O Sol Desvelado

O Sol Desvelado Isaac Asimov




Resenhas - O Sol Desvelado


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Thiago Araujo 15/06/2020

Simples e eficiente
Quando a expectativa é alta corremos alguns riscos. Pra mim Asimov sempre correrá esse risco. Um mestre não pode ser subestimando jamais. Mas Sol Desvelado provou ser só um pouco mais do que ele sabe.

Boa escrita, ritmo fluido, livro curto e rápido, mas sem aquele plot de explodir a cabeça, mais para uma receita simples e eficiente de sucesso, mas que não agrega tanto ao coração.

Mesmo assim os robôs de Asimov nunca perdem seu encanto e seu universo é de cair o queixo de complexidade. O final deixou aquele gostinho de potencial de crescimento forte, que espero que se cumpra na próxima aventura de Bailey. Ah, e Daneel não pode ficar de fora, claro!
Tatta 15/06/2020minha estante
uma dúvida! p ler este livro é preciso ter lido ?eu, robô? ou apenas ?cavernas de aço??

melhor, você recomenda alguma ordem de leitura?


Thiago Araujo 15/06/2020minha estante
Pra contextualizar, melhor ter lido o Cavernas de Aço. Já que é uma sequência. Já O Eu, Robô não precisa. É claro que ajuda a entender o universo, mas não precisa.


Tatta 15/06/2020minha estante
entendi!! valeeeeuuu




Jujubacoutinho 11/01/2023

Isaac Asimov criou um incrível mundo futurístico e mostrou os extremos de como a criação de robôs podem afetar a humanidade.

No primeiro livro da série dos robôs, se vê um repúdio enorme aos robôs na Terra, e o grande medo que se tem de que as máquinas irão machucar os humanos.

No segundo livro, porém, vemos outro planeta habitado de humanos, os estão chamados Siderais no universo de Asimov, e experienciamos quase que a dependência completa de robôs pelos humanos que lá habitam.

Nesse livro Baley sai da Terra e vai investigar um assassinato em Solaria, um dos planetas povoado dos Siderais, e que por não ter histórico de crimes por mais de 200 anos, se encontra sem nenhum tipo de protocolo para lidar com assassinato, forçando chamar um detetive da Terra.

Gostei bastante do livro, por mim, o melhor da série dos robôs de Isaac Asimov. Mistura questionamentos sociológicos junto com uma clássica forma de resolução de mistério, onde uma grande explicação no final com uma inesperada surpresa que finalmente nos esclarece sobre o verdadeiro assassino.
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DiLopes 29/12/2020

Segundo da trilogia
Excelente livro com ambientação detalhada. Asimov cria um mundo utópico envolvente e intrigante com uma trama policial/detetive que prende a atenção. Ainda adiciona as peculiaridades do relacionamento entre um humano é um robô. O livro ganha ainda mais destaque por tratar de situações que enfrentamos nos dias atuais como o isolamento social. Excelente livro e trilogia.
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plopesfi 05/05/2021

FENONEMAL
Gostei ainda mais desse livro do que do primeiro, as viradas que o enredo dá, e o tempo todo o escritor em sua genialidade te entrega mais evidências e mais perguntas sobre o que está acontecendo te prendendo ao livro até que ele se mostre no final surpreendente, não é que nem a Ágatha Christie que nos apresenta a resolução do crime nas últimas páginas para que segure o leitor, mas é no último capítulo que se apresenta o desfecho da história que foi construída de forma separada, com cada personagem secundário tendo seu próprio arco e respeitada sua própria história que se unem em um desfecho genial. Um dos melhores livros POLICIAIS (com ficção científica) que já li!
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Christofaro 18/08/2020

Conhecendo os mundos exteriores
Elijah Bayle é levado para investigar um improvável assassinato no mundo exterior com a maior proporção robôs/humanos da galáxia. Lá, descobre que R. Daneel será, novamente, seu parceiro.
A interação entre a dupla é mais profunda, e Asimov nos mostra como é a vida no mundo sideral mais robotizado, o que nos ajuda a entender melhor o universo que criou.
Preconceitos com relação aos terráqueos nos mostram como a vida é diferente nos mundos exteriores, especialmente em Solaria, onde olhar e ver são coisas diferentes.
Com uma narrativa ainda mais empolgante que Cavernas de Aço, o Sol Desvelado é um grande e emocionante livro que nos Maravilha com o futuro imaginado pelo autor.
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Raquel 05/08/2021

Envolvente do início ao Fim
Sem dúvidas Asimov entrou para a lista de autores favoritos.

Nesse segundo volume vamos acompanhar o detetive Elijah Baley em mais uma de suas investigações junto de seu companheiro robô, R-Daneel.

Como solucionar um caso de assassinato em um lugar onde assassinatos não existem, onde o ambiente é hostil a sua própria natureza, tanto quanto as pessoas que alí habitam, e sem poder usar as ferramentas as quais está habituado?

Em O Sol Desvelado Baley está em mais uma de suas missões para desvendar casos impossíveis e provando seu valor.
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toricarvl 19/08/2023

Um dos melhores livros de ficção científica que já li até agora. Tudo MUITO bem desenvolvido, o andamento da investigação foi excepcional - me senti uma Sherlock fazendo teorias.

Único detalhe que poderia ser melhor é quem seria o assassino. Fiz várias teorias e o final não foi decepcionante, mas poderia ser melhor.

Com certeza vale a pena ler os próximos livros.
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Marcos.Leste 07/08/2022

Séries Robôs
Uma leitura prazerosa....uma ficção científica na qual procura tratar das relações de interações humanas...trazendo uma reflexão sobre o distanciamento social, o livro é de 1957, porém a reflexão é muito atual.....
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Nícolas 08/05/2020

Eu entendi a referência...
Mais um ótimo livro de Asimov. Desta vez ambientado em um mundo sideral.
Parece a versão futurista de um livro da Agatha Christie com direito a revelação final numa reunião ao bom estilo Hercule Poirot.
Contando ainda com uma referência a Sherlock Holmes, este livro mostra mais uma vez que o casamento da ficção científica e do romance policial é possível.
Victória 08/05/2020minha estante
?




Djully 31/12/2020

Se...
Se o primeiro ja foi bom, o segundo livro foi melhor ainda. Sempre gostinho de quero mais.
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Antonio Luiz 21/08/2014

A robótica de Asimov, uma ciência passadista
A Editora Aleph continua sua série de edições ou reedições de clássicos da ficção científica, na maioria datados da chamada Golden Age do gênero (de fins dos anos 1930 ao início dos 1960). Alguns deles envelheceram razoavelmente bem, outros nem tanto. É pena, mas os dois primeiros romances da série robótica de Isaac Asimov As Cavernas de Aço e O Sol Desvelado, de 1953 e 1957, respectivamente, pertencem à segunda categoria. Podem interessar do ponto de vista da história das ideias, mas não mais para quem busca a ficção científica como uma interrogação sobre os rumos do futuro.

Trata-se de histórias sobre a interação entre humanos que sempre têm como pressuposto as hoje famosas Três Leis da Robótica: 1) Nenhum robô pode ferir um ser humano, nem permitir que sofra, por inação, qualquer dano; 2) Um robô tem que obedecer às ordens que lhe forem dadas pelo ser humano, a menos que contradigam a primeira lei; e 3) A obrigação de cada robô é preservar a própria existência, desde que não entre em conflito com a primeira ou a segunda lei.

As duas edições vêm acompanhadas de uma introdução na qual o autor explica a origem dessa concepção na sua insatisfação com obras dos anos 1920 e 1930 sobre robôs. Cita a peça R.U.R. de Karel Capek, que em 1921 introduziu o conceito de robô e Frankenstein (aparentemente o filme de 1931 e não o romance de Mary Shelley) e poderia ter lembrado também o Metropolis de Fritz Lang, de 1927. Asimov via essas obras, nas quais robôs foram retratados como inventos perigosos que destroem seus criadores, a um complexo de Frankenstein cuja moral se reduz a há coisas que os homens não devem saber. Atribuiu (corretamente) essa desconfiança da tecnologia ao desastre das guerras mundiais, com seus tanques, aviões e gases venenosos e queria defender a tese de que é preciso defender o avanço científico e lidar com seus perigos. As Três Leis foram concebidas em fins de 1940 e explicitadas pela primeira vez em um conto publicado em 1942, para convencer os leitores de que os riscos do progresso podiam incorporar suas próprias salvaguardas.

Como deve ser claro para qualquer leitor de 2014, Asimov trapaceou. O uso de robôs assassinos é cada vez mais generalizado, incluídos neles sistemas de combate automático como o AEGIS dos EUA (que em 1988 matou 290 pessoas ao abater, por engano, um avião de passageiros iraniano), drones bombardeiros, mísseis nucleares e outras ameaças hoje na fase experimental. Garantias automáticas não existem nem podem existir, muito menos em um mundo submetido ao capitalismo desenfreado, outro mecanismo do qual é ilusório esperar qualquer autorregulação eficaz. A única restrição possível está na intervenção externa do debate e política democrática, coisa que a mentalidade tecnocrática do chamado Bom Doutor da ficção científica não cogitava.

Mas não é só por isso que estes dois romances, que se passam milênios no futuro (a partir do ano 5020, segundo cronologia posteriormente desenvolvida pelo autor), estão não só datados, como especialmente ultrapassados. Os contos da antologia Eu, Robô partem da mesma premissa, são anteriores (1939 a 1950) e se passam no futuro próximo, no século XXI. Mesmo assim, soam algo menos antiquados, seja pelo foco em problemas lógicos e éticos em parte atemporais, seja pelo ambiente restrito em que geralmente se passam (estações espaciais e fábricas de robôs, com raras alusões à sociedade mais ampla) e pelo protagonismo de Susan Calvin, que dá às histórias um ar feminista desde que se ignore que a misantropa doutora é vista como uma anomalia em seu próprio mundo.

Já os dois romances abordam mistérios criminais com implicações sociais e políticas que exigem uma abordagem da sociedade do futuro. Nisso, a imaginação de Asimov se mostra surpreendentemente travada, a ponto de ocasionalmente contrariar sua própria lógica para não violar convenções que era incapaz de ultrapassar. Não era apenas uma limitação da época, pois Arthur C. Clarke, no contemporâneo A Cidade e as Estrelas (de 1956, recentemente republicada pela Pulsar, selo da editora Devir), pôde ir muito além delas. Duas em especial servem de exemplo: o antropomorfismo dos robôs e o papel das mulheres e da família.

Os cidadãos da Diaspar de Clarke vivem cercados de realidades virtuais e de inteligências artificiais onipresentes, mas quase invisíveis de tão rotineiras e integradas ao quotidiano que se tornaram. Tomam inúmeras formas (em geral não antropomórficas) e algumas delas lembram muito os drones hoje tão na moda. Mesmo se a tecnologia que os torna possíveis não é explicada, é do ponto de vista da informática um mundo surpreendentemente moderno do ponto de vista de 2014.

Já o VI milênio de Asimov, fora serem as cidades subterrâneas e servidas por esteiras rolantes, reflete o mundo dos anos 1950. Os robôs são todos humanoides e exercem funções antes desempenhadas por empregados subalternos exatamente da mesma maneira, inclusive calçar senhoras nas sapatarias e levar e trazer recados em escritórios como contínuos um correio eletrônico, aparentemente, não passava pela mente do autor. São até chamados por garoto (boy) à maneira paternalista de estadunidenses brancos da época para com empregados negros. Apesar de supostos milênios de convivência com a robótica, essas máquinas continuam desajeitadas e caricaturais. O autor alega que a forma humana é a mais versátil e adaptável às diferentes ferramentas e painéis já existentes, mas o argumento faz pouco sentido mesmo na sua Terra, onde a maioria dos robôs desempenham tarefas especializadas. Menos ainda em Solaria, cenário do segundo livro, onde cada indivíduo tem milhares de robôs a seu serviço. Vê-se, por exemplo, um robô cuja única função é manter a sintonia de um sistema de comunicação holográfica à distância, manipulando diais analógicos com as mãos. Sua versão da robótica é essencialmente um escravismo idealizado e atualizado, embora sirva também à construção de interessantes enigmas de lógica e dedução.

Na cidade futurista de Clarke, os indivíduos são projetados e gestados por um Computador Central, as famílias tradicionais não existem e a igualdade entre homens e mulheres é enfatizada. Este último ponto vale inclusive para na cidade alternativa de Lys, onde as crianças continuam a nascer da maneira convencional. Já na Terra do futuro de Asimov, espera-se que as mulheres abandonem a carreira quando se casam e dependam exclusivamente da carreira do marido, mesmo se o número de filhos é limitado por lei e há pouco trabalho doméstico a fazer, pois apartamentos são minúsculos e muitas tarefas são automatizadas. É o caso de Jessie, esposa do protagonista Elijah Baley, como foi o dos pais do detetive. A situação é diferente em Solaria, onde a única função do casamento é promover relações sexuais geneticamente desejáveis, as crianças são gestadas e criadas numa instituição especializada e as mulheres têm propriedades, robôs e carreira à sua disposição tanto quanto os homens, mas isso é tratado como indesejável e contrário à natureza feminina. Clichês sobre os gêneros são tão naturalizados e projetados no futuro que se torna um fator decisivo para a trama do primeiro livro que, indiscutivelmente, homens jamais falam entre si quando estão em banheiros públicos e mulheres sempre o fazem.

Dado curioso, Jessie se orgulhava do verdadeiro nome, Jezebel, associado na tradição cristã popular a crueldade e sedução algo como o único grão de pimenta de uma existência de resto insossa e o marido a irrita ao convencê-la de que a Jezebel bíblica foi uma esposa fiel, e uma boa esposa (...), ela não teve amantes, não ficava de brincadeira e, moralmente, não tomava liberdades de maneira alguma. Essa frustração a leva a se unir a um grupo subversivo e a um choroso arrependimento. De resto, a história de como os dois se casaram e vivem juntos é árida e monótona. O que há de mais sensual e romântico neste ciclo (e talvez em toda a obra de Asimov) é a tensão sexual entre o detetive e Gladia Delmarre, suspeita do segundo romance, que segue os clichês do gênero noir tanto quanto cabe na sociedade ultraelitista imaginada por Asimov nesse planeta. Embora talvez a relação amorosa mais genuína seja a que se desenvolve entre o protagonista e seu parceiro robô, R. Daneel Olivaw.

As obras citadas de Asimov e Clarke têm, por outro lado, uma peculiaridade em comum: ambas mostram um mesmo horror ante a possibilidade de uma civilização fechada em si mesma a cidade de Clarke é protegida por uma cúpula, as cidades da Terra de Asimov são subterrâneas , cujos cidadãos perderam o interesse pela exploração espacial e temem até sair a céu aberto. Estranhamente, ante o recém-terminado pesadelo da II Guerra Mundial e a ameaça crescente da aniquilação nuclear, ambos receavam sobretudo um acomodado fim da história. Pareciam suspirar por uma expansão sem fim, por alguma forma de retornar aos tempos das conquistas imperiais britânicas ou dos pioneiros do Oeste norte-americano.

Diaspar é uma sociedade igualitária, próspera e tão cheia de luxos e diversões como um misto de parque temático com shopping center gratuito, ao passo que a Terra futura de Asimov aparece pobre, superpovoada e sobrecarregada de complicadas e ridículas distinções sociais, de forma a evocar estereótipos sobre a União Soviética de Stálin e ao mesmo tempo sobre a China ou a Índia coloniais. Não há dinheiro e as pessoas (que não sejam mulheres casadas) são premiadas ou punidas com promoções e rebaixamentos numa minuciosa escala de graus o protagonista, por exemplo, começa a história com uma classificação C-5 e aspira a ser C-6, o que lhe daria mais alguns invejáveis privilégios. Um assento na via expressa na hora do rush, e não apenas das dez às quatro. Mais opções no cardápio das cozinhas comunitárias da Seção. Talvez até um apartamento melhor e uma cota de entradas para os andares do Solário para Jessie. Há um governo mundial com sede em Washington, tecnocrático, burocrático e aparentemente não eleito.

Essa situação poderia ser facilmente apresentada como uma distopia tirânica, mas essa não é a preocupação de Asimov. Os únicos descontentes são os medievalistas, que detestam robôs por tirar empregos e pregam uma vida mais natural e a céu aberto, mas são representados como sonhadores ingênuos e desajustados. O protagonista não se sente oprimido e não questiona sua realidade a não ser na medida em que se sente humilhado pelos Siderais, descendentes de colonos humanos que vivem em mundos mais ricos e poderosos (como Solaria) e que interferem em assuntos terrestres. É só quando percebe que seu mundo é insustentável a longo prazo que conclui que a solução é retomar a conquista espacial que tenta persuadir as autoridades de seu mundo a planejar mudanças.
Curioso um autor obviamente inteligente não ser então capaz de perceber que a estreiteza e o provincianismo de suas concepções sobre a vida e a humanidade eram uma limitação muito mais real à aventura humana do que os obstáculos imaginários às aventuras espaciais. Tratando-se, bem entendido, do Asimov da Golden Age. Suas obras dos anos 1970 aos 1990, influenciadas pela revolução da New Wave da ficção científica, mostram mais abertura e questionamento de seus preconceitos anteriores. Mas essas são outras histórias.

site: http://www.cartacapital.com.br/blogs/antonio-luiz/a-robotica-de-asimov-uma-ciencia-passadista-1515.html
Diogo 19/11/2014minha estante
Interpretação anacrônica.


Pedro Ivo 17/07/2015minha estante
Gostei bastante, Antonio.
Mas tenho de ressaltar que, embora considere ambos os romances datados, não acho que eles tenham se tornado desinteressantes.
Podem não servir a uma analise de futuro (mas no fundo nenhuma ficção cientifica trata mesmo do futuro, mas de sua época) mas são boas narrativas. Menores dentro dqa obra de asimov. Mas incríveis.


Rodrigo 05/04/2021minha estante
Blablabla,mais parece um rascunho da história da humanidade esse sua pseudo resenha longa e cansativa




Rafael_Santiago 13/06/2021

Isaac Asimov sempre profético!
É incrível ao ler as histórias do Asimov e notar o quão visionário ele era, não apenas na idealização dos aparatos tecnológicos que então compunham os mundos futurísticos por ele imaginados em seus contos e romances, como também as implicações no uso de tais tecnologias.

Não bastasse isso, esse livro em especial é mais um dos muitos dele que cai como uma luva para os tempos atuais (2020-2021). O livro fala muito de isolamento, preconceito e alienação. Tanto isolamento físico, como isolamento social. A releitura sci-fi da questão Shakespeariana, sobre ver ou olhar nunca foi tão atual, parece uma besteira mas nunca nos foi tão alcançável. A forma como os personagens à primeira vista interagem e muitos insistem em interagir nunca foi tão atual. A alienação imposta pelo convencionamento e - por conta dele - do preconceito, resistência e medo adquirido ao diferente, nunca foi tão atual. Somando-se ainda o bom e velho hábito humano de odiar uma parte em algo à primeira vista, avesso, mas que no fundo nos é bem familiar.

Sobre a dinâmica geral do romance, na minha opinião, "O sol desvelado" é melhor que o primeiro, "Cavernas de aço". O caso apresentado é mais intrigante e o livro num todo é um pouco mais movimentado.

Se fosse resumir o livro em uma palavra, diria: reflexivo. Uma divertida sala de espelhos, repleta de questões bem interessantes para se pensar um pouco sobre.
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Wagner47 24/01/2021

Saindo do útero
Tendo de fato uma investigação policial, também conhecemos mais a respeito de Elijah e de seus medos, assim como o dos terráqueos.

Uma trama muito bem elaborada e com motivos bem grandiosos (convenhamos que era de se esperar de uma trama espacial).

De defeitos, uma mania do gênero policial: ir acrescentando gente nova no decorrer da história para guiar o detetive, sendo que poderiam ser apresentados no início sem o menor problema.
Outra coisa é que a questão sobre os espaços abertos se torna repetitiva por ser abordada várias vezes da mesma forma

O final pós-crime traz uma ótima divagação a respeito de estar sozinho no mundo, além da coragem de enfrentar seus medos.
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Renan Feitoza 23/01/2022

O poder do contato humano
Nesse segundo livro da série dos Robôs somos jogados em mais um crime que leva o Investigador Elijah Baley a questionar os próprios princípios e sair das cavernas de aço da Terra, o levando rumo a um mundo onde o contato humano é nulo, além de ser considerado quase uma imoralidade.

Gostei muito dos questionamos sobre o que acontece quando o ser humano perde contato com outro (olá internet) e também sobre enfrentar o que nós dá medo/é desconhecido.

Com certeza mais um livro que me faz gostar ainda mais do Bom Doutor.
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_bexz__ 27/04/2024

Os motivos que tornam algo ou alguém poderoso, são os mesmos motivos que podem o levar ao seu terrível fim. 

De fato, o livro deixa a afirmação acima bastante clara e objetiva desde o início da história, mas se o leitor não tiver atenção suficiente ou não perceber a intenção sutil do autor em revelar a temática e a natureza do motivo da existência daquela exata Terra e do planeta Solaria, das personalidades e vidas de cada personagem; tudo pode passar despercebido e sem significado algum. Algo que acho pouco provável de acontecer, já que a leitura é fluida e a linguagem do livro é simples. Sendo assim, é fácil entender o objetivo e a "mensagem" que a história quer passar.

Para mim, não há necessidade de haver as outras duas continuações da série, creio que a história foi bem fechada e não deixou espaço para novos questionamentos tão pertinentes ao ponto de precisarem ser explorados.

A minha única ressalva é que os primeiros capítulos poderiam ter sido melhor explorados e assim não daria margem para uma quebra de ritmo que acontece na metade do livro. Por fim, foi uma experiência satisfatória e uma boa leitura para passar o tempo, vale a pena ler e tirar as suas próprias conclusões.
_p3ra_ 27/04/2024minha estante
Caramba amor, vou ler siiiiim ?




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