Morreste-me

Morreste-me José Luis Peixoto




Resenhas - Morreste-me


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Carolina 02/09/2021

Despedindo-te...
Momentos finais entre um pai e um filho... a doença, a morte, o enterro... e ficam as lembranças... um bonito relato!
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Yara Fers 16/08/2021

Morrendo-me
Uma narrativa poética, uma carta ao pai que faleceu, um conjunto de memórias. Esse livro pode ser muito doloroso a quem sofreu perdas, mas ele machuca de forma poética.
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Marcelo H S Picoli 01/08/2021

Emocionante
Linde e triste narrativa, de forma poética, que um filho que perde o pai e batalha contra a dor e o sofrimento do luto. Excelente leitura.
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Mari 27/07/2021

Não leia se estiver de luto por alguém, ou leia mesmo assim
O livro é dividido em pequenos capítulos sem título ou numeração, mas por ser curto, daria para ler numa tarde só. Fala sobre o pai do autor, o processo de adoecimento dele, sua morte e o luto do filho. A escrita é bastante poética, me lembrou outro escritor português contemporâneo, Valter Hugo Mãe. No entanto, por conta da temática, você sente o sofrimento e a saudade em cada palavra. Imagino que o autor tenha escrito esse livro como uma forma de lidar com os próprios sentimentos e ao mesmo tempo deixar registrada sua memória a respeito do pai. O livro é dividido em pequenos capítulos sem título ou numeração, mas por ser curto, daria para ler numa tarde só.
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Klelber 07/07/2021

Uma elegia
Não sei o que pensar do livro. É uma homenagem ao pai do autor, mas é uma descrição poética do luto. Talvez não tenha sido o momento certo, é um bom livro, mas muito triste.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 28/06/2021

Tributo À Memória De Um Pai
No ano de 1991, quando estava com 17 anos, José Luís Peixoto publicou um poema no Suplemento Juvenil do Diário de Notícias e a boa repercussão incentivou-o a continuar a escrever. Nove anos depois, no mesmo local, ele apresentou o primeiro capítulo de Morreste-me, seu romance de estreia, que pouco depois chegou às livrarias portuguesas numa tiragem de apenas 500 exemplares.

O livro não tardou a receber o reconhecimento da crítica e público, entretanto levou inexplicáveis 15 anos para cruzar o Atlântico e ganhar uma edição brasileira. Desde então, O romance também vem conquistando um grande número de admiradores em nosso país, contribuindo para tornar Peixoto mais conhecido entre nós, afinal, ele é um dos principais nomes da literatura lusa contemporânea.

Em primeira pessoa e de cunho autobiográfico, a narrativa descreve a dor de um filho diante da doença e da morte do pai, enquanto ele regressa à casa da família, ocasião que lhe desperta inúmeras lembranças.

?Regressei hoje a esta terra agora cruel. A nossa terra, pai. E tudo como se continuasse. Diante de mim, as ruas varridas, ?o sol enegrecido de luz? a limpar as casas, a branquear a cal; e o tempo entristecido, o tempo parado, o tempo entristecido e muito mais triste do que quando os teus olhos, claros de névoa e maresia distante fresca, engoliam esta luz agora cruel, quando os teus olhos falavam alto e o mundo não queria ser mais que existir. E, no entanto, tudo como se continuasse. O silêncio fluvial, a vida cruel por ser vida.?

Morreste-me também é a oportunidade desse filho ?eternizar, no papel, a figura de um pai? que não se faz mais presente. Para dar vazão a seus sentimentos, Peixoto emprega uma prosa densa e não linear que se destaca pelas inusitadas associações entre luz e sombra, como o ?sol enegrecido pela luz? mencionado no trecho acima.

Essa luz convertida em sombra sinaliza o luto que igualmente é tratado como ?uma chuva grossa de um inverno negro? que deságua sobre o filho na presença do corpo gélido do pai, ?lívido na luz trémula das velas, arranjadinho, penteado com água, vestido com o fato usado no casamento da filha?. Aliás, um ?inverno noturno? que distancia uma ?felicidade simples e singela? e, indiferente a passagem do tempo, não cede, espalhando-se pela casa desabitada desde a internação paterna.

?O pó das horas sem gente a vivê-las cobriu os móveis e o espaço fechado entre eles. As paredes voltaram a separar o inverno nocturno, permanente e o ciclo alternado dos dias e do mundo, alheio a nós, para lá de nós. Comigo, a casa estava mais vazia. O frio entrava e, dentro de mim, solidificava. As várias sombras da sombra de mim, imóveis, passeavam-se de corpo para corpo, porque todos eles, todos meus, eram igualmente negros e frios.?

A fragmentação do eu reporta a perda de identidade frente a morte de um ente querido, afinal, quem é esse filho agora sem pai? É preciso tempo para realocar novos espaços para abrigar tamanha ausência, portanto Morreste-me também se debruça sobre a aceitação do luto, uma travessia capaz de cicatrizar feridas e transformá-las numa saudade cerzida pelo poder das palavras:

?E não quero e não posso esquecer o que outrora senti do teu olhar. Pai, fiquei no silêncio do inverno que abraçaste. Não há primavera se não imaginar erva fresca das palavras erva fresca ditas por ti; não haverá verão se não imaginar o sol da palavra sol dita por ti; não haverá outono se não imaginar o fundo do esquecimento da palavra morte dita nos teus lábios. Por isso, pai, no ar, o silêncio de ti é sofrer, no tempo que passa, no ar, no tempo que não passa já.?

Boa leitura!

Nota: Comprei o e-book, recomendo.
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Rael 11/05/2021

Um pai amado e homenageado
Esta breve obra traz um lamento pela perda daquele que pra muitos é o verdadeiro herói da vida real. Por ter o tema "pai" retratado, me interessei em ler e realmente me emocionou tais sentimentos de perda que o autor tão bem transmitiu em palavras.
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@juju.beekind 21/04/2021

Uma extensa e linda poesia
Li este livro em 28/03/21 (em cerca de 2h, é bem curto), dia em que uma grande amiga perdeu o pai para a COVID.
Ainda tenho meu pai em minha vida (?), mas quando senti um pouquinho da dor de minha amiga pelo que lhe aconteceu, resolvi ler o livro que José Luis Peixoto poetisa a morte de seu pai e o luto vivido.
A escrita é linda, mas não consegui me conectar totalmente aos sentimentos, acho que carreguei alguma trava pelo medo de pensar em perder meu pai, a pessoa mais importante da minha vida.
É um livro que ficará guardado aqui na minha estante, para ser lido novamente em um momento futuro, espero que daqui muito e muitos anos ?
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Y. 21/04/2021

Primeiro contato que tenho com o trabalho de José Luís Peixoto. Com certeza não será o último. Também é a primeira obra portuguesa que tenho a chance de conhecer e é muita gratificante ver a beleza da nossa língua. A forma como o autor brinca com as palavras é algo que me prendeu e me cativou. Além, claro, da sensibilidade do tema e da emoção que todas essas palavras carregam em si.
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Evy 04/04/2021

Poesia do Luto!
Que livro lindo e arrebatador. Ainda não passei por essa dor, e ainda assim chorei muito lendo esse livro, então se você já sentiu essa perda, vá com cuidado, mas não deixe de ler, tenho certeza que vai de encontro a muitos sentimentos e é sempre bom a gente não se sentir sozinho nessas experiências tristes.

"As pessoas passavam por mim como se a dor que me enchia não fosse oceânica e não as abarcasse também"

Morreste-me trata do luto. Um rapaz que perde seu pai e vai contando de forma não linear e extremamente poética como foram as horas/dia após essa perda, permeando lembranças e cenas de muito amor, cumplicidade, medo e dor. José Luis Peixoto é de uma sensibilidade ímpar e é impossível não se emocionar com essas cenas, e não se colocar na posição do filho.

"Ouvir o meu nome na tua voz, e ouvir filho no fio cálido da tua voz era uma emoção funda. Se pudesse tinha-te protegido"

Já tinha tido contato com a narrativa de Peixoto através de citações, mas este foi o primeiro livro que li do autor e agora já quero ler tudo que ele escreve. Apesar de eu estar falando muito em poesia, Morreste-me é uma narrativa e está dividida em quatro partes/capítulos. É importante citar essas pausas, porque muito me pareceu que faziam parte da história, como se o filho precisasse respirar e vivenciar aquela dor, antes de continuar... São 64 páginas de uma narrativa belíssima, poética e envolta em dor. A dor da perda, do luto, do não saber o que fazer com os dias vazios da presença querida.

"Como se houvessem lágrimas que pudessem conter o vazio que ficou dos gestos que não fazes, das palavras que não dizes, do olhar permanente que tinhas e já não podes ter".

É de uma sensibilidade sem igual, e uma obra que todos deveriam conhecer. Super recomendo!

"E, como se adormecesses, vejo-te fechar as pálpebras sobre os olhos que nunca mais abrirás. Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.”
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laaisfischer 03/04/2021

Sobre a morte de quem amamos;
Eu amo prosa poética; o livro que trata daquele assunto difícil com as mais belas palavras - escolhidas a dedo!
Esse pequeno livro me tirou o fôlego, o chão e outras tantas convicções. É sobre a morte, mais especificamente da morte de quem mais amamos; assunto que optamos não falar com a esperança de nunca acontecer.
Mas também é um livro sobre a vida que continua; a de quem fica e a de quem se foi.
Leia José Lins Peixoto
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João Pedro 02/04/2021

Uma mortalha de lágrimas e poesia
"Morreste-me", primeiro livro do escritor português José Luís Peixoto, é uma espécie de declaração de luto do autor pela morte de seu pai. Breve, porém tocante, esta carta dirigida ao falecido pai é a materialização de um processo de luto que, não fosse pela prosa poética de José Luís Peixoto, passaria despercebida por muitos leitores.

O livro surpreende pela forma com que o autor (re)constrói sua visão de mundo a partir da ausência sentida. É uma mortalha feita à base de lágrimas e de poesia. É feita de dor, da dor da falta, mas também da percepção de que quem se foi está sempre conosco, tanto em nosso íntimo quanto no exterior, nas experiências compartilhadas, nos locais visitados. Além disso, acaba por ser um convite a descobrir as outras obras de José Luís Peixoto.

"Regressei hoje a esta terra agora cruel. A nossa terra, pai. E tudo como se continuasse. Diante de mim, as ruas varridas, o sol enegrecido de luz a limpar as casas, a branquear a cal; e o tempo entristecido, o tempo parado, o tempo entristecido e muito mais triste do que quando os teus olhos, claros de névoa e maresia distante fresca, engoliam esta luz agora cruel, quando os teus olhos falavam alto e o mundo não queria ser mais que existir" (p. 7)
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Malu 31/03/2021

sensibilidade nas palavras
O livro é como se fosse um grande poema de tamanha sensibilidade narrando um momento doloroso para o autor. Perder um ente querido é uma dor imensurável e ele consegue transmitir bem essa mensagem
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Wilmar Junior 30/03/2021

Forte
Livro incrível com uma linguagem poética que faz você ler mais de uma vez determinados trechos. A dor de um filho com a perda de seu pai é o centro da escrita.

"Deixaste-te ficar em tudo"
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