As mentiras de Locke Lamora

As mentiras de Locke Lamora Scott Lynch




Resenhas - As Mentiras de Locke Lamora


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Victória 14/05/2023

Por que é tão legal ler sobre ladrões?
Tenho que agradecer primeiramente ao chatGPT que recomendou esse título em um vídeo do Geefe. Essa obra devia ser muito mais valorizada porque antes disso eu nunca havia ouvido falar de Locke Lamora.

Acho que o ponto alto do livro em si é a construção de mundo; é impressionante como Camorr se tornou real e viva na minha mente. Ele dá muitos detalhes, nomes e termos logo no início da história e isso pode causar uma certa vertigem e confusão, mas conforme o tempo vai passando as formas da cidade e do universo vão se desenhando na mente, tornando tudo extremamente rico.
Um ponto alto também é a forma como ele apresenta a política aqui, porque em Camorr a aristocracia fica em segundo plano e a cidade na verdade pertence à mafia. Deu uma dimensão muito maior pra história que a diferenciou de outras obras do gênero.

Gostei muito dos personagens, amo esse formato de found family. Mas dito isso, demorei pra me apegar ao Locke em si porque não achei ele tão carismático e inteligente que nem imaginava que alguém com o título de "Espinho de Camorr" seria. Em muitas vezes ele é bem burro na verdade, mas acho que isso contribuiu pra tornar ele mais real conforme a história foi desenvolvendo.

Não foi um livro perfeito. É inevitável comparar essa obra com GRRM pela riqueza de detalhes, mas enquanto Scott Lynch acerta nisso, algumas vezes ele peca em outras coisas. Achei alguns diálogos meio bobos e algumas situações meio convenientes demais, então senti um leve tom Sessão da Tarde em uns momentos, o que faz o tom da história oscilar entre Adulto e Jovem Adulto.

Mas de qualquer forma, amei a leitura e pretendo continuar a série.
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Will 30/11/2020

Mentir é conquistar
Como um bom manipulador e enganador. Lamora nos cativa de forma intensa e brilha muito no seu livro de estreia. Cativar é o que os personagens conseguem de forma magistral, para um romance de aventura Lynch o autor se sai muito bem, não se escora na fantasia conhecida e tem ideias muito boas para a obra.
Talvez peque um pouco no Deus-ex exacerbado, entretanto, nada que estrague a experiência. Não fiquei tão ansioso para os próximos livros, pois teve um final muito bem fechado, mas provavelmente lerei pois o autor consegue inovar um gênero tão bem explorado.
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CuraLeitura 31/01/2017

O livro é dividido entre os capítulos normais e interlúdios entre os capítulos. Então a gente conhece a história atual de Locke e dos seus amigos e também o passado de cada um deles.
Locke, quando se tornou uma Pessoa Certa de Camorr (Pessoas Certas são os ladrões, vagabundos, golpistas etc.) tinha cerca de 5 anos: após sobreviver a uma peste que matou sua mãe e mais da metade dos moradores do seu bairro, o Pegafogo, é comprado pelo Aliciador e levado para o Morro das Sombras, seu novo lar - que não passa de um cemitério abandonado. Lá é ensinado a fazer o que ele já sabe bem: roubar. O problema, entretanto, é que Locke rouba demais, e isso traz problemas para o Aliciador que vende o menino para o Padre Correntes, um "sacerdote cego" do deus dos pedintes, Peleandro.
No templo, Locke é apresentado aos gêmeos Sanzas, Calo e Galdo, e juntos vão aprender a aplicar os mais complexos e sutis golpes contra os ricos. Correntes, que não é cego e nem um sacerdote de verdade, será o mentor dos pestinhas. Pouco tempo depois, Jean Tannen entra para o grupo e assim a gangue está completa.
No presente, os Nobres Vigaristas estão aplicando mais um golpe, dessa vez contra Dom Salvara.
Mas um problema maior e mais feio aparece: o temido Rei Cinza, que tem matado garristas de diversas gangues. Garristas são os líderes das gangues, e pezons os aprendizes ou seguidores. O que liga um garrista ao outro é o único fato de todos eles terem a distância - não precisam ser vigiados pelo Capa Barvasi, o chefão do crime na cidade.
Locke, sendo garrista, pode ser o próximo alvo, e isso aterroriza ele e os amigos, que fazem de tudo para protegê-lo. Mas os problemas estão apenas começando...
Preso em uma armadilha, Lamora se vê entre a cruz e a espada e os acontecimentos que se seguem viram de ponta cabeça toda a sua rotina, sua vida, seu mundo.
Será que os Nobres Vigaristas conseguirão se safar? Serão eles mais ricos e inteligentes como gostam de se gabar?

O livro tem uma escrita leve, apesar dos inúmeros palavrões, e a história é totalmente diferente daquilo que estamos acostumados. É um mundo novo, uma cultura nova, tudo novo. E realmente, muito bom! Scott Lynch, que adora escrever sobre vigaristas e trapaceiros (como vimos em seu conto no livro O Príncipe de Westeros), caprichou nesta estória.
O único defeito que eu vi e que me incomodou um pouco foram os erros gramaticais presentes no livro, que não são muitos, mas não me passaram desapercebidos.
Um bom livro. Recomendo.
E que venham Mares de Sangue!

site: www.curaleitura.com.br
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Elessar 15/08/2014

Uma Mentira Brilhante
Em um mundo recheados de detalhes acerca da política, religiosidade e criminalidade, exploramos o primeiro grande desafio de Locke Lamora, na qual é abordado toda sua arrogância e sagacidade, e principalmente expondo suas fraquezas e incapacidades; Um personagem tão cativante que não duvide se de fato conseguir imaginá-lo como um personagem real,e não uma lenda conhecida como O Espinho de Camorr, imaginada pelo autor, Scott Lynch.
Recomendo este livro à todos que tem apreço por aventuras e reviravoltas imprevisíveis. Você vai rir, chorar, se revoltar e rir novamente com as façanhas dos Nobre vigaristas!
Não tenho como negar que estou completamente fascinado com a aventura ousada narrada neste livro, que já considero um dos pilares da literatura fantástica universal.
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Cath´s 15/04/2014

Resenha As Mentiras de Locke Lamora.
Esqueçam nosso mundo e mergulhem na vida em Camorr.

Quando eu pedi esse livro para ler, não fazia ideia da magnitude dele. Quando ele chegou que comecei a ler a respeito e percebi que seria um livro U-A-U.
Lynch não usa elementos do nosso cotidiano, ele simplesmente criou um universo novo, sim, os personagens são humanos e você vai encontrar características em comum, mas o autor fez cidades, itens, costumes, tudo novo.
O legal é que os capítulos intercalam a vida atual que ao meu ver é a trama principal com lembranças de quando os Nobres Vigaristas eram crianças, e a partir de um ponto eles se interligam.
No começo eu ficava ansiosa para saber mais dos acontecimentos de quando eram crianças (o autor começa essa narração te deixando bem curiosa), depois virou e eu estava ansiosa pelos acontecimentos atuais, que ficaram cada vez mais agitados.
Mas vamos para o inicio, o livro conta a história dos Nobres Vigaristas, com ênfase no Locke Lamora, que é o garrista deles (garrista é quem representa o grupo, digamos, teoricamente eles deveriam obedecer ao Locke).
Os Nobres Vigaristas são formados por: Locke, Jean, Calo, Galdo e Pulga. Você vai aos poucos ser apresentado aos personagens, afinal, com as lembranças vai descobrindo mais a respeito de cada um. No final, eu estava conquistada por todos.
Nesse livro você vai acompanhar um dos golpes deles para furtar metade da fortuna de um casal de nobres, e além disso está ocorrendo um golpe contra o Capa Barsavi feito pelo Rei Cinza, que ninguém sabe quem é (Capa é o líder maior, ao qual os garristas pagam um "imposto" em dias determinados). Claro que os Nobres Vigaristas acabam no meio disso.
A leitura não é cansativa como As Crônicas de Gelo e Fogo, por exemplo, o linguajar é bem mais fácil, mas foi um livro que eu demorei mais de uma semana para ler, pois são muitos acontecimentos em cada página e como a mente do autor é brilhante você tem que cuidar para ir acompanhando as reviravoltas.
Além do universo rico em detalhes, cada personagem tem sua história e seu próprio jeito, você vai se apegar aos Nobres Vigaristas mesmo eles gostam de furtar e nem usando o dinheiro, rsrs. É mais pelo prazer do golpe.
No final do livro vão liberar um capitulo do próximo que só serviu para me deixar curiosa.
Outro ponto é que a história que se inicia nesse livro termina neste, você necessariamente não precisa ler o segundo, embora eu acredite que vá querer ler.
Mais um fato legal é que esse livro foi publicado em 2005 e foi o primeiro livro do autor, são raros os que começam já a publicar com um livro desse nível. São raros que um dia publicam um livro desse nível.
Os direitos cinematográficas já foram comprados, resta saber se vão colocar nas telonas, pois tem alguns que a Warner compra e fica enrolando.
Quanto a capa, eu achei linda, combina com o que contam no livro sobre Camoor, eu não achei nenhum errinho de escrita durante toda a leitura, e a letra embora não seja daquelas grandonas, não é das mini também, um bom tamanho para se ler (diz a pessoa aqui que lê a noite).
Vale muito a pena a leitura, assim que mergulharem na mente de Locke Lamora vão ir para outro espaço, onde genialidade está presente o tempo inteiro.
P.S.: Para o pessoal que gosta de ação: vocês vão adorar.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/04/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Thiago 17/08/2014

Simplesmente magnífico
Ainda estou boquiaberto com toda a história desse magnífico livro de fantasia após o término da leitura. Comprei-o acreditando ser um livro que serviria como um bom passatempo, no entanto já o considero um dos livros de fantasia mais legais que li. Reviravoltas e mais reviravoltas em uma história muito bem escrita e que permeia entre o passado e o presente dos personagens, narrando como as personagens, em especial Locke Lamora, se transformam em grandes vigaristas. Contando os dias para o lançamento do segundo volume da série "Nobres vigaristas" em outubro. Mais que recomendado aos fãs de fantasia.
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AleixoItalo 21/12/2015

Lançado em 2006, o Livro de estreia do desconhecido Scott Lynch, ganhou o prêmio de Revelação do British Fantasy Award e foi finalista do World Fantasy Award. Elogiado pela crítica e já com seus direitos vendidos para o cinema, é hoje uma saga consolidada com 3 livros lançados e outros a caminho. Vale ressaltar que As Mentiras de Locke Lamora tem final, e lê-lo não te obriga necessariamente ler as continuações.

Locke é o melhor no que faz: se disfarçar e aplicar golpes. Ele não faz magia, não sabe lutar, não tem poderes e tem muitos inimigos. As Mentiras de Locke Lamora, contam as aventuras de Locke e sua gangue, em seus golpes e tramoias, tudo em busca de conforto e luxo. Não é um livro sobre batalhas épicas ou salvação do mundo, mas sim a vida de um ladrão sempre em busca do crime perfeito.

As Mentiras de Locke Lamora conta a história dos Nobre Vigaristas, um grupo de ladrões dispostos a tudo em busca dos mais variados e perfeitos golpes, parar tirar dos ricos e ... bem, ficar para eles mesmos. Os Nobre Vigaristas são liderados por Locke Lamora, o Espinho de Camorr, “ladrão lendário” famoso no submundo, com suas próprias histórias e lendas. Os planos dos Nobre Vigaristas começam a dar errado, quando surge na cidade um misterioso Rei Cinza, sanguinário e manipulador, que mergulha o submundo de Camorr numa guerra entre gangues sem precedentes, e tem planos muito maiores para a cidade, território de Locke!

Não espere dragões, elfos, magos, fadas ou duendes, em As Mentiras de Locke Lamora o que vemos são as aventuras de um ladrão em um mundo mais cruel do que mágico. A fantasia aqui não está presente nos elementos clássicos, mas mora em todos os detalhes e características usadas por Scott Lynch, para criar seu mundo. A história se passa na cidade de Camorr e nela Lynch deposita toda sua perícia e criatividade, criando toda estrutura social e política, de uma cidade viva e violenta. Camorr parece pulsar e respirar nas páginas do livro, todos os detalhes como a moda – colorida, variada e ostentadora das classes ricas – comidas típicas, fauna (sem criaturas fantásticas até aqui) e arquitetura – se encante por cada canto de Camorr, como as torres de Vidroantigo habitadas pelos burgueses, o mercado flutuante e os variados bairros da cidade.

Seguindo alguns preceitos de Game Of Thrones a obra é violenta e sanguinária, e os personagens encontram a morte em cada beco e cada viela. Mas as comparações com GOT terminam aí, os personagens não estão na escala de cinza (onde todo mundo é mal a sua própria maneira), suas personalidades são mais voltadas ao gênero da aventura e literatura infanto/juvenil, e pode-se distribuí-los facilmente em padrões de preto/branco (bem ou mal) onde até os personagens neutros são malévolos ou carismáticos. Mesmo Locke, sempre roubando pelo próprio interesse e conforto, é difícil de ser dissociado da imagem de mocinho virtuoso.

Reunindo o excelente mundo criado e as dezenas de personagens fortes e inesquecíveis, está uma excelente trama, escrita nos melhores moldes de um thriller e uma história de aventura. O roteiro de Scott Lynch usa de muitas estratégias televisivas, e a obra é repleta de reviravoltas e cenas de tensão, que acabam sempre te deixando com vontade de saber como continua, a narrativa é feita para te tirar o fôlego o máximo de vezes possível.

Sem revolucionar o gênero e abrindo a mão de vários elementos da literatura fantástica, As Mentiras de Locke Lamora se reinventa a sua maneira é figura sim como um dos principais títulos do gênero na atualidade.

Mais em papobarbaro.com.br
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Thalita Branco 19/01/2016

Resenha ~ As Mentiras de Locke Lamora - Scott Lynch
No início do livro conhecemos o jovem Locke Lamora, uma criança órfã cuja pequena estatura é compensada pelo cérebro capaz de desenvolver e aplicar golpes altamente desenvolvidos. Desenvolvidos DEMAIS, o que acaba por colocar Locke em uma situação bastante desconfortável e ser vendido ao Padre Correntes.

A partir de então a história é intercalada entre o jovem Locke e o Locke adulto. Enquanto o padre se mostra uma pessoa bastante solicita e treina Locke e os irmãos Calo e Galo (futuramente também Jean e Pulga) para se tornarem bons ladrões e se transformarem nos Nobres Vigaristas, acompanhamos os personagens já adultos tentando aplicar um golpe na família Salvara a fim de afanar metade da sua grande fortuna. Tudo isso em meio a um jogo de poder e corrupção em Camorr, uma espécie de Veneza fictícia. Até que surge o Rei Cinza, misteriosa figura que passa a tocar o terror na cidade e tenta virar a balança do poder a seu favor.

O mundo criado por Scott Lynch é bastante rico. Ele não poupa descrições de localidades, arquitetura e costumes de Camorr. Mas para mim o autor exagerou. São descrições por vezes extensas e de pouca serventia para a história em si. Não era necessário tanto para o leitor se localizar e perceber como a cidade é. O Rei Cinza, o grande vilão da história, poderia ter sido melhor aproveitado. Senti que o livro passou a tomar um rumo só a partir da página 250.

Curti muito os personagens. Aqui a riqueza de detalhes foi bem aproveitada. Eles são fáceis de imaginar e com personalidades bem definidas. Grande destaque para o Falcoeiro, um Mago-Servidor, feiticeiro que pode ser contratado por absurdas quantias de dinheiro. Suas atitudes e a história dos Magos é fantástica!

Como disse acima, a infância e vida adulta de Locke são contadas de forma intercaladas. A partir de certo ponto, em cada final de capitulo, o autor abre um interlúdio e relembra o passado. Ok. O problema é que algumas vezes esses interlúdios quebram o ritmo do texto. Mas ainda assim a escrita é ágil, os personagens são sarcásticos e os diálogos divertidos. O texto contém inúmeros palavrões, o que pode desagradar alguns. As letras são um pouco pequenas, mas as páginas amareladas conferem conforto a leitura.

Gostaria de ter curtido mais a história, mas as descrições realmente foram me cansando e desanimando. As Mentiras de Locke Lamora é seguido pelo Mares de Sangue e República dos Ladrões.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Joaquim 29/01/2015minha estante
bom, não sei se tu não entendeu como funciona a paz secreta, mas em Camorr é proibido roubar guardas e nobres. Bom, além de Locke ter roubado guardas, ele causou um incêndio que varreu quase um bairro inteiro e por ultimo causou a morte de 2 garotos através de golpes. Por conta destes motivos o Aliciador queria se desfazer do muleque. Serio, não tem criticas melhores não?




CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Não esperava nada desse livro, muito menos desse personagem ou de seus Nobres Vigaristas. Aliás, esperava sim. Pela sinopse eu antevia uma história um tanto quanto comum, mas que possuía certo elemento interessante que não pude identificar.

Foi então que nas primeiras páginas isso meio que caiu por terra. Este não é um enredo infantil, pelo contrário, é bem adulto e, claro, divertidíssimo. Mas vamos por partes.

Para entender o personagem que emerge dessas páginas, é preciso compreender o lugar onde ele surgiu. Lugar este que o autor vai descrevendo aos poucos, dando detalhes aqui e ali, mesclando com a ação, fazendo com que sua descoberta seja tranquila e interessante, ao invés de jogar tudo de uma só vez e de forma maçante. Então, não espere um capítulo dedicado a descrever o lugar, mas sim, parágrafos intercalados, onde ao mesmo tempo que os personagens vão descobrindo novas coisas, o leitor também descobre.

Camorr é a cidade onde se passa a maior parte da ação, mas há também outras cidades que vão sendo apresentadas. Ela poderia ser descrita de forma bem simplória como uma Veneza repletade criminosos, pela sua característica de ser formada por pequenas ilhas ligadas por pontes e canais. Ela ainda guarda um sistema político e administrativo bem diverso do que acostumamos ver, principalmente no submundo dos ladrões, com cada gangue sendo conhecida por alguma característica e especializada em algum tipo de contravenção.

Ah, sim, falta citar as construções. Não aquelas comuns feitas pelo moradores de Camorr, mas sim, as imensas torres de vidro construídas pelos Ancestres, descritos abertamente como alienígenas. Mas quem foram eles ou porque foram embora, é um mistério para o qual ninguém tem resposta.

Resumindo tudo isso, Camorr é um local com seus mistérios e um submundo sangrento e de rígidas regras. Ok, entenderam até aqui?

Ótimo, porque agora chegamos à parte que mais me encantou no livro: os Nobres Vigaristas.

Apesar de Locke ser o personagem principal, seus amigos não foram deixados de lado. Juntos, eles formam um curioso grupo de ladrões, que aprenderam desde pequenos as astúcias da nobre arte da vigarice. Cada um deles possui um talento único que serve aos propósitos de cada golpe: Locke é o cérebro maquiavélico por trás dos planos, os irmãos Sanza são a prata da casa, pau para toda obra, Jean é o guarda costas e Pulga, o observador. Com exceção de Pulga, todos foram treinados por Correntes, um grande vigarista, que os ensinou a mais fina arte da enganação.

É impossível não gostar desse grupo, considero-os como metade do sucesso do livro em prender a atenção do leitor. Locke, sendo o principal, ganha mais destaque, e conforme vamos acompanhando suas façanhas atuais, também vemos como ele se tornou o que é hoje: o Espinho de Camorr. Não foi uma jornada fácil, pode ter certeza, mas o autor fez com que ela rendesse ótimas risadas e muita personalidade ao hábil ladrão.

E agora sim podemos falar da história.

Admiro sinceramente Scott Lynch por ter construído um enredo tão complexo e ainda assim, ter o apresentado de forma tão simples ao leitor. A trama possui diversos detalhes e ação constante, que vai crescendo conforma a história avança. No inicio o autor procurou situar Locke dentro daquele universo e mostrar como o grupo trabalha. Aos poucos, ele vai introduzindo então personagens importantes para a trama principal, que envolve o Rei Cinza, e só nos damos conta de certos detalhes muitas páginas depois.

Não sei ainda qual o magia que o autor colocou nesse livro, mas por diversas vezes quando me afastava da leitura por algum motivo, me vi pensando nos próximos passos de Locke e o que o aguardava no futuro. Quando um livro te deixa assim, bem, é impossível dizer que não gostou.

E realmente não gostei. Amei este livro!

Ele tem tudo o que se esperava num livro de aventura e fantasia: personagens carismáticos, um universo singular, um mistério repleto de detalhes, um enredo imprevisível. Então, como não amar?

Além disso, há reviravolta sobre reviravolta, há mortes necessárias e dolorosas, intrigas para todos os lados, momentos que te deixam chocado com a frieza do autor, e até mesmo momentos românticos. Há de tudo nessa história, e a única coisa que se espera mesmo ao final, é uma continuação.

Talvez uma das poucas coisas que desagradem no livro seja o fato dele ser um pouco grosso, mas isso é só antes de começar a leitura, pois depois, você mal percebe as páginas passando.

Se no início eu não esperava nada deste livro, agora, após passear por Camorr na companhia de Locke e seus amigos, espero apenas que a continuação seja publicada logo.

“As Mentiras de Locke Lamora” é uma daquelas fantasias imperdíveis para quem gosta do gênero. Nada mirabolante ou extravagante, mas com o charme que somente a simplicidade pode dar as grandes obras e personagens.

site: www.coolturenews.com.br
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Poly 07/05/2014

Um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Quem gosta de fantasia vai se deliciar com a leitura. Só sinto por não ter lido com mais calma, porque livros de fantasia devem ser saboreados com toda calma do mundo, capítulo por capítulo.
As mentiras de Locke Lamora conta a história de Locke Lamora, um menino órfão que é vendido para bandidos na cidade de Camorr e com eles aprende a roubar. Lamora tem uma imaginação incrível desde cedo e seus roubos são sempre elaborados e cheios de teatro.

- Correntes costumava falar que não havia liberdade igual à de ser constantemente subestimado – disse Locke.
P.144

Locke cresce e se torna Espinho, o chefe dos Nobres Vigaristas, um grupo de ladrões de Camorr, que tem o prazer de aplicar grandes golpes à nobreza da cidade.
Eu tentei encontrar semelhanças entre Locke e Robin Hood, mas tirando o fato de ambos roubarem dos ricos não encontrei nada demais. O que mostra o quão original é a obra.

Mas o tempo é um rio, Locke, e nós sempre o descemos mais rápido do que pensamos.
P. 251

A história é dividida em quatro livros, que são divididos em capítulos. Cada capítulo é dividido em trechos enumerados e também possui interlúdios. Nos interlúdios se passam fatos do passado, mostram como foi o crescimento de Locke e como ele conheceu e conviveu com os demais Nobres Vigaristas. A divisão dentro dos capítulos se passa no presente, mas mostra a história de diferentes ângulos.
O início da leitura não é simples, até compreender o modo como a narrativa é escrita e se adaptar ao estilo do leitor eu demorei umas 100 páginas. E confesso que a leitura só foi fluir mesmo depois da metade do livro, mas valeu muito à pena!!

Dizia-se que em Camorr a diferença entre comércio honesto e desonesto é que quando um comerciante honesto arruinava alguém, não tinham a cortesia de lhe cortar a garganta para encerrar o assunto
P.343

Mas depois que a história pega um ritmo e começa a fluir, ela é completamente envolvente e não dá vontade de parar de ler nem para ir ao banheiro!
O livro tem muita ação e mistério. E como é a história de ladrões que é contada, não faltam palavrões e palavras de baixo calão na narrativa.
Locke é carismático e toda vez que ele aprontava uma das suas eu lembrava do capitão Jack Sparrow de Piratas do Caribe. Acho que o carisma debochado o ar de maluco são bastante semelhantes entre os dois personagens.
Adorei o trabalho que a editora fez na diagramação do livro. A capa é linda e remete bem à história. Achei a fonte utilizada um pouco pequena, mas isso não atrapalhou em nada a leitura.
Os capítulos são bem divididos, iniciam-se em uma nova página (amo quando isso acontece) e gostei da simplicidade do miolo. Menos foi verdadeiramente mais aqui. Sem detalhes ou firulas a atenção do livro vai toda para a história (que é excelente por si só e não precisa de nenhum outro ingrediente para ser vendida).
Acho que já posso me considerar fã do autor e dizer que estou ansiosa pela continuação da série Nobres Vigaristas.
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vsferreira 09/06/2016

Boa história
Nas primeiras páginas achei a linguagem do livro um pouco complexa, depois me acostumei com ela. Algo que me incomodou e que acontece o tempo todo, é que no meio de uma sequência mega interessante de acontecimentos o livro simplesmente corta o assunto pra contar algo do passado e só volta ao assunto páginas depois. Isso me deixa desinteressada, me dá sono e me fez demorar pra terminar o livro. Na segunda metade do livro isso me incomodava menos, talvez por ter me acostumado. Tirando esses pontos negativos história é sensacional e o final foi muito bom. Já quero comprar o segundo livro.
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