A vegetariana

A vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


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Jovana11 12/03/2024

Existe uma vida antes e após ler esse livro.
Cru e angustiante.

É como eu descreveria "A Vegetariana" da autora sul-coreana Han Kang.

A narrativa acompanha a Yeonghye, que para de comer carne devido a sonhos que vem tendo. Porém, apesar da narrativa girar em seu redor, sua trajetória toda é narrada pela perspectiva de familiares e suas respectivas versões dela . Primeiro o marido, depois seu cunhado e então sua irmã.

Na visão do marido ?que para mim foi o ponto alto do livro? podemos ver o começo da mudança de comportamento e a reação dos familiares com essa mudança e diversas vezes podemos ver o descaso da família com suas vontades. É deixado muito claro que todos jogam a culpa de seu definhamento no "vegetarianismo" adotado por Yeonghye, todos aflitos por ela não estar se comportando como a filha e esposa submissa que eles estavam acostumados.

Mesmo que a segunda e a terceira parte tenham me decepcionado, também tiveram seu peso pra eu gostar tanto do livro. A segunda parte causando desconforto pelo tabu e o fetiche e também por mostrando novamente o descaso com os corpos e mentes das mulheres.
Já a terceira parte trás várias reflexões sobre solidão, culpa e papeis na sociedade e, pela primeira vez, uma visão carinhosa sobre a Yeonghye. Sendo reconhecida não como a esposa maçante ou um puro objeto de luxúria, mas um ser vivo e uma pessoa que vale a pena sentir afeto.

Considerações finais.
Não gostei de como tomou o rumo da história, mas achei o livro sensacional. Uma narrativa que mostra uma mulher que se reinventou e se destruiu tentando se desprender do sufocamento. Mostra o peso do patriarcado e uma anulação e repressão bestial.
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Bia Miranda 12/03/2024

Desconfortavelmente brilhante
?A vegetariana? com toda certeza não é um livros para todos. É uma leitura indigesta do início ao fim, em que o leitor sente repulsa, nojo, desconforto e um misto de sentimentos a todo momento, ao mesmo tempo que fica preso na história.

A protagonista Yeonghye paradoxalmente não possui protagonismo em nenhum momento, tanto figurativamente no modo de escrita do livro, visto que sua história ao longo dos três capítulos é contata pela visão de outros (seu marido, seu cunhado e sua irmã), quanto na sua própria vida, onde apenas é um objeto na mão de seus parentes: uma filha indesejada, uma esposa por comodidade e uma cunhada objetificada sexualmente

A escrita de Han Kang é tão perspicaz que você se sente imerso na confusão mental dos personagens, assim como nos faz refletir sobre o triste papel da mulher na sociedade asiática
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Nayara Moraes 11/03/2024

Cirúrgico.
Que livro bom!!! No começo, parece que vai ser só uma crise de identidade, onde o ato de parar de comer carne irá resolver tudo, mas o longo do livro você percebe que essa foi só uma forma de se soltar das amarras familiares e sociais. Tudo o que ela quer é ser livre e achar seu lugar no mundo, porque claramente não é seguindo os passos da sua família.
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Marcia 08/03/2024

Não é sobre não comer carne...
Com este nome, pensei que teria alguma lição sobre não comer carne. Ledo engano.Foi como entrar em um inconsciente paralelo. Tantas questões! Han Kang mete o pé na porta e não tem medo de errar. Cenas fortes. Conflitos em ebulição. Família e loucura. Sexualidade. Uma narrativa psicológica profunda e que me fez pregada no livro. Um dos melhores livros que já li! Se você está preparado, não se arrependerá!
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Cristiane 05/03/2024

A Vegetariana
Yeonghye tem um sonho, um pesadelo que fará com que ela pare de comer carne. Ela não consegue expressar em palavras a razão dela agir assim. Esta decisão afetará o seu casamento com Jeong porque ela sente nojo do cheiro do marido, que continua comendo carne.
Numa tentativa de fazê-la mudar de ideia, sua família (os pais, o irmão e a esposa, a irmã e o esposo) se reúnem na casa nova de sua irmã mais velha e seu pai, a esbofeteia e a obrigada comer carne. Yeonghye corta os pulsos, todos seguem para o hospital, ela é hospitalizada e um dia na clínica ela é flagrada com os seios nus, expostos ao sol no pátio do hospital. Seu marido, Jeong decide pedir o divórcio, faz um tratamento psiquiátrico e vai viver sozinha em uma quitinete.
Seu cunhado, esposo de sua irmã mais velha, fica com uma ideia fixa ao saber que Yeonghye tem uma mancha mongólica nas nádegas. Ele, que é artista plástico, decide convidá-la para posar nua em uma de suas filmagens. Ela aceita. O artista pinta o corpo de Yeonghye e faz a gravação. Sua fixação pela obra de arte, pela cunhada, só aumenta... Yeonghye acredita que as pinturas de alguma forma a protegem dos pesadelos.
O cunhado decide gravar Yeonghye com outro modelo, ele quer filmar os órgãos genitais, a relação sexual... Para Yeonghye, que parece hipnotizada, nada é anormal, para o outro modelo a ação é repugnante.
O cunhado procura uma artista conhecida, pede para ela pintar seu corpo como em seus esboços, vai até a casa de Yeonghye e continua sua gravação, os dois transam, adormecem... Sua esposa, a irmã de Yeonghye chega, assiste a gravação e chama duas ambulâncias.
Yeonghye tenta pular do prédio, é hospitalizada, e continua rejeitando a carne como qualquer tipo de alimento.
Sua irmã, Inhye Kim, acompanha o martírio de Yeonghye, em suas memórias procura o motivo da doença da irmã: o pai agressivo, ter concordado com seu casamento com Jeong, ter saído de casa aos 19 anos e deixado sua irmã com os pais, ter se casado com seu marido? Será que poderia ter impedido que seu pai de esbofetear Yeonghye, poderia ter impedido que Yeonghye pegasse a faca e se cortasse? Em meio a tantas dúvidas, Inhye sofre com dificuldades para dormir e com medo de falhar com a irmã, com seu filho e com ela mesma.
O livro é narrado em primeira pessoa, dividido em três partes: na primeira parte, A Vegetariana, o leitor é apresentado ao drama de Yeonghye pelo ponto de vista de seu marido, um homem que está completamente satisfeito com o casamento e com sua esposa.
A segunda parte: A Mancha Mongólica, o leitor acompanha a relação do cunhado com Yeonghye e sua fixação com a mancha que ela tem. Sua obsessão em realizar um trabalho artístico inédito.
Na terceira parte, Árvores em Chamas, é o momento de Inhye acompanhar o calvário da irmã, e culpar-se pelo destino dela.
Não favoritei, mas é uma obra que atordoa.
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Nahima.Bogado 05/03/2024

Forte e difícil de "digerir"
Minha primeira leitura coreana não poderia ter sido melhor, muito diferente de tudo que já li, a escrita bela e brutal da autora foi um destaque a parte para mim, as sensações de beleza e horror são constantes e se alternam de forma muito peculiar. O livro proporciona uma imersão, sob a perspectiva de terceiros na vida de Yeonghye, uma mulher atormentada por sonhos violentos e que a levaram a renunciar o consumo de carne. Essa aparente simples decisão desencadeia uma série de eventos que revelam uma análise profunda da sociedade e da família, explorando temas como violência, abuso e loucura. Baita livro. 10/10.

“De repente, se deu conta de que nunca tinha vivido e ficou surpresa. Era verdade. Não tinha vivido de fato. Desde o tempo remoto da infância, tudo o que ela fizera foi aguentar.”
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SóFis 04/03/2024

Ok..?
Após ler algumas resenhas (e mais tarde vou assistir algumas pelo YouTube) eu acho que entendi o que a história estava tentando me passar, mas o último capítulo ainda é um mistério completo pra mim. Eu realmente não esperava algo tão complexo e que me sugasse tanto para dentro da história. Preciso refletir durante alguns dias sobre essa leitura, então talvez eu atualize essa resenha.
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venusreviews 03/03/2024

Uma leitura triste
Passei 2/3 do livro enojada com os homens que estão na vida de Yeonghye, o marido, pai e cunhado me deram asco e desconforto.
Mas a terceira parte do livro só me trouxe muita reflexão e tristeza.
Foi uma leitura triste mas envolvente e que mostra muita realidade, e sentimentos.
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pearldiver 25/02/2024

Esse livro foi uma confusão. Achei muito difícil de acompanhar, talvez pela forma como a autora escreve, em um momento narrando o presente e sem qualquer aviso muda a narrativa para um evento passado.
Achei o livro muito real em todas as situações, muito triste o fim, mas infelizmente é uma realidade. Vou precisar digerir ele pra ter certeza da minha opinião.
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_bbrcam 25/02/2024

Não consegui parar de ler
Cru, cruel e sobre a psiquê humana. A melhor parte é a narrada pela irmã da 'protagonista'. Eu fiquei de cara o livro inteiro.
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besosouros 23/02/2024

(2023) bom. como uma vegetariana simpatizo com muitas questões vividas. com uma pessoa com t.a também me sensibilizo com várias partes. alguns gatilhos com transtornos psicológicos no geral.

ótima e fácil compreensão e imersão num pouco da culinária coreana, gostei disso.

FLUIDEZ IMPECÁVEL E NECESSÁRIA. ARTÍSTICO E CATIVANTE.
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