Villette

Villette Charlotte Brontë




Resenhas - Villette


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Jothamon 21/02/2021

Por conta própria.
Lucy perde tudo e todos quem ama. Assim, ela precisa aprender sobre o mundo observando tudo e todos a sua volta.
Além disso, ela vive em um tempo em que muitas coisas são inadmissíveis nos tempos atuais.
A leitura traz muitas reflexões sobre como era viver, e ser mulher, no passado e nos faz perceber que ainda há muitas dessas coisas que ocorrem hoje.
O livro também mostra como é estar sozinha no mundo e como é lidar com tudo. Muitas vezes Lucy nos esconde informações, talvez por ter esquecido, ou por que ainda não confia em seu leitor.
Contudo, isso torna o livro ainda mais apetitoso.
Uma leitura simples, mas carregada, que releva muitas verdades e nos faz encarar o modo como vivemos.
Recomeço. Descoberta. Verdade. Mentira.
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Laís 25/01/2021

Emocionante do início ao fim...não tenho palavras para descrever esse livro.
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João Vitor 17/01/2021

Villette, o u?ltimo romance escrito por Charlotte Bronte?, foi minha primeira leitura de 2021. O livro tem uma atmosfera bem diferente de Jane Eyre, outro livro da autora que gostei muito. Lucy Snowe, nossa protagonista, e? misteriosa e observadora, nada escapa de seus olhos. Me apeguei e me irritei com os outros personagens da obra, principalmente com M. Paul, que eu tinha uma relação de amor e ódio.
Ao meu ver, Lucy tinha va?rias crises depressivas, e Charlotte conseguiu descreve?-las muito bem, sem deixar expli?cito o que realmente estava acontecendo com a protagonista. E? um livro sobre a solida?o, algo que a protagonista (e no?s mesmos) pode tentar fugir, escapar, mas muitas vezes a fuga e? longa e sem escapato?ria.
Recomendo muiti?ssimo o livro, e me arrisco dizer que gostei mais de Villette do que de Jane Eyre.
Quero ler tudo que essa mulher escreveu!!!
Daniela.Godinho 17/01/2021minha estante
Gostei bastante de sua resenha, é inderesante você dizer que gostou mais de Villete que Jane Eyre. Todos colocam JE como a obra prima da autora, até agora foi o único livro que li dela, e gostei bastante.


João Vitor 17/01/2021minha estante
Daniela, recomendo muito Villette!!! A escrita da Charlotte está mais reflexiva (as vezes filosófica) que em Jane Eyre. Eu senti também que ela experimentou e ousou mais na escrita. Tem uma cena que a protagonista está sobre influência de opiáceos e o capítulo inteiro a gente consegue perceber ela perturbada e narrando os fatos totalmente alterada, a Charlotte foi genial kkkkkkk Sinto que vou precisar reler o livro pra pegar mais coisas que deixei passar. Se um dia você ler, vou querer saber a sua opinião!


Daniela.Godinho 17/01/2021minha estante
Nunca imaginei a Charlotte escrevendo uma cena assim que loucur, vejo poucas pessoas falando de Villette fico feliz de você ter tido tão boa experiência. Eu lerei com certeza, não sei quando, mas lerei sim e falo contigo :)




Cláudia - @diariodeduasleitoras 14/01/2021

Villette
?Não há nada como encarar tudo o que você faz com uma expectativa modesta: isso mantém a mente e o corpo tranquilos; enquanto as noções extravagantes podem levar ambos a um estado febril.?

Romance de Charlotte Brontë dispensa apresentação. Num é?! Pois vou encher de elogios kkkkkkk... em síntese, Villette é um romance publicado originalmente em 1853, o qual narra a vida de Lucy Snowe, uma jovem de poucos recursos que sai da Inglaterra com destino a cidade de ?Villette? e acaba tornando-se professora de inglês em um internato. A partir daí são contados na primeira pessoa os eventos que vão alterando a sua pacifica vida.

A história aborda vários temas diferentes. Há dois romances, embora só um seja principal; há a questão da emancipação da mulher (tão precoce e inovadora na altura em que foi escrita a obra), e ainda há a questão da diferença e tolerância religiosa entre católicos e protestantes que denotam a diferença cultural entre ingleses e franceses. Entre vários outros; há espaço para o gótico! Rsrs. CHARLOTTE, né meus caros.. Charlotte.

A cidade Villette seria uma versão ficcional de Bruxelas, na Bélgica, onde a autora estudou com sua irmã Emily. Todo o romance tem elementos que indicam ser um relato autobiográfico de Charlotte Brontë (como já mencionei para vcs em todas as outras resenhas das irmãs), o que faz com que nós, leitores e fãs da autora, nos tornemos ainda mais próximo da heroína Lucy Snowe, em seus devaneios e sofrimentos.

O único ponto negativo que vou destacar são as inúmeras expressões em francês que quebram o embalo da leitura, por estarem traduzidas apenas no posfácio, obrigando o leitor a interromper a leitura para ir ao final do livro em busca da tradução. O ideal seria notas de rodapé, né?! Mas esse estilo de referência foi uma orientação da própria autora à época, algo que a editora optou por obedecer.

Enfim, Charlotte Brontë é Lucy Snowe e Lucy Snowe é um pouquinho de cada uma de nós, mulheres.
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Laurette 24/12/2020

Villete conta a história da vida de Lucy Snowe. Pense numa vida cheia de dificuldade viu.
Na medida que você lê o livro, você sente cada vez mais pena de Lucy e a coitada, pra piorar, tem uma baixa autoestima (tem momentos que dá vontade de gritar LUCY VOCÊ É LINDA
kkkkk)
Como todo livro de Charlotte Brontè, há um toque de terror. Neste livro, infelizmente, o terror não foi explicado muito bem. O final da história também não é muito bom, por isso dei apenas três estrelas.
Esta edição é linda, mas no livro há muitas palavras em francês e o dicionário fica no fim do livro, então há uma grande chance de pegar spoiler.
Recomendo este livro para aqueles que já gostam de Charlotte.
Lamyla 02/03/2021minha estante
Tbm não gostei do final. Bronte foi muito dura com Lucy.




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Vai Lendo 15/12/2020

O último romance escrito por Charlotte Brontë, Villette, foi publicado pela primeira vez no ano de 1853 e, desde então, vem ganhando diversas edições pelo mundo. Aqui no Brasil, ele chegou pela editora Martin Claret em duas edições diferentes: a primeira em brochura, em 2016, e a segunda, em capa dura, com lombada exposta e corte colorido, no início deste ano, de modo que não podemos dizer que nada de bom veio de 2020.

Villette é a narrativa da vida da personagem Lucy Snowe. Feita em primeira pessoa, traz uma infinidade de pensamentos e reflexões da personagem, assim como toda a sua trajetória. Lucy não possui ninguém que cuide dela, então precisa conquistar seu lugar no mundo com as habilidades que tem em mãos. Com pouco dinheiro e sem muita aptidão para ser dama de companhia de senhoras idosas, ela parte em direção à França com esperanças de conseguir seu sustento e prosperar na vida. Após a travessia do Canal da Mancha, várias coincidências a levam até a cidadezinha de Villette, onde passa a morar e a trabalhar em um pensionato para moças.

Sem sombra de dúvidas, Charlotte Brontë fez de Villette um livro denso e, de certa forma, mais difícil de ser lido, mas isso não acaba com a maestria de sua obra. Com personagens muito bem descritos e totalmente tridimensionais, reflexões sobre a dificuldade de uma mulher sozinha para se sustentar em uma sociedade na qual as mulheres deveriam ficar em casa, não ter pensamentos próprios nem uma grande educação, além de mostrar as diferenças de tratamento recebidas pelas diversas classes sociais e uma grande discussão sobre tolerância religiosa, o livro deixa de ser um simples romance e passa ser uma obra revolucionária para sua época, com lições que podemos usar até os dias de hoje.

A nossa personagem é, por natureza, uma pessoa extremamente observadora que prefere não interferir nos acontecimentos à sua volta. Isso faz com que ela nos entregue descrições primorosas dos outros personagens e dos lugares pelos quais passa. Você é realmente capaz de acreditar que esses seres fictícios são seus conhecidos, através da narrativa ricamente apresentada.

Pequenas coisas me incomodaram, tanto na edição que eu li (a de capa dura) quanto na forma em que a história foi escrita. Vamos falar primeiro da edição: por mais que ela seja linda, a lombada aberta me causou bastante nervoso e me impossibilitou de ler na maioria das posições que eu prefiro, devido à capa na parte frontal não estar presa ao resto do livro. E, mesmo sendo o objetivo deixar o livro totalmente aberto na página que está sendo lida, isso não acontece e, durante toda a leitura, tive que ficar segurando. A lombada aberta também coloca um estresse na parte de trás da capa por ser o único lugar em que o miolo está preso, tornando bem sensível a rasgos.

Outra coisa na edição que fez com que a leitura não fosse tão fluída foi o fato de todas as traduções das falas em francês estarem em um glossário na parte final do livro, e esse ir e vir acabava desanimando bastante o prosseguimento da leitura. Acho que esses pontos como notas de rodapé seriam mais interessantes.

Agora, vamos para o que me incomodou na história, que foram só duas coisinhas: a primeira é que a personagem Lucy, muitas vezes, começa a viajar em seus próprios pensamentos de forma tão filosófica que, em alguns momentos (ok… muitas vezes), eu precisava voltar e reler porque não tinha conseguido entender nada do que ela estava querendo dizer, o que fez eu demorar mais a ler o livro; e a segunda é a enorme quantidade de coincidências que ocorrem durante a narrativa, o que faz todo o enredo ser bem menos crível.

Depois de ter lido Villette e Jane Eyre posso dizer, com certeza, que Charlotte é minha irmã Brontë favorita.

Por @encalhadosnaestante

site: https://www.vailendo.com.br/2020/10/05/villette-de-charlotte-bronte-resenha/
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Alan (@coracaodeleitor) 26/10/2020

Um lindo clássico
Olá literáriooooos.

Hoje vamos conversar sobre um clássico que amei, "Villette" de Charlotte Brontë, nessa edição incrível da @editoramartinclaret. .
.
Lucy Snowe é uma garota que decide buscar seu caminho quando se vê sozinha, já que ela cuidava de uma senhora idosa e essa senhora falece. Então, ela numa atitude muito corajosa (ou imprudente) sai sem rumo até parar na cidade de Villette, na França.

Durante a viagem ela fez amizade com uma moça que lhe deu uma dica de ir pedir emprego em um internato de meninas. Após muitos percalços ela consegue chegar ao local e consegue um emprego de babá, mas isso dura pouco tempo. Pois Lucy é inglesa e no internato francês ela acaba ocupando a vaga de professora de inglês.

A partir daí conhecemos uma gama de novos personagens e vamos ver o desenvolver de Lucy conhecendo as pessoas e a forma como a aquela sociedade funciona. E principalmente vemos seu crescimento em busca de liberdade e auto conhecimento.

Pra mim o livro reflete uma heroína que quebrou os padrões da sua época. Já que o livro se passa nos anos de 1800 onde a cultura diria que você só seria bem sucedida se fosse rica, bonita e tivesse um bom casamento.

Nossa protagonista busca em si mesma sua emancipação e vontade de romper as barreiras impostas.

Lucy é muito determinada, forte e acima de tudo destemida. Acho muito legal que a autora colocou muito de si nessa história.

Após algumas pesquisas eu vi que o livro chega a ser até um pouco autobiográfico já que conta muito das experiências pessoais da autora e ela colocou na sua personagem fictícia.

É um livro um pouco mais lento como a maioria dos clássicos, mas ainda assim super cativante por conta da nossa protagonista.

As lições e questionamentos feitos por ela ao longo do livros nos servem até hoje. Amei o livro e super indico a vocês.
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Giulipédia 14/10/2020

Como é estar verdadeiramente sozinho?
Esse livro conta a história de Lucy Snowe, uma jovem inglesa vítima de um trágico acontecimento que a torna órfã de família. Sem ter para onde ir, ou a quem recorrer, essa perseverante jovem decide se aventurar no exterior e acaba indo parar em um pensionato para moças de Madame Beck em uma cidadezinha francesa, chamada Vilette. Lá Lucy nos faz descrições de como é viver em meio aos franceses, e ainda por cima católicos, nossa jovem é protestante como uma boa inglesa deve ser. Também trás uma boa descrição das frivolidades das meninas ricas e o contraste do cenário educacional de Madame Beck para com o resto do mundo.

Foi uma leitura que me deu bastante sobre o que refletir, acho que acima de tudo Vilette, no meu ver, é um livro sobre estar sozinho. Como seria a sua vida se você fosse privado de todos que conhece? Se você se encontrar verdadeiramente sozinho, a ponto de sua morte não afetar a vida de ninguém?

Lucy trás muitas reflexões sobre estar só no mundo, como ela tem momentos de desespero por não ter nem uma alma que esteja ao lado dela, nem um parente, nem um amigo, nem sequer um bichinho de estimação. Mas em meio a isso ela também nos mostra a perseverança de continuar caminhando, mesmo que a própria presença ou ausência não faça a menor diferença na vida de ninguém e acho que isso é o mais belo, construir uma vida por si, e não por outros, viver por você. Minha reflexão no mundo atual me diz que poucas pessoas verdadeiramente conhecem esse significado, eu mesma desconheço a profundidade de uma vida assim.

O livro aborda muitas outras questões envolvendo a redenção de alguns personagens, trás problemáticas também sobre comportamentos masculinos aceitáveis para época, mas que hoje são considerados extremamente machistas, mas que ainda infelizmente se fazem presentes nos tempos atuais. Lucy também faz uma crítica polêmica bem maciça ao Catolicismo Romano, mas que também relevamos pela diferença de tempo que o livro foi escrito.

Porém apesar dessas críticas e mesmo sabendo que esses comportamentos não são aceitáveis para os tempos atuais, ainda sim são mesclados em nossa sociedade, então mesmo que não sejam tão escancarados como eram no séc. XIX, ainda hoje se encontram presentes de forma bem mais disfarçada, mas ainda presentes e praticado por nós sem nosso próprio conhecimento, então mesmo que tenha se passado séculos de diferença entre a realidade de Lucy e a minha, compartilhamos dos mesmos problemas em níveis diferentes, nesse caso vemos um romance atemporal presente aqui.

Mas já falei demais, para aqueles que me acompanharam até aqui, faço um convite para conhecerem Lucy e a cidadezinha de Vilette, tirem suas próprias conclusões, as minhas estão bem evidentes acima, foi uma leitura difícil com toda a problemática trazida, mas foi uma leitura igualmente gratificante pelo mesmo motivo e que me deu muito o que refletir, mais uma vez agradeço a Charlotte Brontë, pelo seu legado e educação ética e moral através de suas obras, recomendo a leitura a todos!
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Helder 09/10/2020

Retrato de uma mulher no seculo XIX
Villette foi minha primeira experiência com Charlotte Bronte, e apesar de ser uma leitura lenta, tornou-se uma leitura interessante, principalmente pelo retrato da época feito pela autora.
Mas preciso dizer que muitas coisas me irritaram, e imagino que para mulheres alguns momentos de raiva sejam maiores do que os meus.
Muitas pessoas pensam que romances de época são livros com histórias bonitas e românticas onde mulheres vivem grandes amores, mas aqui temos algo completamente diferente, o que pode frustrar muitos leitores.
O livro foi publicado em 1853 um pouco antes de Charlotte Bronte falecer e muitos dizem que o livro tem muitos fatos autobiográficos da autora.
Neste livro ela não quis contar uma história de amor, mas sim fazer um relato sobre o que era ser mulher na época em que vivia.
Villette conta a história de Lucy Snowe, uma moça solitária, que tenta viver bem em um período onde para uma mulher ser feliz ela tinha que ser bela ou rica, e casada, coisas que não acontecem na sua vida, já que Lucy não tem família, dote, nem características físicas que chamem atenção.
Quando conhecemos Lucy, ela é uma jovem de quase 18 anos que está na casa de sua madrinha. Ali ela conhece o filho desta madrinha e uma menina chamada Paulina.
Vi algumas resenhas citando Lucy como uma personagem empoderada, mas discordo completamente disso. Para mim Lucy é uma sobrevivente.
Para mim, muitas vezes Lucy me pareceu uma sombra, ou uma câmera que acompanha a ação, mas pouco participa desta, e isso me confundia um pouco como leitor, pois buscava seu protagonismo e muitas vezes apareciam fatos no texto que para mim eram completamente sem sentido e desnecessários.
Mas doce engano, pois com o passar do livro, a autora vai retomando todos os personagens e mostrando suas devidas importâncias na vida de Lucy.
Após este tempo na casa da madrinha, ela volta para sua cidade natal na Inglaterra onde trabalha como acompanhante de uma idosa. Com a morte desta, ela recebe um dinheiro, e como não tem nenhuma família nem amigos que a prendam ali, ela decide ir para Londres, porém ao chegar em Londres ela resolve dar um passo maior: Pegar um navio e ir para o continente.
Neste navio ela conhece uma menina muito bonita que lhe conta que está indo estudar em Villette, e assim Lucy decide que aquele será seu destino.
Imagino que na época do lançamento do livro esta tenha sido uma decisão surpreendente, pois fica claro no livro que as mulheres dependiam totalmente dos homens (pais e maridos), tornando a atitude de Lucy um dos primeiros exemplos de feminismo na literatura.
Desta maneira ela chega a Villette, onde encontra um novo problema: O idioma.
Villette é uma cidade fictícia inspirada pela cidade de Bruxelas, onde Miss Bronte realmente viveu durante um tempo de sua vida, estudando e trabalhando e a língua ali era francês.
No fim, aquilo que era um problema, torna-se um trunfo para ela, já que consegue vaga como governanta em uma casa onde a dona procura uma pessoa que ensine inglês para suas filhas.
Começam aí as várias coincidências do livro.
A casa onde ela chega é a escola que a menina lhe falara no navio e pertence a Madame Beck, uma mulher desconfiada que cuida de seus objetivos pessoais com unhas e dentes.
E é ali que Lucy vai começar a se encontrar, mas nunca sem enfrentar diversos percalços.
Logo ela consegue uma vaga como professora de inglês nesta escola, mas nem tendo um emprego ela consegue deixar de viver como uma sombra e isso muitas vezes me incomodou na narrativa, pois eu tinha vontade de dar uma chacoalhada naquela mulher.
Ela parece assumir que as boas coisas do mundo não são para ela, e nunca dá um passo a frente, sempre aceitando as migalhas que as pessoas vão lhe oferecendo.
E são diversas pessoas que vão passando por sua vida, mas é como se Lucy vivesse sempre na borda, nunca sendo protagonista das coisas. É difícil descrever, mas pensando agora, Lucy me lembrou um pouco Jean Batiste de Grenouille do livro o Perfume, não pelo lado psicopata, algo que aqui não existe, mas por não ter cheiro.
Sim, para mim Lucy era uma pessoa sem cheiro. As pessoas a viam, mas não a notavam, não sentiam sua falta, e isso me deixou triste em diversas passagens do livro.
Ela parece sempre que vai se impor, mas isso nunca acontece, e as coisas vão passando por ela, sem se fixarem, tornando sua vida extremamente vazia.
Todos parecem ser bons com ela, mas no fundo ninguém precisa dela, e eu acho que sentir-se necessário é o que move o ser humano.
Nas coincidências do livro, Lucy volta a se encontrar com a menina bonita do navio, com sua madrinha, o filho e aquela pequena menina do início do livro, e estes encontros trazem novas expectativas , porem sempre novas frustrações, já que as vezes Lucy ousa sonhar um pouco, mas parece que a vida sempre lhe toma o que ela achava que ia conseguir, e ela se conforma. Simples assim.
Até que aparece um personagem que a vê, mas infelizmente este personagem é tão insuportável que só me vinha um ditado a cabeça:
“Antes só do que mal acompanhado”.
É um homem arrogante, mimado e cheio de vícios de criação, além de um lado de fanatismo religioso difícil de engolir, mas que Charlotte usa muito bem para mostrar a prepotência da igreja católica sobre outras religiões.
Porém é fácil entender que no meio de tanta carência, qualquer foco de atenção é uma luz. E é ali que aparentemente ela encontra a paz que precisa para viver, ou simplesmente sobreviver.
Neste ponto lembrei um pouco de Macabea e seu Olimpico de Jesus.
Lucy, não é sonsa como Macabea. Ela só acredita pouco em si e para mim se contenta com pouco.
Mas eu digo hoje isso em 2020, onde a confiança da mulher em si está muito maior. Como julgar as atitudes de Lucy em 1850?
O final do livro me surpreendeu, pois Charlotte deixa abertas possibilidades para a nossa narradora.
No meu final, tudo deu certo, pois eu preciso acreditar nisso após 720 páginas, porém pelo histórico de Lucy, podemos ainda duvidar que desta vez ela tenha encontrado seu lugar no mundo.
Por fim, eu acho um livro interessante por mostrar a foto de uma época com todos os preconceitos e conceitos envolvidos.
E fico feliz em ver o quanto o mundo evoluiu, por mais que muitas vezes ainda parecemos estar numa era medieval.
Sim, as coisas já foram piores!
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jacqueline 04/10/2020

Um livro pra quem realmente gosta de ler
Livro pra quem aprecia o comportamento e as nuances dos sentimentos do século XVIII. Achei interessante e um pouco cansativo.
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Gláucia 27/09/2020

Villette - Charlotte Brontë
Essa edição de Pedrazul está cheia de errinhos de revisão, não chegaram a me incomodar. Mas contém um prefácio que deveria ser posfácio, recheados de spoilers de fatos que forma surpresa pra mim e só acontecem do meio pro final do livro. Por ser muito extenso, teria estragado um pouco minha experiência de leitura.
Saber que tem muito de autobiográfico torna o processo mais agradável.
Gostei do final aberto, mas confesso que me deu uma certa agonia, principalmente após quase 600 páginas.
Natalie Lagedo 27/09/2020minha estante
Finais abertos normalmente me deixam decepcionada.?


Kelly Oliveira Barbosa 28/09/2020minha estante
Por isso que eu costumo pular prefácios de livros de ficção.


Gláucia 28/09/2020minha estante
Não sei porque não colocam no final.


Karen 28/09/2020minha estante
Quando me dedico a um livro que apresenta prefácio, introdução ou apresentação, costumo verificar essa parte somente após ter concluído a leitura da obra propriamente dita, a fim de que eu não me depare não só com informações importantes sobre o teor do título, mas também com estudos ou críticas especializadas acerca das significações de seu texto, de maneira que possa estruturar minhas próprias ideias a respeito daquilo que li. A bem da verdade, há casos em que até as sinopses que se encontram na contracapa ou nas orelhas de um livro trazem spoilers, daí ser mais adequado também evitar as informações de tais seções até que se conheça toda a obra.


Denise 03/10/2020minha estante
G. Na minha interpretação o final não é aberto e sim trágico. Amei!


Gláucia 03/10/2020minha estante
De, eu tb acho que o final foi esse, trágico. Ela só quis deixar uma brecha pra quem não souber lidar com isso pensar que pode ter havido um final feliz rss




Gabi 07/09/2020

Quando comecei a ler Villette, pensei que teria um pouco mais de facilidade de me envolver com a escrita da autora, (a culpa das minhas expectativas sendo totalmente de Jane Eyre por me prender já no comecinho) apesar de não ter sido uma leitura tão envolvente quanto eu esperava, me surpreendi com a história. Gostei muito da Lucy, a personalidade dela me cativou e até me identifiquei com a personagem em alguns momentos. E o final criado pela autora é muito bom, criando diferentes possibilidades na mente do leitor. Mas fui enganada durante toda a história, shippei o casal errado, hahaha. Estou ansiosa para ler os dois livros que faltam da autora.
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skuser02844 29/08/2020

Mais uma grande obra de Charlotte Bronte
Muito melhor do que Shirley, embora não tão cativante como Jane Eyre, a obra-prima da autora. Gostei muito da história e da protagonista e me surpreendi com o final ambíguo, sujeito a várias interpretações.
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Natalia Noce 19/08/2020

Sem sombra de duvidas Charlotte Brontë fez de Villette um livro denso e de certa forma mais difícil de ser lido, mas isso não destrói a maestria de sua obra. Com personagens muito bem descritos e totalmente tridimensionais, reflexões sobre a dificuldade de uma mulher sozinha para se sustentar em uma sociedade que mulheres deveriam ficar em casa, não ter pensamentos próprios e nem uma grande educação, além de mostrar as diferenças de tratamento recebidas pelas diversas classes sociais e uma grande discussão sobre tolerância religiosa o livro deixa de ser um simples romance e passa ser uma obra revolucionária para sua época e com lições que podemos usar até os dias de hoje.

Pequenas coisas me incomodaram tanto na edição que eu li (a de capa dura) quanto na forma em que a história foi escrita. Vamos falar primeiro da edição: por mais que ela seja linda, a lombada aberta me causou bastante nervoso e me impossibilitou de ler na maioria das posições que eu prefiro devido a capa na parte frontal não estar presa ao resto do livro e mesmo sendo o objetivo deixar o livro totalmente aberto na página que esta sendo lida isso não acontece e durante toda a leitura tive que ficar segurando. A lombada aberta também coloca um estresse na parte de trás da capa por ser o único lugar em que o miolo esta preso, tornado bem sensivel a rasgos. Outra coisa na edição que fez com que a leitura não fosse tão fluida foi o fato de todas as traduções das falas em francês estarem em um glossário na parte final do livro e esse ir e vir acabava desanimando bastante o prosseguimento da leitura, acho que esses pontos como notas de rodapé seriam mais interessantes. Agora vamos para o que me incomodou na história, que foram só duas coisinhas, a primeira é que personagem Lucy muitas vezes começa a viajar em seus próprios pensamentos de forma tão filosofica que às vezes (ok... muitas vezes) eu pecisava voltar e reler porque nao tinha conseguido entender nada do que ela estava querendo dizer o que fez eu demorar mais a ler o livro e a segunda é a enorme quantidade de coincidências que ocorrem durante a narrativa, o que faz todo o enredo ser bem menos crível.
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