Rayhan Chamoun 08/05/2020
Olhar para um relógio não vai ser a mesma coisa depois de ler esse livro...
"Hoje, ainda almejamos saber por que estamos aqui e de onde viemos. O desejo profundo da humanidade pelo conhecimento é justificativa suficiente para nossa busca contínua", [Stephen W. Hawking]
Desde que começamos a engatinhar através do conhecimento pela razão humana, o universo cada vez mais ganhou importância em nossa vida - afinal, vivemos nele. Quando caçar animais para se alimentar e se preocupar com abrigos fortes o suficiente para manter afastados predadores e outros humanos hostis passou a não ser um problema tão grande, conseguimos finalmente ter tempo para desenvolver nossas percepções e concepções que não mais tinham o principal requisito da sobrevivência de nossa espécie.
Se os elementos da natureza refletiam para muitos um teor divino de almas antepassadas e espíritos, o céu era, e ainda é, um verdadeiro mar de beleza onde sentimos que a cada vez que olhamos para sua vastidão, vemos o quão profundo ele pode ser. Muitos viram nas estrelas a beleza harmoniosa de um Deus de genialidade incompreensível, já outros, viram uma fagulha que se desenvolveu com simples perguntas: Como? Por quê? Quando?
Desde então, as fagulhas que originaram a ciência nos provam leis que descrevem os eventos ao nosso redor, mas o início de tudo ainda permanece um mistério. A cada década novas teorias surgem para descrever eventos que parecem ser as mais incríveis magias, com a exceção de realmente existirem (como os buracos negros), e que fazem outras teorias, até então sólidas, serem "contestadas". Deste modo, será que podemos usar uma teoria única, uma teoria que explique de forma congruente todas as leis até o momento e que permitirão sabermos a origem do nosso universo de forma ainda mais cristalina?
É essa pergunta que será discutida ao longo de "Uma Breve História do Tempo", escrito por um dos maiores gênios e inspiradores da ciência moderna. Stephen Hawking nos conduz por assuntos complexos, porém, de maneira tão simples, fluída e exemplificativa que as páginas simplesmente voam. A edição da Intrínseca dispensa comentários no que diz respeito a qualidade, e assim como na frase dita pelo astrofísico no começo da resenha, talvez essa resposta não nos afete em nada aqui na Terra, mas ainda estarei feliz por ansiar o conhecimento de saber a nossa origem e igualmente feliz por ter lido um livro tão incrível como este.
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