Luciano Luíz 21/03/2016
No início do século 21, a Editora Conrad trouxe diversos mangás que fizeram a alegria dos leitores brasileiros. Entre os mais populares estavam Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco. No entanto, a editora foi além e também investiu em títulos desconhecidos (ou nada populares) do público. Vagabond foi um deles. Mas, como todo mundo tá careca de saber, a editora que reinou com as edições japonesas por vários anos (e com a série Discworld de Terry Pratchett) acabou tendo diversos problemas e dessa forma muitos títulos foram abandonados. E boa parte deles foram republicados pela Panini.
VAGABOND de TAKEHIKO INOUE até chegou a receber uma chamada Edição Definitiva, mas esta também a Conrad abandonou (Dragon Ball Ultimate Edition foi até o volume 16 e Evangelion Edição Definitiva não foi além de um volume um com sobrecapa...)...
Tanto tempo depois, a Planet Mangá (selo da Panini) trouxe uma nova versão de VAGABOND. Assim como as extintas edições da Conrad, essa também é impressa em papel off set. No entanto, tá mais caprichada, pois tem orelhas, capa cartonada, e algumas páginas coloridas da mesma forma que as edições anteriores...
O visual dos desenhos traz um traço mais realista. É um quadrinho para o público adulto. Tem cenas extremamente violentas, nudez, sexo, amputações, muito sangue. Os cenários são belíssimos. Os personagens são charmosos (mesmo os feios). Um trabalho de altíssima qualidade. As poucas páginas em cores também são belas.
Já o enredo é simples. Apenas um andarilho que foi embora de sua vila, tem 17 anos e é um exímio espadachim. Vai matando qualquer soldado, bandido e quem mais se meter em seu caminho. Ele apenas quer sair pelo mundo e se aprimorar nas técnicas de espada... Não que isso seja ruim, pelo contrário, é bem interessante, mas acho que podia ser mais além disso...
A estória talvez melhore, mas nos 10 primeiros capítulos o que mais se aproveita além do desenho caprichado, são as cenas de ação e até o humor. Aliás, tem pouco texto.
Em questão de poucos minutos o volume de mais de 250 páginas logo fica de lado. Você pode levar muito mais tempo só admirando a arte.
Gostei da edição. Ficou bonita. Mas em questão de me fazer continuar lendo é outra história... Acho que não vou continuar...
Nota: 10 (pelos desenhos, arte-final e cores)
Nota: 5 (não tem nada de admirável no enredo... pobre demais...)
L. L. Santos
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