Morreste-me

Morreste-me José Luis Peixoto




Resenhas - Morreste-me


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Vini 01/08/2020

Morreste me é um baixinho arretado, gostei muito da leitura que conclui em um dia, a melancolia da perda de um dos pais sempre vai me cativa e me faz refletir sobre a morte e sobre como temos pouco tempo com aqueles que amamos tanto, as vezes o mínimo dos atos nos conquista e faz a saudade ser eminente.
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Marcela Mosqueti 31/07/2020

"E pensei não poderiam os homens morrer como morrem os dias? Assim
pássaros a cantar sem sobressaltos e a claridade líquida vítrea em tudo e o fresco suave fresco, a brisa leve a tremer as folhas pequenas das árvores, o mundo inerte ou a mover-se calmo e o silêncio a crescer natural natural, o silêncio esperado, finalmente justo, finalmente digno."
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José Luís Peixoto escreve da forma como eu sempre quis fazer. Cada página, parágrafo e até mesmo linha carregam vastidão de sentimentos. Até aqueles que nunca acompanharam o adoecer que faz findar uma vida são capazes de se aproximar, com uma pessoalidade profunda, do peso que assola no peito dos enlutados.
O passado da vida do pai, já morto, que vai se presentificando é costurado pela voz do narrador personagem quando ele olha o lugar vazio da mesa da casa ou busca no molho a chave que encaixe na fechadurada ou quando nota o quintal repleto de folhas verdes caídas. Mas a presença se dá - principalmente - na preservação dos ensinamentos deixados pelo pai.
Numa sensação de inexistente cronologia - assim como não se mesura tempo para aqueles que sofrem -, o narrador é alheio aos minutos que vão passando sem serem vividos. O luto se faz sombra permanente e há momentos em que tudo vira negro e frio em seu interior. Ele repete inúmeras vezes "nunca esquecerei, e lembro-me", pois o que o rodeia torna-se tudo no pai, desde o rio e as margens, ao dia e a tarde. Aqueles recantos que antes eram de paz, da época em que nem se percebe que se é feliz, tornam-se tormento, vazio e dor ao quererem continuar a ser o que já não podem mais.

Aqueles que já passaram pelo buraco alongado do luto se reconhecerão nas palavras de José Luís Peixoto, que prova que da dor pode nascer as mais belas poesias e as mais duras lições
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Eduardo 29/07/2020

Uma ode à vida!!!
O autor nos convida a passearmos junto ao mesmo pelas tristezas e pesares do sentimento de luto. O livro é curto, curto como a vida, mas contém um valor imenso!
O autor é a prova que na literatura contemporânea ainda temos autores que conseguem atrair leitores com uma escrita de qualidade e dotada de lirismo e profundidade.
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Rafa 20/07/2020

Exposição do luto
O sentimento puro e sincero conduz essa narrativa comovente, resultando num lindo tributo.
Alê | @alexandrejjr 20/07/2020minha estante
Rapaz... pela nota é bom, mas nem tanto. O que faltou?


Rafa 20/07/2020minha estante
Ele é mto bom. O texto é triste/emocionante. Acredito que não tenha faltado nada, pois o livro cumpre com o que propõe. Sou mto crítico às vezes, por isso as 3 estrelas rs mas recomendo! ?


Nanii 22/07/2020minha estante
Já quero!




Amanda262 04/07/2020

Que livro triste. Quando vi que só tinha 34 páginas não levei a sério, acabei demorando pra ler porque realmente me tocou de uma maneira que eu não imaginava.
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EduardoCDias 09/06/2020

Saudade
Muita saudade, tristeza e sentimento... um filho que sente falta do pai recentemente falecido. Muito tocante, mas desde ?Autobiografia? não gosto da escrita do autor.
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Gabriel Dias - @Done.em 22/05/2020

Morreste-me
Uma “carta”, uma libertação e principalmente uma memória, morreste-me é tudo isso, uma composição sentimental, primeira obra de José Luís Peixoto que nesta semana completou 20 anos de publicação, traz o relato da perda, do luto, do pai.
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Com apenas 62 páginas o livro nos esgota de sentimentos, de reflexões intimas. É engraçado que mesmo sendo um livro sobre luto, ele consegue nos abraçar da forma mais positiva, engana-se quem acredita ser um livro triste, ele é sim, uma homenagem. É doloroso, pela reflexão daquilo que não foi vivido, é feliz por relembrar e ressignificar ainda mais a figura do pai, mas principalmente uma forma de entender que a ausência física não significa a ausência sentimental e da memória.
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A construção pessoal, faz com que nos aproxime da situação de perda, onde a identificação é causada no leitor pelos detalhes, seja pelo lugar “dele” na mesa, seja pelas estações do ano, o sentimento é traduzido na forma mais profunda e poética, levando ao leitor a ser absorvido pelo poço afetivo, aquele descrito na página 29.
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É um livro que nos surpreende pela qualidade da escrita, mas o que mais me impactou é a forma que ele é escrita, onde nota-se uma forma de raciocínio que não é apenas coerente, é um desabafo onde a construção de todos os parágrafos, de todas as cenas, onde os cenários e as situações são tão criveis quanto quem está ali, vivendo.
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Um livro que deve ser lido, apreciado e sentido, da forma mais crua, sendo inevitável não se emocionar, seja na simplicidade ou na forma mais complexa do sentimento, aqui descrito.
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“Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei”.

site: https://www.instagram.com/p/CAggskYjmsO/
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Marcelo 10/04/2020

Maravilhoso!
Um livro lindo. Chorei copiosamente durante e depois da leitura. Sensível e que traz reflexões sobre a relação pai-filho. Um texto belíssimo, curto, a ser apreciado com calma. Uma experiência como há muito não vivia. Definitivamente causador de uma intensa ressaca literária!
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@marileitora 05/04/2020

É difícil falar de um livro tão curto, mas tão profundo. Morreste-me, do escritor português José Luis Peixoto, possui 61 páginas de uma escrita delicada e extremamente poética. Uma verdadeira declaração do luto e do amor em forma de poesia. O livro é narrado em primeira pessoa, onde o próprio autor descreve suas memórias do pai, assim como sua dolorosa relação com o luto.

Esse livro simplesmente me destruiu. Jamais imaginei que um livro tão curto fosse mexer tanto comigo. Poucas páginas que foram capazes profundamente, não apenas pela tristeza ou melancolia, mas por ser algo extremamente humano, real, tudo trazido de uma maneira lindamente poética. Aquele livro que te engana pelo tamanho, e que te faz continuar pensando nele após a leitura.

site: https://www.marileitora.com/morreste-me-jose-luiz-peixoto/
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Rafaela (@exlibris_sc) 11/03/2020

Uma leitura para abraçar a alma
Perder alguém querido é sempre um golpe cruel na alma. As lágrimas vem, a dor no peito, o engasgar na garganta e as memórias então... acometem-nos feito o jorrar de uma cachoeira. Mas quando jogamos poesia, amor e a beleza celestial sobre o luto, a dor se transforma em homenagem e a saudade em reconhecimento.

Essa é a proeza com que José Luís Peixoto agracia seus leitores nesse relato autobiográfico que expõe seus sentimentos quando em luto por seu pai. Um choque para mim ler essas poucas e intensas páginas, mas um bom choque. Em sua linguagem própria, repleta de encanto, Peixoto agarra o leitor e o insere em sua própria memória conforme cada verso é lido e absorvido.

Sentimos a dor, a saudade, a memória e a emoção que navega sua história. Um livro essencial para aqueles que necessitam de uma mão amiga na hora da perda e mesmo após a mesma; tão intensa e agonizante, mas será mais leve de enfrentar ao ler este tomo, acredite.

Mas mais que aqueles que já se foram, um dos ensinamentos que extrai com essa leitura foi a de quanto devemos honrar os nossos enquanto ainda vivos. A família e a memória devem ser mantidas, o carinho e a saudade serão sim sentidos, mas em seus olhares, abraços e histórias viveremos mais leves e honrados por termos feito parte de suas próprias narrativas.

Como o primeiro livro do autor, o mesmo que o tornou destaque em seu país, ?Morreste-me? é uma obra tocante que deve ser lida com frequência para lembrarmos que não devemos fugir mas nos permitir sentir a perda de quem amamos.

site: https://www.instagram.com/p/B9mRIaLDpEy/
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Morreste-me, José Luís Peixoto - Nota 10/10
Que surpresa boa foi essa leitura! Cada dia gosto mais dessa nova geração de autores portugueses contemporâneos… “Morreste-me” foi meu primeiro contato com o trabalho de Peixoto e já terminei a leitura querendo conhecer mais das obras do autor.

O livro tem como tema principal o luto pela morte do pai. E é impressionante como um livro tão curto, com 62 páginas, pode impactar tanto o leitor. E não ache que a obra impacta por ser triste. O que o autor consegue é criar um texto de extrema sensibilidade, sem apelar somente para a melancolia que a perda de um pai pode trazer. Lógico que a tristeza e a dor existem, mas o luto narrado pelo autor tem muito mais que isso: é uma homenagem ao seu pai, uma visita às boas - e nem tão boas - memórias. É a falta de alguém sentida apenas ao olhar um canto da casa ou rememorar momentos banais.

E além de ser uma narrativa tão humana, em que Peixoto entrega sua alma, ela é construída com uma forte carga poética. O título, por si só, já anuncia o lirismo que o leitor encontrará ao longo da leitura. Enfim, um livro a ser lido em uma única sentada, mas que ficará na cabeça do leitor por vários dias… E para alguém que já perdeu uma pessoa amada, difícil não se identificar nas passagens da obra. “E oiço o eco da tua voz, da tua voz que nunca mais poderei ouvir. A tua voz calada para sempre. E, como se adormecesses, vejo-te fechar as pálpebras sobre os olhos que nunca mais abrirás. Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei."

site: https://www.instagram.com/book.ster/
Ich heiÃe Valéria 26/02/2020minha estante
Esse livro é arrebatador


Raquel 05/12/2022minha estante
Pela primeira vez, eu discordo de sua opinião, não gostei. Achei dramático e repetitivo. Enfim, o que seria do azul se todos gostássemos do vermelho, não é mesmo. Um beijo, sou sua fã de carteirinha.




Peleteiro 24/02/2020

Sensível e cativante
Difícil apontar defeitos nestes livro. Talvez um estranhamento com algumas palavras utilizadas pelos portugueses. Mais difícil ainda é não devorá-lo numa sentada. Com uma narrativa encantadora, José Luís Peixoto elabora uma lindíssima carta de despedida ao seu pai. Com uma sensibilidade aflorada que se destaca, o leitor é sacudido pela finitude da vida durante toda a leitura, que possui também suas partes emocionantes. Recomendo muito!
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Isabela.Rodrigues 06/01/2020

Espetacular!
Tocante, profundo, delicado, uma obra prima!
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Kelly Albuquerque 19/11/2019

Reflexivo
O livro trata da reação de um filho à perda do pai. Fala-nos de luto, pois. Afetos dolorosos, suspensão de interesse pelas atividades e inibição estão presentes, afinal, a presença da morte, convidada indigna da vida, cruel por ser vida, é a verdade mais intrusa e soberana. Contudo, a grandeza do livro está em como este filho expressa este luto, mostrando-nos, ao contrário do título mesmo - Morreste-me, que este pai, ?ficaste todo em mim?, como ele mesmo diz, viveste-me, pois. Ora, é investindo no objeto perdido - o pai - pela via da palavra, através de lembranças presentes nos afazeres cotidianos, nos espaços visitados, nas conversas travadas, nos conselhos emitidos, no silêncio falado, enfim em tudo que serviu de laço entre os dois, que o filho realiza seu trabalho de luto, ou seja, consegue desinvestir este mesmo objeto - o pai - reconduzindo seu desejo para a vida, agora, com a ausência presente deste pai. A questão formulada pelo enlutado ?onde estás pai, que me deixaste só a gritar o teu nome??, permite-lhe reencontrar um lugar para seu desejo, morada viva de uma falta.
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