Cris 11/02/2017
Conto do vigário...
A cada fim de ano eu escolho uma leitura natalina a fim de incrementar a magia do Natal. No ano retrasado li "Deixa a Neve Cair" e, embora tenha algumas reservas acerca do desfecho de alguns contos, posso dizer que gostei do livro. Já em dezembro de 2016 a história não se repetiu, e dada as circunstâncias, só consegui terminar "O Presente do meu Grande Amor" em fevereiro, ou seja, depois de longos meses...
(...) Nem todo mundo sabe como conseguir aquilo que deseja. Talvez a meia-noite seja exatamente do que esses dois precisam para dar início a alguma coisa.
"O Presente do meu Grande Amor" é uma coletânea de doze contos que reúne doze diferentes e conhecidos autores. Dentre eles estão Gayle Forman, autora de "Se eu Ficar"; David Levithan, de "Todo Dia" e "Will e Will, um Nome, um Destino", livro escrito em parceria com o meu amorzinho maior, John Green; Rainbow Rowel, de "Fangirl", "Eleonor&Park", "Anexos". Enfim, tirando como base o time reunido por Stephanie Perkins, que também tem destaque no mundo dos famosos livros Young Adult, já tive uma boa impressão do que viria pela frente, no entanto, fui surpreendida e acabei caindo no conto do vigário rs, não que o livro seja de todo ruim, mas ele não foi bem construído. Ceio que a intenção de cada autor foi boa embora a eficiência de iniciar e concluir uma história tenha ficado apenas para alguns, precisamente para quatro dos doze escolhidos.
De um modo geral o que mais gostei durante a leitura foi poder fazer parte da diversidade, cultura e modo de ver e de comemorar o Natal. Em cada conto pude sentir a importância dessa época mesmo que ela seja retratada totalmente diferente de como retratamos por aqui. Teve o famoso Natal, O ano-novo, o Chanucá, o Solstício de Inverno e outros. Em contrapartida, nenhuma diversidade étnico-cultural e sexual tem importância se a história em si não é bem trabalhada. Aos poucos fui percebendo e me frustrando com o total desleixo de alguns autores, via potencial no enredo, porém a falta de detalhes e as temerosas pontas soltas me brecaram e certamente foram as responsáveis pela minha crítica negativa.
Um elemento bem comum em todos os contos natalinos é o esperado milagre de Natal, alguns sofrem interferências mágicas na vida de seus personagens; já outros, não, eles simplesmente retratam o tal milagre como um acontecimento de mudança de vida, seja ela amorosa ou pessoal. Sem dúvidas, estes foram os que mais gostei, eles tiveram uma naturalidade convincente e de uma certa forma conseguiram transmitir uma mensagem bem legal sobre otimismo e esperança.
Caso você tenha o interesse de ler este livro, leia-o livre de qualquer expectativa, não exija muito, fazendo isso ele não suprirá um terço daquilo que você espera de um bom livro, infelizmente.
(...) Muitas coisas parecem uma boa ideia, mas que uma pequena análise pode revelar que tais ideias boas na aparência são, na verdade, intrinsecamente falhas.