A Invenção das Asas

A Invenção das Asas Sue Monk Kidd




Resenhas - A Invenção das Asas


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Tili Oliveira 05/11/2014

Choro e orgulho
Eu simplesmente chorei! Do começo ao fim do livro.
Umas vezes o choro foi de agonia, outras de alegria, outras de desespero, até que, no final, eu chorei de gratidão por ser mulher, negra, feminista e livre.
Inventar suas asas, sim, é possível!
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cid 25/01/2015

Questionar as regras da sociedade
A autora misturou biografia e ficção para criar esse livro inesquecível.Simplesmente, você não consegue parar de ler. E quando o livro acabou busquei o google para maiores informações,
A figura de Sara Grimke ficou comigo e esse é um daqueles livros que conversam com você.
Ficam na sua memória e parece expandir sua consciência.
Renata CCS 13/07/2015minha estante
Parece ser esta uma leitura fascinante!




Berta4 28/04/2020

Invenção das asas
Que livro sensacional, foi um livro totalmente diferente para mim, eu achei que não iria gostar, mas não poderia estar mais errada, é um livro fluido que apesar de abordar o tema escravidão, não nos deixa angustiados do começo ao fim, mas foi retratado de uma maneira maia leve, super indico a leitura vale muito a pena ler, e nos mostra o quanto somos privilegiados de nascermos em uma época que não se é comum a escravidão.
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Priscila Furtado 25/02/2021

A Invenção das Asas - Sue Monk Kidd
Coração acelerado, mãos tremendo e olhos molhados, foi assim que terminei esse livro que é recheado de profundas reflexões sobre respeito e igualdade.

O livro traz uma narração fictícia inspirada na figura histórica de Sarah Grimke, e sua irmã Angelina Grimke.

Ele começa quando Sara em seu 11º aniversário, recebe como presente uma escrava, Hetty mais conhecida como ?Encrenca?, que tem apenas dez anos.

As duas iniciam uma amizade e Sara cheia de planos e sonhos para o futuro, se vê tão escravizada quanto Encrenca em uma sociedade cheia de preconceitos, separação, desigualdade racial e sexismo.

Nas palavras de Encrenca:

?Meu (Encrenca) corpo pode ser escravo, mas não a minha mente. Pra você (Sara) é o contrário.?

O livro então conta a jornada dessa busca da liberdade tanto do corpo quanto dos jugos do preconceito da época.

Achei linda a história de Sara, suas renúncias, e mesmo a tantos altos e baixos superou a si mesma para seguir o que acreditava.

Nina (Angelina) também é outra personagem forte e inspiradora.

E Encrenca, que querida. Como não amar?

Que livro sensacional. Amei demais.
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Jeeh | @_jessicats 20/01/2021

A Invenção das Asas
Por mais que boa parte do livro seja ficção, as irmãs Grimké e Dinamarca Vesey realmente existiram como retratado.

E a escravidão. Sempre esteve lá. Foi abolida, mas o preconceito não.
Leitura difícil.
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Bianca.Schunemann 04/02/2020

O livro aborda questões duras e complexas - tendo como pano de fundo a escravidão na América do Norte - porém a leitura é fluida e extremamente agradável.
É um livro sensível, sem pecar por excesso de sentimentalismo e clichês. A história é bem construída e os personagens são cheios de camadas, o que torna o enredo profundamente tocante.
O destaque, na minha opinião, vai para a alternância de pontos de vista durante os capítulos, trazendo tanto a perspectiva da personagem branca, quanto a da escrava. Além da relação entre elas, e todos os dilemas decorrentes da escravidão, fiquei bastante tocada com o vínculo construído entre as irmãs Sarah e Nina, assim como pela força dos seus ideais, tanto abolicionistas quanto feministas.
Deixo um dos trechos que mais me emocionou:
"Eu vi então o que não tinha visto antes, que eu era muito boa em detestar a escravidão no abstrato, nas massas anônimas e distantes, mas no concreto, na carne íntima da garota a meu lado, eu perdera a habilidade de sentir repulsa. Tinha me acostumado às particularidades do mal. Há uma mudez assustadora que habita o centro de todas as coisas indizíveis, e eu encontrei o caminho até ela" Sarah Grimké
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bia 06/06/2022

mto bom, adorei como a autora conseguiu fazer um mix perfeito de ficção com realidade, muito interessante
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Gabriela Novaes 19/06/2020

A invenção das asas
A invenção das asas traz uma história sobre liberdade, amor e luta. Baseada na vida de uma das pioneiras na luta pelo direito da mulher e anti escravidão, Sarah Grincké, a autora criou ficção para contar a história de Sarah e uma criada que lhe foi dada aos 11 anos. Juntas as duas trilham os caminhos a que são destinadas e durante os próximos 35 anos lutam suas próprias lutas.
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Rebeka.Cirqueira 14/04/2020

A Invenção das Asas
Sarah Grimké é filha de uma família conservadora e escravocrata no sul dos EUA. Desde que Sarah presenciou, quando criança, uma escrava ser chicoteada, ela nunca mais foi a mesma. Mesmo criança, ela já tinha decidido lutar pela abolição se tornando uma futura jurista. No entanto, ao completar 11 anos, Sarah ganha de presente uma escrava de 10 anos que se chama Encrenca. Sarah começa a perceber que o "estilo de vida" sulista não será tão fácil de ser derrubado.
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Encrenca faz jus ao nome. Aos 10 anos, quando a sinhá decide que ela será a dama de companhia de Sarah Grimké, ninguém espera muito da garota. Porém, com o passar dos anos, em meio aos castigos e grilhões, Encrenca e Sarah criam uma relação até mesmo maior que a amizade. Juntas buscam a liberdade e uma igualdade que parece impossível.
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A Invenção das Asas narra um dos períodos mais cruéis da história da humanidade. A escravidão. A autora tem uma maneira tão poética e ao mesmo tempo fria de narração que faz a gente ficar com um bolo na garganta.
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Depois de concluir o livro, a autora disponibiliza algumas informações sobre a vida da Sarah Grimké e sua irmã Angelina Grimké que lutaram pela causa abolicionista, igualdade racial e igualdade de gênero. Saber que essas personagens realmente existiram me fez dar pulos de alegria.
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Enfim, esse livro é emocionante, dói e nos faz refletir sobre o passado e o presente que infelizmente ainda é marcado pela escravidão e o racismo.
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Chelsea.Archer 22/08/2014

Emocionante
Livro que descreve com emoção e detalhes a época da escravidão nos Estados Unidos, a importância de enxergarmos o próximo como ser humano e a dedicação de uma verdadeira amizade.
Leitura muito gostosa onde a autora procura expor os pontos de vista dos personagens de forma detalhada e diferenciada.
Recomendo.
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mardelivross 20/03/2022

Livro extraordinário!
Mostra o que é ser mulher, e a luta pela liberdade através das histórias de Encrenca, uma garota negra escravizada, que sonha com a liberdade, e Sarah, uma garota branca que sonha em acabar com a escravidão.
Livro envolvente do início ao fim!
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Leo Augusto 06/03/2014

Não há salvação!
A invenção das Asas
SUE MONK KIDD
Editora Paralela

O livro 'A Invenção das Asas' resgata a história das irmãs Sarah e Angelina Grimké. "Elas nasceram na aristocracia poderosa e abastada de Charleston, uma classe social derivada dos conceitos ingleses da aristocracia rural. Eram mulheres piedosas e refinadas, que frequentavam círculos sociais de elite, e, no entanto, poucas mulheres do século XIX foram tão completamente “malcomportadas”.
Elas passaram por uma longa e dolorosa metamorfose, separando-se da família, da religião, da terra natal, das tradições, tornando-se exiladas e, por fim, párias, em Charleston."

No livro: “Quando criança, Sarah tinha recebido uma jovem escrava chamada Hetty para ser sua dama de companhia. De acordo com Sarah, elas se tornaram próximas. Desafiando as leis da Carolina do Sul e seu próprio pai jurista que ajudara a criar essas leis, Sarah ensinou Hetty a ler, pelo que ambas foram severamente punidas. A outra metade da história, a ficcional, pertence à Hetty, a escrava.

O Livro ‘A Invenção das Asas’ não é um livro arrebatador ou maravilhoso, é, na verdade, um livro que nos faz pensar e analisar a situação da escravidão.
É um livro que nos tira da zona de conforto, tirando o chão e, ao mesmo tempo, não nos dá as tais asas.

Pare um instante e pense na escravidão...

Temos no imaginário coletivo, a escravidão ‘padrão Rede Globo’. Imaginamos a Sinhazinha boazinha, o Coronel malvado, a Preta doméstica e a fila de negros indo, cantando, para a lavoura. Mas, o sistema escravocrata foi muito mais do que isso.

Foi de uma violência e de uma brutalidade sem tamanho e nem parâmetro na história da humanidade, mas, que, de repente, foi esquecido por todos. Um silêncio e um esquecimento bem conveniente, pois todos os setores da sociedade o apoiaram: Governo, Igreja (de todos os credos) e sociedade civil.
Esse sistema foi o estilo de vida, a base da riqueza e sustentou a economia de várias nações, inclusive a nossa.
No Brasil, quando a questão dos escravos ficou insustentável, fez-se a abolição e pronto! Tudo foi esquecido. Mas, a realidade é bem outra. Ainda estamos pagando a alta conta que esse sistema gerou. Pagamos e nem sabemos que ainda estamos pagando...

Acredito que um livro é mais que mero entretenimento. Acredito que os textos sirvam para nos posicionar diante da vida e do mundo. Assim, a história do livro ‘A invenção das Asas’ cumpre dignamente esse papel.
Leia o livro, pense, questione e adote uma posição, não sobre a escravidão em si. Mas sobre o seu legado, a sua fatura ou sobre qualquer outra questão, como: a violência, as drogas ou a corrupção. Não deixe mais uma fatura para ser paga por outras gerações.

Somos todos culpados.
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Queria Estar Lendo 03/12/2018

Resenha: A Invenção das Asas
A Invensão das Asas é o terceiro livro de ficção da autora Sue Monk Kidd - mesma autora de A Vida Secreta das Abelhas e A Cadeira da Sereia - e publicado por aqui pela Editora Paralela, que nos cedeu uma cópia para a resenha. A história é uma novelização da vida real de Sarah Grimké, uma abolicionista do inicio do século XIX que lutou não só pelo fim da escravidão, mas pela igualdade racial e de gênero.

Aos 11 anos de idade, Sarah Grimké, a filha do meio de dez crianças de uma abastada e aristocrática família sulista, recebe como presente de aniversário Hetty "Encrenca", uma escrava de 10 anos. Horrorizada com isso, ela tenta recusar o presente de todas as formas, inclusive ao tentar alforriar a escrava, porém sem sucesso. É ali que Sarah descobre seu destino: fazer de tudo para tornar-se uma jurista e lutar contra a escravidão.

Hetty, que prefere ser chamada de Encrenca - o nome de berço que recebeu de sua mamã - não conhece nada do mundo além da casa dos Grimké e sua vida como escrava. Ao lado da mãe, Charlotte, Encrenca cresce como uma garota curiosa, escutando as histórias da mãe sobre a África e sobre como o povo negro costumava ter asas. Desde muito cedo, Encrenca sonha em ser livre.

"Se você precisa errar, erre pela audácia."

A história das duas garotas se entrelaça definitivamente ali, no aniversário de Sarah e, mesmo com os anos que se passam, a diferença entre a vida das duas mulheres fica cada vez mais discrepante, embora no íntimo ambas desejem o mesmo: a liberdade. Enquanto Encrenca é prisioneira de corpo, Sarah, com suas opiniões fortes, é escrava de mente.

Eu não achei que fosse gostar tanto de A Invenção das Asas como gostei, em especial da história de Encrenca e sua mãe. Por vezes me peguei revirando os olhos para a Sarah, preciso confessar. Como a própria Sue Monk Kidd revela no fim, ao falar da figura histórica, Sarah era reservada e tomava atitudes com uma lentidão bastante enervante para uma romancista, o que fez com que ela adiantasse alguns acontecimentos e também entregasse a Sarah alguns atos e falas que, na verdade, pertenceram a sua irmã, Angelina.

Aos 11 anos ela decide que quer ser jurista, como os irmãos mais velhos e o pai. Sarah é uma garota "peculiar" e, embora seu pai não incentive, nunca impediu seu desenvolvimento intelectual através das obras que ela retirava de sua biblioteca para ler ou dos debates que ele promovia entre a garota e seus irmãos a mesa de jantar. E é por isso que ela decide ser jurista, uma atitude que, quando toma conhecimento, seu pai faz questão de esmagar. Embora sempre tenha sentido o impeto de usar seu intelecto, Sarah acaba abaixando a cabeça para os costumes da época, almejando ao casamento e aos filhos e, quando isso não funciona, entregando-se a Deus em busca de um sentido na vida.

O que mais me irritou na personagem é que ela tomava uma decisão e com o primeiro não, com a primeira dificuldade, desistia. Então voltava a se relegar as atividades socialmente aceitáveis por um longo período, para só depois tentar novamente. A gente fica nesse vai e volta, nessa introspecção da forma como ela se sente e como gostaria de fazer tudo que tem vontade, e isso vai nos fazendo rolar os olhos com muita força.

"Naturalmente, eu sabia que não havia advogadas. Para uma mulher, nada existia além da esfera doméstica e aquelas florzinhas gravadas em caderno de arte. Uma mulher aspirar ser advogada - bem, possivelmente, seria o fim do mundo. Mas uma semente se tornava uma árvore, não?"

A narrativa é fluida, os capítulos são pequenos, então acaba sendo bem fácil de ler. A irritação fica total por conta da incapacidade da Sarah de se rebelar de forma consistente. Mesmo com os abusos em casa, ela se recusa a se impor, mesmo que por dentro esteja morrendo de vontade de fazer isso. Ela é muito passiva e permissiva, ela não age de fato. É uma pessoa para quem as coisas acontecem e que levou um tempão para começar a reagir. De fato, Sarah só toma as rédeas da própria vida e da sua militância em prol da abolição da escravidão, da igualdade racial e de gênero, quando sua irmã Angelina age.

Angelina é 12 anos mais nova que Sarah e, de acordo com a história real, a primeira mulher nos Estados Unidos a discursar na assembleia legislativa. Angelina foi criada pela visão de mundo de Sarah, mas com um fogo que a compele a, de fato, agir. E é apenas quando ela se vê livre das garras da mãe, reencontrando-se com a irmã mais velha, que Sarah finalmente começa a agir em direção ao seu futuro. É Angelina quem faz sua história acontecer, e até chegarmos nisso, passamos por muitos capítulos de Sarah lamentando-se por amores não correspondidos, pelo que sua vida poderia ter sido, pelo seu intelecto menosprezado e por seu desejo de ajudar Encrenca - embora nunca se imponha o suficiente para fazer isso.

"Mamã não queria o tecido, só queria criar confusão. Ela não podia ser livre e não podia dar na sinhá com uma bengala, mas podia pegar a seda dela. Você se rebela do jeito que pode."

Agora Encrenca já é outra história. Embora ela não seja exatamente uma figura histórica real, como tantas outras nesses livro, ela é baseada na escrava real, chamada Hetty, que Sarah recebeu de presente em seu aniversário de 11 anos, uma garota com a qual teve um forte laço de amizade na infância, mas que morreu cedo. Sue Monk Kidd, então, imaginou o que teria acontecido com Encrenca, coso ela não tivesse morrido, e nos entregou uma jovem mulher determinada, inteligente, habilidosa. Uma mulher que nunca se contentou com sua posição de escrava, que se rebelava como podia.

Quando eram crianças, Sarah ensinou Encrenca a ler e escrever e, como na época ensinar um escravo a ler e escrever era crime, ambas são punidas por isso quando descobertas. E é ali que Encrenca passa a compreender sua condição de escrava. Aos dez anos, ela não questionava. Ao lado de sua mãe, contentavam-se com os momentos juntas em seu quartinho, costurando suas colchas de retalhos e roubando doces quando a sinhá não estava olhando.

"Ninguém pode escrevê num livro quanto ocê vale."

Porém, com o conhecimento dos livros logo chega o conhecimento do mundo. Encrenca e Sarah tem uma relação de amizade que perdura por toda sua vida, e através dessa relação, fica muito claro a condição de escravidão e a visão que se tinha dos escravos na época. Encrenca sabe que é um ser humano como todos os outros, não tem nenhuma diferença entre ela e os brancos, e conforme vai conhecendo o mundo, recebendo punições e assistindo as pessoas que ama recebendo-as também, nasce um ódio dentro dela que a torna rebelde e ao mesmo tempo destemida. Inteligente pela forma como lida com as pessoas.

Eu nunca consegui me conectar muito bem com Sarah, e um dos motivos é pela forma como ela se lamentava pelos romances que não deram certo e pelos decretos do pai de que jamais poderia seguir em frente com sua intenção de tornar-se jurista. Ela age como se não tivesse opção nenhuma no mundo, embora pudesse enfrentar seus pais sim, caso o desejasse. Eu entendo que Sarah estava presa pelo machismo e pelo patriarcado, pela noção com a qual cresceu de obediência e tudo o mais, mas isso irrita muito quando do outro lado temos Encrenca, sendo punida pelos atos de Sarah. Assistindo a mãe ser punida por rebelar-se.

"Permanecer em silêncio em frente ao mal é, em si, uma das formas do mal."

A disparidade entre a existência das duas mulheres é tão grande que quando Sarah se lamentava por ter o acesso a biblioteca negado em um capítulo, no outro Encrenca, aos 11 anos, estava recebendo sua primeira chibatada. E não tem como eu lamentar pela Sarah ou achar isso tão importante quanto o sofrimento da Encrenca. Porque Sarah jamais seria punida daquela forma cruel por rebelar-se ou desafiar os pais e a sociedade.

Porém, preciso dizer que minha personagem preferida de todos foi Charlotte. A forma como ela se rebela, como engana a sinhá, como se arrisca alugando-se clandestinamente em busca de comprar a liberdade dela e da filha, como se relaciona com um negro livre que instiga nela ainda mais a ideia de que negros não são inferiores aos brancos. Charlotte cozinha dentro de si um ódio aos brancos que a escravizaram e uma reverência a sua mãe e as histórias dos negros de asas que a impulsiona a seguir em frente, sempre em frente, em busca de liberdade. Mas a bem da verdade, Charlotte nunca se deixou domar, aprisionaram seu corpo, mas nunca seu espírito e eu amei cada passo que ela deu nesse livro.

"Eu sempre quis a liberdade, mas nunca tive para onde ir nem como sair. Não importava mais. Queria liberdade mais do que respirar. A gente iria, em cima dos nossos caixões se precisasse. Foi assim que mamãe viveu a vida dela. Ela dizia, "cê tem que saber que lado da agulha vai sê, o que tá amarrado na linha ou o que fura o pano."

A Invenção das Asas é um livro curto, mas com uma narrativa que encanta e personagens verdadeiros. Um livro que não abranda o período da escravidão porque é uma parte "feia" da história, como alguns autores já fizeram - o que, honestamente, é o equivalente a chamar Hitler de "bobo" - e que traz relatos reais de quem lutou contra esse sistema que encontrava apoio mesmo dentro das igrejas.

"Eu era cautelosa, ela era intrépida. Eu pensava, ela agia. Eu acendia o fogo, ela o espalhava. E bem ali e para sempre, eu vi como as Moiras tinham sido espertas. Nina era uma asa, eu era outra."

É uma leitura que indico, apesar dos pesares, porque no fim os pontos positivos são muito maiores. A história de Encrenca, sua resiliência e luta, merece ser lida. A invenção de suas asas é uma história que deveria ser conhecida por mais pessoas, e a narrativa de Sue Monk Kidd é impecável ao fazê-lo.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/12/resenha-invencao-das-asas.html
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