Star Wars: Kenobi

Star Wars: Kenobi John Jackson Miller




Resenhas - Star Wars


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Ileana Dafne 23/06/2016

Maravilhoso!!!
Antes de falar do livro em si preciso falar um pouco do autor e da divisão que as histórias do universo de Star Wars passou a ter após a compra dos direitos pela Disney.
John Jackson Miller é jornalista e historiador, há tempos escreve roteiros para histórias em quadrinho da Marvel e da Dark House Comics, mas seu foco principal sempre foram as histórias do universo de Star Wars. Assim, seus livros possuem uma profundidade impressionante e nos fazem mergulhar no mundo de Star Wars com uma propriedade surpreendente. E assim nasceu Kenobi que para ele é um western de Star Wars que primeiramente seria um roteiro de uma HQ, mas que cresceu de forma que se tornou o romance que vemos hoje.
Atualmente o material de Star Wars é dividido em dois, Legend e Canon. Legend compreende todo o material do universo expandido da saga, ou seja, é tudo o que já existia (seja em livros ou quadrinhos ou animação) antes da Disney entrar em cena e que não havia sido contado nos 6 filmes. E Canon são os filmes e suas novelizações, além de tudo o que passou a existir depois da entrada da Disney na jogada. A Editora Aleph que está trazendo a maior parte dos livros desse universo para cá está tendo o cuidado de incluir nas capas o nome Legends sempre que se tratar de algo do universo expandido. A Seguinte que também lançou alguns livros da saga, mas se ateve somente aos cânones até o presente.
Vamos finalmente ao livro \o/
Kenobi faz parte do universo expandido, ou seja, da cronologia existente antes e que não mais é considerada como cânone, o que deixa a cargo do leitor decidir se aquela história pode ter acontecido ou não. A história se passa entre os episódios A Vingança dos Sith (III) e Uma Nova Esperança (IV).
Obi-Wan Kenobi é o personagem principal desse livro (dah!). Ele está muito desgostoso com os acontecimentos que culminaram sua ida para Tatooine em uma missão para proteger e esconder Luke Skywalker, o recém nascido filho de Anakin Skywalker e de Padmé Amidala.
Nesse momento a República está se desfazendo e o Império tomando o controle de tudo. Os jedis se tornaram alvo dos siths e foram massacrados. Palpatine está comandando tudo com a ajuda de seu fiel aprendiz, Darth Vader, fazendo com que seja necessário que se proteja de todas as formas que Kenobi fique no anonimato e mantenha Luke em segurança. Essa segurança surge na figura dos Lars, um casal de fazendeiros de Tatooine e que passam a cuidar de Luke.
Tatooine é um planeta que possui dois sóis em sua órbita e por isso se trata de um local inóspito e árido. E Kenobi se refugia em Jundland, um deserto a meio caminho de onde Luke está, de forma a poder intervir caso se faça necessário. Ao mesmo tempo em que a solidão faz com que fique remoendo a culpa por estar vivo e acreditando haver matado seu aprendiz, Anakin.
Como precisa adquirir equipamentos para poder sobreviver em meio ao deserto de Tatooine, Kenobi se dirige ao povoado mais próximo para iniciar sua própria fazenda. Lá encontra Annilen Calwell, a dona do armazém, uma mulher forte e segura de si, mas ao mesmo tempo bastante feminina e sempre em busca do melhor para todos. Por conta de seu isolamento ele foi apelidado por todos de Bem Maluco, alguém que não tem nada em comum com o jedi Obi-Wan Kenobi.
Além das péssimas condições de se viver em meio a tanta aridez, o planeta possui um povo nativo que são os Tusken, ou Povo da Areia, que são nômades e vivem entrando em conflito com os fazendeiros e Ben não consegue se manter indiferente frente ao que está acontecendo próximo a ele e os conflitos acabam chegando até si. Também se vê envolvido Jabba, o Hut e se enrola cada vez mais nos acontecimentos do Oasis Pika. Tudo sem revelar que é um jedi e que pode usar a força e que possui um sabre de luz. É bem interessante ver como ele se sai de algumas situações com má fama por não ter ajudado em nada, sendo que fez tudo, mas de forma a ninguém poder entender bem o que realmente aconteceu.
Também podemos ver alguns acontecimentos sob o ponto de vista de A’Yark, uma nômade do Povo da Areia e assim entendermos porque eles atacam e como vivem. Ela é uma personagem maravilhosa e foi muito bem desenvolvida, podemos entender sua tenacidade e como com sua inteligência e ousadia consegue manter seu povo vivo, sem jamais perder seu orgulho. E confesso que amei conhecer esse povo que eu odiava tanto e que passei a entender e até compreender porque agem como agem.
O livro realmente lembra bastante os do gênero western, com mocinhos, bandidos, donzelas em perigo, pequenos povoados, reviravoltas e romance. É uma história extremamente dinâmica e que conseguiu me envolver e me levar junto aos acontecimentos, me fazendo rir, chorar, me surpreender, odiar alguns personagens, amar outros... É um livro maravilhoso e completo e, por incrível que pareça, me fez amar mais um pouco o universo de Star Wars.
Por último e não menos importante vou falar um pouco da edição da Aleph desse livro. Completamente fantástico!!! O cuidado que ela tem com suas edições já me é conhecido, mas a cada livro caio mais de amores com tanto carinho que eles demonstram ter por seus leitores. E amo o fato de que todos os livros de Star Wars vir com um sabre de luz

site: http://www.livroseflores.com/2016/06/resenha-kenobi-john-jackson-miller.html
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Gengis 01/05/2016

Opinião
Tem um ritmo sereno, firme, as vezes falseia, mas é eficiente... bem Obi Wan. Além de celebrar meu Jedi favorito, este livro também me presenteou com duas coisas: me deixou interessado em ler outras obras do universo Star Wars, e me fez virar fã do povo Tusken, seres amaldiçoados, brutos de acordo com nossa cultura, mas muito honrados, corajosos e peculiares (como assim usam ataduras permanentes desde a mais tenra idade?)... eu quero um Gaderffii!
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Shi 20/04/2016

Simples e Divertido
A trama não possui aqueles mil elementos de heroísmo, salvar a galáxia e tudo mais, porém achei extremamente divertido o desenrolar da história e as situações até cômicas que cercam a vida do Ben Maluco.
Como eu disse na resenha sobre Troopers da Morte, o livro retrata coisas que ficariam ofuscadas em um longa-metragem mas combina perfeitamente com uma leitura leve e agradável.
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Rafylds 02/04/2016

Muito bom, mas
É um livro cuja leitura é agradável e tem personagens interessantes, e Obi-Wan é caracterizado e age conforme o conhecemos pelos filmes. Com direito a "easter eggs" na forma de frases conhecidas na história de Star Wars.
No entanto, achei um livro longo demais, com uma trama em que não dá pra ver pra que lado está indo exatamente, culminando num final um tanto confuso, eu diria.
De qualquer forma, amarra bem com alguns elementos das histórias dos filmes, sendo interessante conhecer, afinal, o que houve com Obi-Wan em Tatooine.
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Mireille 31/03/2016

Legal mas não sensacional
O livro é legal, mas não é sensacional. Os eventos ocorrem entre os episódios III e IV, quando Obi-Wan está em Tatooine em seu exílio.
Como dá pra perceber, não podemos esperar grandes acontecimentos tendo Obi-Wan sozinho no deserto. Ele basicamente se envolve com os locais e seus problemas da região, com participação do Povo da Areia e dos comparsas de Jabba.
Vale a pena pra conhecer mais sobre a sociedade do Povo da Areia e os sofrimentos internos do próprio Kenobi, que acabou de perder tudo pro Império Galáctico e tem a grande responsabilidade de proteger Luke Skywalker.
Mesmo sendo selo "Legends" dá até pra considerar os fatos como ocorridos dentro do universo Star Wars, as referências às outras obras Legends são mínimas, a maior parte é referência aos filmes mesmo.
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Victor 05/03/2016

Fantástico
Primeiro livro q li do Universo expandido de Star Wars, eu já gostava de Obi e dps q li esse livro virei fã dele kkk gostaria de saber se tem mais livros sobre Ben Kenobi... :)
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Tali @letrasmaislivros 18/02/2016

Kenobi - John Jackson Miller
Kenobi foi minha primeira leitura do universo expandido de Star Wars e foi uma leitura muito agradável. Depois do início meio parado, a estória ganhou mais ação e se tornou impossível de largar. No começo da leitura eu fiquei confusa com os personagens desconhecidos; pois cada capítulo é narrado por um personagem diferente e o único que eu realmente conhecia era Obi-Wan.

Obi-wan vai viver em Tatooine após entregar Luke aos Lars e está decidido a ficar no anonimato, escondendo seus poder Jedi de todos, e se dedicar a missão de proteger o pequeno Luke. Porém, ele percebe que suas visitas frequentes a casa dos Lars chamam muito a atenção, e decidi vigiar a criança de longe.
"Uma vida que parece pequena por fora pode ser infinita por dentro. Até mesmo alguém vivendo no lugar mais remoto do universo pode se preocupar com centenas de outras pessoas. Ou com toda a galáxia" p.344

Ele vai morar em uma casa afastada, e tem como companhia apenas sua Eoopie. Porém ele precisa de suprimentos e para isso irá até o oásis, um local onde ele pode comprar seus mantimentos no armazém de Annileen Calwell. Porém ele logo começa a chamar a atenção dos habitantes locais, tudo o que Obi-Wan menos deseja.
"As pessoas vinham para o oásis com a intenção de manter o máximo de descrição possível, fosse qual fosse a razão. O que elas não sabiam era que a vida em uma cidade pequena fazia da privacidade algo completamente impossível." p. 277

Quando Obi-wan salva duas mulheres, a dona do armazém e sua filha, ele logo acaba ficando sob os holofotes dos curiosos que desejam saber quem é o misterioso Ben. Ele sempre tenta desviar a atenção dos moradores, mas Annileen logo se vê decidida a descobrir mais sobre ele.

E esta não é a última vez que o misterioso Ben salva pessoas... Vários eventos ao longo do livro ocorrem, despertando a curiosidade de muitos moradores. Obi-Wan simplesmente não consegue evitar ajudar as pessoas, é o seu código Jedi. Muitas das intervenções de Ben estão ligadas aos ataques do Povo da Areia.
"Eu tento evitar as palavras sempre e nunca - disse Ben, passando o pano em um prato já limpo. Então, ele assumiu um tom de voz solene. - Coisas que parecem permanentes, garantidas, podem encontrar um jeito de mudar rapidamente, tornando-se algo que você nem sequer é capaz de reconhecer. E nem toda mudança é para melhor." p. 193
Olho-de-Rolha, líder de um clã, é o terror dos habitantes locais, e para isso um dos habitantes, Orrin Gault, criou o Chamado, um dispositivo que pode alertar a distância que determinada propriedade está sob ataque do Povo da Areia e outros habitantes poderão ir até o local socorrer aos moradores.

Os capítulos são intercalados por vários personagens como Obi-Wan, Annileen, Orrin e Olho de Rolha (A'Yark). Eu gostei dos capítulos sob diferentes pontos de vista, nos permite ver o que o personagem pensa e sente; e desta forma podemos conhecê-lo melhor.

Outro ponto que me chamou a atenção foram as "conversas" de Obi-wan com seu mestre Jedi Qui-Gon, na verdade eram monólogos em que Obi-wan relatava seu dia ou semana à Qui-Gon através da Força, sempre sem respostas... Mas através destes monólogos conhecemos ainda mais sobre um dos nossos Jedis preferidos.

Eu recomendo a leitura deste livro a todos os fãs de Star Wars, e mesmo que você não seja, se gosta de ficção científica, este livro é para você! Depois de Kenobi quero ler todos os livros do universo expandido de Star Wars!

site: http://letrasmaislivros.blogspot.com.br/
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Retalho Club 06/02/2016

Ambientada entre o episódio III:A Vingança dos Sith e o episódio IV:Uma Nova Esperança, Kenobi, romance lançado no Brasil em 2014 pela Editora Aleph é um dos livros mais famosos do universo expandido de Star Wars, o romance narra o que ocorreu no exílio de Kenobi e sua vigília com Luke Skywalker ainda criança.

No período em que Kenobi está em Tatooine, o que o antigo cavaleiro Jedi mais deseja é ficar oculto, sem descobrirem que ele é algo mais do que aparenta, é bastante Western, com um novo morador chegando nos arredores da cidade e ocultando sua verdadeira identidade; E realmente o gênero Western foi de grande influência de Jackson Miller para escrever Kenobi. (...)

“Viciante, cativante, loucamente divertido, com reviravoltas, viradas e surpresas. John Jackson Miller cria uma história que alcança novos patamares”

E a história realmente é isso! Ainda me lembro da semana que li as 522 páginas componentes do livro, é simplesmente fantástico, eu sou um leitor de fantasia e gêneros densos, com personagens difíceis de entender e um linguajar rebuscado, mas Kenobi é completamente diferente disso, os personagens são facilmente compreendidos; uma mãe preocupada, um charlatão perigoso, uma garota corajosa e etc.

CONFIRA MAIS:

site: http://www.retalhoclub.com/2015/12/21/resenha-kenobi-john-jackson-miller/
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Paulo 23/01/2016

Eu podia começar essa resenha dizendo: "Nunca julgue um livro pela capa". Porém, a capa de "Kenobi" é tão bonita que fica difícil usar este ditado como referência. Vou explicar: acontece que a premissa básica da história e o número de páginas não me despertaram o interesse de início. Achava que seria uma experiência tediosa ler quase 500 páginas de uma história que basicamente acompanha os primeiros dias de Obi Wan em Tatooine enquanto ele ajuda uns fazendeiros num conflito contra O Povo da Areia. No entanto,
meu irmão, que foi quem comprou o livro, falou tão bem da história, que eu acabei resolvendo dar uma chance. O resultado? Engoli quase as mais de 500 páginas em
menos de um dia, enquanto fazia hora numa viagem de carro de Minas ao Rio.
A trama básica de Kenobi é mesmo essa que citei acima, mas ao mesmo tempo é muito mais. John Miller tem uma narrativa tão envolvente e desenvolve os personagens e seus dilemas de uma forma tão crível e natural, que a premissa acaba indo muito além da trama simples que eu esperava. É uma narrativa tão inteligente, que mesmo não tendo grandes revelações e reviravoltas na maior parte da leitura, eu não conseguia parar de ler. Eu precisava continuar lendo e saber o que ia acontecer a seguir. O fato dos capítulos serem curtos ajuda muito a tornar a leitura bem fluida. Além disso, há o carisma dos personagens. Sempre adorei o Obi-Wan, e Miller parece conhecer muito do Jedi, pois explora muito bem todas as nuanças de sua personalidade e os dilemas e questionamentos de seu difícil passado e nada promissor futuro. Da mesma forma, o autor desenvolve muito bem os personagens criados exclusivamente para o livro, inclusive explorando a mitologia por trás do Povo da Areia, meros coadjuvantes nos filmes da saga, o que acaba por se tornar um dos pontos altos da narrativa. Nada em Kenobi é gratuito, tudo está presente para ajudar no desenvolvimento da trama e personagens. Há muitos temas interessantíssimos. Como dito por um perfil de nome Joviane na rede Skoob "Os personagens principais são pessoas de meia idade, não tão novos e inescrupulosos. Já
foram "quebrados" de alguma forma por escolhas erradas e pela vida em si. Isso cria dimensão, profundidade e laços de empatia fortes. A magia do livro de Miller está
na sutileza das emoções humanas versus responsabilidade."
Um ponto que não me agradou na leitura foi a falta de identidade visual dos personagens. São citadas muitas raças e aparatos tecnológicos, mas se você não é um fã muito
ligado na franquia, a maioria dos nomes e citações vão soar bem aleatórias. Fui pesquisar a aparência de muitas raças no Google. Acho que cairia muito bem um glossário visual
de raças e aparatos tecnológicos. Há, claro, algumas referências brilhantes pros fãs da saga cinematográfica.
Enfim, cativante e levemente melancólico, Kenobi é uma leitura recomendadíssima, para fãs ou não da franquia.
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Hsc_Aju 12/01/2016

Que lenda maravilhosa!
Kenobi em Tatooíne, o que houve nesse meio tempo entre o episódio 3 e 4? Como foi sua vida enquanto tivemos um período de mais de 30 anos na vida real, e alguns 20 e poucos anos na vida fictícia? Como o próprio livro nos diz, essa é uma das lendas, principais, que aconteceu com Ben Kenobi ou mas conhecido como Ben Louco. E é uma lenda que vale a pena acreditar.

Restante da resenha no link abaixo.

site: http://blogpapeletas.blogspot.com.br/2016/01/star-wars-kenobi-john-jackson-miller.html
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04/01/2016

Já nem sei falar há quanto tempo eu queria ler sobre o Universo Expandido. Mas eu sempre parava em dois problemas: 1. eu não sabia por onde começar; e 2. eu não encontrava. Ou melhor, até encontrava alguns em inglês, mas daí eu esbarrava no problema número 1. Mas com o lançamento da coleção Legends, pela Editora Alef, meu problema foi em parte resolvido. Em parte porque ainda restava o problema de por onde começar. Então, até por recomendação de vendedores tão aficionados como eu, escolhi começar pelo mestre.

E o bom de Kenobi é que ele é independente, não precisa nada além de assistir os filmes para entender. Ele começa exatamente no final de A Vingança dos Sith: Obi-Wan acabou de chegar em Tatooine, com Luke a tiracolo, a fim de entregá-lo aos tios. E, mesmo com o pequenino Luke nos braços, Obi-Wan já arruma confusão (acho que mais precisamente, confusão o encontra), e kicks ass com uma mão no sabre de luz e a outra segurando o bebê Luke. Esperar o quê dele? (parêntese para um desabafo: que ordenzinha de m... é essa dos Jedi! Quer dizer que de todos eles, somente Obi-Wan e Yoda escapam do massacre? E todos os outros?: Nenhum deles teve os mesmos reflexos? Oi? Isso só me ocorreu agora, assistindo novamente os filmes. Bom, tem um... mas isso é assunto para a próxima resenha, que sai em uns 2, 3 dias - wink, wink).

O que achei bem legal neste livro é que ele joga uma luz neste que é um dos personagens mais fodásticos do universo Star Wars, ao mesmo tempo calmo e letal, e ver que ele erra sim. E muito. A princípio, Ben se aloja nas montanhas de Tatooine, numa casa abandonada há sabe-se lá quanto tempo, e sua intenção é passar totalmente - ou quase - despercebido. Ele tem seus motivos, sendo que o mais urgente é evitar ser descoberto pelo Império, e assim revelar não só seu paradeiro, como o de Luke e falhar na missão a ele confiada. Mas o que Ben não sabe é que num lugar remoto como Tatooine, onde todos os locais conhecem praticamente todos, ficar isolado no meio do deserto é o mesmo que colocar um farol de LED em cima da cabeça e sair por aí. E, nisto, ele falha miseravelmente. Claro que sua presença não passa despercebida, alvoroçando a curiosidade local. Fora o que já mencionei ali em cima sobre ser um verdadeiro íma para encrencas.

Outra coisa bem bacana foi ver que Obi-Wan é, por baixo daqueles metros e quilos de roupas e mantos Jedi, homem. E digo isso assim: HOMEM. Ou seja, como qualquer um, ele também tem hormônios, e já sofreu com eles algumas vezes. E está sofrendo por causa deles de novo. Spoilerzinho sem importância: não, padawans, ele é muito forte (sacou? - wink, wink) e resite às tentações. O que, sinceramente, eu acho uma pena. Como ressaltou uma amiga minha recentemente, se você parar para analisar a trilogia original, não há menção, em momento algum, que Jedi são proibidos de amar, seja em qual sentido for. E vem cá, essa é uma lei bem idiota. Pense: se a Força é transmitida pela linha genética ...




...então por que privar os Jedi de constituir família? Por desapego, certo, mas então, face it: a Ordem estava fadada a desaparecer desde sua fundação. E não há ninguém a culpar além dos próprio Jedi. Vader só acelerou as coisas.

Me desviei. de volta ao livro, não só Obi-Wan tem lá seus desejos, como também desperta paixões. Mas, como bem disse minha irmã, considerando-se que Obi-Wan é assim...




... alguma de vocês, meninas (e alguns meninos também) pode questionar o por quê? Fora toda a aura de mistério que ronda o cara. Forasteiro, misterioso, lindo, com esses olhos azuis penetrantes...precisa mais? E, falando em mistério, o livro não tira essa aura dele.Se possível, acrescenta mais. Levanta outras questões sobre ele, que eu adoraria descobrir.

E quem é a sortuda mais ou menos da vez responde pelo nome de Annileen. Annie, como é conhecida, é a dona do armazém local. E por armazém eu quero dizer Wal-Mart, com tudo que você precisa para sobreviver no desértico mundo de Tatooine. E quero dizer tudo mesmo. O armazém é na verdade um complexo com bar, oficinas, loja... Viúva já aos 37 anos, mãe de dois filhos adolescentes, Annileen luta para manter o negócio que herdou do marido funcionando todos os dias do ano. Forte e independente, ela tem muito trabalho com o filho rebelde, e no fundo nutre uma boa dose de frustração por não ter conseguido o que planejava para sua vida: estudar, se formar e sair de Tatooine. Mas, como toda batalhadora, ela não reclama pelo que poderia ter sido e foca no que é. E sua atração por Ben, se bem que justificada, é na verdade um reflexo da solidão que a ronda.

Annileen não está sozinha. Ela conta com a ajuda de Orrin Gault. Amigo de seu falecido marido, Orrin comanda o grupo de segurança local e ajuda na administração do armazém. Orrin é p típico homem de negócios, vendedor nato, sempre com um sorriso no rosto e não perde uma oportunidade de negócio. Orrin parece todo prestativo e preocupado com a segurança de todos, agindo como paizão, mas na verdade sua mente está sempre na próxima oportunidade de serviço e lucro. E, claro, ele gosta muito do posto de chefão (ou isso ele pensa).

O armazém ainda conta com outros personagens pitorescos, como Wyle Ulbreck, um fazendeiro de umidade meio paranoico e que não bate muito bem da cabeça, Leelee Pace, melhor amiga de Annileen e artesã local e Erbaly Nap'tee, uma alien idosa e meio gagá. Além dos filhos de Annileen, Kallie (que também arrasta um trem por Ben, aliás) e Jabe, e de Orrin, Veeka e Mullen. Fora Kallie, os outros são só problemas.

E, claro, o que seria de Tatooine sem a ameaça do Povo de Areia? e eles tem hierarquia organizada, liderados por A'Yark, também chamado de Olho de Rolha. E não se engane: os Tusken são sim implacáveis. Não se deixe levar pela imagem tosca deles em Uma Nova Esperança. E sua sociedade é complexa, tem religião própria, mitos e heróis. E, antes que você pergunte, sim, eles mencionam o massacre perpetrado por Anakin, além de outros. A'Yark tem determinação e nutre um ódio pra lá de justificado de humanos. Mas não posso revelar mais que isso sem dar spoiler.

O livro é todo ambientado em torno do armazém, ou Lote, e o livro é ação do começo ao fim. Em uma comparação meio tosca, é um mix de western e ficção científica. A leitura é fluida, e vai fácil. Os pontos de vista se intercalam entre os personagens principais, e os capítulos são curtos e bem encadeados entre si, de forma que é difícil parar. Aponto ainda um capricho da editora: veio com um marcadorzinho na forma do sabre de luz de Ben. Se eu tenho uma reclamação sobre o livro é que ele se chama KENOBI, então poderia ter uma participação maior dele, pois ele aparece relativamente pouco. E também acho que Luke e sua família poderia aparecer mais, pois afinal todo o propósito de Obi-Wan se exilar em Tatooine foi proteger o garoto. O livro também poderia abranger um período maior, em vez do pouco menos de um ano que descreve. Mas daí também abre a possibbilidade de começar toda uma série, não só de livros, mas também para ver (ouviu bem, Netflix?). Afinal, Obi-Wan ficou quase 20 anos em Tatooine, e não creio que ele tenha passado todo o tempo forever alone, meditando.

"Se eu tiver de seguir em frente, e ambos sabemos que terei de fazer isso, preciso de alguma maneira parar de me martirizar por causa do que acontece. A dor existe, mas grande parte dela tem sido infligida por mim mesmo, nos últimos tempos." Ben Kenobi (p. 263)

Trilha sonora

Boulevard of Broken Dreams, do Green Day, é perfeita (I walk alone, I walk alone);
Never let me go, Seven Devils, Breath of Life e Shake it Out, Florence and the Machine e, claro, Star Wars theme. A gente abre o livro e ela vem imediatamente na cabeça ;)

Se você gostou de Kenobi, pode gostar também de:


O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien;
Harry Potter - J. K. Rowling;
As Crônicas do Gelo e do Fogo - George R. R, Martin.

site: natrilhadoslivros.blogspot.com
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Kleber 29/12/2015

Obi Wan Kenobi o ultimo grande Jedi
Esse livro mostra um pouco mais da devoção desse grande personagem a ordem dos cavaleiros Jedi, todo seu comportamento durante o romance mostra o cerne do que é ser um Jedi. colocando muitas vezes o bem estar de outros acima de sua própria vida!! recomendadíssimo!
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Joviana 11/12/2015

Sobre redenção, família e solidão....
"As vezes é preciso perder tudo para encontrar seu verdadeiro caminho" - Obi Wan

"Kenobi" é o primeiro livro que leio da série de títulos relacionados ao universo expandido de Star Wars. Já digo logo, antes de qualquer outra consideração: me surpreendi muito com ele.

A capa é belíssima e chama a atenção de cara. Outra coisa que chama atenção pode ser o tamanho, um "calhamaço" de 528 páginas. No entanto, relaxa, depois que você começar a ler não vai soltar mais e, se tiver tempo, vai acabar em uma semana. Aposto.
Foi exatamente o que aconteceu comigo. Bom, não foi em uma semana... Foi menos.

Alguns detalhes técnicos no entanto, podem incomodar muito. O mais grave que eu percebi foi o fato de várias espécies de criaturas da mitologia Star Wars serem citadas como se os leitores conhecessem TODA a fauna de Tatooine como a palma da mão. Senti falta de uma nota de rodapé para situar quem estivesse lendo sem que fosse necessária uma visitinha ao Google para conseguir visualizar a cena. Uma coisa que teria sido incrível se a Aleph tivesse providenciado, seria um bestiário no final do livro com ilustrações dessas raças.

O livro tem capítulos curtos, e isso é ótimo, agiliza a leitura, deixa mais fluida (pelo menos para mim funciona super bem). Mas as transições de capítulos tem página dupla com uma arte que se repete e não é tão legal assim. Ou seja, acumulam-se páginas dispensáveis e que não se justificam, porque não tem uma ilustração top para ocupar duas laudas.

Agora sim, sobre o conteúdo da história: John Jackson Miller fez uma coisa incrível. Sério.
Você precisa conhecer o personagem Obi Wan Kenobi para ficar "amarrado" de forma irresistível à esse livro, é verdade, mas isso não é um problema, já que ele se propõe a ser uma continuação de algo em um espaço bem delimitado de tempo.
E seria difícil, se aventurar a colocar uma das personas mais misteriosas de Star Wars para construir uma história que gire em volta dela. Como fazer com que essa aura, tão característica, de mistério permanecesse? Você vai ter que ler "Kenobi" para descobrir, mas acredite em mim, o autor consegue.

Aqui encontramos Obi Wan após a queda de Anakin e da República. Ele começa sua responsabilidade em manter Luke Skywalker e a família que cuidará dele, os Lars, em segurança no inóspito planeta Tatooine.

No entanto, o exemplar levanta uma série de questões: e Kenobi? Como ele experienciou tudo? Como ele SENTIU a perda de tudo que antes havia amado e a traição de Anakin? Como ele se virou durante todos os anos, sozinho?
O livro de Miller torna um dos meus personagens preferidos de Star Wars em algo mais HUMANO. Você sente a dor de Kenobi, os sentimentos contraditórios e profundos que ele laça com tanta gentileza (uma característica marcante de Obi Wan, por sinal).
Para que isso seja possível, o autor traz à baila duas personagens femininas estonteantes! Uma Tusken de nome A'Yark e a humana Annileen.
Um autor homem que consegue criar personagens femininas tão reais e cativantes é de se aplaudir! Elas evoluem devagar, com cuidado, sem pressa, fazendo com que o leitor vá evoluindo também... assim como Kenobi.
Sem A'Yark e Anileen, não haveria livro, nem história. Elas são tão protagonistas quanto Obi Wan.

Cada capítulo mostra visões de um personagem em específico, com narrador onisciente.
Raramente sabemos sobre Kenobi mais do que descobrimos em seus momentos de meditação. É lá, tentando comunicar-se com Qui-Gon que "Ben" , como ele passa a chamar a si mesmo, expõe as feridas de seu coração e os impasses que conviver com os personagens novos que Tatooine lhe apresenta.

Cativante, poético e levemente melancólico, você acha temas muito bonitos nesse exemplar. Os personagens principais são pessoas de meia idade, não tão novos e inescrupulosos... Já foram "quebrados" de alguma forma por escolhas erradas e pela vida em si. Isso cria dimensão, profundidade e laços de empatia fortes. Apesar de alguns clichês, a magia do livro de Miller está na sutileza das emoções humanas versus responsabilidade. É realmente um livro digno de ser lido.

Se eu tivesse que escolher acrescentar alguma coisa, daria maior ênfase para a dureza e dificuldade das decisões finais que Kenobi precisa fazer. Abrir mais as feridas e dores. Acho que era a hora de deixar o gelo derreter mais um pouco sob os sóis de Tatooine.

Enfim, saboreie essa leitura recheada de ação, poesia, melancolia e reviravoltas. Vale cada página virada.
Marcelo Leite 08/02/2024minha estante
Eu sempre quis ler os livros de Star Wars e não sabia por onde começar. Fiquei muito interessado no livro. A resenha é muito esclarecedora. Você tem canal no YouTube?


Joviana 08/02/2024minha estante
Oi Marcelo! Tudo bem? Obrigada pelo comentário sobre minha resenha. Não tenho mais canal no you tube, mas agradeço o interesse!




Yan 10/12/2015

Monólogo literário. Biografia de Obi-Wan no cenário de Tatooine.
A muito tempo atrás, em uma infância não tão distante, eu era fã de Star Wars. A uns 10 anos atrás no Brasil, havia uma dificuldade imensa em ter acesso aos escritos do universo expandido de Star Wars. Quem era fã, poderia piratear materiais de RPG em inglês, e dar um jeito para adaptar em uma mesa de amigos. Logo após o fim da segunda trilogia, o hype passou, e Star Wars ficou meio esquecido, lá pelos 2007 – 2013 não há quase nada do universo de George Lucas chegando até nós. E então veio o anúncio do novo filme, a Aleph, uma ótima editora por sinal, se prontificou em lançar os livros, e cá estamos nós, com Kenobi na mão, prontos para entrar mais uma vez no universo expandido, e é ai que os pesadelos começam.

Vamos por pontos. Irei primeiro relatar a minha opinião com a diagramação e a edição do livro, para depois falar sobre o romance.

As edições da Aleph são bonitas. Isso é um fato. As capas estão muito bem desenhadas, dá vontade de mergulhar de vez na história. Há alguns erros de digitação, 4 ou 5 letras faltando em todo o livro, e uma ou duas palavras em ordem errada, mas para uma primeira edição, a gente acaba perdoando. Inclusive eu fiz uma lista com os erros e já enviei à Aleph, para que corrijam na próxima edição.

O que não dá para engolir são as passagens dos capítulos. Deixe-me explicar. O livro possui algo em torno de 48 capítulos, e a cada um, há uma transição de 2 páginas com um desenho de Tatooine. Planeta no qual o romance se ambienta. Por exemplo: se um capítulo acaba na página 100, o próximo só irá começar na página 103. Sendo 48 os capítulos, de um livro de 520 páginas, quase 100 são de transição de capítulos com a mesma arte. Portanto, se não houvesse essa transição exagerada, a cada 5 livros, um novo poderia ser feito, e você não iria carregar o peso de mais 100 páginas na sua mochila, nem pagar mais caro por isso.

A partir desse ponto, a resenha terá Spoilers, portanto é mais seguro que você não prossiga se não tiver terminado o livro, e que volte aqui somente após terminar a leitura, para comparar a sua experiência com a minha resenha.

[SPOILERS]

Quem é Orrin Gault? Digo, qual foi a profundidade que o autor deu ao que no final viria a se tornar o vilão, botando em risco a vida de Anileen e a segurança do disfarce de Obi Wan. Em momento nenhum do livro o autor aprofunda o vilão. As ações dele são justificadas nada mais nada menos por um “querer” vazio, a mulher o largou não se sabe o porquê, e os filhos o seguem cegamente também por um único motivo de vontade cega de fazer a violência, beber e matar tuskens. Não há sequer mais de uma página de diálogo entre o pai e seus filhos que não seja algo como “Vamos lá, vamos matar eles” ou “Se prontifiquem para tal...”. Parecem capangas baratos, e não filhos.

Mas tudo bem, o livro não é sobre Orrin Gault, mas sim sobre Obi Wan Kenobi, que adota o apelido de Ben para fugir do recém fundado império. A introdução do personagem é bem feita, a cena que ele salva a Kallie é bem escrita, todos os encaixes do personagem nas cenas são bem pensados. Os diálogos de Ben com Anileen nos fazem pensar na profundidade das emoções do antigo Obi Wan, e seus remorsos após o combate com seu antigo aprendiz.

A impressão que passa é de uma nítida preocupação com um dos personagens mais importantes de toda a saga, enquanto que todo o restante simplesmente salta na frente do Ben como um obstáculo a ser superado por suas inquietações causadas pelo seu passado misterioso (que de misterioso não tem nada para quem acompanha o universo), para que ele se torne apto a receber uma resposta de seu antigo mestre.

O livro é ótimo para entender o Obi-Wan, mas só para quem já conhece o Obi Wan. Quem não tem o mínimo de conhecimento sobre todo o universo de Star Wars vai ficar totalmente perdido. Eu, com todo esse tempo de ausência, tive que diversas vezes consultar o google para saber as características de uma raça que o autor simplesmente joga na página. Como se todos os leitores já são experts em todo o cenário.

Se você é fã de Star Wars, tente comprar em uma promoção, a leitura acaba valendo a pena pelas cenas do Obi-Wan, e pode lhe render umas 10 horas de leitura. Se você é MUITO fã de Star Wars, não compre, espere uma segunda edição corrigida pela Aleph. Já se você não conhece nada nem nunca viu nenhum filme e acha que pode começar pelos livros, não compre de maneira alguma, seria como dar um mergulho, em alto mar, sem coletes salva vidas.
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