenar, mas depois que isso aconteceu a história fluiu muito bem.
A narrativa de Scott Lynch é bem diferente em alguns aspectos, primeiro ele criou um ambiente novo para ambientar a história, deuses e marcação de tempos próprios, religião, sistema de comércio e de hierarquias, resumindo ele baseou a trama em novos conceitos (até ai nada de inovador no gênero), mas o que muda é que o autor não se preocupa muito em explicar essas diferenças nem esse mundo, ele dá apenas uma pequena introdução de alguns aspectos como as divindades, as construções ou o comércio por eles interferirem de algum modo no decorrer das ações, mas nada além disso, o que tem um lado positivo e um negativo. O lado bom é que a história não se perde em enormes divagações e explicações sobre cada detalhe sendo que alguns deles não são importantes e a maioria pode ser entendida conforme os acontecimentos transcorrem. O lado negativo é que a imersão inicial do livro é mais complicada (outro motivo que fez com que o começo da leitura não fluísse muito para mim) até o leitor se ambientar ou se acostumar com todas as diferenças demora um pouco mais de tempo e a leitura nas primeiras páginas não é tão natural, mas sim com várias dúvidas.
Outro diferencial da narrativa de Lynch é que ele não traz os fatos de forma linear, na verdade ele intercala eventos atuais de um Locke Lamora já crescido, famoso ladrão de Camor em meio a um grande golpe, com a história anterior a isso, a infância do personagem, a criação dos Nobres Vigaristas e seus treinamentos. Esse foi um estilo que me agradou bastante pois além de criar momentos de tensão e alívio durante a narrativa conhecemos pontos importantes do passado dos personagens e que tem relação direta com o que está acontecendo com eles.
Os personagens são outro ponto de dualidade do livro, por um lado alguns são um pouco negligenciados e por outro são extensivamente elaborados, calma, eu explico: alguns personagens possuem sua construção rica e uma profundidade que dão todo o tom da narrativa, Locke Lamora, Capa Barsavi, Jean e mais alguns possuem sua personalidade bem traçada e trabalhada, alguns personagens que são muito interessantes não foram tão aprofundados como os irmãos Sanza, Pulga e o Aranha de Camor (e eu gostaria muito de saber mais sobre eles). E por fim, outros personagens são extensivamente citados mas nada além disso, como Sabeta (porém por ser uma série eu ainda espero saber mais sobre eles nos próximos livros). Outro ponto que me incomodou um pouco foi que o grande vilão da história demora muito a aparecer e com isso o trabalho voltado para ele foi um pouco corrido, em compensação as cenas de ação e o ritmo da leitura aumenta consideravelmente após sua revelação. Um aspecto muito forte é que o autor humaniza bem seus personagens, todos os atos possuem uma justificativa e um meio, ninguém é realmente perfeito, e isso é o que mais me encantou em Locke Lamora, ele é um grande farsante sim, mas ele também erra e é nesses momentos que mais prova sua genialidade (ou seus impulsos que levam ao desastre, depende da situação), mas que por mais esperto que seja ele não está livre de falhas e assim o quanto ele tem que improvisar e usar seu raciocínio para poder escapar dessas situações.
O autor soube muito bem formar a trama e quando menos se espera já se está tão envolvido no complexo sistema comercial de Camor, no mais complexo ainda sistema de gangues e roubos de Capa Barsavi, na parte hierárquica e principalmente nos elaborados e por muitas vezes inconsequentes planos de Locke Lamora. Fiquei surpresa com as reviravoltas e escolhas de diretrizes para a história, saliento que apesar de ser uma série a trama central tratada nesse livro começa e termina nesse único volume, deixando sim uma ponta solta, porém nada que gere raiva ou revolta mas apenas uma doce curiosidade do rumo que narrativa terá.

site: http://olhosderessaca25.blogspot.com.br/2014/05/livro-as-mentiras-de-locke-lamora-scott.html
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Morgana 24/12/2015

amor e ódio
Odiei as primeiras duzentas e trinta páginas, mas não tem como não se apaixonar pelo restante. Só não ganhou cinco estrelas pelo começo.
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petronetto 02/06/2014

Uma história instigante e muito criativa
Geralmente os livros de fantasia são "engessados", na maioria dos casos o personagem principal é ou um mago que é ou será poderosos ou um guerreiro, que também é ou será habilidoso, num mundo onde rola muita magia, criaturas fantásticas, e basicamente se assemelha muito com a idade média. Bem, "As Mentiras de Locke Lamora" tem quase tudo isso mas de uma forma diferente.
Camorr é uma cidade bem diferente das demais cidades do livros de fantasia. É uma cidade que a meu ver lembraria Veneza ou algo semelhante, a era é algo que se parece com a Renascença, e única habilidade de Locke Lamora é roubar e fazer "grandes cagadas", como diz seu próprio mentor.
O livro o livro também possui uma boa pitada de humor e sarcasmo, além de reviravoltas na história que a torna mais cativante ainda.

Particularmente o livro e a forma de escrita do Scott Lynch me agradaram muito e estou muito ansioso pelo segundo livro.
Andressa 04/06/2014minha estante
Rouba-lo-ei.




Victória 14/05/2023

Por que é tão legal ler sobre ladrões?
Tenho que agradecer primeiramente ao chatGPT que recomendou esse título em um vídeo do Geefe. Essa obra devia ser muito mais valorizada porque antes disso eu nunca havia ouvido falar de Locke Lamora.

Acho que o ponto alto do livro em si é a construção de mundo; é impressionante como Camorr se tornou real e viva na minha mente. Ele dá muitos detalhes, nomes e termos logo no início da história e isso pode causar uma certa vertigem e confusão, mas conforme o tempo vai passando as formas da cidade e do universo vão se desenhando na mente, tornando tudo extremamente rico.
Um ponto alto também é a forma como ele apresenta a política aqui, porque em Camorr a aristocracia fica em segundo plano e a cidade na verdade pertence à mafia. Deu uma dimensão muito maior pra história que a diferenciou de outras obras do gênero.

Gostei muito dos personagens, amo esse formato de found family. Mas dito isso, demorei pra me apegar ao Locke em si porque não achei ele tão carismático e inteligente que nem imaginava que alguém com o título de "Espinho de Camorr" seria. Em muitas vezes ele é bem burro na verdade, mas acho que isso contribuiu pra tornar ele mais real conforme a história foi desenvolvendo.

Não foi um livro perfeito. É inevitável comparar essa obra com GRRM pela riqueza de detalhes, mas enquanto Scott Lynch acerta nisso, algumas vezes ele peca em outras coisas. Achei alguns diálogos meio bobos e algumas situações meio convenientes demais, então senti um leve tom Sessão da Tarde em uns momentos, o que faz o tom da história oscilar entre Adulto e Jovem Adulto.

Mas de qualquer forma, amei a leitura e pretendo continuar a série.
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João Vitor Gallo 06/06/2016

Desde a tenra infância Locke Lamora demonstrou aptidão para a arte da ladroagem, aos 5 anos violara a Paz Secreta afanando as bolsas cheias de dinheiro de alguns membros da guarda citadina, depois disso os seus roubos causaram ainda mais problemas por chamar a atenção demais. Esse era o problema do garoto, Locke Lamora roubava demais, ou melhor dizendo, ele tinha uma inclinação natural para a grandiosidade no ato de surrupiar e afanar. Nada poderia ser simples, direto e cirúrgico, o roubo tinha de mais artístico, tinha de ser mais teatral, tinha de ser… mais. Devido a sua tendência em tentar fazer algo mais grandioso, que algumas vezes acaba fugindo do controle, faz com que Locke acabe indo morar com Padre Correntes, um ladrão sacerdote, que também é um sacerdote dos ladrões, e com ele acaba encontrando um lugar onde possa se encaixar, e onde inclinação natural pode ser mais útil e valorizada, obviamente com uma pequena ajuda de Correntes para colocar o devido bem senso na cabeça do garoto para aprender a medir suas atitudes.

Correntes é o idealizador de um novo tipo de ladrões, não aqueles punguistas baratos que roubam simplesmente pelas habilidades de subtrair carteiras ou por meio das ameaças, mas pela fineza da trapaça executada com perícia e inteligência, ladrões que esvaziam bolsos e cofres pela astúcia de uma falcatrua planejada cuidadosamente, aprimorando técnicas e se especializando na arte do engano, não com arrombamentos e violência desmedida. Um tipo de ladrões que usam mais a cabeça do que a mão-leve. Esses são os Nobres Vigaristas. Onde mais um malandro criativo e com uma moral um tanto quanto questionável como Locke Lamora se encaixaria com tamanha perfeição?


“Nós aqui somos ladrões de outro tipo, Lamorra. A farsa e o engodo são as nossas ferramentas. Não acreditamos em trabalho árduo quando uma cara falsa e uma bobagem bem-bolada podem ser tão mais eficazes.”

Além dos espólios das suas trapaças serem consideravelmente muito maiores dos que aqueles que arrombadores e batedores de carteira conseguem se esgueirando por vielas sujas e escalando telhados, o verdadeiro fator motivacional para eles é o prazer pelo sucesso de uma fraude orquestrada e realizada com elegância e esperteza, pela simples diversão de ser mais esperto do que os outros. Viver bem com o dinheiro conquistado nos golpes, apreciar tudo o que a vida tem de bom, como diria a música do Matanza, essa é a vida dos Nobres Vigaristas. Os resultados dos seus roubos servem mais para financiar outros golpes do que simplesmente viver uma vida hedonista de luxos extravagantes a olhos vistos, afinal a chave do sucesso é não parecer que eles são a gangue mais rica da cidade, até para evitar certos tipos problemas que a atenção traz consigo, muito embora isso não queira dizer que não se possa viver com certo conforto.


“A nós… mais ricos e mais espertos do que todos os outros!”

As Mentiras de Locke Lamora, o primeiro volume da série Nobres Vigaristas do escritor americano Scott Lynch, foge daquele clichê tradicional de mundos de fantasia que remetem à Inglaterra medieval, desta vez temos algo um pouco mais original, e a história principal se passa na cidade de Camorr, inspirada obviamente em Veneza, tanto pela geografia local, com as inúmeras ilhas separadas por canais e ligadas por pontes, quanto pela cultura local mostrada nas roupas, no comércio e nos próprios nomes de locais e personagens que lembram o italiano. Também vale destacar que tal qual a República de Veneza que era regida por um doge, ou seja, um duque, assim também é com Camorr, aliás, nessa época a cidade era conhecida como “Sereníssima República de Veneza”, e curiosamente a cidade fictícia durante a história também é chamada de “Sereno Ducado de Camorr”. Devo falar que particularmente gostei muito de toda a construção e descrição em relação à cidade, desde as partes passadas entre as vielas sujas e canais estreitos cujas águas são infestadas por tubarões, partes estas ligadas quase sempre ao submundo do crime, e aquelas em que os Nobres Vigaristas vivem a sua outra vida, com as altas e magníficas edificações em que habitam os nobres, feitas de um material criado por uma antiga e superior civilização, ou em sua confortável casa, a sua verdadeira casa, escondida sob o templo de Perelandro.


“Quanto mais no controle o alvo pensa que está, com mais facilidade responde ao verdadeiro controle.”

Muito da cultura do submundo de Camorr também tem inspirações evidentes na máfia italiana, principalmente a sua estrutura e práticas de iniciação, aliás, “Capa”, é um título dentro do universo do livro que se refere aos chefes dos chefes das gangues, a aqueles que estão no topo do poder, bem como na máfia usam o termo “Capo”, para chefe. Eu até fiquei pensando se o próprio nome “Camorr” não teria vindo de “Camorra”, o que é bem possível.

Algo que me deixou curioso foi a questão dos Ancestres, a antiga civilização que construiu Camorr e fabricava o Vidrantigo, uma substância praticamente inquebrável e que irradiava luz de alguma forma. É uma boa adição para esse mundo e pessoalmente gosto muito desse tipo de coisa na literatura fantástica, algo que se perdeu no tempo, o conhecimento de toda uma sociedade mais avançada que é incompreensível para os que herdaram o que eles deixaram para trás, é algo que se parece muito com a admiração pelas construções romanas que os europeus tinham depois da queda do Império Romano. Falando rapidamente, também as religiões, as atividades e festividades, a forma com que utilizam alquimia, seja para criarem itens caseiros, plantas especiais ou animais híbridos, também dá um charme especial para a história.

Além dos cenários todos os personagens são muito bem desenvolvidos, todos eles seguindo seus próprios conceitos morais, fato que fica claro em relação ao roubo pelos Nobres Vigaristas, que o consideram como “um ofício honrado” para ganhar a vida e não dão muito valor ao produto do roubo em si, mas a própria sensação de terem suas habilidades e astúcia testadas e conseguirem demonstrar que são de fatos mais espertos que todos os outros, ou mesmo no ato de se disfarçar de clérigos, o que seria um sacrilégio para alguns, mas que ao mesmo tempo mostram grande respeito pelos deuses e as ordens religiosas. Os Nobres Vigaristas são um bando de canalhas, mentirosos e trapaceiros, mas tratam uns aos outros como uma verdadeira família, já que todos são órfãos, e o nível de confiança entre eles é notável, e ao mesmo tempo que são capazes de aprontar atos moralmente condenáveis, também demonstram bom coração. Não são nem heróis, nem vilões, nem estão exatamente dentro daquela ideia romântica do “ladrão cavalheiro”, mas são personagens críveis dentro da criação que tiveram e de sua concepção do que é a melhor maneira de viver a vida, e isso vale também para todos os outros personagens.

Entre os capítulos há interlúdios contando sobre a infância de Locke, o que dá mais dinamismo a história ao intercalar seus golpes com a sua fase de aprendizado, e até mesmo atiça a curiosidade do leitor sobre o passado do Nobre Vigarista. Algumas histórias se perdem prolongando por demais essa etapa, deixando muito do personagem como criança para tentar dar esse tipo de construção mais aprofundada dele como adulto, mas que por se alongar demais acaba deixando as coisas muito arrastadas de início, mas ao usar dessas pausas para aos poucos ir revelando mais do personagem e deixar o leitor mais curioso sobre a vida dele, Scott Lynch consegue ao mesmo tempo deixar a história fluída e aumentar o carisma do Locke Lamora e de seus comparsas. Além disso, esses interlúdios servem para explicar melhor algumas atitudes e explorar mais a própria cultura da cidade, tendo pontos relevantes para a trama em si. O ritmo que o autor consegue imprimir no livro é digno de nota, o livro é divertido, não apenas pelo humor sempre presente na história, mas pela própria forma com que foi escrito.

As Mentiras de Locke Lamora é um livro externamente divertido, recheado com golpes bem elaborados, situações inesperadas, humor cínico, personagens bem construídos dentro de situações críveis no contexto em que estão inseridos e reviravoltas que vão agradar a quem quiser se aventurar pelos canis de Camorr ao acompanhar as mentiras e trapaças dos Nobres Vigaristas, e depois do final arrebatador da história eu tenho que confessar: Estou com uma vontade imensa de rever estes canalhas golpistas! Só lembrando que para aqueles que gostaram do livro, o segundo e o terceiro volume da série, Mares de Sangue e República de Ladrões, respectivamente, já foram publicados no Brasil.

Arrivederci!


site: https://focoderesistencia.wordpress.com/2016/06/06/as-mentiras-de-locke-lamora-nobres-vigaristas-vol-1-scott-lynch/
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ricardo_22 12/06/2014

Resenha para o blog Over Shock
As Mentiras de Locke Lamora, Scott Lynch, tradução de Fernanda Abreu, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2014, 464 páginas.

Locke Lamosa é um homem misterioso, por isso é justificável o fato de ele ser o responsável pelo lendário Espinho de Camorr, uma figura que poucos conhecem, mas que todos sabem como ele age: praticando os melhores golpes imagináveis para roubar dos ricos e...

...ficar com todo o dinheiro roubado, claro! Locke Lamora é o líder de um grupo chamado Nobres Vigaristas e, ao lado de seus comparsas, ele está prestes a colocar um ótimo golpe em ação. Mas um misterioso assassino surge em Camorr, assassinando líderes de gangues e pessoas da elite, o que coloca em risco a própria fama do Espinho. Esse banho de sangue acaba levando os Nobres Vigaristas a uma armadilha e todos precisam lutar pela própria sobrevivência.

“Agora ele com certeza conseguiria atrair a atenção total da patrulha. Os guardas gritavam e o perseguiam enquanto seus pequenos pés batiam nas pedras do calçamento e ele sorvia grandes e ardidas golfadas de ar úmido, obrigando os representantes do Duque a cumprirem seu exercício vespertino. Tinha feito a sua parte para salvar o golpe, que poderia prosseguir sem a sua participação” (pág. 46).
A trilogia A Crônica do Matador do Rei é uma das melhores do gênero fantástico lançadas na última década, mas, pouco antes de seu lançamento, outra interessante obra foi lançada e hoje, alguns anos depois, a comparação entre elas é inevitável. O simples fato de ser indicada aos fãs de Patrick Rothfuss impede que ela seja ignorada, apesar de as semelhanças serem sutis.

O livro que marca o início da série Nobres Vigaristas é suficiente para deixar claro que apenas o estilo, a escrita e o cenário são parecidos. As Mentiras de Locke Lamora também possui interlúdios, responsáveis por apresentar o passado dos personagens e o próprio cenário político e cultural em que tudo se passa, porém é totalmente narrado em terceira pessoa, por isso Scott Lynch pode se focar em outros personagens que não em Lamora.

Algumas dificuldades enfrentadas por Locke também se assemelham, mas a essência é diferente, já que os Nobres Vigaristas precisam agir como vigaristas e isso nem sempre em busca da própria sobrevivência – apenas por interesses próprios. Justamente por isso que a obra demora a mostrar qual o seu grande diferencial e a leitura é lenta no início. Apenas quando as pessoas do grupo percebem que são essenciais para a própria sociedade que a história conquista e passa a surpreender por sua originalidade.

Parte disso se deve muito ao personagem principal, extremamente cativante e que consegue carregar a história desde a sua primeira aparição, ainda que seja apenas uma criança. Afiado em suas falas e genial em suas interpretações e disfarces, Locke é um personagem misterioso, mas vale ressaltar que ele se destaca ao lado de todos os companheiros vigaristas.

site: http://www.overshockblog.com.br/2014/06/resenha-249-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Caroline 29/05/2016

‘As Mentiras de Locke Lamora’: o início de uma série simplesmente fantástica e cativante
Eu quero começar essa resenha com um declaração: sinto que é não apenas meu desejo, mas também o meu dever dizer que a série Os Nobres Vigaristas, escrita pelo sensacional Scott Lynch, foi um marco na minha vida literária. Porque, desde que eu li o primeiro livro, senti que alguma coisa mudou na minha cabeça – espero que tenha sido algo bom, né? As Mentiras de Locke Lamora dá início a essa coleção fantástica – em todos os sentidos -, publicada no Brasil pela editora Arqueiro.
Que livro, gente! Que história! Que habilidade do escritor! A trama que Scott Lynch criou é tão delicadamente desenvolvida que me faltam palavras para descrever o quanto eu acho esse homem genial. Até hoje, não vi ninguém que tenha lido esse livro reclamar de qualquer coisa que seja – e, na verdade, eu nem vejo como poderia fazer isso. Muito pelo contrário. E eu sou mais uma na multidão. Adoro Scott Lynch e pretendo, com toda a absoluta certeza e muita ansiedade, ler os demais livros da série – bem como qualquer obra que esse autor vier a escrever.
A você, recomendo que faça o mesmo.
Farei apenas um breve resumo da história, porque esse é o tipo de livro que não se pode falar muito, pois há o risco de se revelar o que não deve. E o mistério é um dos elementos chaves que fazem com que esse livro seja tão bom.
A trama se passa na cidade de Camorr e gira em torno de um grupo de astutos ladrões que roubam dos ricos para dar aos pobres… Brincadeirinha. Eles roubam dos ricos, sim – mas, bem.., roubar de pobre não faz muito sentido, certo? -, porém, ninguém além deles sente nem o cheiro dos resultados de seus golpes absurdamente bem bolados.
Eles são ninguém menos do que os Nobres Vigaristas, comandados por Locke Lamora, cuja identidade infame e secreta é como o Espinho de Camorr, uma figura lendária que protagoniza as histórias dos maiores golpes já vistos na cidade. O fato é que Locke é o cara mais sagaz, esperto, manipulador, digno de pena nos assuntos amorosos e ainda pior quando o assunto é lutar. Ainda bem que ele consegue se virar muito bem com sua lábia.
E é justamente isso o que torna esse livro tão sensacional. Eu normalmente não me apego muito a protagonistas – costumo gostar mais dos vilões mesmo -, mas, dessa vez, não deu. É impossível não gostar do Locke e de toda a sua gangue de vigaristas.
E é justamente a sua lábia, sua fama e habilidade na arte de enganar e roubar que colocam toda a turma em risco, quando um assassino começa a matar os líderes das demais gangues e inicia uma guerra no submundo da cidade de Camorr. Então, os Nobres Vigaristas têm que lutar e usar toda a sua esperteza para conseguirem sobreviver a isso.
Eu sei que esse resumo está bem vago. Mas, acreditem, estou fazendo isso pensando em vocês. Qualquer informação pode ser demais e, nesse caso, eu estragaria a surpresa.
O livro apresenta dois focos temporais. Um no presente, quando Locke é o líder dos Nobres Vigaristas – tendo ao seu lado seus fiéis companheiros de golpes – e outro, no passado, quando Locke ainda é criança e está iniciando seu caminho para se tornar um Nobre Vigarista, junto com os seus demais parceiros, liderados por Correntes – outra grande mente dos golpes, que ensinou Locke a ser o homem pouco honesto que se tornou. E eu gostei muito dessa dualidade temporal, porque é muito esclarecedora quanto aos Nobres Vigaristas em si – sem falar que é muito divertido, como o livro por inteiro.
A escrita de Lynch é impecável. Eu não teria absolutamente nada do que reclamar, nem mesmo se me esforçasse muito para encontrar alguma coisa. Ele simplesmente sabe o que está fazendo e deixa isso bem claro para todos que quiserem ler o seu livro.
Quero ser igual a ele quando crescer.
Os personagens também são mais do que excelentes. Eu acho bem difícil que algum leitor consiga terminar o livro sem ter se apegado fortemente a, pelo menos, um deles. São todos muito bem construídos e mantidos ao longo da trama. Principalmente, os demais membros da gangue dos Nobres Vigaristas – o próprio Locke, Jean, os gêmeos Calo e Galdo e o jovem aprendiz Pulga -, que, apesar de possuírem aquela malandragem típica dos ladrões e golpistas, conseguem ser completamente diferentes e absolutamente apaixonantes.
Os vilões também foram muito bem montados e, melhor ainda, apresentados. Nada consegue superar um vilão que sabe quando se revelar. Sem falar que esses vilões em questão são bem maus mesmo, do tipo que lavaria o chão com o sangue dos inimigos se faltasse água. Gostei disso.
Eu realmente recomendo, muito fervorosamente, a leitura.

site: http://www.vailendo.com.br/2016/02/02/as-mentiras-de-locke-lamora-de-scott-lynch-resenha/
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anne 10/02/2021

mundinho nobres vigaristas br
"Não tenho a menor ideia do que nós vamos fazer. E todos os meus melhores planos começam justamente assim."

Eu demorei meses pra realmente engatar na leitura, graças ao começo meio lento e um pouco maçante, mas depois que a história começa a acontecer de verdade é dificílimo conseguir se afastar da leitura e não se pegar querendo saber mais e mais de como Locke Lamora vai se livrar de mais uma enrascada que parece ser impossível de superar.

Minhas expectativas para esse livro estavam bem altas, e admito que no começo achei que ia me decepcionar com a leitura, mas o que aconteceu foi o completo oposto, o livro se tornou um dos meus favoritos. A história me fez rir, chorar e xingar de alegria, raiva e surpresa. Tiveram momentos em que eu quis entrar lá dentro e dar uns tapões nos personagens, e outros em que eu só queria abraçar todos e proteger de todo o mal. A construção de mundo é muito boa, e os detalhes sobre o universo onde se passa a história tornaram a leitura ainda melhor.
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Hellen Brito 23/04/2023

Eu queria não ter lido para poder ler pela primeira vez dnv
Que felicidade ter tido o prazer de ler esse livro, vivenciar todas as emoções que ele transmite e ver que por mais livros bons que você já tenha lido, ainda vão existir alguns por ler (por mais difícil que seja de achá-los). Ao término me deixa com uma preocupação, como explicar pro meu livro favorito que existe um forte candidato reivindicando seu status? ?
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Frederico80 02/12/2014

Simplesmente fantástico
Um livro que nos envolve do início ao fim. Se passa numa época imprecisa, num lugar fantasioso onde a luta pela sobrevivência é o tema central.
Com um toque de magia e fantasia, assuntos como amizade, fidelidade, mentiras vem à tona.
Sinceramente, é um livro para os fãs do estilo Harry Potter - como eu - que já cresceram (e resguardadas as proporções, óbvio).
Coloco esse livro na minha lista dos top 10 (conto as coleções como 1 livro) e o recomendo pra quem quiser ler. Não se arrependerão...
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Su 02/11/2021

Os Nobres Vigaristas
Estou simplesmente encantada por esse livro, amei demais a escrita, a construção dos personagens, o modo como foi escrito (intercalando os acontecimentos, passado, presente e alguns contos necessários).

Esse é o primeiro livro da série "os nobres vigarista", nele é relatado os acontecimentos na vida de Locke e seus amigos, os golpes planejados para roubar dinheiro dos mais ricos.

Nesse mesmo tempo, no mundo do crime (governado por um Capa) acaba sendo ameaçado a perder o poder e é nesse momento que tudo vira uma loucura Locke e seus companheiros são envolvidos e aprenderão o valor da amizade, confiança e principalmente... o sabor que a vingança tem

Recomendo muitoo esse livro pra todos, boa leitura!!!
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Erica 16/01/2016

Locke Lamora é um golpista talentoso e mesmo que ele aplique seus golpes em pessoas boas/inocentes, você se pega o tempo todo torcendo para ele se dar bem.

O livro intercala passado e presente, sendo o passado sempre contado para justifica atos ocorridos no presente. É massante em algumas partes, tanto que demorei muito para ler, mas a forma com que ele conta a história é muito boa, vale a pena.

As últimas 200 páginas valeram pelo livro todo! Muito bom!

As Mentiras de Locke Lamora estão apenas começando e mal posso esperar para ler a continuação.
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