A vegetariana

A vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


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Helô 21/04/2024

Perturbador
Não sabia o que esperar desse livro e ele foi perturbador do início ao fim. A vegetariana traz muitos temas pesados e levanta inúmeras discussões, dado que várias interpretações são possíveis.
Acabei achando a leitura muito pesada (gatilhos e mais gatilhos) e, sendo bem sincera, não consegui enxergar o propósito do livro. A mudança constante de narradores me deixou bem confusa também, já que deixamos de ver o ponto de vista da Yeonghye no primeiro capítulo e acompanhamos os familiares horrorosos dela (que em nenhum momento se importam com ela ou tentam ajudá-la de verdade). Cheira realmente a abandono de incapaz e barbárie, uma tristeza sem fim...
Talvez me falte criatividade e capacidades filosóficas para interpretá-lo da forma correta, mas no final das contas foi só mais um livro okay que não curti muito.
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Sofia.Poderoso 19/04/2024

Um livro para reflexão
Esse foi um livro que eu demorei um pouco pra concluir, considerando a sua extensão (menos de 200 páginas). Gosto de livros que me "consomem" mais o tempo, geralmente isso significa que são obras que me fazem pensar mais e que tenho que refletir antes de continuar a leitura. E essa é uma leitura profundamente reflexiva.

Dividido em 3 partes, o livro explora a evolução da esquizofrenia de Yonghye a partir do ponto de vista de pessoas da sua família (o marido, o cunhado e a irmã). Como o próprio título já sugere, "A vegetariana" é um livro muito político, feminista e nem imagino o seu impacto em uma sociedade conservadora como a da Coreia do Sul. Além de abordar assuntos importantíssimos como a saúde mental e as (micro e macro) agressões em relacionamentos amorosos e familiares, em alguns pontos da leitura senti até um pouco de medo.

A insubordinação e o desvio de Yonghye ao decidir não comer carne é o que leva ao desencadear dos acontecimentos seguintes na narrativa. O questionamento dos familiares e amigos sobre a decisão "sem motivo aparente" é um fator muito interessante na obra e que destaca com maestria o efeito de destoar das normas presentes na sociedade, mesmo que por ações pessoais que só dizem respeito a você. O restante do livro é um prato cheio para discussões sobre a subserviência da mulher, a objetificação dos corpos femininos, a liberdade de escolha pessoal (até mesmo com relação a sua própria morte) e a desumanização da personagem principal, o seu processo animalesco de mimetismo e transmutação. Em resumo, um livro denso e profundo apesar das suas poucas páginas.
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Beatriz 19/04/2024

Não acabei
Demasiado pesado no início, ao fim de algumas páginas começou a ser uma tortura o que acabei por decidir abandonar.
O livro aborda a realidade exagerada de alguém vegetariano.
VitAria.Eunice 20/04/2024minha estante
a realidade de alguém vegetariano? nada a ver


Isabella1495 26/04/2024minha estante
na vdd não é isso não kkkkkkk "realidade exagerada de alguém vegetariano "




birdiepoe 17/04/2024

Finalmente terminei essa leitura que me deixou estagnada por quase duas semanas!
Eu nem sei o que acabei de ler, não sou capaz de dizer sequer se gostei, por isso estou dando uma nota baixa, realmente não entendi. O livro se vende como um thriller, mas não vi nada disso na história. A primeira parte é interessante, salpicada com uma curta narração da Yeonghye que me deixou curiosa, mas as duas partes seguintes quebram qualquer expectativa...
Foi uma leitura decepcionante que fui empurrando com a barriga, na esperança de um final bom e esclarecedor, mas isso não aconteceu, infelizmente.
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Bela 17/04/2024

"O sangue da Yeonghye era para sair do seu próprio peito?"
Bom, vamos lá.

A Vegetariana é um livro muito interessante, para além dos acontecimentos da narrativa é como se o livro conseguisse passar uma dimensão que vai além das palavras, uma sensação que transcende facilmente o tangível e até o racional. Para mim ele conversa com algo mais profundo. Eu não consigo expressar em palavras a forma como a história mexeu comigo...

Mas também tem outra questão: um livro não é somente a história, mas ele também é parte do contexto do leitor. E o meu contexto de leitura, o momento que eu li esse livro, foi bom, muito bom.

Contextualização parcialmente o meu contexto (não vou contar tudo em detalhes): eu comprei esse livro na Blackfriday de 2022! Ou seja, tinha 2 anos! Eu fiquei com uma pilha tão grande de livros que ele foi ficando... até a minha mãe tinha lido e eu não (minha mãe leu em Abril de 2023). E ele foi ficando, eu já nem tava querendo ler mais... PORÉM uma amiga minha do estágio/monitoria da faculdade, a Malu, me convidou para um grupo de leitura MUITO LEGAL por mulheres e para mulheres, e o livro da vez era A Vegetariana! E eu pensei: é agora o nunca! E foi intensa a saga, mesmo ela tendo me avisado com um mês (ou até um pouco mais) de antecedência eu só fui começar a ler na terça feira (09/04/2024) e o encontro do clube era quarta 19h30 (10/04/2024), e eu terminei tipo 19h o livro. E tinha MUITO tempo que eu não lia um livro TÃO rápido! Foi um processo bom! Valeu muito a pena me dedicar para ler em poucas sentadas.

Enfim, ler nessa velocidade foi só uma das várias coisas que eu acho que fortaleceram a leitura como um todo.

Agora, retomando o livro em si, eu achei ele bom, um sólido 3, e vou explicar o porquê. O foco maior do livro era direto e reto: o silenciamento das mulheres na sociedade. Trabalhando dois arquétipos principais temos: a protagonista e a irmã dela. Uma resolve reagir, resolve "se rebelar", vulgo, tomar atitudes próprias (que, não deveriam, mas incomodam e MUITO). Já a outra segue no caminho da resignação, de se negar e se apagar em virtude do outro, do marido, do filho, da família etc. E eu me vejo muito nas duas. Me calando e incomodando por escolhas ou mesmo limites que deveriam ser meus.

Como falamos no clube de leitura o fato da protagonista ser vegetariana é mais do que o simples fato de ser vegetariana, mas a autora escolheu especificamente isso por ser algo que incomoda as pessoas (E MUITO MESMO na minha experiência). Você nunca vai poder falar que é vegetariana e não ouvir nem um "mas por que????" É algo que não passa batido e que por mais que não diga respeito a ninguém (já que ela não tá obrigando ninguém, nem mesmo o marido, a ser como ela) TODOS querem criticar e opinar na vida dela, como se fosse direito dessas pessoas. E outra coisa, bemmmmm aos poucos esse estranhamento e implicância vem diminuindo, mas em 1997 (data de lançamento da obra) com certeza era pior!

Também gostei de que a protagonista é tão, mas tão, mas tão silenciada que nem o POV dela nos temos, e tudo que é dito sobre ela vem de terceiros. E o auge de uma redução dela. Eu achei que isso foi frustrante por um lado, pois queria ver MUITO na perspectiva dela sem filtros, mas acho que por outro lado escancarou essa noção de que a protagonista foi privada de seu próprio protagonismo, assim como de muitas escolhas de sua vida. E isso traz muita coerência para a obra. (Esse silenciando da protagonista me lembrou um filme que tinha visto no domingo, dois dias antes de ler, que não tem haver, mas tem um protagonista meio que silenciado, o filme: dias perfeitos que concorreu ao Oscar esse ano)

E mesmo sabendo que o foco do livro não é sobre ela comer carne ou não, eu tive certeza da realidade inacreditável prsente na obra, das atrocidades que um vegetariano passa (eu já vivi muita coisa que ela viveu com a questão de não comer carne). E para além disso o que uma mulher que resolve decidir suas questões, e como o desrespeito é gritante.

Mesmo o livro não tendo um final feliz, eu achei bom. Ficou aberto, mas o livro era isso, uma história aberta de uma mulher que foi sumindo para deixar de sofrer. Não senti falta de algo mais finalizando.

O único ponto negativo para mim foi a questão do erotismo, eu sei que era para incomodar e funcionou bem. Mas acho que se delonga demais nisso e por mais que possa ser algo necessário para autora me desagradou, por isso que não dou 4 estrelas.

Enfim, gostei de sair da minha "zona de conforto" literária e recomendo o livro SIM!

Esqueci de QUATRO citações grandes no histórico, então vou colocar aqui (pode ser meio spoiler para quem não leu, se vc não leu pula esse final aqui)
"Coma, Yeonghye. Se comer, vai recuperar as forças. Nós, seres humanos, precisamos de energia para viver. Os monges só conseguem ser vegetarianos porque fazem votos de castidade e buscam a iluminação através do sofrimento", argumentou minha cunhada, sempre amável." Pag 39

"Quando mando comer, você come!", disse o pai.
Imaginei que ela diria "Sinto muito, papai. Mas não consigo". Em vez disso, respondeu sem se lamentar ou se desculpar:
"Não como carne." (...) "Coma. Ouça o que eu digo e coma. Estamos fazendo isso por você. O que vai fazer se acabar doente?"
Dizia aquelas palavras em tom amoroso e paternal, e acabei ficando com os olhos marejados. Provavelmente todos sentiram o mesmo.
"Pai, eu não como carne", disse minha esposa ao empurrar a mão trêmula do pai, que segurava os palitinhos no ar. Subitamente, a palma forte de meu sogro rasgou o ar e minha mulher cobriu o rosto." Pag 41

"Meu sogro enfiou à força o pedaço de porco agridoce. Diante da investida, o irmão caçula amenizou a força no braço e minha esposa reagiu, cuspindo o alimento. Um grito animalesco explodiu de sua boca:
"Me deixem em paz!"" Pag 43

""Preparei em casa, antes de vir para Seul. Imagino que você deve estar sem forças, depois de ficar sem comer carne por tantos meses... Comam juntos. É caldo de cabra negra. Trouxe escondido, para que minha outra filha não visse. Fale para Yeonghye que é um bom remédio. Cozinhei com muitas ervas, para encobrir o cheiro de carne. Yeonghye já parecia um fantasma, de tão magra; com a perda de sangue, então..." (...)
Com um copo fumegante em uma das mãos, minha sogra segurou a mão da filha com a outra.
"Minha filha...", disse minha sogra com os olhos cheios de lágrimas. "Experimente isso. Veja como você está..."
Minha esposa obedeceu e pegou o copo.
"É um remédio caseiro. Preparei para fortalecer a saúde de vocês. Você tomou isso antes de se casar, lembra-se?"
Minha esposa aproximou o copo do nariz e balançou a cabeça.
"Não é remédio caseiro."
Com uma expressão serena e triste, os olhos cheios de algo parecido a pena, minha esposa esticou o braço e devolveu o copo para a mãe.
"É remédio, sim. Tampe o nariz e tome tudo num gole só."
"Não vou tomar."
"Tome. É sua mãe que te pede. Desejo a gente atende até de gente morta, não se diz por aí?"
Minha sogra aproximou o copo da boca da filha. "
É mesmo remédio caseiro?"
Estou dizendo que sim." (...)
"Aonde você vai?"
"Banheiro."
"Por que ficou só olhando, Jeong? Você devia saber o que ela pretendia fazer, não é?"" Pag 47, 48 e 49
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tooonho 14/04/2024

O início é absolutamente sem rodeios e prende você de cara. acho que o absurdo do desenvolvimento mantém a gente fixado nas páginas até o fim da história
talvez não tenha gostado tanto da última parte, mas é uma leitura sensacional
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NormanFuckingRockwell 13/04/2024

A Vegetariana
De início,eu jurava que ia ser um livro com um tema de terror psicológico,mas a cada página que eu lia,percebi que terror psicológico não chega nem aos pés da profundidade que esse livro tem.
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Carollice 11/04/2024

Genial
Uma escrita envolvente e uma história avassaladora. Achei extremamente perspicaz a escolha dos narradores.
BiblioMahnia 11/04/2024minha estante
Adoro Han Kang! Os livros dela são excepcionais




Sara 11/04/2024

Horrível
A história é perturbadora, o livro é horrível.
Ele é um livro sem o menor tato exagera em coisas desnecessárias.
Eu já tinha ouvido falar que era um livro feio, mas a minha curiosidade foi maior.
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pwhset 10/04/2024

"Sabe, eu também tenho sonhos. E também podia deixar-me dissolver neles, deixar que eles tomassem conta de mim... Mas tenho certeza de que há mais coisas além de sonhos. A certa altura, temos de acordar, não é?"

ler esse livro foi assistir episódio por episódio de uma minissérie de drama, me impressiona como ele conseguiu ser tão visual através de palavras e captar até cada mínima feição dos personagens através da narrativa
senti que a abordagem da história trouxe muito a tona os sentimentos de sacrifício de cada personagem, o ceder e principalmente os desejos, sejam seguindo eles ou reprimindo
achei uma história bem encorpada, levando em consideração que a trama central é do ponto de vista de terceiros, com boa descrição e com uma boa dinâmica de escrita.
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Joice.Yuko 09/04/2024

Traumas
O livro aborda vários temas como vegetarianismo, abuso sexual de incapaz, anorexia e relações abusivas. Ao ponto de destruir a vida de uma pessoa. Livro que me faz refletir sobre relações humanas forçadas e abusivas.
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Lari 09/04/2024

Conformismo
Se chama "a vegetariana" mas o foco não é só dela, eu sinto que é sobre a percepção e vida das pessoas que estao ao redor dela e como essas pessoas encaram a própria vida.

A reflexão que eu tive é que todos da família são bem conformista sobre a própria vida e por conta disso a mudança para outro tipo de vida não é uma opção, mas a vegetariana pensa diferente, ela quer ser outra coisa do que foi "destinado" a ela, sendo o "destinado" uma maneira adequada a responder as expectativas daquela sociedade: uma "boa esposa".

Me trouxe muitas reflexões sobre o conformismo, como a gente leva a vida no piloto automático até se dar conta de que nunca vivemos realmente a vida que queremos.

Não achei esse livro tão perturbador como diz na contra capa e senti que a história não tem muito rumo a não ser essas reflexões.
A reflexão do vegetarianismo com a doença tbm senti que faltou muito.
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